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Resposta aos comentários do post sobre #VergonhaJBC

Em meu último post, expus minha opinião sobre o que foi o #VergonhaJBC. Como era de se esperar, o post rendeu um bom número de comentário. Alguns a favor, outros contra… a questão é que o assunto deu uma agitada nos leitores do Anikenkai. Em virtude da quantidade e da boa qualidade dos argumentos apresentados contra e a favor do meu texto nos comentário, quis respondê-los de uma forma adequada: um post-resposta. Por enquanto irei me ater a isso pois não quero saturar o blog (que não é só sobre isso).

Porém, antes de começar a responder ponto a ponto, quero deixar alguns comentários gerais:

1 – Agradeço a todos que comentaram, contra ou a favor. É para esse tipo de “discussão” que eu escrevo aqui.

2 – Eu entendo, até mais que o normal, de como funciona a manutenção de uma empresa no Brasil. Sei de todos os encargos federais e de todas as dificuldades que se enfrenta para fazer um serviço honesto em nosso país.

3 – Em momento algum quis faltar com respeito à classe social X, Y ou Z. Meu comentário foi simplesmente em virtude de conscientizar as pessoas de que se 5 reais fazem tanta diferença, é melhor você investir seu dinheiro em outra coisa que não mangás, até a situação melhorar. É assim que faço quando estou sem dinheiro e assim que aconselho os outros a fazerem. Se soou desrespeitoso meu comentário, peço desculpas.

4 – O motivo de tal manifestação é o de mostrar para as pessoas que tem sim como melhorar. Eu não quero fazer propaganda de compras no exterior, mas quero que o mercado daqui melhore para que eu não precise recorrer a importações para abastecer minha coleção.

Agora sim, vamos às respostas:

Ryoko disse:

Discordo. Mangá tem que ter um apelo popular, se aumentar o preço no intuito de aumentar a qualidade significar agradar meia-dúzia de burgueses, prefiro que continue do jeito que está.

Sim, mangá tem que ter apelo popular. Mas ser popular significa ter uma qualidade péssima? Por que? Podemos ter um produto popular com um padrão mínimo de qualidade. Manter as coisas do jeito que estão é ir contra o desenvolvimento natural de negócios. Isso implica que a empresa não se desenvolve já que seu consumidor não existe. Dessa forma ela investe muito pouco em expansão de mercado. Se o mercado não cresce, a empresa não pode melhorar. Vira um ciclo vicioso que não favorece em nada ambas as partes.

Ryoko disse:

O mercado já é pequeno, fragmentá-lo não é a melhor opção. Para o tamanho do nosso mercado, dividir o público em “quem quer qualidade” e “quem não quer” só vai piorar a situação.

O mercado é pequeno porque as empresas não tem visão de crescimento. Essa falta de visão de crescimento é sustentada por leitores que não se importam em ter uma maior qualidade. Como disse acima, um ciclo vicioso que não favorece nenhuma das partes.

Danpl disse:

Porque não mostrar as diferenças entre as editoras e porque a JBC anda sendo a pior? ia dar uma ideia melhor sobre os problemas e semelhanças da JBC pra outras editoras eu acho que isso sim ia ser motivo pra vergonha da Jbc

Excelente sugestão. Como já disse no Twitter, a JBC não pode servir de bode expiatório enquanto as outras saem “ilesas” do processo. A JBC tem sim problemas próprios, mas o mercado como um todo sofre com falhas parecidas.

Suna disse:

Não é preciso sair do país pra comparar: A Panini fez e faz um trabalho melhor (não perfeito), cobrando menos por volume do que a JBC. Aumentar o preço não é solução, é lucrar fácil com um público submisso, em sua maioria.
Eu não estou colecionando nenhum mangá, mais por falta de espaço, mas compro aleatoriamente.
Falta vontade de colecionar também porque esse padrão de publicação não é feito pra isso. Quem quer guardar mangá amarelado, despedaçando e com certas “adaptações” sem sentido? Não dura nem dois anos. Tem uns que se a gente quiser ler pela segunda vez tem que pegar com mais cuidados que à um recém nascido. –’
Ainda tem esse maldito formato meio tanko, as páginas borradas, e essa tal “Edição Especial” que é uma *utaria sem tamanho.

