Category Archives: Primeiras Impressões

Kuro Kuroku (Shonen Jump) – Primeiras Impressões

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A Shonen Jump, nas últimas semanas, cancelou três séries, dentre elas a bem recente Mutou Black. Era natural então que novas séries estreassem para preencher essas lacunas. A primeira delas foi Kuro Kuroku, ou Kuro Clock, do novato Atsushi Nakamura. Aproveitei então meu primeiro dia das curtas férias que terei para ler este primeiro capítulo…

Uma menina comum vive sozinha com sua irmãzinha fazendo uso de um orçamento apertado. Por isso, ela precisa pegar vários bicos para pagar as despesas da casa. Quando ela vê um anúncio de um trabalho na prefeitura da cidade pagando bem, ela logo vai conferir. Ela logo descobre que o trabalho não será nada fácil quando ela se vê cercada de youkais por todos os lados. Ela trabalhará numa divisão secreta da prefeitura que registra e controla as atividades de youkais na cidade, ao lado de um menino de cabelo vermelho que se propôs a defender todos que ali habitam.

E logo me veio a cabeça os Homens de Preto

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Sério, fui só eu? Troque “youkai” por “alienígenas” e nós temos Homens de Preto! Até uma arminha em miniatura eles tem aqui! Reparem no bastãozinho que o menino está segurando. É a versão youkai da grilo barulhento.

Mas deixando piadas comparativas de lado, Kuro Kuroku inova ao colocar o foco dos acontecimentos em um departamento de prefeitura e não em um ambiente escolar, como eu esperava que fosse, ao ver a capa e começar a ler o capítulo. Porém, durante todo o capítulo, eu confesso que fiquei um tanto quanto entediado.

Embora a arte seja boa, não me deixou empolgado em nenhum momento. Talvez seja por causa da narrativa que eu achei bem travada. Algo que é compreensível sendo este o primeiro trabalho do autor, mas ainda assim, não tira o fato do ritmo ter sido um tanto irregular. Eu, por exemplo, não consegui pescar se essa vai ser uma série slice-of-life ou um battle shonen. Sim, eu percebi que ele parece querer misturar os dois, mas ficou um tanto confuso.

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Outra coisa que não entendi muito bem foi o moleque. Eu vi que o autor quis dar um certo “passado misterioso” para ele, mas na hora que ele tenta explicar o motivo dele estar ali, eu juro que eu não consegui acompanhar. Pode ser incapacidade minha, mas achei todo o roteiro desse capítulo bem fraco, assim como sua narrativa quadro a quadro, como mencionei anteriormente.

Ainda me incomodei com o texto ser explicativo demais. A todo momento nós tínhamos explicações de que youkai era aquele, dos seus costumes, do porque deles estarem ali e etc. Eles até que mascararam bem, colocando uma menina como protagonista que, assim como o leitor, não é familiarizada com aquele universo, mas o ponto é que ficou coisa demais para um capítulo só. Talvez seja esse o grande defeito deste início de série. O autor colocou coisa demais acontecendo em tão pouco tempo.

É aquela famosa ideia de “então, vamos acelerar as coisas e chegar logo em uma cena de ação legal para chamar a atenção do leitor”. Infelizmente, nem sempre se faz isso da maneira certa e Kuro Kuroku sofreu com isso. Talvez se, nesse início, ele se focasse mais na parte slice-of-life da situação fora do comum que é você trabalhar numa repartição pública para youkais e só depois investisse na porradaria, tal qual um Negima o fez ou até mesmo um Reborn!, a coisa teria ficado um pouco melhor.

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Mas serei justo. A série não é uma completa bosta e pode ainda render bons frutos. Infelizmente, nesse primeiro capítulo, tentou demais colocar o maior número de coisas em um só capítulo e saiu prejudicada. Espero que o ritmo e a narrativa se acertem nos próximos capítulos e que tenhamos uma boa história em mãos. Seria triste ver mais um novo artista falhar tão cedo.

