Category Archives: Primeiras Impressões

Primeiras impressões: Sparrow’s Hotel

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Mais um anime curtinho pra nosso deleite.

Sparrow’s Hotel conta a história de um hotel chamado Sparrow que tem uma atendente muito louca chamada Satou. Ela é super-linda, o que chama a atenção dos clientes e gera situações inusitadas, mas é também uma menina bastante estranha e desajeitada.

Honestamente, achei Sparrow’s muito ruim.  A animação é bem precária e a dublagem, mesmo sendo japonesa, é notoriamente ruim, em muitos momentos parecendo mais um anime feito com restos de uma produtora hentai.

As piadas são bobas e sem graças, aliás, nem bobas são, porque pra serem bobas elas tem que fazer algum sentido, são só sem graças mesmo.

O ponto alto se resume ao fato de ser bem curto, então você sempre pode dar uma chance que não vai perder mais que 3 minutos, mas eu não recomendo de forma nenhuma. 

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Comentário do Diogo: Eu não sei pra que diabos ele foi ver esse anime, rs. Mas a quantidade (minúscula) de texto usada pra escrever esse review é o máximo que uma pessoa poderia comentar sobre esse anime. Não percam seu tempo vendo isso. Sério…

Mais um anime curtinho pra nosso deleite. Sparrow’s Hotel conta […]

Primeiras Impressões: Mushibugyou

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Quando eu dei uma olhada no mangá de Mushibugyou a primeira impressão não foi muito boa. A arte era poluída demais e eu não conseguia entender muito bem o que estava acontecendo em cena. Pois bem, o anime saiu e eu puder ver que o que eu estava “perdendo” era um shonenzão de porrada bem divertido e leve de se acompanhar.

Após seu pai ter se punido com a perda de uma perna frente a uma falha em seu dever como Samurai, Jinbee decide assumir o legado e ir a Edo, servir na Equipe Anti-Inseto, uma espécie de grupo governamental criada para proteger a cidade dos insetos gigantes que a aterrorizam.

Sim, só isso… sem grandes criações mirabolantes, sem muita explicação, um anime que vai direto ao ponto.

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Assistindo a Mushibigyou, eu ficava o tempo todo pensando “nossa, se eu tivesse assistido esse anime quando era criança, iria ficar vidrado”. Não é por menos. O anime parece que saiu dos anos 90 e pousou em 2013 trazendo um sentimento forte de nostalgia. Os personagens que estão lá não prezam por originalidade em suas construções, mas por carisma. Eles aparecem na tela e o espectador já simpatiza com eles. Até a mocinha da história cai no clichê da “menina peituda que vê no protagonista a personificação de tudo que ela sempre desejou frente à situação em que vivia”.

E aí que vem a questão: muitos de nós não vamos assistir Mushibugyou porque já vimos um monte de séries parecidas, mas por isso vamos dizer que a série é ruim? De maneira nenhuma! Esse primeiro episódio me divertiu pra caramba! Eu sempre gostei de animes simples e eficientes e temos isso nesse.

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Mas é aquela coisa, tem uma certa apelação em destacar os peitos da mocinha peituda, mais uns fanservices aqui e ali, mas na boa, é isso que o público-alvo da série quer ver! É isso que atiça a cabeça da molecada que, como eu disse, se fosse eu, estaria adorando o que vi.

Tecnicamente falando, o anime é competente, mas nada além disso. Dá pra ver claramente certas técnicas usadas para cortar custos e a ação não é completamente mostrada, ficando restrita a uns poucos movimentos, mas que na montagem geral passam o impacto necessário.

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Mushibugyou, acredito eu, não foi feito para a maioria das pessoas que acessam esse blog, mas é competente no que se propõe a oferecer. Um shonen de porrada, que vai agradar seu público alvo com personagens carismáticos, ainda que nem um pouco originais, e aquela pitada necessária de fanservice para pirar a cabeça do pré-adolescente.

Não continuarei assistindo, mas não condenarei quem o fizer, seja por ser um pré-adolescente querendo um anime divertido para passar o tempo ou por mera nostalgia de lembrar como era legal ver esse tipo de anime.