A Panini tem vários problemas assim como a JBC, mas no geral (no tratamento físico dos mangás), faz um trabalho melhor que a concorrência. Mas esse trabalho melhor ainda não é o ideal e constantemente falha em apresentar um bom produto, mas ainda assim é superior ao da JBC. E sim, de fato o produto brasileiro não visa colecionadores. Uma pena, pois colecionadores são parte importante da cultura “quadrinesca”. Infelizmente as editoras ainda não os veem como um mercado valioso de fato aqui no país. Isso acontece porque a maioria dos colecionadores de mangás compram fora do país. Uma pena.

Rozeex disse:

É impossível comprar um mangá no padrão norte americano pelo mesmo preço em uma banca, isso tirando o frente, pois no Brasil há impostos altos para tudo e infelizmente não temos retorno, mas o grande problema se dá por parte das editoras não melhorarem com o tempo e nem TENTAR algo para isso, ao invés disso ocorre o contrario como vemos a JBC que não tenta nem se igualar com a sua maior rival que é a Panini, o resultado será pessoas cada vez mais buscando importar esse produtos e diminuindo ainda mais o numero de compradores que já não é muito e elas (editoras) parecem não fazem questão nenhuma de aumentar ou manter tal número.

Um perfeito raciocínio. É bem por aí que eu penso. Eu sei perfeitamente como no Brasil, manter honestamente uma empresa é um trabalho árduo e custoso. Sei que as editoras não podem de uma hora pra outra colocar um material de qualidade absurda, custando 50% a mais, e achar que tudo vai ficar bem. Claro que não. Eu tenho noção dos encargos pelos quais as editoras passam aqui. No entanto, como o leitor expôs, o que me preocupa é o silêncio das editoras quanto à expectativa de crescimento.

Lilian Kate Mazaki disse:

Contando com o fato de que um volume no Japão vende muitas vezes a quantidade de cópias do que aqui e que, só para exemplificar, a carga de impostos para manter um funcionário aqui é assombrosamente maior do que e boa parte do mundo … sim, o “papel” é mais caro.

O ponto aqui é não é puro e somente a parte física do produto que causa isto. Existe toda uma gama de custos associados à produção que faz com que as empresas (editoras) mantenham o nível pífio em suas obras.

Não é SOMENTE por “não estar nem aí”. Pesquisem sobre os tipos de tributação que uma empresa esta sujeita, para começar a entender que não é de graça que a qualidade é inferior.

Não estou dizendo que deveria continuar assim, estou também querendo frisar que (SIM, no Brasil, afinal é a realidade que conhecemos) não é só bom boa vontade que algo seria modificado.

Raciocínio correto também, mas no entanto, a questão central é que não temos como saber mais profundamente sobre o mercado editorial brasileiro pois, por motivos desconhecidos, a tiragem dos volumes não é divulgada. Deveria ser, mas não é. Então usar o argumento de que as editoras estão fazendo o possível com o pouco que tem existe, mas não é tão válido por falta de dados. Mas ao mesmo tempo eu sei que isso é verdade e volto a dizer, a mudança não pode ser imediata, mas é necessário que as editoras tenham plano de crescimento, mas não há evidencias de que eles existam por aqui.

Ryoko disse:

Então é isso, continuem reclamando sem considerar os fatores externos e com a mente de um burguês de Coapacabana.

