Yo!

No Japão o cerco tá fechando…

A EOCS, agência que fiscaliza a ética digital no Japão, anunciou que prendeu um semeador de arquivos digitais de games e filmes. O criminoso usava o programa de Peer to Peer japonês “SHARE”, uma versão melhorada do Winny, programa que foi descontinuado após uma ação da polícia que prendeu usuários e o criador do código original. O homem de 38 anos, da província de Kanagawa, espalhava principalmente games e vídeos hentai, material pornográfico, contido em três computadores pessoais que ficavam ligados o dia inteiro.

Esta ação policial partiu de uma denúncia da empresa de games hentai A1C.

E o criminoso não era simplesmente um semeador de pirataria comum. Ele era conhecido como Hitode Shimbo, autor de mangás do mesmo gênero do material que compartilhava. Perguntado sobre seus motivos, ele respondeu que não achava justo só receber dos outros se podia partilhar também. Muitos arquivos partiam originalmente de suas máquinas, de um total de 15 mil arquivos.

A agência termina dizendo que é uma pena um autor que vive de direitos autorais também não compreender as leis que protegem seus direitos.

O que eu acho? Tem todo um clima de sermão contra o download ilegal, e não é pra menos, vem de uma agência que vive disso.

Capa de Doujinshi Hentai de Naruto por Shinbo. Sasuke não aprova.

O pior é que a vida do cara acabou. Ele provavelmente deve sair em breve, mas já perdeu o trabalho, já que sua editora o dispensou e seu nome deve ficar sujo na praça. As editoras japas, principalmente as pequenas, como as que vivem de material pornográfico, são muito defensivas no que se refere a download e compartilhamento ilegal. E depois do caso, se ele tinha alguma vida social, ele vai ter que recomeçar ela. Porque com isso se espalhou a notícia de que ele vivia de fazer mangás como “Comendo mãe e irmã“, “Caçador de ginasiais” e coisas bonitas como essa. Numa sociedade como a japonesa, ter isso exposto pode ser pior do que aqui. Claro, hipocrisia, já que se alguém vive de fazer isso, pelo menos mais uns mil vivem comprando isso.