Category Archives: Avaliações/Reviews

E o pior é que eu gostei do VERDADEIRO FINAL de Ore no Imouto…

Eu não sei porque.. não sei mesmo o porquê deu ter pegado o 13º episódio de Ore no Imouto que saiu no início dessa semana. Porém, algo me diz que foi o fato deu ter assistido ao VERDADEIRO FINAL (já que o final que foi exibido na TV era o alternativo) e fiquei curioso pelo fato da Kirino ter ido embora e da Kuroneko ter entrado na escola do Kyousuke. Na verdade, confesso que esse episódio me pegou de surpresa pois tinha me esquecido que ele ia sair.

Pois bem, no final das contas lá estava eu assistindo a esse anime que tanto critiquei por ter jogado uma boa idéia no lixo. E sabem qual é o pior de tudo (ou deveria dizer “melhor”)? Eu gostei desse final.

Como vocês já devem ter percebido, eu não gosto da Kirino. Não é uma boa personagem e não há NENHUM desenvolvimento da mesma na série. Quando eu assisti ao “verdadeiro final” fiquei feliz de saber que ela tinha se mandado para os Estados Unidos. O que dizer então dum episódio totalmente SEM a Kirino? Eu tinha que assistir.

Para começar, passamos a saber o nome real da Kuroneko, Ruri Gokou. Um nome horrível, mas ainda sim um nome. E é engraçado ver o Kyosuke apresentando-a como Kuroneko para as pessoas e essas chamando-a assim. De fato rendeu umas risadas.

Outro motivo por eu ter gostado, foi a manutenção da amizade entre Kyosuke, Kuroneko e Saori. Rola uma química muito mais interessante entre eles do que quando a Kirino está no meio da brincadeira. Novamente tenho mais um motivo para achar que a Kirino não deveria ser personagem principal.

Gostei também das auto-referências. O plot da irmã mega-fujoshi do amigo do Kyosuke (aquele que aparece nos dois finais comprando o jogo BL pra irmã) foi divertidíssimo. Me deixou curioso pois eu tinha uma suspeita de que era ela, mas quando o Kyosuke liga pra ele pedindo ajuda de como domar a fera, eu cai na gargalhada.

Não posso negar que me diverti com esse episódio. Ri bastante e gostei de assistir. De fato me deu vontade de acompanhar a próxima temporada também. Claro que provavelmente ela vai seguir o final em que a Kirino fica no Japão, mas mesmo assim me fez ver que esse anime não é de todo ruim. Terão episódios que eu gostarei e que valerão a pena assistir.

Taí algo que eu nunca esperava dizer.

Eu não sei porque.. não sei mesmo o porquê deu […]

“Ainda há esperança!” ou “Nodame Cantabile no Animax”

Antes de começar esse post. Gostaria de esclarecer qual foi meu intuito ao escrever o post sobre Nana na MTV. Em momento algum eu quis que não fosse exibida a série e em momento algum eu disse que é errado ela vir legendada para o Brasil ao invés de dublada. O que eu disse é que, por ser legendada, eu não assistiria pois já assisti nesse formato e sem ter que aturar os comerciais bizarros da MTV. Ou seja, EU não assistiria. Nada impede do público normal do canal assistir ou de vocês, leitores, assistirem. O que eu quero é que mais canais tragam animes para o Brasil. Sejam eles legendados ou dublados. Só que eu me reservo ao direito de não querer vê-los se não atenderem ao que eu procuro.

Pois bem, dito isso, bola pra frente e vamos falar de Nodame Cantabile que estreou no Animax nessa segunda-feira, 14/03/11, às 7:30 da manhã. Sim, esse é o horário de Nodame com — olha só que legal — reprise às 3 da manhã do dia seguinte à exibição. Tirando o fato do horário extremamente inconveniente — que fez valer o preço que eu pago no SKY HD que me permite gravar a programação — eu estava bem ansioso por essa estréia.

Os motivos são vários. Eu adoro Nodame Cantabile. Adoro a Nodame. Adoro o visual da série. Adoro música clássica. E gosto de dublagem. Sim, eu gosto de dublagem. Quem me conhece sabe disso. E como esse anime foi dublado no estúdio Álamo, extremamente competente, minha primeira sensação foi de alívio. A série que eu tanto gosto foi parar nas mãos de um bom estúdio, não em certos lugares situados na costa sudeste dos EUA.

Porém, todos sabem a novela que foi até esse anime chegar aos nossos lares. Foi anúncio de cancelamento do projeto, de que o Animax iria parar de passar animes e etc. O que importa é que ele estreou e, o melhor de tudo, estreou fazendo bonito.

