Yo!

Série, não dorama. Bora ver!

A TV Tokyo anunciou a produção de Nocon Kid – Bokurano Game Shi (Nossa história nos games), uma série que vai contar a vida de três adolescentes durante a era de ouro dos fliperamas no Japão. Nocon, termo que aponta as pessoas que não usam continue nos jogos, se esforçando para terminar com um único crédito, mostra exatamente o que é o foco da série.

Começando em 1983, a história nos apresenta à Reiji Watanabe, um garoto comum que mora em um fliperama, mas não gosta muito de videogame. Seu melhor amigo, Kido, por outro lado, é viciado e usa quase toda a mesada nas máquinas, tentando melhorar seu desempenho. A grande guinada da história é a presença de Takano, uma garota que joga melhor que muitos moleques e intriga Reiji. Em meio ao boom dos games, quando o Famicon ainda era um luxo na casa de poucas pessoas, os fliperamas faziam a alegria de crianças e adultos, se tornando ponto de encontro.

O melhor na série é a equipe envolvida. O roteiro é assinado por Dai Sato, autor de Eureka Seven, Cowboy Bebop e Samurai Champloo, entre outros. A direção terá nomes como os de Nobuhiro Suzumura, que esteve ligado na revitalização de Kamen Rider, dirigindo Kuuga, Agito e Faizz, além de vários sentais e de Akibaranger. O ator principal será Kei Tanaka, que participou de Gokusen e hoje em dia faz o Aibo, série policial. Não foi falado se ele fará somente a contraparte adulta ou se vão forçar a barra e fazer ele interpretar um garoto de 15 anos e um adulto de 45.

A produção do programa Game Center CX, lendário periódico de games clássicos da tv à cabo japonesa, participou como conselheira no desenvolvimento.

Nocon Kid – Bokurano Game Shi estreia dia 4 de Outubro, na TV Tokyo.

Fonte Anime!Anime!

O que eu acho? Curto muito esse tipo de história e essa série (dorama está banido deste blog) parece bacana. Confio no roteiro e a direção, em alguns capítulos, pelo menos tem nome, mas esse esquema de dividir a direção não me apetece muito, apesar de ter House of Cards no Netflix, que é foda. A trama é basicona, seishun drama (historinha de adolescente), com melhor amigo e interesse romântico e um ar de Initial D nesse ponto.

O heróis relutante, Reiji, tem jeito de ser o merdão talentoso que vai aprender as manhas e virar o cara que não precisa de continue. Mas será que a molecada vai entender? Nem eu vou entender tanto assim, já que eu sou de 81 e essa série é de dois anos depois de eu nascer! Os games daquela época eram mais coisas como Adventure Island, Contra, Makaimura… Sidescroll fodão, dificuldade nos picos. Ter os caras do Game Center CX aconselhando deve deixar a coisa legal. Dá uma sacada em como era o programa:

A minha época de fliperama já era a dos fighting games, lembro de jogar muito Pit Fighter e Final Fight até aparecer uma máquina de Street Fighter 2 numa locadora da Domingos de Morais… Até lembro da minha primeira experiência, só tinha os adultos jogando (ou não, na época, tudo acima de 18 anos era adulto pra mim) e eu e dois amigos ficamos enchendo o saco pra aprender. Eles ensinaram o básico e falaram pra pegar ou Blanka ou o Guile, que não tem comandos difíceis (dar hadouken era novidade!).

Pra minha época, tem um mangá chamado Highscore Girl, que já foi até indicado pro Manga Taisho, tem cara de ser fodão. O autor fez o poster pro Tokyo Game Show desse ano. Aliás, a história é até parecida com a dessa série… Hm… SAFADEEEEENHOS! Plagiando assim, na cara? Hahaha!

Hoje, o fliperama tem morrido até no Japão, onde máquinas diferenciadas davam sobrevida àquilo que no Brasil, morreu ainda na época da lan house. Então, vale a nostalgia.