Outras opiniões:

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Primeiras Impressões: Suisei no Gargantia

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O roteirista Gen Urobochi (Madoka Magica, PSYCHO-PASS) virou uma grife. Tudo que envolve seu nome é imediatamente colocado como a próxima grande maravilha do mundo dos animes. E isso não é bom. Afinal, se o público bota esse hype, é capaz da produção do anime também botar e até o próprio roteirista começar a acreditar em sua onipotência como escritor. Suisei no Gargantia sofre com isso… mas vamos por partes.

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O anime começa com muito bla bla bla, mas muito mesmo. Eu sou fã do gênero mecha e queria ver mais robôs em ação do que um monte de instruções militares em uma enxurrada de novas informações desnecessárias. Mas, tudo bem, apesar de chato, o motivo era mostrar a apatia do nosso protagonista frente a tudo e todos. Um menino que nasceu e cresceu como um soldado nessa guerra espacial entre humanos e a raça alienígena conhecida como Hideous.

No entanto, estou eu lá, vendo uma batalha supostamente épica e fundamental para a sobrevivência da humanidade e não estou com nem um pingo de empolgação. Será mais um recurso para fazer o espectador sentir na pela o que o protagonista sente em relação a tudo aquilo? Independente disso, era chato e eu queria que acabasse logo… até porque as escolhas de design dos robôs e do péssimo uso de 3DCG estava começando a me incomodar.

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A primeira metade do episódio acaba com Red, o protagonista apático a tudo e a todos, expressando sua primeira emoção ao ser sugado para dentro de uma fissura no tempo-espaço. Ficando imerso em um sono induzido pelo sistema de seu robô, o menino acorda em um ambiente bem distante do qual estava acostumado: em uma oficina, com um monte de pessoas falando uma língua estranha… mas eles parecem humanos.

A sequencia que se segue, do choque cultural entre os habitantes dessa nova região e Red foi o primeiro momento em que eu tive interesse no que estava acontecendo pelo episódio. Muito provavelmente por causa de Amy, que será a mocinha da história, ser uma pessoa bem carismática.

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Red tenta fugir da oficina e, quando consegue, seu robô cabeçudo, chamado Chamber, faz uma varredura no ambiente e revela que eles estão na T[…], não não vou estragar essa única “surpresa” pra vocês… quer dizer, se você leu a sinopse você já sabe… mas vamos supor que não e… ah, deixa pra lá. Eu achei esse gancho para o próximo episódio tão ridículo que dá até vontade de dar o “spoiler”.

Mas bem, Suisei no Gargantia esbanja uma boa produção técnica. As partes em animação tradicional são muito bem feitas e o design dos personagens, apesar de um pouco genérico, tem seu charme. Além é claro de toda a direção de arte e de efeitos visuais ser muito competente… tirando o 3DCG que… bem… eu já comentei antes e tá uma bosta.

A situação montada, por si só, já é interessante e irá garantir que eu assista mais alguns episódios, mas se a série não empolgar nos próximos, terei que largar, por mais bonita que ela seja.

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Suisei no Gargantia parece aquele anime que quer morder algo maior do que sua boca pode suportar. Um roteiro que parece querer mostrar uma conjuntura espacial mais grandiosa do que o padrão, mas que parece que não conseguirá encontrar maneiras de passá-la para o espectador. Uma parte técnica que tenta construir um universo belíssimo, bem animado e “vivo”, mas que acaba pecando em pontos chaves, como no design do robô e a 3DCG falha.

Não posso dizer que esse episódio foi excelente, principalmente se tratando de um primeiro episódio. Não empolgou, nem no seu final. Faltou emoção, faltou criar aquela catarse entre o espectador e o universo a ele apresentado. Por sorte, como disse, o cenário criado por Urobochi é interessante por si só e vai garantir que pessoas assistam mais episódios, ainda que por fidelidade ao autor, mas espero que melhore… pois precisa.