A dublagem de Nodame Cantabile pela Álamo está muito boa. As escolhas para os personagens principais ficou excelente. A Nodame não perdeu sua fofura, espontaneidade e desleixo. Chiaki não perdeu sua postura, firmeza e prepotência. Tudo está como devia estar. Um excelente trabalho, de fato.

O @ikarileo comentou comigo no twitter sobre o único ponto que ele tinha notado que ficou diferente do original, que foi a troca do apelido do professor Kouzo de “Professor Harisen” por “Professor Picareta”. Olha, assim como eu comentei com ele via twitter, digo a vocês aqui também. As pessoas que estão vendo o anime no Brasil são obrigadas a saber o que é um Harisen? Na verdade, eu só fui saber que o nome daquele gigante leque japonês de papel era esse quando assisti Nodame. Informação inútil que ocupou espaço da tela com notas de tradução (ou de “não-tradução). O propósito do apelido está em ser um apelido. Se for “Harisen” ou “Picareta” tanto faz. O efeito é o mesmo — a criação de um apelido jocoso para o professor — mas com um alcance de público muito maior. Mudança extremamente válida.

Tirando esse ponto específico, eu não vejo o que há para reclamar. Confesso que fique extremamente satisfeito com o trabalho da Álamo e farei o possível para assistir toda a série pelo Animax. Com a ajuda do meu fiel escudeiro, o gravador da SKY, por que a Animax só pode estar de sacanagem com esses horários.

A lição que tiramos dessa estréia é que dá sim para fazermos hoje em dia dublagens tão agradáveis quanto às do passado não tão distante que lembramos com carinho. Ainda há esperança. Assistam sem preconceitos e se divirtam com a pianista impulsiva e o aspirante a maestro com medo de aviões.

Antes de começar esse post. Gostaria de esclarecer qual foi […]

Uma breve comparação… Patlabor TV: DVD x BD

Eu devia estar em outro mundo que não soube do lançamento de Patlabor em Blu-Ray. Logo que descobri, fiquei bem animado, afinal sou um grande fã e considero este um dos animes mais legais que já vi. Ok, até então não é motivo para eu vir aqui fazer um post. O que me motivou, foi um reply que eu recebi em meu twitter perguntando se valia a pena ou não a edição em Blu-Ray, já que Patlabor já era bom em DVD. Aí sim, tive que dedicar algum tempo da minha vida e comparar ambas as edições.

Para começar, gostaria de deixar claro que tive acesso a ambas as edições, não só em DVD como em Blu-Ray também e posso afirmar que ambas são lindas e merecem figurar a estante de qualquer fã, mas vamos ao que interessa, as comparações.

Audio

Vamos começar por esse ponto. É importante destacar que o master original de Patlabor tem som estéreo. Logo, esperar som 5.1, 7.1, o que fosse de um master estéreo é pedir demais. Porém, mesmo sendo 2.0, o som é incrível pois está num formato lossless (sem perda de qualidade) conhecido como Linear PCM. E por ser estéreo, nós, meros mortais, que não temos equipamentos de som de milhares de reais para aproveitar ao máximo os sons de blu-rays, poderemos aproveitar em totalidade o áudio dessa edição tendo uma TV boa com um som decente, ou um pequeno equipamento de som integrado com a sua TV. Afinal, só precisamos de dois canais. Vale lembrar também que quanto melhores as caixas, melhor o som vai ficar. O DVD conta só com áudio Dolby Digital estéreo, que tem perda em relação ao master.

Vídeo

Agora chegamos na parte que mais importa pra muita gente… o vídeo. Eu estava curioso pra ver o vídeo dessa edição. Quando coloquei pela primeira vez, antes de ver o DVD, não teve nada que me chamou a atenção. Na verdade, achei curioso poder conferir detalhes da animação feita a mão que não eram possíveis quando assisti pela primeira vez. Mas foi como eu disse, o traço antigo mascarou um pouco a alta qualidade. Não há degradês, não há grande efeitos especiais, que necessitariam de TVs em Full HD para serem aproveitados. Confesso que foi uma certa decepção. Mas acalmem-se. Essa não foi minha avaliação final.  Era a hora de colocar o DVD e comparar. Será que a diferença estaria só mesmo na quantidade de pixels na tela? Nada mais? O resultado da comparação está na captura selecionada abaixo e nas outras que se encontrarão ao final do post. Para acessá-las, basta clicar em “Read the rest of this entry“.

É… a diferença não está só na quantidade de pixels. A imagem do blu-ray trás uma vida nova às cenas. As cores foram remasterizadas e agora contam com uma definição melhor além de um maior contraste. Reparem nos parafusos da cabeça do Ingram. Na imagem do DVD mal dá para notá-los, já no blu-ray você vê isso e mais um pouco. Incrivel. Incrível mesmo. Aos que reclamam do aspecto 4:3, não foi economia não. O master original é em 4:3 (fullscreen) e não 16:9 (widescreen). O anime foi feito para a TV, TVs de tubo, por isso o aspecto ser da maneira que é.