Para mim, Kuro Kuroko não empolgou, mas não digo que não vale a pena continuar lendo. Se tiver aquele tempinho vago entre um mangá e outro, dê ma conferida para tirar suas próprias conclusões. Depois, volte aqui e deixe sua opinião nos comentários!

A Shonen Jump, nas últimas semanas, cancelou três séries, dentre […]

Kimi no Iru Machi – “Breves” Primeiras Impressões

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Eu comecei a assistir ao primeiro episódio de Kimi no Iru Machi e tinha algo errado. E não, não estou falando do péssimo design de personagens e da animação sofrível… mas da história mesmo. Parecia que estava sendo simplesmente jogada, sem muita explicação. Era uma sequencia de coisas acontecendo sem muito sentido aparente.

Claro que chegou um momento em que eu não aguentei mais e passei tudo no fastfoward. Ao dar uma pesquisada, descobri que o anime se passa logo depois dos dois OVAs que saíram anteriormente e que sim, o roteiro tá mal feito pra caramba.

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Acontece que, se você não leu o mangá e/ou não viu os dois OVAs anteriores, você não entenderá praticamente nada do que está acontecendo, muito menos os motivos. Mas mesmo assim, pelo que eu pude ver, ainda é um roteiro extremamente fraco. Só para vocês terem uma ideia, a suposta personagem principal feminina mal aparece nesse episódio, sendo alvo apenas de citações.

Pensei muito antes de vir fazer esse post aqui pois não tinha o que falar sobre um episódio que eu não entendi e é extremamente mal feito, mas fiz mesmo assim para não deixar vocês caírem na mesma pegadinha que eu, se é que já não caíram.

É uma grande pena pois o mangá parece muito legal e é do autor de Suzuka, uma história que eu adoro. Mas Kimi no Iru Machi não passou nos mínimos padrões para me fazer assisti-lo. Seja na parte criativa ou na parte técnica. É um fracasso.

Vou ler o mangá. Ganho mais.

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Eu comecei a assistir ao primeiro episódio de Kimi no […]

Gatchaman Crowds – Primeiras Impressões

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Um minuto, por favor… acabei de sofrer uma overdose de cores…

Eu acabei de terminar de ver o primeiro episódio de Gatchaman Crowds e o anime é, simplesmente, legal pra caramba, mas foi tão diferente do que eu esperava que estou com uma grande dificuldade de processar o que acabei de assistir.

Para começo de conversa, não, não tem praticamente nada a ver com o antigo Gatchaman, o que não deveria ser novidade para ninguém. Porém, ainda assim, a série parece tentar resgatar seus laços com o original e, para mim, assim como para o Fábio Sakuda, isso não é uma coisa boa. Afinal, esse anime é tão diferente que poderia existir sozinho. Infelizmente, tendo o nome “Gatchaman” atrelado ao projeto, nos faz, inevitavelmente, estabelecermos comparações.

Mas vou tentar fugir disso. Durante o anime eu vi que era possível fugir disso. Vou encarar como se fosse uma homenagem. É um anime atual, que homenageia os animes a la super sentai dos anos 70, mas que oferece um frescor, um elemento de novidade, e o faz muito bem.

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Para começar, temos a protagonista, Hajime. Esse primeiro episódio gastou boa parte de seu tempo nos apresentando essa pequena, peituda e energética menina. Eu confesso que, no começo, a achei um pouco irritante, mas no decorrer do episódio eu fui conquistado por sua empolgação infinita. Ela acha tudo bonitinho e encara tudo com um sorriso enorme no rosto.

Os outros personagens ainda vamos conhecer melhor e saber se eles terão alguma profundidade além de serem só companheiros da protagonista. Sendo sincero, não vejo necessidade. O foco desse anime, até onde eu percebi, será mesmo as batalhas e a luta dos Gatchaman contra os alienígenas. Deve haver um plot maior por trás de tudo, mas prefiro não ficar palpitando.

