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O MBB Anikenkai deseja a todos um feliz ano novo!

Passando aqui rapidamente para desejar feliz ano novo para todos os leitores do MBB Anikenkai. Estou em viagem, mas consegui acesso  a um computador para fazer o último post de 2010.

Lá para o início do ano, eu decidi começar esse blog sem nem imaginar que hoje teria esse número de leitores ou que conheciria pessoas tão legais (outras nem tanto) através dele. Hoje olho para tudo isso e vejo que fiz bem em começar o Anikenkai. Em 2011 espero que eu possa postar ainda mais e trazer ainda mais conteúdo, para voces, leitores.

Infelizmente não posso me prolongar com esse post, mas assim que e voltar pra casa, faço uma espécie de retrospectiva do Anikenkai em 2010. Para 2011 voces já podem esperar boas coisas! Retorno do Anikenkai LIVE, podcast, animes novos, nossa… muita coisa vem aí.

Desejo a todos um ótimo reveillon e um feliz 2011!

Passando aqui rapidamente para desejar feliz ano novo para todos […]

Meu parecer sobre a recém aprovada Lei de Censura em Tóquio

Era de se esperar que o anúncio e a aprovação de uma lei que irá restringir o conteúdo de animes e mangás distribuídos em Tóquio iria criar um certo rebuliço na blogsfera especializada brasileira. Apesar de nem todos terem feito posts sobre o assunto, muitos já comentaram o acontecimento através do twitter. @Gyabbo @Juba_Kun @LKMazaki @MaisdeOitoMil @Shoujofan… já dá pra considerar uma certa repercussão no acontecimento. Porém, o que todo esse rebuliço gerou foram opiniões diversas… inocentes, confiantes, indiferentes… o que não falta é opinião sobre o assunto.

Decidi escrever um post sobre o assunto para que as pessoas possam saber qual a minha posição ou não com relação a esse assunto. Farei questão de explicitar os porquês pois acho que isso ajuda a quem for ler meu post formar sua própria opinião sobre o assunto. Lembrando que todos estão livres para concordar ou discordar. E que se quiserem deixar um comentário argumentando pontos que vocês acharam incorretos, ou dando mais base a coisas que vocês acharam corretas, sintam-se a vontade.

Para começar, gostaria de deixar claro o que é essa nova lei:

O Governo de Tóquio, e entendam que essa é uma medida válida unicamente em Tóquio (por enquanto), aprovou um projeto de lei que visava restringir materiais que contivessem cenas ou insinuações de atos sexuais ou não socialmente condenáveis, como estupro, incesto, suicídio, comportamento criminoso, banalização da violência, etc. Tais materiais seriam colocados nas prateleiras “para adultos” dos estabelecimentos que atualmente vendem mangás.

Pois bem, para começar, gostaria que vocês prestassem atenção na palavra que eu usei acima: insinuações. Insinuar é dar a ideia de algo que não é na realidade, mas que é no plano subjetivo da coisa. Um exemplo é a relação de Kirino e seu irmão em Ore no Imouto. Em nenhum momento ela disse que gostava do irmão e nunca aconteceu nenhum contato romântico entre eles, mas quem assiste sabe que rola uma tensão sexual entre os dois. O grande problema disso é justamente “insinuar” ser algo subjetivo e por ser subjetivo está sujeito a interpretações. O que vocês me diriam se a justiça decidisse colocar One Piece na sessão 18+ pelo fato do Oda constantemente exagerar no tamanho do busto de algumas de suas personagens?

Outro ponto que eu gostaria de comentar é o caso do 18+. Algumas pessoas me falaram que não veem problema nisso. Que eles só vão colocar o material nas seções para adultos dos estabelecimentos, não vão parar de publicá-los. Aí eu peço que não sejam inocentes. O grande público consumidor de mangás no Japão ainda são as crianças, menores de 18 anos em geral. Mangás para esse público vendem (bem) mais que os voltados para um público adulto.

O primeiro efeito disso seria a fragmentação das antologias. A Shonen Jump, por exemplo, teria que se reestruturar, pois algumas de suas séries não seriam adequadas para o público-alvo, de acordo com a nova lei.

