Gingitsune – Review – Temporada de Outono 2013

Yo!

Mais um review da temporada passada! Provando que eu só tô fazendo review de anime que ninguém viu. Bora ver!

O melhor de animes religiosos são os que não aparentam ser.

Por mais que não pareça, Gingitsune é um anime sobre o xintoísmo e a religião como é praticada no Japão. Mas não cita em nenhum momento nenhuma autoridade religiosa, nem milagres ou coisa assim, só fala sobre ensinamentos religiosos, o uso da filosofia no dia a dia, a importância das tradições e como elas funcionam pra ensinar a viver melhor (quando elas funcionam pra algo de verdade).

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Toda a roupagem da série é uma desculpa pra falar sobre coisas do dia a dia por uma perspectiva da religião japonesa. As raposas são uma das figuras mais recorrentes da mitologia japonesa, e não apenas as folclóricas, as vivas também. E ter uma inari jinja, um templo de raposa, como cenário de tudo, só ajuda a reforçar esse lado. Não sei até onde as entidades religiosas participam da produção da história, mas creio que tudo vem mais da experiência da autora do mangá, Sayori Ochiai, que publicou a obra original na Ultra Jump, da Shueisha, a mesma revista de Bastard!! por exemplo.

Em Gingitsune, Makoto Saeki é filha da sacerdotisa de um pequeno templo local e herdeira do sangue de sua família e da responsabilidade com o templo. Por isso, quando sua mãe morre, ela passa a ser a sacerdotisa do templo, e pode ver o espírito que vive lá, Gintaro, uma raposa que se tornou espírito muitas gerações atrás e tem poderes que lhe permitem encontrar o que os outros procuram.

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Não existe uma trama e nem desenvolvimento de personagem, não algo que seja relevante. A forma da história está mais próxima da forma de seriados policiais ou médicos dos EUA, com pequenas histórias que começam e terminam em sucessão. Em Gingitsune, o elemento comum são os personagens. Você vê alguma coisa da vida deles, mas é tudo irrelevante. O que importa pra trama é o que acontece e como resolver.

O anime é muito leve. Talvez até meio politicamente correto demais, ao contrário de Ikkyu-san, que chegava até a filosofar sobre vida e morte e nem sempre dava respostas, dizendo que a vida realmente é complicada demais. Quem sabe o mangá tenha questionamentos mais interessantes com o passar dos capítulos, né? Mas não tem como dizer que é um anime ruim. É bem executado, mas nascido pra ser simples e falar sobre filosofia xintoísta/budista para iniciantes. Só. Não me arrependi de perder trinta minutos nele toda semana, mas não espere nada que vá mudar sua vida.

Ikkyu-san, um bom anime religioso

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2 ideias sobre “Gingitsune – Review – Temporada de Outono 2013”

  1. Eu assisti Gingitsune. Gostei, anime levezinho, aquela coisa água com açúcar pra relaxar e talz. Acho que vale a pena ver, ainda mais pra quem quer algo descompromissado.

  2. Fiquei de ver na temporada passada, mas com as responsabilidades de fim de ensino médio e de curso técnico eu acabei deixando de lado. Mas parece ser bem legal. Está na lista para ser assistido ;D

    (comentário que não adiciona nada ao post, mas conta como número u.u)

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