Tudo isso está envolto de um universo bem colorido e vivo. Créditos para o diretor Kenji Nakamura, o mesmo responsável pelos também extremamente coloridos, Tsuritama, Mononoke e Kuuchuu Buranko. Ele realmente gosta de usar as cores para passar energia para o espectador. Em um anime de ação como Gatchaman, elas funcionam muito bem e dão um tom ainda mais fantástico.

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Infelizmente existem elementos que não me agradaram ao final. Primeiro, e o mais acentuado, foram as armaduras em 3DCG. Se o design já não fosse ruim por si só (achei realmente ruim), a animação ainda continua sendo um dos maiores problemas das produções televisivas japonesas. É raríssimo vermos o uso do 3DCG sendo bem feito quando se trata de armaduras 3D em um universo 2D. Algo fica parecendo fora do lugar e os movimentos nunca são tão agradáveis de se ver.

Outra coisa que me incomodou foi a decisão de alguém do departamento de arte de colocar o cabelo sempre em listras. Reparem na primeira imagem desse post. Aquilo que no começo eu achei que era o efeito da luz entrando pela janela, não é! Todos os cabelos são assim mesmo sem janelas por perto! Me deu um pouco de nervoso, confesso.

De resto, só tenho a dizer que ainda espero uma luta decente porque as duas que apareceram nesse primeiro episódio só empolgaram por causa da música tema de fundo no melhor estilo anos 70 ditando o ritmo.

E falando em música… olha, se vocês gostaram, me perdoem, mas achei a abertura e o encerramento bem fracos e fora do clima do anime.

Gatchaman Crowds, um anime bem diferente do que eu esperava, mas que ainda assim foi bastante divertido. Mas ainda preciso de mais para me convencer. GO GATCHAMAN!

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Um minuto, por favor… acabei de sofrer uma overdose de […]

Genei wo Kakeru Taiyou – Primeiras Impressões

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Desde que eu assisti a um mahou shoujo chamado Heartcatch Precure, eu venho procurando algum outro que tenha a mesma qualidade. Esse anime era interessante pois, apesar de trazer os clichês do gênero, tinha uma excelente direção e os inimigos carregavam uma carga dramática mais pesada que o normal para o gênero. Desde então nenhum outro conseguiu alcança-lo (não me venham falar de Madoka Magica, é algo diferente). Porém, ao assistir o primeiro (e agora o segundo também) episódio de Genei wo Kakeru Taiyou ou. no título internacional, il sole penetra le illusioni, eu acho que finalmente achei um que chega perto.

Nesse universo, algumas pessoas tem poderes mágicos oriundos de cartas elementais de tarô. Uma organização internacional foi criada para coordenar essas pessoas e focar a luta contra os Daemonia, seres que se aproveitam dos sentimentos de tristeza e maldade das pessoas para dominá-las e causarem muita destruição.

A personagem principal, Akari, é uma dessas pessoas especiais. Ela descobre seu poder, que também era partilhado pela sua falecida mãe, quando um Daemonia tomou controle dos sentimentos de sua prima. Akari mata a prima.

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Foi nesse ponto que eu comecei a achar o anime interessante pois nem tudo serão flores. Vai haver sofrimento. Teremos uma carga bem mais dramática do que a média do gênero, apesar da roupagem clichê. Mas é essa roupagem que incomoda num primeiro momento.

É difícil, para quem não está acostumado ou não gosta, de passar pelas vozes agudas e infantis e/ou os personagens com cabelos extravagantes e coloridos e usando roupas e acessórios incomuns como se fossem as coisas mais naturais do mundo. Mas se você conseguir “sobreviver” a esse impacto inicial, é bem capaz de que assistiremos um anime legal e interessante no decorrer dessa temporada.