Meu caro, seu comentário é extremamente paradoxal. Você me acusa (pelo que pude definir por burguês de Copacabana) de ser parcial no meu modo de pensar e de que estou sendo influenciado pela minha classe social e posição geográfica, mas ao fazer isso você se coloca numa posição superior para pensar sobre o assunto. Não deixe seus bons argumentos (que respondi acima) sejam jogados no lixo por uma declaração de ignorância.

Termino aqui meu post-resposta. Não deixem de comentar pois é através dos comentários que há discussão e geração de conteúdo.

Em meu último post, expus minha opinião sobre o que […]

Mas afinal, por quê #VergonhaJBC?

Se você estava online no feriado de 15 de Novembro e segue o twitter de algum blogueiro dessa nossa “blogsfera animística”, você provavelmente se deparou com a hashtag #VergonhaJBC. O motivo de tal manifestação foi a extrema baixa qualidade do novo mangá da Editora JBC, Kobato. E não digo qualidade quanto à história, mas sim qualidade quanto ao material usado pela editora para imprimir o mangá. Apesar do tom de brincadeira que cercou a hashtag, temos um assunto bem interessante para analisarmos.

Não é de hoje que eu reclamo da qualidade dos mangás nacionais. E meu intuito nunca foi de prejudicar uma editora X, Y ou Z. Sempre que comparei edições americanas com brasileiras (1, 2) eu fiz com o verdadeiro propósito de mostrar para as pessoas que podemos almejar algo além do que nos é oferecido. Sempre quis mostrar que não é para nos contentarmos com um trabalho porco pois é assim e pronto.

O #VergonhaJBC fez o assunto voltar a tona e em conversas com outras pessoas, algumas pessoas me indagaram sobre o que iria ser feito a partir dali. Se ia se limitar a uma brincadeirinha de Twitter ou se os blogs iriam realmente tentar uma conscientização em massa de seus leitores para a falta de qualidade do produto nacional e exigir uma resposta das editoras?

Eu posso dizer que a cada vez que compro um novo mangá eu torço para que as editoras melhorem a qualidade de seus volumes. Agora que muitas resolveram adotar o formato trimestral de publicação, estava na hora de adotarem também um aumento na qualidade de seu produto. De nada adianta um leitor esperar três meses pra uma nova edição se ela vai vir no mesmo formato tosco e podre que vinha quando era mensal.

“Ah, mas aí teriam que aumentar o preço… no mínimo 15 reais por volume”.

Uma mudança de 5 reais (4 no caso da JBC) em três meses não pesaria nada no bolso do comprador médio de mangás (e se realmente pesa é bom começarem a reavaliar se gastar dinheiro com mangá está valendo a pena), então isso não é um problema.

Para ilustrar esse post, gostaria de dar um exemplo visual para vocês perceberem como a escolha do papel é importante para um bom produto final. Recomendo que cliquem para aumentar a imagem.

Nesse exemplo eu escaneei um mesmo quadro do volume 1 nacional de Bakuman (a esquerda) e do volume1 americano (a direita) para comparação. A primeira coisa que se nota – já que num scanner não dá pra você ver a finura/grossura de um papel – é a diferença de tonalidade do “branco”. Repare que na edição brasileira o “branco” é bem acinzentado enquanto que na edição americana o “branco” é branco. É válido confirmar que ambas as capturas foram feitas com o mesmo scanner sob as mesmas configurações.

E sabem o que essa diferença de tonalidade acaba causando? Uma grande diferença de contraste. Reparem que apesar de bem parecidos, os “pretos” da edição americana parecem mais pretos que os “pretos” da edição brasileira. Isso se deve ao fato de que nosso olho suaviza o preto frente ao seu contrate direto (“branco”) não ser tão branco quanto deveria ser. Inclua aí um desbotamento natural da tinta em virtude da qualidade material do papel e temos um desastre. Isso porque eu não comparo com a edição japonesa… o que seria um esculacho.