Outras opiniões em:

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Primeiras Impressões – Oreimo 2

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Nossa, já fazem dois anos que a primeira temporada de Oreimo acabou. Não parece mesmo. E essa série… nossa… ao mesmo tempo que me agrada, pois trata do universo dos fãs de animes e mangás, me frustra por ter uma personagem tão irritante quanto a Kirino. Que pessoazinha irritante, mas mais irritante que ela é o Kyousuke, o irmão, que tolera esse tipo de coisa. Mas, vá lá… em um âmbito geral, eu gostei de Oreimo, mas claro, muito mais pelos personagens secundários do que pela protagonista desagradável. Tanto é que nos ONA, anime para internet, exibidos após a conclusão da série, onde a Kirino resolve se mandar pros EUA, foi a melhor parte da história, conhecida como TRUE ROUTE.

E é exatamente esse final que a segunda temporada segue, não o final original da primeira. Então se você não viu os ONA, vá vê-los antes de assistir  essa segunda temporada!

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Bem, nesse primeiro episódio, Kirino já está de volta graças aos esforços de seu irmão para trazê-la de volta dos EUA. Porém, independente de tudo que aconteceu, a menina parece ter regredido ao seu estado de completa pentelhação e ignora o irmão como fazia antes de começarem os eventos da primeira temporada. Isso me irritou… me lembrei como eu odiava essa personagem.

Mas, para nossa felicidade, o foco não foi só esse, logo começaram a ser re-apresentados os personagens coadjuvantes e aí comecei a ficar um pouco mais calmo e feliz de estar assistindo essa série novamente. O ápice do episódio foi quando Kyousuke indaga a Kuroneko sobre a relação entre os dois. Se você não sabe o que eu estou falando é porque não viu o TRUE ROUTE! Vá ver, já disse!

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Infelizmente a cena não tem continuidade pois os dois são interrompidos, mas fiquei com aquela sensação de que uma necessária atenção será dada a esse plot, além da Kirino, o que me deixa feliz pois eu não estou nem aí pelo que a Kirino faz ou deixa de fazer. Para mim ela deveria ser mais coadjuvante que coadjuvante e a história deveria focar mais no Kyosuke interagindo com a Kuroneko e a Saori.

Falando na Saori, sem dúvida ela é uma personagem que eu gostaria de ver mais! Na primeira temporada, descobrimos que ela é rica e bonita, mas só isso! Não sabemos mais nada! Quero informações! Segunda temporada, espero que você me dê!

O episódio então se segue com a Kirino finalmente cedendo ao seu lado otaku e levando seu escravo irmão para compras em Akihabara, o paraíso dos otakus. Afinal, ela perdeu muita coisa estando fora do país por três meses.

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Tecnicamente o anime continua tão competente quanto a temporada anterior… e bote competente nisso. A animação é realmente boa, assim são todos os outros elementos da produção. Fico feliz da qualidade ter sido mantida.

Quanto à história, quero menos Kirino e mais todos os outros personagens! Quero saber mais sobre o como a Saori entrou no mundo das otakices e  que impactos isso tem em sua vida! Quero ver onde vai dar o relacionamento entre Kyousuke e Kuroneko! Quero ver mais da Ayase, que sempre me deixou intrigado… e por aí vai. Quanto menos Kirino, melhor.

Se você gostou da primeira temporada, vá conferir sem medo! Se não curtiu, não espere grandes mudanças nessa. Creio que o status quo será mantido, mesmo eu querendo que não seja assim.

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Primeiras Impressões: Shingeki no Kyojin

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Alguém achava que seria diferente? Alguém achava que esse anime poderia ser ruim? O que foi isso, minha gente? Mas o que foi isso?! Um dos melhores primeiros episódios que já vi em toda minha vida! Daqueles que te deixam irritado ao final pois terá que esperar uma semana para ver o episódio seguinte. Confesso que estava sentindo falta de animes que me fizessem sentir assim, de animes que me puxassem tanto pra dentro do seu universo que eu ficaria esperando o episódio seguinte como uma velhinha espera o episódio final da novela! Bem vindo, Shingeki no Kyojin!