Eu cheguei a assistir ao segundo episódio já e ele serve de bom complemento para o primeiro, que acabou sendo um pouco caótico demais, o que me deixou um pouco confuso sobre o que de fato estava acontecendo e como acontecia, mas o segundo episódio me deu esperanças para o futuro da série. Teremos um foco maior no drama da personagem principal em aceitar seu poder sendo que ele também se apresenta como um fardo para ela. Além de que nem todos na organização são bonzinhos. O objetivo é claro e eles farão de tudo para realizá-lo.

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Sim, Genei Taiyou, enquanto história original, suga alguns elementos de Madoka Magica, tal qual o clima mais pesado e o título internacional em italiano, em sua composição. Mas diferente do mesmo, não busca uma abordagem tão subversiva e de desconstrução do gênero. Não estamos diante de um anime revolucionário e marcante, mas um bom mahou shoujo como há algum tempo não se via (pelo menos ao que esse começo promete).

As cenas de ação também merecem um destaque a parte. Estão bem trabalhadas e são empolgantes, mas ainda falta uma grande luta para de fato impressionar. O restante da parte técnica também está de parabéns. A condução do diretor Keizo Kusakawa torna o encadeamento de cenas algo bastante fluido e gostoso de se assistir. Sem dúvida a experiência que ele teve em Mahou Shojo Lyrical Nanoha, uma série que também se mostrou um “upgrade” no gênero, vai ajudar positivamente aqui.

Mas antes de terminar, alguém me diga por favor o por quê de uma escola que serve de fachada para uma organização secreta de garotas mágicas não oferece aulas de treinamento para luta e etc? Acho isso cretino demais! “Aprendemos tudo em batalha” é o cacete! É por isso que sempre morre alguém nessas coisas.

De qualquer forma, me surpreendi positivamente com este anime, mas ainda é difícil passar por toda a roupagem clichê e, até certo ponto, irritante do gênero. Mas acho que vai valer o esforço. Não estamos diante de um novo Madoka Magica e acho que ninguém envolvido com a produção quer isso. O objetivo aqui, até onde eu pude perceber, é fazer um bom mahou shoujo com uma pegada diferente.

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Desde que eu assisti a um mahou shoujo chamado Heartcatch […]

Watamote – Primeiras Impressões

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Sabem aquela sensação de quando você acaba de assistir a um primeiro episódio e sabe que está diante de uma excelente série? Então, foi assim que eu me senti com Watamote, ou, para os que curtem títulos gigantes, Watashi ga Motenai no wa Dou Kangaete mo Omaera ga Warui!

Kuroki Tomoko é uma garota tímida e reclusa que gastou boa parte do seu ensino fundamental com otome games, jogos de simulação de relacionamento para garotas. Porém, agora que ela está entrando no ensino médio, está decidida a passar sua popularidade dos jogos para a vida real. Um objetivo nada fácil de se alcançar.

Mas apesar de difícil, será bem engraçado de se acompanhar.

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Se vocês leram meu guia de sugestões e apostas da temporada, sabem que eu sugeri Watamote porque ele tratava do fandom e, como eu tenho sempre interesse em ver como as histórias retratam esse público, era assistida certa. Porém, eu sabia que poderia existir algo além. A fama de Watamote era muito grande nos diversos meios com os quais eu interajo. Mas para variar, eu nunca fui a fundo no material original para buscar um pouco mais sobre (maldita falta de tempo).

Porém, ao assistir ao anime, eu fico grato de ter esperado. Primeiro poque eu pude finalmente conhecer essa sensacional personagem que é a Kuroki. Cara, se pararmos para pensar na situação dela, é algo bem triste. Na verdade bem triste mesmo! Uma menina reclusa que tem um forte fobia social e que não consegue nem falar um “oi/tchau” para outras pessoas devido a tanto tempo só interagindo digitalmente. Mas o anime usa isso como uma espécie de humor negro.