Ainda não é parte da cultura “mangazeira” o espírito colecionável. Apesar de termos pessoas interessadas em manter coleções, como vimos nesse post do Gyabbo, o espírito de colecionador ainda não é um conceito de massa (como o é no caso dos fãs brasileiros de quadrinhos ocidentais e DVDs, por exemplo). Mas mesmo assim, como consumidor, eu quero sempre o melhor produto. Se isso que a gente tem fosse o melhor que o Brasil pode oferecer, eu não poderia fazer nada, mas como sei que não é, como sei que essa falta de qualidade é comodismo das editoras, eu vou continuar criticando.

Completo citando aqui o trabalho que o Blog do Jotacê faz expondo os problemas das empresas de home video no Brasil. Muitas delas podem parecer meras reclamações de um grupo específico, mas com o tempo foram ganhando importância e obtiveram sucesso em muitas das suas reivindicações. Claro que é necessário um trabalho por parte dos que estão reclamando. Mostrar  o que está errado, o por quê está errado e como pode ficar. Torço pra daqui a alguns anos eu ler esse post e dizer que estou feliz dos nossos mangás nacionais não serem mais publicados na mesma qualidade que forro de gaiola de passarinho.

Para fechar, postarei as imagens que me foram fornecidas pelo @PaninaManina nos comentários do post-review de Kobato mostrando a extrema falta de qualidade dos mangás da JBC. (clique para ampliar)

Na boa, mas passou dos limites mesmo…

P.S.: Irei procurar alguma resposta da Editora JBC pois ela também tem o direito de se manifestar (apesar de seu silêncio quanto ao assunto parece demonstrar que ela não está nem aí… mas…). Assim que obtiver uma resposta volto a postar aqui.

Se você estava online no feriado de 15 de Novembro […]

Nova iniciativa da editora Panini

Em Setembro, nós ficamos sabendo que Sora no Otoshimono entraria para o catálogo da editora Panini. Tal anúncio veio trazendo certa polêmica sobre a “validade” de um lançamento como esse em terras nacionais. Eu, pessoalmente, nunca li o mangá, mas, mesmo com o grande apelo ao fanservice, eu gostei da primeira temporada do anime (a segunda por outro lado é bem desprezível). A questão é que eu fiquei curioso para com o mangá de Sora no Oto.

É então que, sem avisar, a Panini resolve se empenhar numa nova iniciativa de comunicação.

A editora contratou a agência SIMPLE Brasil para cuidar também de sua linha de mangás e, seguindo uma tendência que, espero, se torne padrão no mercado, decidiu me enviar um exemplar do mangá de Sora no Oto para uma análise. Fico feliz pelo contato da Panini e espero que essa ação se estenda para todos os mangás da linha e, como eu disse, se torne padrão no mercado. Quem tem mais a ganhar com tudo isso são os leitores que agora poderão ter informação de melhor qualidade sobre os lançamentos da editora.

Porém, o mangá ainda não chegou em minhas mãos. Assim que chegar, farei uma análise aqui no Anikenkai (e que fique claro que ela não será influenciada de forma alguma pelo fato do mangá ter sido enviado pela própria editora). Mas enquanto isso não acontece, o melhor a se fazer é participar das duas promoções que a Panini está promovendo.

Através do twitter @PaniniMangas, um volume de Sora no Otoshimono  será entregue por dia (até sexta, dia 11/11) para quem responder de forma mais criativa à pergunta “Quem você gostaria que caísse do céu?” com a hashtag #PaniniMangas.

E através do facebook da editora, uma nova imagem será postada a cada dia (também até sexta, dia 11/11) e quem der a melhor legenda para ela leva um volume de Sora no Oto.

Participe das promoções e aguarde, o review no Anikenkai será postado em breve.

Em Setembro, nós ficamos sabendo que Sora no Otoshimono entraria […]

Para que servem os reviews?