Considerações Finais

Respondendo à pergunta que me fizeram no Twitter, digo que vale MUITO a pena ter esses blu-rays. Porém, aí vem o caso triste. Para começar, não tem legenda em inglês e muito menos em português. Se isso já não fosse o problema, tem o preço. Sem frete, cada box sai por mais de R$600,00, o que faz o preço final dos dois boxes (que compreendem todos os episódios da série) passar de R$1200,00. É uma grana preta. A grande chance é aguardar um futuro lançamento nos EUA, porém, acho isso bem improvável. Não conheço a recepção de Patlabor por lá, mas acredito que não seja suficiente para relançarem a série por lá em um novo formato (eles já tem em DVD).

Mas, se mesmo assim, você quiser comprar (fã que é fã, é fã… eu entendo…), indico a CDJapan para tal compra. Os links se encontram também ao final do post, junto do resto das capturas que fiz. Para ver, basta clicar em “Read the rest of this entry” aqui em baixo.

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Eu devia estar em outro mundo que não soube do […]

1º Anikenkai Awards – Os melhores dos animes de 2010

Rufem os tambores porque está começando o 1º Anikenkai Awards! O prêmio mais importante do mundo dos animes (para mim e para minha mãe)! rs.

Deixando a brincadeira de lado, estou muito feliz de trazer a vocês a minha singela opinião sobre o melhor que 2010 pôde nos oferecer no quesito animes e mangás. É costume meu eleger a cada novo ano o que eu mais gostei no ano que passou. E agora, nada melhor do que trazer o resultado para o Anikenkai, não é mesmo?

Lembrando que os vencedores foram escolhidos segundo a minha opinião. Sintam-se livres para concordar ou discordar, os comentários estão livres pra todos. Como eu sei que muitos de vocês só vão passar o olho, já aviso que a categoria “Melhor Anime de 2010” será a última.

Melhor Cenário

Eu adoro cenários. Um anime sem cenários bonitos já começa com um -1 para mim. Nessa categoria só entram séries, nada de filmes. Seria injusto colocar filmes no meio pois normalmente tem mais tempo e dinheiro para desenvolver bons cenários. Sendo assim, o prêmio desse ano vai para…

O trabalho que a produção teve com o aspecto visual do anime ficou excelente e os cenários estavam muito bem feitos. Apesar da locação ser uma escola, eles conseguiram deixar tudo aquilo incrível e marcado na cabeça de quem viu. Ou vocês não se lembram dos shows no grande ginásio? Mereceu.

Anime Mais Divertido

Uma das coisas que eu almejo quando vou assistir um anime é diversão. Mas ser realmente divertido não é para todos. Fiquei um bom tempo pensando nessa categoria, mas o vencedor ficou claro logo quando pensei direito. E ele é…

Esse anime pegou a todos de surpresa na temporada de Inverno, logo no início de 2010, garantindo boas risadas. Merece o post de anime mais divertido do ano e que venha a segunda temporada!

Maior Surpresa

Quando aparecem as tabelas com os animes da próxima temporada, sempre existem aqueles que você não dá muita bola, que não te chamou tanta a atenção, mas que acaba assistindo ao primeiro episódio pra ver como que é. O bom é quando esses animes se mostram excelentes, sendo verdadeiras surpresas. E a maior surpresa desse ano foi…

Kuragehime não tinha me atraído pela sinopse, mas como era do Noitamina, bloco que trouxe animes que me agradaram bastante como Eden of the East, Tokyo Magnitude 8.0 e Nodame Cantabile, acabei conferindo. Ele se tornou, simplesmente, o anime que mais gostei na temporada de Outono. Divertido, emocionante, com excelentes personagens. Ao final, deixou um belo gostinho de quero mais.

Melhor Personagem Masculino

Entrando nas categorias individuais agora, temos o Melhor Personagem Masculino de 2010 que foi…

Um técnico bem diferente do normal, protagonizou o anime que mostrou que animes de esporte ainda tem salvação. Takeshi Tatsumi merece o posto de Melhor Personagem Masculino de 2010.

Melhor Personagem Feminino

O que seriam os animes sem as personagens femininas, não é? O posto de Melhor Personagem Feminino vai para…

A otakinha protagonista de Kuragehime ganhou meu coração. Extremamente bem construída e apaixonada por águas-vivas, Tsukimi merece o posto de melhor personagem feminina de 2010.