Afinal, Kuroki é uma das pessoas mais loser que vocês jamais viram. E é sobre os olhos dela que vamos acompanhar a história. É nesse ponto que entra o excelente trabalho da equipe técnica, o segundo motivo pelo qual eu fico grato de ter esperado.

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A produção do anime conseguiu fazer um trabalho impecável na criação desse universo em que somos jogados. Ele é caótico e energético. Muitas pessoas não tem rostos pois não é isso que importa para a personagem principal, só o que eles dizem, ou a parte que ela considera importante do que eles dizem… afinal, por todo lado que ela anda as pessoas só falam de relacionamento, namoro, beijo, karaokê, etc.

A fantasia criada por Tomoki ao seu redor, seja nos seus momentos de viagem mental, se imaginando uma linda mulher, até desabar ao encarar a dura realidade no espelho, ou até mesmo em situações comuns, gerando momentos que deixariam Light e suas potato chips intrigado, tomam proporções ainda maiores sob a direção de Shin Oonuma (que não a toa dirigiu Baka to Test, outro anime que faz excelente uso de recursos visuais).

Em resumo, para não me estender demais, Watamote é um anime denso e pesado, tratando de uma temática bem delicada, como a depressão e fobia social, mas ao mesmo tempo, é leve e divertido. Competência do diretor e do material original. Para mim, uma das melhores adaptações de 4-koma (mangá feito por tirinhas de 4 quadros) que eu já vi. Espero fortemente que mantenha o nível até o final. Uma das melhores estreias da temporada e, com certeza, uma das mais interessantes.

Obs: Abertura e Encerramento SENSACIONAIS nesse anime.

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Sabem aquela sensação de quando você acaba de assistir a […]

Ginga Patrol Jako, Novo de Akira Toriyama – Primeiras Impressões

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 Se você recebe a notícia de que Akira Toriyama está preparando uma nova série, é claro que você vai esperar algo de qualidade. Esse é o cara que nos trouxe Dragon Ball, um dos animes mais famosos do universo, Dr. Slump e vários outros one-shots divertidíssimos de se ler. É nesse contexto que Ginga Patrol Jako (Patrulheiro Galático Jako, em tradução livre) estreia nas páginas da Shonen Jump.

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Jako, da Patrulha Galática, foi enviado a Terra para protegê-la de uma invasão de alienígena mal-intencionados. Porém, em seu caminho, ele bate na lua e acaba fazendo um pouso forçado em uma pequena ilha no Japão, habitada apenas por um senhor velho e rabugento.

Se tem uma coisa que eu destaco logo de cara nesse primeiro capítulo de Jako é que ele não tem um o mesmo clima das séries anteriores de Akira Toriyama. O humor não é daqueles escrachados, marca registrada do autor, mas sim uma coisa mais focada nos diálogos. Para falar a verdade, pouco se teve de humor nesse primeiro capítulo, mesmo se tratando de um gag manga.

O fato é que eu não sei se considero isso algo bom ou ruim. Eu sou a favor de que um anime/mangá/livro/etc tem que te conquistar logo no começo, mas eu também reconheço que existem obras que começam lentas e que melhoram exponencialmente depois. Mas a realidade é que Jako não me agradou nesse primeiro capítulo.

Achei tudo morno demais, sem emoção, sem graça… foram 35 páginas de nada. No entanto, o plot oferece um bom campo para desenvolvimento, o que deixa esperança para o futuro.

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Avançando na leitura do capítulo, nós ficamos sabendo sobre a razão do velho estar na ilha: ele era um cientista estudando viagem no tempo a mando do governo com o auxílio de sua mulher e outros cientistas. Porém, durante um experimento, uma das assistentes fez uma cagada e o laboratório explodiu, matando praticamente a todo, inclusive sua esposa. Após o projeto ter sido encerrado, em consequência do ocorrido, ele permaneceu na ilha, ao lado do túmulo de sua mulher e ainda nutrindo um desejo para realizar o sonho de ambos, o de viajar no tempo. Isso dá um pouco mais de profundidade ao personagem além do clichê “velho chato e rabugento” e dá campo para desenvolvimento, como eu disse.