O anime segue a risca a ordem dos acontecimentos assim como no mangá original, mas dá um “level up” a tudo dando uma maior magnitude ao que acontece em cena. Assim que se bota o olho no anime, se nota o precioso trabalho da produção com o design dos personagens e a animação. É tudo muito bem feito e isso encanta os olhos do espectador.

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Abreve cena de luta entre os humanos e o titã na floresta já mostra que as cenas de ação desse anime prometem ser FANTÁSTICAS, para dizer o mínimo. Um excelente trabalho de câmera e animação.

Nesse primeiro momento conhecemos também um pouco do universo que passaremos a acompanhar. Há centenas de anos a raça humana enfrentou a ameaça dos gigantes e quase foi extinta. Os poucos que sobraram tiveram que se isolar numa cidade murada para se proteger. Cem anos se passaram sem incidentes.

Conhecemos também o nosso protagonista, Eren, um menino que diferente de seus pais, sempre quis conhecer o mundo fora do muro. Seu objetivo é se juntar à Patrulha de Reconhecimento, um grupo de soldados que vai além do muro para tentar descobrir mais sobre os titãs e como derrotá-los. Também conhecemos Mikasa, irmã de Eren, e Armin, amigo dos dois.

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No entanto, tudo que esses meninos conheciam muda para sempre quando um gigante maior do que tudo que eles já tinham visto aparece do lado de fora de montanha. Um gigante diferente dos outros. Ao invés de parecerem humanos (bem assustadores) em tamanho GG, ele não parece ter pele, só tendões e músculos. Uma figura assustadora por si só, ainda abre um buraco no muro, por onde os gigantes invadem e causam terror e destruição. Erin e Mikasa tentam salvar sua mãe, que fica presa nos escombros, mas em vão. A dupla acaba sendo “salva” por um patrulheiro, mas testemunham sua mãe ser devorada por um dos gigantes. Naquele momento, Erin jura vingança àqueles seres destruidores.

Cara, QUE QUE É ISSO! É tensão do início ao fim do episódio! Tudo muito bem dirigido, narrado, executado! Nossa, não consigo botar um defeito sequer nesse primeiro episódio. Não dá! É dado tempo ao tempo. As coisas são bem desenvolvidas e você chega no climax do episódio na ponta da cadeira testemunhando tudo aquilo.

Que me perdoem os fãs do mangá, mas ao que parece, essa história vai funcionar muito melhor em versão animada devido à competência de TODOS que estão trabalhando nessa produção. Shingeki no Kyokin fica travado num ritmo mensal, mas semanal e animado com essa qualidade? Tem tudo pra ser um dos grandes clássicos dos animes! Daqueles que comentaremos daqui a muitos anos ainda!

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Ainda estou um pouco estasiado com o que assisti. Shingeki no Kyojin simplesmente pegou todo o hype que estavam colocando em cima dele e correspondeu ponto a ponto, ficando ainda melhor do que eu esperava. Queria ter ouvido o encerramento cantado pela Hikasa Youko, mas fica pra semana que vem, não me importo.

Ao que parece, o anime terá duração de, no mínimo, 25 episódios, o que me deixa ainda mais feliz! Chega logo semana que vem, quero ver a continuação desse episódio! Shingeki no Kyojin, a melhor estreia da temporada, possível melhor anime da temporada, possível melhor anime do ano e detentor de um primeiro episódio como há muito eu não vejo. Parem de ler isso aqui e vão assistir, se ainda não o fizeram! Depois voltem e deixem um comentário dizendo o que acharam!

Leia também no Genkidama:

>> Shingeki no Kyojin e por que a Jump não é tudo no mundo (XIL)

>> Primeiras Impressões de Shingeki no Kyojin (Gyabbo)

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Primeiras Impressões – Aku no Hana

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As vezes não conseguimos entender muito bem o que faz a cúpula de produção de um anime tomar certas decisões na hora de adaptar as obras que tem em mãos. No caso de Aku no Hana, o uso de uma técnica chamada rotoscopia, uma espécie de avô da captura de movimento. Uma técnica que sempre foi polêmica em muitos dos momentos em que foi usada.