Quando comecei a ver animes pela internet, lá pelo início dos anos 2000, era muito difícil você conseguir uma série inteira. Não digo nem que não haviam disponíveis, os fansubs já estavam atuando na rede. A grande dificuldade era a velocidade. 256kbps era velocidade da luz pra quem migrava dos (nem sempre) 56kbps da conexão discada, mas para quem baixava arquivos de vídeo da internet ainda era pouca. Então pegar uma série de 24 episódios era um martírio. Principalmente quando descobri o .avi, afinal, quando se vê em qualidade melhor, não se quer retroceder para um rmvb, por exemplo.

E além da dificuldade tecnológica de se acessar os animes, tem também a falta de informação. Pouco se sabia sobre o que acontecia na terra do sol nascente. Sendo assim, era necessário termos alguma fonte de conhecimento sobre as séries que valiam a pena ser assistidas. Não dava pra gente pegar só pra “ver qualé”. Era muito tempo pra baixar um episódio. Então os reviews eram uma excelente forma de se conhecer séries novas e saber se elas valiam a pena ou não serem assistidas. Você lia vários reviews, de várias séries, escritos por várias pessoas… era algo necessário.

Mas e hoje em dia? Não temos mais os mesmos problemas. É possível pegar uma série de 50 episódios em menos de uma hora. Assistir ao primeiro episódio de várias séries por temporada para decidir se continua assistindo ou não se tornou um hábito comum. Nós sabemos meses antes o que está pra sair no Japão. Pra que ler reviews hoje em dia então? Como os leitores se relacionam com os reviews?

Em busca de uma opinião que combine com a sua.

Por mais estranho que isso possa soar, as pessoas, buscam os reviews hoje para reafirmar suas próprias opiniões sobre determinada série. Por exemplo, o espectador comum assiste a Usagi Drop e gosta do que vê. Vai no site/blog/forum/etc que ele frequenta e começa a ler os reviews da série. Ele acha um review que lhe agrade, que fale bem da série e decide adotar os pontos expostos pelo avaliador como seus. Caso ele encontre reviews negativos, é capaz dele postar só dizendo que o avaliador não entende nada de animes e que a opinião dele é uma bosta.

Poucas vezes alguém lê um review sem ter prévio conhecimento da série e, muito menos ainda, muda de opinião dependendo do que foi exposto pelo avaliador.

Repare então que a mídia especializada teve que se adaptar a essa tendência de seus leitores. A maioria dos blogs/sites/etc agora pouco fazem reviews de séries que já acabaram. Só quando elas tem alguma polêmica envolvida ou são muito underground/antiga. De séries recentes, pouco se fala. O que fazemos agora (sim, me incluo) é postar “primeiras impressões”. São reviews rápidos, de um episódio só, que ainda mantém a razão de aconselhar e guiar os leitores no mundo de estreias que acontece a cada temporada. Com isso, obrigam os avaliadores a verem os episódios assim que saem e postarem suas impressões o quanto antes. Deixa passar uma semana ou duas e seu review já perde valor, porque um mar de gente já baixou o primeiro episódio pra “ver qualé”.

Mas ainda assim, mesmo com essa mudança, o público ainda enxerga os reviews como um reforço de sua própria opinião. Algo para dar apoio ao simplório “gostei/não gostei” do espectador comum. É algo que não podemos chamar de errado. É algo que é, simples assim. Cabe a nós nos adaptarmos aos novos leitores que aparecem.

A grande crítica que eu faço a toda essa realidade é que isso acaba deixando os avaliadores relaxados. As pessoas não mais procuram pautar suas avaliações em argumentos fortes. Muitos reviews acabam sendo umas centenas de palavras que poderiam ser resumidas em um “gostei” ou “não gostei”. Não há mais a necessidade de provar ao leitor que seu ponto de vista é válido. Que ele deve acreditar no que você diz porque você está dando motivos para ele fazer isso. Afinal, ele está lendo seu review depois de já ter uma própria opinião formada. Não importa os argumentos que você dê. Importa se ele concorda ou discorda da sua opinião final.