Além disso, temos a própria situação dos dois. Isolados numa ilha, tendo que conviver e ainda com a iminente ameaça da raça humana ser destruída, ou pelos invasores ou pelo próprio Jako, já que ele não vê muito motivo para salvá-los.

A decisão de optar por um humor mais sério do que seus trabalhos antigos é interessante, afinal, é de Akira Toriyama que estamos falando. Não podemos condenar um trabalho do autor, sendo quem é, só por um capítulo. Ainda creio que Jako terá excelentes momentos e excelentes diálogos para nos entreter. Não esperem por um trabalho como qualquer outro que ele já fez, é algo novo, é uma experiência nova e eu espero que realmente que o resultado serja positivo.

Não acreditava que eu teria a oportunidade de acompanhar uma série do autor desde o capítulo 1 e só isso já cria um laço entre mim e Ginga Patrol Jako. Mas sim, tem que melhorar.

 Se você recebe a notícia de que Akira Toriyama está […]

Blood Lad – Primeiras Impressões

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Eu já sabia o que estava por vir quando comecei a ver o primeiro episódio de Blood Lad. Eu já tinha lido o mangá e sabia que Staz era um vampiro-otaku. Mas ver tudo isso animado foi bem engraçado.

Staz é um vampiro super poderoso que, diferente de seus antepassados, não gosta de gastar tempo indo atrás de sangue humano. Ele prefere é passar horas e horas lendo mangás e jogando video-games. Staz é um admirador da cultura dos humanos, principalmente de um “paíszinho” chamado Japão. Quando uma menina japonesa aparece no mundo dos demônios, Staz fica extremamente atraído por ela. Até ela morrer… e virar um fantasma… ficando completamente desinteressante para ele. Seu objetivo agora é trazê-la de volta à vida.

Quão estúpida esse cenário pode parecer? E é justamente por isso que eu achei Blood Lad um anime bem divertido!

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No entanto, pelo menos nesse primeiro episódio, o anime não passa disso. Divertido.

Sim, o episódio estava recheado de cenas cômicas, referências à cultura pop, etc, mas não houve nenhum momento em que eu realmente tivesse gargalhado. Pode ser porque eu já tinha lido essa parte no mangá, mas ainda assim, sinto que faltou um algo a mais.

Foi, sem dúvida, um anime bom de se assistir. O trabalho dos dubladores está muito bom (como eu acho que sempre tem que estar para séries com pegada de comédia), o ritmo do episódio não foi cansativo e até a animação, que poderia ser melhor, não atrapalhou. No entanto, a sensação que fica ainda é a de que é só mais um anime.

É engraçado pois eu tive uma reação bem diferente ao ler o mangá. Eu realmente gostei do que li e devorei o volume 1 rapidamente. Já no anime isso não aconteceu. Será que a história é tão perene assim? Será que não tem nada ali que me interesse além da primeira leitura/assistida? Seria fácil colocar a culpa na equipe de produção, que ainda não tem muita experiência no currículo, mas não consigo encarar de outra maneira além de uma falha do material original.

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Mas não sejamos melancólicos, o anime não é ruim. As referências ainda são divertidíssimas de se pegar e a defasagem do mundo dos demônios para o mundo dos humanos me remeteu ao início do meu hobby com animes/mangás/games/etc onde eu só tinhamos acesso a um milionésimo do que saia no Japão e achávamos tudo um máximo! Bons tempos…

O fato é que, por algum motivo, o tom da história pelo anime não foi o mesmo que pelo mangá. A comédia foi destacada mais do que na versão impressa, com um excelente uso de cores, por sinal, mas isso acabou desviando demais, o que me causou estranheza.