Decepção do Ano

Categoria importantíssima. Todo ano temos animes que prometiam muito, ou que começaram muito bem, mas que se provam verdadeiras bombas. Em 2010, o posto de decepção do ano vai para…

O anime de nome gigante que todos decidimos chamar singelamente de Oreimo acabou sendo a maior decepção de 2010 para mim. Um anime que começou muito bem, com uma proposta interessante e que poderia render bastante, principalmente no núcleo otaku, acabou caindo MUITO de qualidade, gerou um rebuliço na blogsfera brasileira e mundial e terminou somente como um anime mediano. Mesmo tendo garantido uma segunda temporada, Oreimo é a decepção de 2010.

Melhor Filme do Ano

Categoria extremamente difícil de decidir. Tivemos excelentes filmes em 2010. Mas só pode haver um vencedor e ele é…

Com um ótimo roteiro, excelente animação, belíssimos cenários e uma mensagem atemporal, Summer Wars bateu adversários como Evangelion 2.22 e O Desaparecimento de Haruhi Suzumiya pelo posto de melhor filme de 2010. Ele merece e eu sem dúvida estarei torcendo para ele estar no Oscar e, quem sabe, por mais difícil que isso possa parecer, vencer…

Melhor Anime do Ano

E cá estamos… Melhor Anime de 2010. Uma categoria difícil, sem dúvida. Assisti muitos animes em 2010. Alguns bons, outros muito bons e outros EXCELENTES. E foram desses EXCELENTES que saiu o anime considerado por mim o melhor de 2010. E ele é…

Não sei se foi por ter me pego de surpresa, por ainda estar recente na minha memória, por ter a melhor personagem feminina do ano, por ter uma história que me agradou bastante, um final condizente com tudo o que foi construído… pelo que quer que seja, eu não tive alternativa a não ser dizer que Kuragehime foi o anime mais completo para mim em 2010. Me divertiu, me emocionou e foi extremamente bem feito. Porém, eu faço questão também de postar a lista dos outros animes considerados EXCELENTES por mim em 2010, mas que não venceram pois, como eu disse anteriormente, só pode haver um vencedor. São eles, sem estarem em ordem de preferência:

– Bakuman
– K-ON!!
– Giant Killing
– Angel Beats
– Baka to Test

Até o ano que vem, com o próximo Anikenkai Awards. Que 2011 nos traga animes excelentes, e que sejam ainda melhores que os de 2010!

Ah, esperem… não posso esquecer da categoria especial:

MELHOR NOTÍCIA DO ANO

Se o anúncio de que Genshiken voltaria a ser publicado foi a melhor notícia da década pra mim, é óbvio que também seria a do ano que passou. Foi a notícia que mais me empolgou. Eu não consegui conter o sorriso, a alegria. Quem me via no dia achava que algo muito bom havia acontecido e, de fato, aconteceu! Genshiken Nidaime tá aí e eu não vejo a hora de sair um volume encadernado para eu comprar.

Rufem os tambores porque está começando o 1º Anikenkai Awards! […]

Princesa Água-Viva e suas Amigas (aka Kuragehime)

Quem me acompanha no twitter sabe que eu venho prometendo um post sobre Kuragehime há algum tempo. Finalmente o post está finalizado e eu espero que vocês possam ver minha visão do anime e conhecê-lo, se ainda não conhecem. Kuragehime é um dos animes que eu mais gostei dessa temporada e do ano todo.

Para começar, vamos a uma breve sinopse: Tsukimi é uma otaku de vivas e vive em uma pensão com outras meninas tão otakus quanto ela. Um dia ao tentar salvar uma água viva em uma pet shop, ela acaba esbarrando com uma “linda princesa” (parafraseando a própria personagem). Totalmente o oposto de Tsukimi, ela acaba entrando na pensão e dormindo no quarto da otaku. Porém, de manhã ela descobre algo que mudaria sua vida… aquela “princesa” na verdade era um garoto, um cross-dresser (garoto que se veste como uma garota).

Olhando pela sinopse, eu acharia esse anime uma bosta. E sim, o motivo disso é o cross-dresser. Uma moda que parece estar realmente se alastrando no Japão. Tivemos cross-dressers no capítulo 56 de Genshiken, tivemos um em Baka to Test e agora temos um em Kuragehime. “O que está acontecendo?” eu me perguntei quando li a sinopse, mas fui conferir mesmo assim seguindo a indicação do meu querido colega blogueiro, Gyabbo.

Obviamente fiquei surpreso com a qualidade do anime, logo no primeiro episódio eu já sabia que seria bem promissor. Porém, eu fiquei com o pé atrás. Sabe como é, alguns animes tem decepcionado bastante nessa temporada.

Assisti então a 4 episódios e estou escrevendo este post plenamente satisfeito com o que estou vendo e com o que provavelmente verei. Para começar, é um ótimo anime para mostrar as diferenças entre o que nós, ocidentais, consideramos como otaku e o que os japas consideram como otaku.