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Qual sua opinião sobre esse assunto? Comente!

Fiz esse post pautado em observações pessoais minhas. É óbvio que existem exceções. Existem ainda leitores que buscam reviews como forma de conhecer uma série, ou saber se vale ou não assistir a uma série, mas eles são minoria hoje em dia. Não digo que foi uma evolução para o pior, só foi uma mudança. Não tem como dizer se foi pior ou melhor. Tem argumentos bons para ambos os lados. Por isso, não tome esse post como uma ofensa caso você não se enquadre nesse “padrão” exposto aqui. 

Quando comecei a ver animes pela internet, lá pelo início […]

Rapidinhas #13 – Participação "especial" do Anikenkai em tirinha.

Existe gente que se incomoda quando é criticada ou de certa forma “sacaneada”. Mas sinceramente, eu não tenho problema nenhum quando a coisa é feita de forma criativa e pertinente. Sendo assim, fiquei feliz com a “homenagem” da @SechanKV às minhas análises de mangá aqui no Anikenkai. Confiram o trabalho dela clicando na imagem abaixo para ampliar e não deixem de conferir novas possíveis tirinhas no blog Otame!

Existe gente que se incomoda quando é criticada ou de […]

Mangakás: Um papo sobre gênios…

*Obrigado a todos que comentaram e discutiram o assunto! Se você está lendo esse artigo pela primeira vez, não deixe de ler também os comentários do pessoal!

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Nos últimos dias minha internet resolveu ficar incrivelmente instável e obviamente por causa disso o Anikenkai ficou prejudicado. Pelo menos pude aproveitar meus últimos dias de férias para sair com amigos e ver uns filmes.

Mas voltando à programação normal, resolvi tratar sobre um assunto que se vocês leem Bakuman já devem estar acostumados: Os gênios dos mangás.

É curioso ver que a palavra gênio hoje em dia é usado para qualquer grande hit, para um mangaká que faça sucesso, para obras muito bem desenhadas. Mas a verdade é que gênios mesmo são poucos.

Em Bakuman, quando somos apresentados ao mundo dos mangás, temos a distinção entre dois tipos de mangakás: os gênios e os esforçados. A grande diferença entre ambos é como eles criam suas histórias. Um gênio não precisa de grande esforço para pensar em histórias excelentes. Elas fluem com incrível naturalidade. É algo inerente ao próprio mangaká. Na maioria das vezes eles não planejam muito a frente suas séries, personagens novos aparecem por surtos criativos e etc. Diferentemente dos esforçados, que, obviamente, tem que se esforçar, estudar, pensar, errar muito pra conseguir criar boas histórias.

É interessante ver que um gênio não necessariamente vai construir um mangá melhor que um esforçado.

Em Bakuman, Eiji é o único considerado realmente um gênio. Um personagem que “sente” o mangá como nenhum outro. Ele possui algo que como um “sexto sentido para o mangá”. Sua capacidade de pegar referencias e criar universos, personagens, plots em questão de segundos faz com que ele se diferencie dos outros autores.

O comportamento de Eiji chega a ser excêntrico aos olhos ‘comuns’. Quando você vê ele desenhando enquanto grita nomes de golpes, reproduz os sons das onomatopeias e conversa consigo mesmo, você vê que o processo criativo dele é completamente diferente da maioria. Parece que ele e o papel são um só. É algo como se a cabeça dele e o lápis estivessem conectados diretamente.

Conforme certas análises, Ohba Tsugumi, escritor de Bakuman, se baseou na personalidade do mangaká Eiichiro Oda para criar Niizuma Eiji. Oda é o autor do grandioso sucesso One Piece, mangá sobre piratas em busca do maior tesouro do mundo, publicado na Shonen Jump.