Infelizmente eu não queria só um anime divertido. Queria um anime REALMENTE divertido, que se destacasse dos demais. Não foi isso que recebi. Pode ser que para outras pessoas o que foi mostrado seja suficiente ou pode ser que eu esteja ficando um chato, mas o fato é que faltou algo.

Blood Lad é divertido, mas faltou algo. É essa a frase que define esse primeiro episódio para mim.

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Free – Primeiras Impressões

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E começou, de fato a Temporada de Verão 2013 nos animes! E que maneira de começar, não? Logo com um dos mais aguardados da temporada e, FREE, o novo anime do Kyoto Animation que botou o mundo fujoshi de pernas pro ar desde seu primeiro comercial. Então que comece o surto pois FREE estreou e entregou aquilo que todos esperavam… um anime bem feito cheio de homens sem camisa e com corpos definidos nadando. Claro que isso já foi o suficiente para causar os mais diversos surtos em seu público alvo e para ele FREE foi certeiro. Mas ok, e para os outros? E para aqueles que querem um anime interessante, com bons personagens e/ou uma boa história? Bem… aí a coisa se complica.

Começando com os personagens. Imagina um grupo de meninos, com corpos de caras BEM mais velhos, com vozes forçadamente infantilizadas graças a seus dubladores, além de extremamente feminilizados, inclusive com nomes femininos. Pegue aquelas séries genéricas de menininhas bonitinhas fazendo coisas bonitinhas e diga que aquelas personagens agora são homens. É isso que eu quero dizer, eles não mudam nada, continua a mesma fórmula, com as mesmas situações, só que agora eles tiram a camisa ao invés de mostrar a calcinha.

Claro que, como eu disse, existe público pra isso e este deve estar feliz da vida, mas para o público geral, parece tudo muito sem sentido de ser, do mesmo modo que eu acredito que aquele monte de anime moe genérico o são.

Mas vá lá, apesar de isso ser estranho, pelo menos para mim, os personagens, em sua maioria, não são irritantes… bem… talvez aquele que se faz de crianção. E o anime é bem feito, como eu disse, mas falta algo…

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Falta um bom motivo para me fazer assistir a isso. Afinal, a história não me pareceu interessante. O personagem de cabelo vermelho era amigo do pessoal, vai pra austrália e volta um filho da p*** se achando melhor que tudo e todos. Porém, o personagem de cabelo azul parece saber de algo que os outros, que estão lá só pra fazer palhaçada, e desafia o desafia o de vermelho para uma corrida na água. E é isso. Não rolou identificação com nenhum dos personagens nem com a situação em que eles estavam. Tudo pareceu superficial demais.

Mas é aquela coisa, se FREE acabar se tornando só um anime fanservice para fujoshis, não vejo problema algum, existem uma infinidade de outros voltados para o público masculino, mas eu queria algo além. Queria um anime que fosse interessante para todos podermos assistir.

Infelizmente, com uma dublagem péssima, personagens rasos e uma história que não motiva, não resta nada além do fanservice e fica pouca esperança de que pode melhorar. De melhor do pior, eu destacaria o personagem de cabelo azul que, pelo menos tem suas particularidades e problemas pessoais. O único que tem alguma profundidade.

Para mim, menos um anime para assistir.

PS: O que diabos foi aquele encerramento? rs.

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E começou, de fato a Temporada de Verão 2013 nos […]

Primeiras Impressões: Aiura

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E no meio da enorme quantidade de estreias nessa temporada, sai uma pequena pedra preciosa… um anime curtinho, de 4 minutos, sendo que 2 são dedicados a abertura e encerramento. Um anime sobre o nada, mas que me conquistou pelo seu belíssimo estilo de arte. Estamos falando de Aiura.

O anime não mostrou nada nesse primeiro episódio, nada mesmo! Não sei nem o nome da protagonista, que segue o estilo moe de ser, mas que está muito bem animada para um anime de curta duração. Mas não é a animação em si que surpreende… são os cenários e TUDO AO REDOR!