Na pensão vivem seis mulheres (sim, elas não são tão jovens quando parecem). Cinco já apareceram e uma é uma hikikomore, androfóbica, com habitos noturnos e… uma mangaka profissional que nunca sai do seu quarto e se comunica através de mensagens por escrito. Mas depois falo mais sobre ela. Vamos focar nas quatro principais.

Primeiro temos a própria Tsukimi, personagem principal do anime. Ela quando criança sonhava em ser uma bela princesa. Cresceu e se tornou uma otaku. Socialmente inapta, com pouco senso de moda e apaixonada por águas vivas. Sim, ela é uma otaku de águas-vivas. Ela sabe tudo sobre elas, as espécies, o habitat natural, hábitos, e por aí vai.

Chieko é a atual responsável pela pensão. Ela herdou o cargo de sua mãe. É a mais velha da turma e é uma otaku de kimonos e bonecas. Ela adora fazer, comprar e colecionar kimonos dos mais variados tecidos, além de fazer versões em miniatura para suas bonecas tradicionais. Sem dúvida é a mais centrada da casa.

Mayaya é uma otaku de história chinesa. Romance dos Três Reinos é sua história favorita e tudo que tem a ver com esse período a atrai. Ela é a mais “sonora” e agitada da turma. Constantemente gritando e correndo de um lado pro outro por qualquer coisa.

Banba é uma otaku de trens. Ela adora trens. Gosta de montar ferroramas e coleciona miniaturas dos mais variados tipos de trem que existem pelo mundo. Ela é bem despreocupada e desligada do mundo a seu redor. Seu único foco na vida são realmente os trens.

Por fim temos Jiji que é uma otaku de… caras mais velhos. Isso mesmo, ela adora homens velhos. É a mais tímida da turma.

Os personagens são sem dúvida curiosos por si só, mas a conjuntura geral da pensão é o que mais atraí a atenção. Todas são mulheres com cerca de 30 anos (menos Tsukimi, 18), sem namorado e totalmente fechadas em seus mundos. Não conseguem de maneira nenhuma se relacionar com o mundo externo e isso fica claro na maneira como elas tratam os possíveis candidatos a ocupar alguns dos quartos da pensão. Até que aparece Kuranosuke, o cross-dresser.

Assim como a Saki foi o fator entrópico em Genshiken, Kuranosuke é o fator entrópico em Kuragehime. A pessoa que faz os outros saírem de suas zonas de conforto e por consequência terem que se adaptar ao novo ambiente e se desenvolverem como pessoa. E vale também falarmos sobre ele. Filho de uma família rica com conexões com a política e vida ganha, Kuranosuke não quer isso para si. Ele quer ser diferente, não quer seguir o que foi planejado para ele. Ele é um rapaz muito bonito. Sempre teve mulheres e trabalhos de modelo a seus pés. Decide então começar a se vestir de mulher como forma de protesto a tudo aquilo. Pensa que a família não vai querer um homem que se veste de mulher assumir seus negócios e virar o responsável pelo nome da família.

Ao conhecer Tsukimi ele se depara com um estilo de vida que ele não estava nem um pouco acostumado. Uma garota que não se cuida, que não presta atenção no que veste, não usa maquiagem, mal sai de casa. Ele vê ali uma maneira dele mesmo se desenvolver e acabar ajudando aquelas mulheres que ali moram. Porém não quero me aprofundar muito para não acabar soltando algum spoiler e estragar a experiência de quem vai ver o anime.

Esse post já está ficando muito longo. Mais do que eu achei que ficaria quando planejei escrever. Mas senti a necessidade de falar desses personagens tão curiosos. Acho que num anime como esse, os personagens são mais valiosos que os aspectos técnicos da produção (que são muito bons, por sinal). Fica aí a dica para quem quiser um anime interessante, com personagens curiosos e que foge ao que estamos acostumados a ver por aí. Podem esperar mais posts sobre Kuragehime para breve, mas este termina por aqui.

Quem me acompanha no twitter sabe que eu venho prometendo […]

2º encontro "O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante"…

Olá e sejam bem vindos aos segundo encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”. Sim, antes que você venham reclamar nos comentários, não tivemos um primeiro encontro, mas o post de primeiras impressões cobre o buraco.

Bem, sobre o nosso encontro semanal, eu decidi fazê-lo porque senti uma necessidade de comentar Bakuman semana a semana. Analisar cada episódio conforme forem saindo e, no final, poder olhar pra trás e ver se continuo enxergando tais episódios da mesma maneira que enxergava quando saíram. Sendo assim, cá estamos para o nosso 2º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”.

Vale lembrar logicamente que esse texto poderá conter alguns spoilers do episódio. Portanto, recomendo que leiam só depois que assistirem o episódio em questão.