Depois, teríamos o problema com os tankobons (volumes encadernados). Ficando na categoria “adulta”, acabariam tendo uma queda na vendagem. O que isso causaria? Pense comigo: Você é um editor. Tem duas séries na sua frente pronta para serem serializadas. Uma estaria de acordo com a nova lei, a outra não. A que estaria de acordo com a lei teria previsão de venda para X, enquanto a outra teria Y, sendo X bem maior que Y. Em qual série você investiria? Acho que não preciso responder. Tal situação acabaria gerando um efeito bola-de-neve que culminaria com um número enorme de títulos politicamente corretos nas prateleiras enquanto os títulos “para adultos” seriam pouco divulgados.

Um terceiro problema seria o fato de que nem todos os estabelecimentos tem uma “seção para adultos”, o que faria a venda de materiais “impróprios” serem nulas.

Obviamente tudo isso vai depender de como a lei for aplicada e interpretada pelos governantes e, principalmente pelas distribuidoras e revendedoras. O primeiro-ministro do Japão já pediu cautela, como bem colocou a minha querida colega, Valéria Fernandes, a situação ainda não é tão calamitosa, como acredita a minha outra colega, Mara, mas é muita inocência acreditar que isso não se trata de uma forma de censura. Muito menos de que é uma decisão que não afetará em nada a industria. Se isso fosse verdade, as grandes editoras de mangá não teriam boicotado um dos principais eventos da industria, a Tokyo Anime Fair.

Eu sou contra todo e qualquer tipo de censura. Principalmente quando esta é imposta pelo Estado. Acredito que o que deveria haver no Japão é uma auto-regulação pelas próprias editoras e seus autores. Não é difícil de acreditar que mangás tão consagrados por nós hoje em dia se mostrassem contra essa nova lei. De cabeça me lembro logo de Death Note que, se já não tivesse tido muitos problemas dentro da própria Shueisha para ser publicado, ainda teriam que encarar problemas com a lei. Só de imaginar que por causa disso poderíamos não ter Bakuman hoje, fico extremamente receoso com essa lei. E caso resolvessem encrencar com as cenas do Goku apalpando inocentemente a Bulma no início de Dragonball?

O que eu quero dizer é que uma lei como essa, propositalmente escrita de maneira simples para motivar várias possíveis interpretações vai contra tudo que eu acredito e por isso insisto em dizer que não podemos dizer que ela não vai causar nada. Não estou dizendo para ficarmos nos lamentando, afinal nada podemos fazer no momento, mas eu sinceramente torço para que o governo federal japonês intervenha e que anule essa medida ou a deixe mais clara e prática. Se essa lei “pegar”, não vai demorar para um monte de lei que estava engavetada começar a ser votada e aprovada.

Bem, é isso aí. Acabei escrevendo demais, pra variar, mas fiz isso porque gostaria de deixar bem clara a minha postura quanto ao assunto. Agradeço se você tiver lido até aqui.

Era de se esperar que o anúncio e a aprovação […]

Vocês sabem o que foi o Comic Code? Ele pode estar chegando aos mangás…

Recentemente eu li uma notícia no Anime News Network a respeito das editoras estarem boicotando um grande evento da indústria de animes e mangás no Japão. Ao continuar lendo vi que se tratava de uma forma de protesto contra um projeto de lei que prevê uma forte censura a esses tipos de entretenimento.

O projeto, que se auto coloca na posição de promover um desenvolvimento saudável dos jovens, coloca muitos animes e mangás em risco. O principal alvo vem sendo os animes que abusam do moe e de sexualidade. Estes seriam praticamente extintos da televisão. Porém, outro grupo de mangás também está ameaçado, os que contém violência. E aí entram no barco obras como Hokuto no Ken e Berserk. A medida proíbe a distribuição desse tipo de material para menores de 18 anos.