Para mim é uma técnica ultrapassada e estúpida que pega todos os bons elementos de uma encenação live-action e joga no lixo, assim como pega todos os elementos de uma animação e joga no lixo, criando um combo dos elementos ruins de ambas as partes. Legal né? Só que não. O resultado do uso dessa técnica em Aku no Hana foi desastroso.

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Na história, Takao é um menino vidrado em livros, principalmente nos de Charles Baudelaire, francês, considerado um dos precursores da poesia moderna, cujas temáticas não reinam no plano do belo, mas no plano do sujo, do caos, da destruição, do podre e por aí vai. Em um dia como outro qualquer, Takao ve na sala de aula uma sacola com as roupas de ginástica de sua grande musa, Saeki. Em um surto, o menino rouba as roupas, mas é flagrado por Nakamura, uma menina bem estranha que habita sua sala. A vida do menino nunca mais será a mesma depois disso.

Olha, eu já havia comentado via Twitter sobre o mangá de Aku no Hana, mas, de maneira breve, para não me estender muito, resumirei o que eu acho:

Aku no Hana conta uma história interessante, um drama psicológico denso cujo desenvolvimento ruma para uma imersão em sentimentos de depressão e autodestruição dos protagonistas. Até aí tudo bem. No entanto, tudo acontece de forma muito complacente com a sequencia de fatos. Parece que tudo que acontece no universo é friamente calculado para potencializar esse drama tornando-o muitas vezes desnecessariamente exagerado, tal qual muitas obras que tocam na temática do bullying o fazem. Apesar disso, a história de Aku no Hana ainda motiva o leitor a saber até onde aquilo vai chegar, o que é uma característica louvável, no entanto parece que todos os personagens na obra tem severos problemas psicológicos. Parece irreal demais que eles tenham se juntado em tamanha coincidência de eventos. Sim, Aku no Hana me pareceu forçado demais. Mas ainda assim é um bom mangá e, caso você esteja no estado de espírito de consumir uma obra do gênero, é uma leitura recomendada.

Tendo dito isso, vamos ao anime.

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A adaptação feita pelo estúdio ZEXCS sob direção de Hiroshi Nagahama (Detroit Metal City) resolveu extrapolar nos elementos experimentais do mangá em que se originou. Se o mangá de Aku no Hana experimentava trazendo uma narrativa densa, carregada e por aí vai, o anime resolveu criar chocar também no elemento estético. O traço original foi completamente deturpado frente ao uso da técnica de animação escolhida.

Entusiastas de animação que me perdoem, mas ao assistir Aku no Hana eu me senti vendo um filme de baixíssimo orçamento, em 5 quadros por segundo com um filtro tosco de “efeito anime” posto pelo estagiário. É dessa forma que eu interperto a “experiência estética” de Aku no Hana, infelizmente.

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Mas, nem tudo é uma bosta nessa adaptação. Tenho que fazer justiça e pontuar os bons aspectos desse anime que tanto está chacoalhando e irá chacoalhar ainda mais o fandom.

Para começar, os cenários. Lindos, muito bem trabalhados e inseridos. Pena que os personagens parecem tão deslocados dentro dele, quase que como num chroma key de quinta categoria. Mas estamos aqui para falar das qualidades desse anime, então o destaque fica para com a ambientação e, de certa forma, com o roteiro, pois estão ligados.

O anime acontece de forma muito lenta e gradual. Só para vocês terem uma ideia, nesse primeiro episódio tudo foi preparado para o menino olhar a roupa da menina na sala. Só isso. Pegá-la? Só no episódio seguinte. Começar o plot de verdade? Chuto só no terceiro. Se eu vou aguentar até lá? Não.

Mas de qualquer forma, esse ritmo lento, somado ao uso de planos fixos e de imagens de transição duradouras e uma música densa e monótona, cria todo um ambiente de tensão que condiz bastante com a história que eles estão dispostos a contar.

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Mas é aquilo, nem tudo é feito para todos. O anime de Aku no Hana não é feito para mim e provavelmente não será do agrado de muitos de vocês que estão lendo esse post.