Esse 2º episódio do anime cobriu o conteúdo do 2º capítulo do mangá. Nele Mashiro e Takagi continuam conversando sobre o desejo de serem mangakas e decidem por fim formarem uma parceria. Takagi escreve e Mashiro desenha. Também nesse episódio podemos conferir como a Miho parece ignorar os acontecimentos da noite anterior onde ela e Mashiro prometeram se casar depois que seus sonhos se tornarem realidade, ou seja, ela ser a dubladora de um anime baseado num mangá dele.

No que diz respeito ao plot central, tudo caminha conforme o mangá e o trabalho dos dubladores da dupla de protagonistas tem me deixado bem satisfeito. Gosto quando o anime consegue pegar cenas muito boas do mangá e transformá-las em algo ainda melhor adicionando movimento e som. Foi assim que eu me senti quando eu vi a cena final do episódio com Mashiro saindo de casa correndo com as chaves do estúdio do tio na mão e ligando para o Takagi.

Por outro lado, uma cena me deixou um tanto apreensivo. Eles adicionaram uma cena com a Iwase no episódio, logo que os dois chegam na escola. Essa cena serviu para apresentar a personagem como rival do Takagi. Se você não leu o mangá, não irá nem notar, mas quem leu deve lembrar que a Iwase no começo não era nada mais que uma personagem secundária e quando é citada pela primeira vez o leitor não faz nem ideia de quem é. Sem dúvida o diretor do anime adicionou essa cena focando em acontecimentos futuros que eu prefiro não comentar agora para não estragar a experiência de quem está acompanhando só o anime. Sem dúvida é algo para se ficar de olho.

Ainda sobre a Iwase, não consigo deixar de comentar sobre o visual da personagem. BEM diferente da do mangá. Pessoalmente achei que tirou um pouco do “peso” da personagem e no que isso refletia em sua personalidade, mas acho cedo para julgar a personagem como um todo no anime. Espero que eles compensem isso com um pom trabalho de dublagem e animação.

Por fim, vale dizer que eu não estranhei tanto a dubladora da Kaya, amiga da Miho. No post de primeiras impressões eu disse que não tinha gostado muito, mas a personagem tinha falado uma micro-linha de diálogo no episódio, então relevei. Nesse ela já fala um pouco mais, mesmo ainda sendo pouco, mas já deu pra ver que não ficou ruim como eu esperava. Está aceitável. Preciso ouvir mais para tirar uma conclusão.

Bem, pela semana é só. Espero que vocês tenham gostado e que voltem semana que vem para nosso próximo encontro!

PS: Não vejo a hora da minha edição #1 de Bakuman chegar para eu poder reler esse início do mangá!

Olá e sejam bem vindos aos segundo encontro “O Bakuman […]

Quer comédia? "The World God Only Knows" tá aí…

E cá estamos com mais um posto sobre mais um anime dessa temporada de outono.  The World God Only Knows é uma série que vem agradando muita gente e agradou este que voz escreve. Não como Oreimo ou Bakuman, mas agradou.

O anime é sobre um estudante que é mestre em jogos de relacionamentos virtuais, dating sims, visual novels, como quiser chamar. Tão bom que é conhecido como “Deus das Conquistas” no mundo virtual. Um dia, ele recebe uma estranha mensagem, um desafio, pra ver se ele era tão bom mesmo. Ele aceitou, mas o que ele não sabia era que acabara de fazer um acordo com um demônio. Não um daqueles feiosos que conhecemos, mas daquelas moe ao extremo que só o Japão consegue produzir.

O nome dela é Elcea de rux ima e sua missão é recuperar as almas que fugiram do inferno e se alojaram no coração dos humanos. Porém, o problema é que uma vez dentro do coração, as almas só saem quando outra coisa toma o lugar delas no coração do humano e, nada melhor pra isso do que o amor. É aí que entra o nosso protagonista conquistador, Keima Katsuragi. Ele será o responsável por conquistas as humanas “infectadas” e assim remover a alma invasora.

O problema disso tudo é que o cara não tem experiência nenhuma com garotas de carne e osso, só com as virtuais. E Madarame já dizia, nunca misture 2D com 3D. Cabe então aos dois juntos se ajudarem ou, se não, perdem a cabeça… literalmente.

Obviamente essa situação gera diversas cenas comicas derivadas das técnicas de conquistas saídas diretamente do último game jogado, da reação dos alvos e por aí vai. Com um bom trabalho de montagem, trilha sonora e dublagem, The World God Only Knows consegue tirar boas risadas e vale a pena ser assistido num domingo a tarde sem compromisso.

E cá estamos com mais um posto sobre mais um […]

“Ore no Imouto”… ou “Minha Irmã Não Pode Ser Tão Fofa”

Ok, antes de começar, já aviso que simpatizei muito com esse anime. Principalmente com a protagonista feminina, Kirino.

