Yo!

Giro atrasado! Feriado é uma loucura, destrói o relógio biológico e… Chega de desculpa, bora ver!

Semana foi low profile em todos os animes, né? Fora Aku no Hana, nenhum deles foi tenso, sendo mais uma passagem para algo que está por vir. Talvez por isso eu nem tenha me interessado tanto pelos animes essa semana, que acabei vendo mais é coisa Ocidental mesmo. O Homem de Ferro 3, Game of Thrones… E larguei o Crunchyroll um pouco, fiquei mais no Netflix. Mas é claro que acompanhei os principais!

Devil Survivor 2 teve um episódio fraquinho. Quer dizer, a intenção dele era ser um episódio foda, mas alguém se importa com um monte de cara que tanto faz aparecendo para morrer? O mais legal dele foi o ponto de partida para o plot do próximo capítulo, mas eu não consegui achar nada de mais, tanto que mal me lembro do capítulo. O seguinte (que eu já vi, já que atrasei o post) vai ser bem mais legal e finalmente temos personagens e não cabides de papel.

Majestic Prince – Episódio com algum desenvolvimento de personagem, mas tá tudo muito calmo pro meu gosto. Essa série é uma das minhas apostas da temporada, mas se a coisa não mudar logo, acho que vou me decepcionar. Tá faltando um objetivo mais concreto aqui, já que os Zentraedis Urgal tão cada vez mais pra alienígenas de Space Invaders do que pra inimigos poderosos como pareciam nos primeiros ataques. E tem uma coisa que derruba qualquer roteiro pra mim. Quando o passado importa mais que o presente. Se o que aconteceu antes no cenário ou com os personagens passa a ser mais importante do que o que acontece na linha presente da história, tem algo errado. E esse episódio foi isso. Flashbacks, memórias e outros recursos pra explanar o background só são válidos quando montam uma base para algo na linha central. E tá difícil. Apesar disso, os personagens continuam legais, mas vão cansar se não acontecer os twists logo.

Suisei no Pocahontias. Episódio que prova minha teoria de que Gargantia é mesmo um roteiro com o mesmo DNA de Dança com Lobos, O Último Samurai, Pocahontas, Avatar, etc. No entanto, se você esquecer o mecha, é um episódio bem legal, uma montagem simples, mas profunda, de tudo o que se passa no mundo do anime. Bons diálogos, um pouco de profundidade no Sasuke de roupa de mergulho. Acho que Gargantia deve ganhar muito mais em uma montagem de filme, cortando as besteiras e condensando tudo em duas horas. Mas isso só deve rolar se a séries fizer muito sucesso, como Madoka ou GITS SAC. E isso eu acho difícil, por mais que melhore muito no futuro.

Mushibugyo. Bom episódio de personagem de novo. Cada personagem tem boas motivações e personalidades distintas, é um ponto positivo grande pra mim, que gosto de personagem. Mas espero que essa série tenha pelo menos uns 50 episódios, porque se for fazer capítulo pra cada personagem antes de iniciar a trama, uma temporada vai ser pouco pra ter algum plot. O próximo vai ser o do cara com cabelo de lua. Se fizerem um pro gerente do grupo, serão seis capítulos de personagens sem trama nenhuma. E agora? O bom é que o desenho é legal e você nem nota que falta um objetivo imediato.

Aku no Hana – TENSO! Episódio de “Ame to Muchi”, doce e chicote. Alimenta o lado positivo pra depois usar ele pra pisar e espremer, provando que o anime é feito pra mexer com o lado sado-maso dos espectadores. Se até aqui nós só tivemos castigo, aqui ele dá as torcidas ideais para tornar o roteiro mais intenso. Só que a animação, que já não era um primor, tá ficando cada vez mais feia. Eu saio da história a cada vez que percebo o frame congelar. Isso é normal em animações comum, mas fica tão bizarro quando é rotoscopiado… Parece que virou estátua!

Valvrave – Tá sendo a boa pra mim. Essa semana, foi um episódio mais baixo, o que ainda não faz cair a peteca. O L-Elf pagando de MacGyver ainda não me convenceu. Tá certo que é dito que ele é o fodão pica grossa das galáxias, o exército de um homem só. Mas tem alguma coisa que enrosca, ele não encaixa. É como se o Justin Bieber pegasse o papel do Stallone em um filme. Teriam que me explicar isso muito bem pra eu aceitar e ainda assim eu ia achar isso errado! A cena em si foi muito legal, boas sacadas, coreografia de luta bacana e o negócio do profeta que faz é sempre legal. Tipo “tá vendo aquela faca? Ela vai cortar o seu braço e depois vai entrar no crânio do seu amigo” e fazer acontecer. Teve uma cena dessas no Homem de Ferro 3, mas zuando.

Shingeki no Kyojin – guardando um bom momento pra cada encerramento de capítulo, a série tem mantido um ritmo legal e o fechamento do capítulo mais recente já jogou a deixa de que vai explodir agora! E cada vez mais ele se mostra um bom shonen (SHONEN – violência só é medidor de público nos EUA) com personagens inflamados, situações explosivas e vilões desumanos e injustos. Não sei ainda se esse tempero forte de Shingeki no Kyojin impressiona numa segunda degustação, mas por enquanto, é uma série que dá prazer de assistir mesmo em seus piores momentos (o problema da cinta foi meio broxante pra mim).

A boa pedida da semana foi Hunter x Hunter. Achei que a série seria covarde na hora de mostrar a história dos dois irmãos. Poderia cortar e mostrar em flashbacks desconexos quando fosse necessário, mas não. Tiveram a coragem de manter, e com bastante fidelidade. E essa cena é aquela que eu digo: guarde na cabeça até o fim da saga. Não tem ligação direta com a trama central mas é a que monta o status dos Chimera Ants, o que eles são e qual sua relação com o mundo. Vilão cruel e desumano tem que ser assim, hediondo, estúpido, daqueles que mesmo o homem mais piedoso do mundo pensa duas vezes antes de poupar.

Uchuu Kyodai voltou a ter capítulos com história e foi um capítulo normal. Novelão, pra acompanhar sossegado. Tá andando, mas nada de especial.

Essa semana não tive tempo pra ver o resto, mas Photo Kano eu tô quase mandando de volta. Nenhuma vontade de ver.

Lembrando pro pessoal que saiu Kimba e 1 Litro de Lágrimas, da NewPOP, dois títulos que eu trabalhei. 1 Litro eu só revisei, Kimba eu sou tradutor e co-editei. Os dois são materiais muito bacanas, que me dão orgulho de fazer. Kimba é o clássico do Tezuka, não é por menos que ele é o número 1 da coleção completa dele. Obra obrigatória, não acreditem no viado do Graveheart, datado é a barba dele! Kimba é uma história bacana, que começa a apontar as direções do que é a narrativa de mangá hoje. Existe um trabalho gigante de pesquisa também, imagina como deve ter sido pro Tezuka, na década de 50, encontrar livros japoneses sobre a África, ler sobre as lendas, descobrir plantas exóticas da região… Sem contar que você percebe os detalhes que fizeram a Disney fazer um acordo pra não se ferrar com O Rei Leão. E 1 Litro é pra ler com um balde e um lenço, pra enxugar as lágrimas. Triste num sentido estranho, você começa indiferente e aos poucos vai torcendo, ficando com raiva e com pena da Aya. Mas saber que foi uma história real é que dói mais. Lição de vida enorme, livro que eu recomendo pra trabalhar essa sensibilidade, se importar com os outros.

Bem, por hoje é só! A gente continua semana que vem, com mais um Giro!