Talvez, toda essa experiência estética funcionaria melhor no formato de um filme animado, ao invés de uma série. Sei das limitações orçamentárias de uma série de TV e elas ficam bem evidentes nessa adaptação. Talvez em um filme, com mais tempo de produção e dinheiro as coisas ficariam um pouco melhores.

A questão é que, pessoalmente falando, a adaptação de Aku no Hana não vale a pena, nem por curiosidade. É fato que a história não será tão bem desenvolvida quanto o mangá então não perderei meu tempo. Se vocês quiserem assistir, o façam, mas fiquem com o conselho de que o mangá é melhor. Fico grato por eu ter lido a história antes pois se eu tivesse assistido a esse anime primeiro não teria ficado nem um pouco interessado pelo mangá.

O Crunchyroll irá exibir Aku no Hana simultaneamente ao Japão começando segunda.

Opinião do Fred

Eu acho que Aku no Hana tem tudo pra ser o melhor anime da temporada, porque o mangá em que ele se baseia é uma obra-prima na minha opinião, porém, do jeito com que foi apresentado, está longe de apresentar o mesmo sentimento que o mangá carrega.

O excesso de enrolação obviamente tem uma razão, que é o de demonstrar o quanto o dia a dia dos personagens é monótono e vazio, porém, é tão excessivo que chega a diminuir a qualidade da história. Você não vai ver um filme com 2 horas de duração porque os dez minutos finais são legais e aqui nós temos um episódio inteiro pra chegar aonde o mangá chegou em cinco páginas.

O efeito rotoscópico não me é tão ofensivo quanto é pro Diogo, mas os personagens não parecem tão frágeis e inocentes quanto no mangá, o que diminui em muito o impacto que o mesmo causa, assim como deixa muita coisa sem sentido. No mangá, temos crianças com conflitos meio doidos, aqui, temos jovens com conflitos que não cabem tão bem. Pode ser que pro japonês seja assim, mas o Kasuga do mangá tem um aspecto bem pueril e juvenil, que se empolga com coisas pequenas e fica nervoso com bobagens, enquanto o do anime já parece um jovem formado e desinteressado. Isso muda um pouco a situação e deixa alguns pensamentos do Kasuga completamente opostos ao que ele apresenta de forma física.

Aku no hana é um belo mangá, ainda que os personagens sejam todos perturbados, eles representam aquilo que todos nós temos, um lado escuro dentro de nós e que se você deixar aflorar, pode acabar te consumindo. No fim, é uma história de relacionamentos entre pessoas com problemas e que extravasam da pior forma possível, mas que ainda assim é algo belo de se ver e acompanhar… Acho os personagens apaixonantes, ainda que seus problemas sejam uma tempestade em copo d’água, acho muito lindo ver as interações entre pessoas que parecem que estão a um centímetro de explodirem.

E o anime não conseguiu capturar esses sentimentos em momento algum. Vamos ver se no próximo capítulo teremos uma quebra de paradigmas e a série comece a correr ou se ficaremos nesse marasmo do primeiro capítulo. De qualquer forma, fica a dica: Leiam o mangá. Pode não ser sua praia, mas ainda assim é algo único. Se você gosta de um drama relacionado ao estado mental de pessoas, não posso indicar coisa melhor. Não espere nada bonito, mas espere algo especial.

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Primeiras Impressões – Hataraku Maou-sama!

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E enfim estreou o anime que coloquei de última hora no Guia de Sugestões do Anikenkai por dois motivos simples: parecia bem feito e tinha uma personagem dublada pela Hikasa Youko. Okay, não só por isso, mas também porque achei a história tão doida que poderia ser muito legal, tal qual Ben-to foi. Bem, agora era só dar o play e ver se minha intuição havia acertado acertado mais uma vez.

O episódio começa de uma maneira que eu não esperava, dando um considerável atenção à guerra entre o grande rei dos demônios, Satan, e seus súditos contra o reino dos humanos. Após uma sequencia de ação muito bem animada e recheada de boas sequencias de porradaria, Satan é derrotado e isolado em uma outra dimensão… a nossa dimensão.