Assim como sua contraparte ficcional, há quem diga que Oda também possui um comportamento excêntrico quando é hora de criar suas histórias. É incrível como ele consegue terminar um capítulo em poucos dias e usar o resto da semana para pensar e imaginar como vai ser o próximo. O lápis flui como se fosse simples desenhar no estilo dele, cheio de detalhes e com cada quadrinho quase que completamente preenchido por desenhos. Ele é um autor que poucas vezes usa retículas para fazer sombreados, ou dar efeito de preenchimento. Ele prefere sempre desenhar algo novo, um personagem secundário ao fundo da cena, um prédio, um animal, o que quer que seja. Um processo que para um mangaká comum seria extremamente cansativo, para ele acontece naturalmente.

Para mim e para muitos que observam o mundo dos mangás, Oda é o único exemplo real de gênio presente na Shonen Jump. É complicado afirmar isso para todo o Japão, mas se limitando à publicação mais popular do país, Oda realmente recebe o status de único gênio.

Sei que muitos de vocês vão discordar de mim, dizer que há histórias bem melhores que One Piece na Jump ou em dezenas de outras revistas pelo Japão a fora, mas repito o que eu disse lá em cima no começo do texto: ser gênio não significa fazer histórias melhores que os outros. Ser gênio é como ter um “sexto sentido” para criar e manter histórias interessantes com facilidade e naturalidade.

Eu gostaria de saber o que vocês, que estão leram esse post acham sobre o assunto. É um tema que, pessoalmente acho bem interessante. Não deixem de comentar.

Menção honrosa a Takehiko Inoue que, apesar de não estar mais na Shonen Jump, não poderia ficar fora de um post sobre gênios. Um artista que muito admiro e cuja arte e narrativa até hoje são uma das melhores em toda a história do Japão e do mundo.

*Obrigado a todos que comentaram e discutiram o assunto! Se […]

Bakuman e os auto-retratos da Shonen Jump

E cá estou eu com um novo post sobre Bakuman! Dessa vez, não tem a ver só sobre a série, mas sobre a própria Shonen Jump onde Bakuman é publicado.

No último capítulo de Bakuman (139), Eiji está vendo uma edição da Jump e há um close no índice da revista onde os autores colocam um pequeno comentário e há uma caricatura representando cada um deles e suas séries.

Aí podemos ver as caricaturas, ou auto-retratos (já que são os próprios autores que fazem) de Takahama, Aoki, Hiramaru e Ashirogi Muto (Mashiro e Takagi).

Vendo essa cena eu achei que seria legal fazer um post com algumas dos auto-retratos dos autores da Jump da realidade! Vamos a eles então!

Eiichiro Oda (One Piece)

Masashi Kishimoto (Naruto)

Mitsutoshi Shimabukuro (Toriko)

Tsugumi Ohba e Takeshi Obata (Bakuman)

Yoshihiro Togashi (Hunter X Hunter)

Eu acho bem curioso ver como os autores se apresentam ao público. Espero que vocês também tenham gostado. Ah, a propósito, repararam que eu coloquei o Togashi ali na lista? É pra comemorar o retorno de Hunter X Hunter à Shonen Jump! Agora vamos torcer pra ele não entrar em hiato de novo!

E cá estou eu com um novo post sobre Bakuman! […]

Turismo Otaku para Estrangeiros

Foi lançado pela Organização Nacional de Turismo do Japão (The Japan National Tourism Organization, JNTO) um mapa em inglês para os estrangeiros fãs de animes e mangás que querem aproveitar ao máximo sua visita ao Japão no que diz respeito ao seu hobby. Nesse mapa, temos indicações de locações que apareceram em animes, como a entrada do castelo de Ueda em Nagano que foi usada como base para a casa da família Jinnouchi em Summer Wars; museus como os da Toei, Bandai, Chibi Maruko-chan, Osamu Tezuka e outros; indicações de bairros otakus como Akihabara, Otome Road em Ikeburo; eventos como os tradicionais Comic Market, de doujinshis, e Wonder Festival, de figures.