Muitos podem pensar que nada vai mudar, que pra nós vai dar na mesma porque nós lemos pela internet, etc… pois saiba que não é bem assim. O grande problema estará no que as editoras vão passar a investir a partir do momento em que essa lei for aprovada. Eles irão preferir mangás que seriam politicamente corretos e que não ameaçassem o novo código pois a maioria do seu público é menor de 18 anos.

Essa medida me embra do Comics Code Authority, medida implantada nos anos 50 pela Comics Magazine Association of America em resposta às preocupações da população com o conteúdo dos gibis. Na época eram muito comuns gibis de terror, com violência, com certa conotação sexual, etc. e isso preocupava a população americana da época. Vale lembrar que gibis vendiam horrores na época, comparável ao que os mangás vendem hoje. Depois da aprovação do CCA, as vendas caíram drasticamente e hoje a indústria de gibis norte-americana luta diariamente pela sua sobrevivência, mesmo com personagens tão incrustados na cultura popular, como Homem-Aranha, Batman e Superman. As vendas de gibis americanos hoje nem se compara a títulos da Shueisha como One Piece, Naruto ou Bleach. A Shonen Jump tem tiragem semanal de milhões de exemplares enquanto gibis americanos populares não passam dos milhares POR MÊS.

Esse projeto de lei japonês tem muitas similaridades com o CCA, mas suas diferenças o tornam ainda pior que seu primo norte-americano. Antes de mais nada, ele é um lei e, como tal, é obrigatória. Nos EUA, o CCA era voluntário entre as editoras, porém, aquelas que não tinham eram deixadas de lado pelas grandes distribuidoras, o que as fazia aderir ao CCA. Porém, no caso do Japão as editoras não terão nem a opção de seguir ou não a norma. Se querem vender para menores de 18, tem que se adequar ao padrão.

Estamos em plena época de Comiket, o maior evento otaku do Japão onde milhares de pessoas vão ao Tokyo Big Sight para comprar e vender doujinshis, fanzines muitas vezes com conteúdo erótico envolvido. Esse evento é extremamente tradicional entre os fãs de animes e mangás no Japão e eu fico na expectativa para saber se algum tipo de protesto será feito durante os dias da feira.

Nós, fãs ocidentais, só podemos assistir a tudo isso e torcer para que as editoras e quem sabe até os fãs tenham força para lutar e pedir a anulação desse projeto de lei. Se ela for aprovada, vou poder comentar feliz com meus netos do tempo em que existiam animes e mangás de verdade.

Se quiserem saber mais sobre o Comics Code Authority, podem visitar a página da Wikipedia sobre o assunto ou leiam os artigos do CCA original de 1954. Se estiverem interessados no projeto de lei japonês, podem baixar o pdf, em japonês.

Recentemente eu li uma notícia no Anime News Network a […]

Rapidinha #1 – The Anime Club – Tirinhas

Eu li pela primeira vez as tirinhas do The Anime Club graças à esse post do Ogiue Maniax. Em algumas horas consumi todas as tirinhas e me diverti com os personagens loucos delas. Em vários momentos consegui relacionar (por mais triste que isso seja) vários amigos e pessoas que encontrei no meio animístico. É impressionante como, apesar do alto nível de fanboyzice apresentado nas tirinhas, sempre há alguém parecido no seu círculo de conhecidos.

The Anime Club foi criado por KC Green como parte das Gunshow Comics. A “saga” dos meninos já acabou e você pode conferir todas as tirinhas no link que coloquei acima. Espero que vocês gostem. Achei que valia a menção já que eu às re-li ontem a noite.

Eu li pela primeira vez as tirinhas do The Anime […]

Uma grande perda para os fãs de animação… Morre Satoshi Kon!

Muitos sites já noticiaram o fato e a mim cabe deixar os meus sentimentos pela morte desse importante diretor. Apesar deu não ser fã de todos as suas obras, reconheço sua importância para o mundo da animação japonesa.

Se você ainda não viu Paprika, Perfect Blue ou outras de suas animações, aproveite esse momento de luto e assista e conheça a obra de Satoshi Kon. Que descanse em paz.

Muitos sites já noticiaram o fato e a mim cabe […]