E é nesse ponto que a história realmente começa. Não foi uma surpresa para mim pois a sinopse entregava tal situação, mas o anime já começou a me agradar quando botou Satan e seu general falando um idioma estrangeiro exageradamente cômico. Sério… palmas para os dubladores que deviam estar falando qualquer bosta, mas acabou ficando muito engraçado. Destaque para a cena em que Satan tenta falar em japonês no Banco e comemora a atendente ter entendido. Quase caí da cadeira naquele momento.

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Acontece que após uma sequência hilária de estranhamentos culturais, os personagens entendem que a dinâmica dessa sociedade é dinheiro e que eles precisam tentar arranjar algum para sobreviver. Para isso, eles conseguem identidades falsas (Satan se chamará Sadao Maou e seu general será Shirou Ashiya) e consegue um emprego em uma lanchonete MgRonald (não dá pra não rir da cretinice) e surpreendentemente se mostra um funcionário bem competente! Ele tem que dar seu melhor para conseguir retomar seu poder e voltar para seu mundo e… de quebra… tentar dominar essa dimensão também. Enquanto ele trabalha, seu general, Ashiya, passa seu tempo pesquisando maneiras de retomarem seus poderes mágicos.

Porém, quando todos pareciam muito acomodados com a nova situação, ao tentar ajudar uma pequena jovem na chuva, Maou descobre que ela é a heroína que o derrotou em sua dimensão (a personagem dublada pela Hikasa Youko, só pra constar). O episódio termina aí, com esse interessante gancho em aberto. O que diabos (não foi intencional, juro) ela estaria fazendo ali e por quê?

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Hataraku Maou-sama! me fez rir de verdade e me fez criar uma simpatia com seus personagens. Isso se deve a um bem executado trabalho narrativo que dedicou tempo certo a construir toda uma atmosfera para nós. Caramba, mais de meio episódio foi dedicado a mostrá-los antes de chegarem à nossa dimensão. Isso faz com que nós nos importemos mais com os personagens pois vemos eles sendo melhores desenvolvidos para nós. Ver a cena onde o general se revolta com o comodismo do Satan frente aquela toda situação tem uma catarse muito maior pois o espectador também se sente assim. O cara é o rei dos demônios e tá feliz da vida trabalhando numa lanchonete? Qualé!

Além do roteiro estar com um bom ritmo narrativo, também está com um excelente timing para as piadas. Tanto as mais indiretas (como o nome MgRonald) quanto as mais diretas, como a já mencionada cena no Banco ou a cena em que o general cita o filme Supersize Me. Em todas elas eu dei risadas honestíssimas e fico muito feliz quando isso acontece.

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Não é mesmo todo dia que aparece um anime que me diverte assim, de maneira simples, eficaz e além de tudo isso ainda numa roupagem muito bonita trazida pelo estúdio WHITE FOX (Steins;Gate). Fiquei plenamente satisfeito com esse primeiro episódio e contente por minha intuição ter acertado novamente.

Sinto que irei me divertir muito com esse anime e creio que vocês também o irão. Deem uma chance a Hataraku Maou-sama!, ou como está sendo chamado internacionalmente, The Devil is a Part-Timer!. Uma boa pedida para quem quer um anime bem feito, com um bom roteiro e diversão na medida certa. Ah, e sim, é provável que tenhamos um pouco de fanservice nos episódios que estão por se seguir, mas não creio que isso ofuscará as qualidades da série. De repente, irá até melhorar, se for colocado nos momentos certos.

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Primeiras Impressões – Devil Survivor 2

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Eu esperava que Devil Survivor 2 fosse um bom anime. A história era interessante e a equipe era competente. Mas o que eu vi nesse primeiro episódio foi algo além. Um anime que me começou me prendendo pela história e me prendeu mais ainda quando as cenas de ação começaram.

O anime começa tranquilo, apresentando a dupla Hibiki e Daichi conversando sobre o que farão de suas vidas ao saírem da escola. Ir para a faculdade ou curtir um pouco a juventude é a maior preocupação dos dois rapazes. Porém, Daichi apresenta a Hibiki um curioso aplicativo em seu celular que anuncia a morte de pessoas pouco antes delas acontecerem.

