Gundam Breaker, o game além dos limites

GundamBreaker

Yo!

Não vou mentir que eu tinha um pé atrás com esse jogo. Mas… Bora ver!

A franquia Gundam sempre deu margem pra todo tipo de derivativo. Temos um café, brinquedos, modelos, relógio, tênis, celular e até um modelo em tamanho real. E nos games, a criatividade para usar os personagens e robôs ainda vai além. Transformaram os robôs em SD, fizeram esses SD deixarem de ser engraçadinhos e ficar sérios, fizeram uma série Musou, simulador real, batalha estratégica com cards (esse era foda!), RPG, pachinko, slot, shooting… E é incrível como os desenvolvedores criavam premissas cada vez mais estranhas para os games!

Agora, em Gundam Breaker, vocÊ não está exatamente no universo de Gundam. Em nenhum deles. Você controlará os modelos de plástico, carinhosamente chamados de Gunpla. E não é só! O game te dará uma infinidade de opções de customização! Inclusive partilhando peças de robôs diferentes, mudando detalhes do piloto, pintando peças, passando verniz, coating, camuflagem… E pra isso, você vai precisar derrotar inimigos, muitos deles com escalas diferentes da sua, usando o sistema dos modelos reais da Bandai, High Grade, Master Grade, etc…

O game é feito para quem simplesmente curte Gundam, mas agrada os fãs hardcore de Gunpla, uma categoria à parte. Gundam Breaker deve trazer relações entre os modelos que realmente existem para vender, modelos em versões antigas, clássicas, escalas raras, peças raras… E terá um concurso de customização, como acontece com modelos reais! Se isso não é nicho demais? Gunpla tem concurso internacional! E existem vários mangás que falam especificamente de montar modelos dessa série, além de referências diversas, como em Keroro Gunso, onde o protagonista tem como hobbie principal o Gunpla e chega a salvar a fábrica deles, em Kyoto, além de citar até os modelos piratas que saíram na Coreia e China.

Mas eu simplesmente cagava para esse jogo. Até ver este trailer abaixo.

 

Os fãs mais babões simplesmente deliram! O trailer é narrado por Kamille Bidan e Haman Karn, o herói e a vilã de Zeta Gundam, provavelmente a série mais lembrada de Gundam. E eles usam o contexto do jogo para soltar trechos clássicos do anime, falas icônicas são customizadas como tudo mais no jogo! Isso ficou demais!

Além disso, é uma rara ocasião em que eu vejo que a desenvolvedora, a Bandai-Namco, ouviu os pedidos dos beta-testers que baixaram o jogo via PSN (exclusivo do PS3/PSVita, chupa, caixeiros-one viajantes!) e mudou o jogo, incluindo ou modificando tudo. E ainda vai fazer eventos pelo país dando a chance de experimentar o jogo antes dele ser lançado!

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Fonte: Famitsu  –  Site Oficial

O que eu acho? Porra, é tipo um jogo de fã de Gundam! Deve ser incrível jogar isso e ir fazendo o que seria difícil fazer na vida real. Eu montei alguns Gunpla na minha vida, deixei todos no Japão, fiquei só com os manuais, de lembrança. Eles são meio carinhos, eu não pensaria nunca em comprar um pra usar partes pra montar um rat-hod de Gundam, mas já fui em um lugar que até vendia partes avulsas pra isso (mais conexões e adaptadores, peças padrões… Não carcaça). Se estiver livre pra modificar, acho que eu iria brincar um pouco!

Mas peraí… Se você der a volta e pensar como um adulto safado e capitalista, esse jogo é perfeito! Te faz se interessar em Gunpla, dá margem pra você criar uma infinidade de conteúdo DLC pago e usa a engine de um jogo que já existe! É tipo aquelas lojas de sorvete self service! Eles te dão algo que você pode comprar mais barato, te fazem trabalhar pra ter algo, te vendem coisinhas extras que normalmente você não colocaria e ainda saem com a fama de legais! Desgraçados!

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