Ore no Imouto conta a história de Kyosuke, um estudante que descobre que sua irmã mais nova, Kirino, é uma otaku hardcore fanática por eroges (jogos hentai) e tem moe-feelings por personagens de irmãs mais novas. Interessante, não? Pois foi isso que me atraiu a assistir esse anime. Procurei por referencias anteriores e vi que no original a história era uma light novel, um livro e que posteriormente foi adaptado para mangá. Não li, mas vi que já estava bem famoso no Japão.

No primeiro episódio não acontece tanta coisa, é mais apresentação de personagens e da situação, como esperado. Porém, uma detalhe me chamou a atenção, como mencionei no início do post, a Kirino. A tradução do título completo da série, Ore no Imouto ga Konna ni Kawaii Wake ga Nai, é “minha irmã não pode ser tão fofa” e foi exatamente isso que me deixou mais interessado, a maneira como foi apresentada a personagem. Eles realmente conseguiram me fazer achar a personagem fofa e interessante.

A paixão que ela tem pelo seu hobby fica bem clara. Apesar da sua personalidade forte do dia-a-dia, quando ela fala sobre seu hobby sua paixão aflora. Tanto na maneira de falar como nas atitudes. Os discursos ditos por ela caberiam facilmente a personagens como Ogiue Chika ou quem sabe até Harunobu Madarame. A relação que se desenvolve entre os irmãos por causa da situação foge aos clichês que eu esperaria quando juntam-se eroges e irmãs mais novas na mesma história e isso só deixa a série ainda mais atraente.

Eu adoro desenvolvimento de personagens e relações. Só vocês verem que meu mangá preferido é Genshiken, o qual considero o mangá perfeito nesse quesito. Vi em Oreimo (como os japas chamam a série pra economizar palavras) uma possibilidade grande nessa área , o que me fez garantir que assistirei todos os episódios.

Se assim como eu, você gosta de desenvolvimento de personagens e relações humanas, e é claro, as situações cômicas que elas geram, não deixe de conferir Oreimo, creio que não vai se arrepender.

Ok, antes de começar, já aviso que simpatizei muito com […]

Passando o olho no Evangelion da JBC…

Como muitos de vocês já deveriam estar sabendo, o mangá de Evangelion voltou a ser publicado aqui no Brasil. A Editora Conrad havia paralisado o lançamento do mangá (e de todos os outros) em 2007 no volume 20. Três anos depois, a Editora JBC conseguiu os direitos de publicação do material e hoje chegou às bancas do eixo Rio-SP (não pude constatar o lançamento em outras regiões) o volume nº 21 de Neon Genesis Evangelion.

Um fato curioso é que para ter direito de lançar o material, a JBC foi obrigada pela editora japonesa Kadokawa Shoten a lançar o material seguindo o padrão de publicação da editora anterior. Ou seja, a JBC lançou EVA em formato meio-tankobon. Isso foi uma boa pedida para os colecionadores que querem uma coleção padronizada, mas foi um chute no saco dos leitores que não haviam comprado as edições da Conrad.

Porém não temam, a JBC já anunciou que assim que alcançar a publicação japonesa (o que não demora muito já que lá no Japão só saiu até o equivalente do nosso vol. 24), ela lançará o mangá do zero em formato tankobon seguindo o estilo dos outros mangás da editora.

Agora sem enrolação, hora de falar da edição em si.

O detalhe que mais chama a atenção na edição da JBC é o novo logo, bem melhor e mais fiel ao original que o logo genérico usado pela Conrad no passado. No resto da apresentação geral, as edições seguem o mesmo padrão de capa, mas o material da JBC é mais rígido que o da Conrad, apesar de ainda não ser a capa cartonada padrão da editora.

No interior, o estilo de diagramação continua basicamente o mesmo sem muita mudança. O que vai chamar a atenção mesmo é a qualidade do papel. Lembra o papel que a Conrad usava, mais branco, lembram? Mas ainda assim ele tem uma gramatura maior e uma qualidade melhor que o da Conrad.

Infelizmente, nem tudo são flores. Uma coisa boa da edição da Conrad eram as páginas coloridas que estão ausentes na edição da JBC. Uma dolorosa baixa. De pouco adianta melhorar o material da capa e do miolo se retiram as páginas coloridas que parecem cada vez mais distantes do mercado brasileiro como um todo.

Por fim, um comentário que ainda vale menção é que a tradutora Drik Sada continua sendo a responsável pela série, algo que muitos fãs temiam que fosse diferente, principalmente depois de alguns casos recentes envolvendo as traduções da JBC. O preço ficou em R$7,90, um real a mais do que o valor do último volume lançado pela Conrad.