É tudo muito bonito, cheio de cores e num estilo meio desenho a lápis pintado com aquarela que me fez ficar babando nos 2 minutinhos que se passaram. Até o 3DCG ficou muito bem mesclado (ele é usado no ônibus). Sério… tem alguém por aí que não goste desse estilo de arte? É um dos meus preferidos!

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Parabéns, Aiura, você me conquistou com suas simplicidade e beleza. Não me importo se foi um primeiro episódio em que acompanhamos a protagonista indo comprar sorvete. E só isso. Foi belíssimo de se ver! Aiura, prepare-se pois vou te assistir toda semana, será aquele momento de relaxamento ocular onde decidimos simplesmente olhar para algo bonito.

Animes tão mais pretensiosos oferecem tão menos qualidade… de qualquer forma, recomendo que assitam… e ainda é tão curtinho…

E no meio da enorme quantidade de estreias nessa temporada, […]

Primeiras Impressões: Photo Kano

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E chegamos ao anime que eu assiti com o maior pé atrás da história, Photo Kano. Antes que vocês me perguntem porque eu assisti a essa série afinal de contas, eu digo que a resposta está no Guia da Temporada onde disse:

“Assim como o Fábio Sakuda (XIL) ficou interessado em Photo Kano por causa de uma certa catarse, eu me interessei por causa desse comentário dele”.

E é exatamente por isso que eu me submeti a assisti-lo. E se valeu a pena? Não, nem um pouco… mas vamos comentar melhor…

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O episódio começou e nós ficamos sabendo da situação do nosso protagonista, o típico estudante médio que não teve nada muito empolgante em sua vida… até ele ganhar uma câmera DSLR, uma câmera profissional digital. Seu pai havia comprado uma nova e deu a velha para o filho. A partir daquele momento, um monte de meninas do colegio resolve pedir para ele tirar foto delas, incluindo sua irmã, sua amiga de infância e super-popular na escola, a amiga da irmã e até uma extrovertida amiga do clube de softball.

Ouviram alguém gritar: “GENÉRICO!”? Eu ouvi.

Photo Kano segue sem tirar nem por a cartilha dos dating sim. O protagonista, cercado de um monte de meninas estereotipadas e clichês… um harém, como nós já bem conhecemos se assistimos animes há algum tempo. Eu não consegui resistir e quando apareceu a professora peituda na bicicleta eu caí na gargalhada de tanta cretinice.

Mas teve uma coisa que eu achei legal. O protagonista, acaba sendo alvo do clube de fotografia da escola, que tem como atividade principal, capturar a beleza feminina… se é que vocês me entendem.

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No clube, cada um tem uma habilidade mais marcante na arte de fotografar meninas. E sim, se você já percebeu, o nosso protagonista tira vantagem da situação de harém em que se encontra… ele opta por viver sua vida se aproveitando da situação em que se formou ao seu redor. Uma situação em que eu acredito, muitos fotógrafos amadores adolescentes já aproveitaram! Essa pitada de “realismo” foi o único ponto interessante do anime.

Mas não, não sustenta uma série inteira. Eles tentam colocar um dramazinho no final, mas o espectador nem se importa com aquilo, já que o foco claro da série é o fanservice. A animação porca, abaixo da média e o design um tanto sem graça dos personagens e dos cenários, faz com que a série não seja mesmo atrativa. O único momento em que se vê alguma qualidade, são nas fotos… mas aí são ilustrações estáticas… e acreditem, tem muita coisa estática nessa série.

Uma série fraca, genérica, que tem um plot meio abandonado e que nem no fanservice agrada tando, já que não é bem animado. Se vale a pena assistir? Claro que não.

Outras opiniões:

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Confira o resto das ‘Primeiras Impressões’ da Temporada de Primavera no ÍNDICE.

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