Enikki 01 — Batman – Dark Knight Rises

Yo! Inaugurando uma nova ideia, começo aqui a seção Enikki. E o que seria isso?

Enikki é como são chamados os diários de férias que as crianças japonesas são obrigadas a fazer como dever. A ideia é contar sobre suas férias em um diário, ilustrando com um desenho. No nosso caso, seria um review complementado por um desenho, provavelmente sempre meu, mas sempre que puder, eu pretendo conversar com alguns amigos que queiram contribuir.

Pra começar, vou falar de Batman, que assisti no domingo da semana de estreia, depois de fugir de todo tipo de spoiler, hoje em dia tão comum na net. O meu vai ser spoiler-free.

Fui assistir o filme num horário família, com amigos dcnetes. A empolgação era grande, claro! Fosse o que fosse, ainda seria o Batman do Nolan, pior do que foda não seria, né? Quando o filme começou, numa seção cheio de pais, casais adultos, já se podia sentir o êxtase coletivo no ar. Fosse fã do Batman, dos filmes anteriores, do Nolan, de que aspecto fosse, o pessoal estava com os olhos estalados.

Acho que a trilogia do Nolan, apesar de usar muita referência aos quadrinhos e ser protagonizada pelo Batman, está longe de ser uma cinessérie de super-herói. Temos um Batman pé no chão e mesmo quando ele é fantástico, ainda parece bem real, característica do diretor. E nesse último filme, isso fica ainda mais claro. Batman é denso, o universo criado é bem amarrado e a trama eleva o potencial da saga dos quadrinhos na qual se inspirou a níveis gigantescos. E o drama pessoal de Bruce Wayne é o principal ponto da história. Admito, foi um filme que chorei no fim. Sei lá, é um sentimento estranho, não é tristeza, melancolia ou mesmo de felicidade. É um sentimento pela sensação do fim.

Questiono algumas soluções do filme e a atuação da Miranda Tate (Marion Cotillard), muito distante do Christian Bale mais inspirado dos três filmes e de Michael Caine, roubando a cena como sempre. De erro mesmo, achei que uma cena específica na sequência que culmina no climax foi mal montada, com uma personagem indo e voltando de status em três cenas, aparentando mesmo que houve um equívoco na montagem. Reparou?

O didatismo de Nolan quando quer ser blockbuster é até admirável, mas desvaloriza e muito alguns bons momentos onde a sutileza perde lugar para cenas mastigadas. Mas isso ainda não desanima a empolgação com o fim e a minha teoria de que a divulgação só falava que Nolan não voltaria ao Batman depois desse pra que assistissemos ele como se fosse o último. Essa sensação que arranca lágrimas no fim, quando você olha pra tela e só lhe resta dar adeus.

Filmão, primeira grande experiência pro diário ilustrado do XIL!

 

Batman Rises FX Dark Knight

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