Com certeza é algo bem legal para termos conosco quando formos viajar ao Japão, mas fico pensando o que os próprios japoneses acham disso. Lendo a notícia sobre o mapa no Shoujo Café e no ANN só consegui lembrar de uma outra notícia que postei por aqui há cerca de um ano atrás. Ela falava sobre como os donos da Hyogo Kenritsu Nishinomiya Kita High School divulgarem uma nota pública pedindo que os fãs dos animes de Suzumiya Haruhi parem de invadir as propriedades da escola em busca de fotos das locações usadas como base para a escola frequentada pelos personagens.

Independente disso, é algo interessante de se observar. Num momento pós-catastrofe, onde normalmente o turismo tende a cair consideravelmente, o Japão aposta no turismo otaku para compensar essa perda.

Foi lançado pela Organização Nacional de Turismo do Japão (The […]

A vida imita a arte… ou o Ohba é um fanfarrão…

Este é um post curto, porém pode conter alguns pequenos spoilers do mangá de Bakuman. Continuem lendo por sua conta e risco.

É de conhecimento geral que Ohba Tsugumi e Takeshi Obata se inspiraram em Mitsutoshi Shimabukuro, autor do mangá Toriko, para criar o visual do personagem Niizuma Eiji (como podem ver na imagem acima). O que não muitos sabem, no entando, é que a personalidade do personagem tem forte influencia de outro mangaka, Eiichiro Oda, autor de One Piece (o camarada da foto no final do post). Mas porque isso motivaria um post nesse momento?

Bem, se você está acompanhando os ToCs que estou postando aqui no blog, sabe que o mangá Toriko conquistou por duas semanas seguidas o primeiro lugar, ficando na frente, inclusive, do próprio One Piece. O sucesso do mangá por si só já renderia um post, mas a coisa ficou mais curiosa ainda quando dentro da história do mangá, Eiji vem conseguindo faturar o primeiro lugar também em semanas consecutivas com sua meta-série Crow.

As posições no ToC da Shonen Jump são reflexos dos rankings de popularidade de oito capítulos atrás das séries. Há aí um buraco de dois meses (já que a revista é semanal). Sendo assim, o que pode ser uma mera coincidência de tanto Eiji quanto sua contra-parte visual no mundo real, Shimabukuro, terem conquistado o primeiro lugar por semanas seguidas ao mesmo tempo, também pode ser um plano do escritor, Ohba. Tempo para desenvolver a “coincidência” ele teria.

Ele gosta de brincar com esse tipo de coisa. Existem incansáveis referencias em Bakuman de eventos que aconteceram no mundo real. Seus personagens tem claras inspirações em figuras do mundo real. Por que dessa vez seria diferente? Existe coincidências na cabeça de Tsugumi Ohba? O que não podemos negar é que ele é um fanfarrão e que deve estar se divertindo muito com essa “coincidência”.

Eu sou do time que acredita que o Ohba tá realmente brincando com tudo isso. E vocês, o que acham?

Este é um post curto, porém pode conter alguns pequenos […]

Começou o II Ichiban Brasil! VAMOS VOTAR!

Ichiban Brasil

Vocês já esqueceram dos animes, mangás, doramas, whatevers de 2010? Espero que não pois além de termos tido peças de boa qualidade, entrou no ar o II ICHIBAN BRASIL, a premiação dos melhores da cultura japonesa! São um monte de categorias, com vários candidatos escolhidos por um juri bem variado. Porém, quem decide os vencedores são vocês, leitores do Anikenkai e fãs da cultura pop japonesa. Entre no site, vote e, se possível, divulgue! Para votar é só clicar no banner no início do post! Vamos votar!

P.S.: Genshiken está concorrendo como MAIS AGUARDADO EM 2011 na categoria MANGÁS – MERCADO NACIONAL. Sabe como é… vale avisar.

Vocês já esqueceram dos animes, mangás, doramas, whatevers de 2010? […]