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Apesar dos dois levarem tudo aquilo na brincadeira, eles ficam um tanto preocupados quando um vídeo de suas próprias mortes aparece. Logo, uma catastrofe se desencadeia na estação de metrô em que estão e os dois morrem. Ou é o que parece. Nicaea, o aplicativo em questão, os dá uma segunda chance de viver, baixando em seus celulares um aplicativo de invocar demônios. Ao acordarem, percebem que a estação está cheia deles, mas são salvos por um demônio invocado por Nitta, uma colega do colégio que, ao que parece, também firmou um contrato com o aplicativo. Daichi em seguida descobre que também possui a habilidade de invocar demônios e o trio consegue escapar.

Até esse momento no episódio tudo acontecia de forma bem padrão, ainda que com uma excelente qualidade técnica, mas é quando os amigos decidem ir até a casa de Nitta saber se sua família está bem que o anime realmente me fisgou.

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Sem estragar muito o episódio para quem ainda não assistiu, digo que uma frenética sequencia de ação começa onde Hibiki invoca pela primeira vez seu demônio e não tem como não ficar empolgado com a luta que se segue. Além de muito bem animada, é muito bem dirigida e, consequentemente, empolgante. Fiquei quase na ponta da cadeira enquanto assistia. O anime me conquistou nesse ponto.

Eu fiquei, de fato interessado com a história de Devil Surivor 2 e empolgado com o que me foi mostrado. O trio de protagonistas ainda precisa ser melhor desenvolvido, claro, afinal se trata apenas de um primeiro episódio, mas espero grandes surpresas, principalmente vinda de Nitta, que me pareceu um tanto quanto misteriosa, principalmente no olhar. Há também o fato de que uma organização governamental parece saber a realidade por trás do que está acontecendo, mencionando algo como “a humanidade precisa sobreviver ao Julgamento Final, mesmo que usando aqueles demônios”.

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Muito provavelmente os protagonistas não são os únicos que ganharam o poder de invocar demônios através do aplicativo. O camaradinha que aparece ao final do episódio parece deixar isso bem claro. E dou destaque a ele pois pra mim foi o único ponto negativo de todo o episódio. Me deu uma sensação de vilão clichê exagerado aquele personagem. Espero estar enganado, mas podiam ter terminado o episódio sem ele.

Devil Survivor 2 me agradou muito e se mostrou imperdível pra quem quer uma boa dose de ação com uma pegada sobrenatural tudo muito bem animado, dirigido e executado. Tenho fé de que teremos um bom anime em mãos. O fantasma da fracasso de Persona 4 não mais paira sobre esse anime. Não depois desse primeiro episódio.

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Eu esperava que Devil Survivor 2 fosse um bom anime. […]

Maoyu – O porquê deste poder ser o melhor anime da temporada

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Se eu te mostrasse a imagem acima e falasse que se trata do melhor anime da temporada você provavelmente não acreditaria, não é? E eu não condeno você por isso. Nós somos bombardeados todas as temporadas com animes que dão mais atenção a peitos grandes do que a uma boa história. Porém, para nossa sorte, de vez em nunca aparece um que foge dessa amalgama. Um anime que traz uma boa história, bons personagens e cujo fansevice está ali da maneira mais natural possível, sem atrapalhar a história ou roubar toda atenção para si. Esse anime é Maoyu (Maoyuu Maou Yuusha), que pode tranquilamente levar o título de melhor anime da temporada.

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Se eu te mostrasse a imagem acima e falasse que […]

Primeiras Impressões – Vividred Operation

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Eu confesso que estava com um pouco de preconceito para com Vividred Operation. Parecia que seria mais um daqueles cheios de fanservice e sem um pingo de história ou algo que o valha. Porém, como o visual da série me chamou a atenção, fui dar uma chance. O que eu vi foi um anime que… sim, tem seu fanservice, mas fez algo além, conseguiu misturar de forma interessante os gêneros “sci-fi” e “garotas mágicas”.

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