No geral, a edição da JBC é muito boa e só peca na falta das páginas coloridas. Torço fortemente que no relançamento em formato original a editora resolva colocar tais páginas e agrade os velhos e novos fãs desse clássico. Vale lembrar que Neon Genesis Evangelion ainda está em publicação no Japão a um ritmo lentíssimo (quase um capítulo novo a cada lua) e que novos filmes estão sendo lançados recontando a história com algumas inovações.

Termino o post com uma imagem escaneada por mim da edição #21 da JBC ao lado da edição #18 da Conrad.

Como muitos de vocês já deveriam estar sabendo, o mangá […]

Super Hero Le… digo… Bakuman – Primeiras Impressões

E finalmente estreou o anime mais esperado por mim em 2010, Bakuman. Baseado no mangá escrito por Tsugumi Ohba e desenhado por Takeshi Obata, os mesmos que nos trouxeram Death Note. Bakuman começou a ser publicado em Agosto de 2008 na Weekly Shonen Jump e hoje é um sucesso disputando frequentemente com mangás “grandes” as primeiras posições do ranking da revista.

A série animada veio cercada de muita polêmica pois até cerca de uma semana antes da estreia nenhum trailer havia sido lançado e, quando saiu, trouxe muita critica negativa por parte de quem assistiu. Felizmente, quando o primeiro episódio saiu no dia de ontem, muito desse preconceito gerado pelo trailer caiu por terra e o anime de Bakuman se mostrou muito bom.

Antes de mais nada, na história, os dois estudantes, Mashiro Moritaka e Takagi Akito, decidem sair da vida ordinaria e sem graça que estavam projetando para si e partem numa jornada para se tornarem autores de mangá. O evento toma mais importância quando Azuki Miho, de quem Mashiro gosta, diz que quer se tornar uma dubladora e que se casará com Mashiro somente quando seus sonhos se realizarem, ou seja, ela fazer a voz da protagonista feminina de um mangá da dupla.

Claramente a adaptação tem suas falhas. Pessoalmente não gostei muito do visual e da voz da Kaiya, mas como ela mal apareceu nesse primeiro episódio, posso estar me precipitando. Outra coisa que me chamou a atenção foi como deixaram a Miho. Ela não parece tão bela quanto no mangá. Pode ser estranhamento por ver em cores e em movimento, mas não consegui ver a beleza da personagem do mangá. Ela não ficou feia, como alguns pontuaram por aí, mas não tem o mesmo brilho do original.

Eu não teria começado falando bem do anime se só tivesse aspectos ruins para comentar. A adaptação conseguiu extrair bem o espírito do mangá, principalmente com a palheta de cores escolhida para composição do anime. Claro que ver os cabelos dos protagonistas em azul e amarelo 100% do tempo é de se estranhar para quem acompanha o mangá desde o começo como eu, mas  nada que prejudique. A animação não está excepcional, mas é competente. O trabalho dos dubladores no geral também ficou muito bom, seguindo bem a personalidade dos personagens.

Quanto às músicas, digo que me surpreendi com a abertura e com o encerramento do anime. Eu esperava coisas bem piores vindo das bandas que foram escolhidas, mas o trabalho ficou bem bom. Entre os dois, digo que, tanto visualmente quanto musicalmente, meu preferido é o encerramento. Sobre as músicas de fundo não tenho muito o que comentar e acho cedo para expressar alguma insatisfação. Os efeitos sonoros estão muito bem encaixados e deixam as partes de comédia ainda mais engraçadas.

Algo a se comentar também sobre essa adaptação é quanto às citações e referências a outros trabalhos, tão comuns no mangá. Logo no começo vi algo que me deixou preocupado, trocaram o selo de “Jump Comics” para “Jack Comics”. Porém, estranhamente, logo em seguida vemos sequencias onde aparecem outras obras da Shonen Jump com seus nomes e capas inalterados. Dentre eles, One Piece, Dragonball, Naruto, Bleach, Death Note e Hikaru no Go. As citações às outras obras parece que não está prejudicada mas citações à própria editora podem ficar comprometidas. Quero ver como vão fazer quando os protagonistas forem visitá-la… tirará muito do realismo da série se resolverem criar uma editora fictícia.

Bem, só o tempo dirá como vão desenvolver essa questão no anime e se isso irá prejudicar ou não a ambientação da história. O que posso dizer a vocês é que esse primeiro episódio me agradou como fã da série. Deixo aqui registrado meus votos de boa sorte e com certeza continuarei acompanhando. Não vejo a hora dos outros personagens começarem a aparecer.

Ah, por sinal… quem for fã de Bakuman e assistir o início desse primeiro episódio, vai entender o porque do título desse post ser o que é. Uma das partes em que mais ri no episódio.

E finalmente estreou o anime mais esperado por mim em […]