Tag Archives: noitamina

‘Silver Spoon’, anime tem data para estrear!

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Há algum tempo foi divulgado que um anime de Silver Spoon, atual mangá de Hiromu Arakawa (Full Metal Alchemist), ganharia uma adaptação em anime no bloco noitaminA. Agora, mais uma informação apareceu e para a alegria de muitos, o anime estreia em Julho, na Temporada de Verão! Falta pouco, não?!

No artigo que liberou a informação também foi reforçado o fato do mangá estar tendo tiragens iniciais de mais de 1 milhão de cópias, o que é incrível! Falemos de One Piece e Naruto e estamos falando de milhões. Poucos são os mangás que entram nesse hall seleto dos “milionários”.

Hiromu Arakawa começou a escrever Silver Spoon, ou Gin no Saji em japonês, em 2011, pouco tempo depois de ter terminado Full Metal Achemist. Quem diria que um mangá sobre um garoto em uma escola agrícola no interior do Japão acabaria fazendo tanto sucesso.

>> アニメ「銀の匙」「神のみぞ知るセカイ 3期」は7月に放送する模様

Há algum tempo foi divulgado que um anime de Silver […]

Primeiras Impressões: PSYCHO-PASS

O que esperar de um anime que soma noitamina + Gen Urobochi (criador de Madoka Magica) + uma sinopse legal? Só o melhor, não é? Pra completar, os materiais de divulgação traziam um estilo de arte que muito me atraia. Será que o hype alto para essa série foi correspondido ou esse primeiro episódio acabou decepcionando?

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O que esperar de um anime que soma noitamina + […]

Primeiras Impressões – Natsuyuki Rendez-vous

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E finalmente vamos falar do favorito da temporada, Natsuyuki Rendez-vous. Parte do bloco noitaminA e com uma pegada mais adulta na história… tem como dar errado?

Ryuusuke Hazuki se apaixonou pela florista Rokka Shimao. Depois de comprar dezenas de flores só para poder ter o prazer de interagir com ela, o destino o faz ir trabalhar na floricultura. Um dia, quando ela o chama para sua casa (em cima da floricultura) para ajudar na preparação de uma festa para uma colega de trabalho que está indo embora, Ryuusuke conhece Atsushi Shimao, marido de Rokka. Chocado ele decide ir embora. Porém, é na festa que ele descobre que Atsushi é na verdade um fantasma.

Para começo de conversa, quero parabenizar o diretor Kou Matsuo (Kurenai!, Red Garden, Yozukura Quartet) pelo trabalho nesse primeiro episódio. Tudo ficou muito bem conduzido e amarrado. Um excelente primeiro episódio que não serve só como apresentação de personagens mas já dá todo o tom do resto da série. Excelente trabalho. Não li o mangá para comparar, mas me pareceu uma ótima adaptação.

Romances josei normalmente me agradam bastante. Talvez pelo fato de ter menos enrolação e ser algo mais real do que os massantes romances shoujo atuais. Nesse sentido, Natsuyuki Rendez-vous promete ser um excelente representante do gênero. Toda a ideia de centrar a história num triangulo amoroso cuja uma das partes é um fantasma do falecido marido da mulher-alvo me pareceu original e interessante.

No departamento de arte temos um trabalho muito agradável. Eles exploraram ao máximo o fato da maior parte da história se passar na floricultura. É tudo muito bonito, vivo, colorido e aquarelado, agradando muito aos olhos. A animação é fluida e eficiente. Os aspectos artísticos me fizeram remeter facilmente a outros bons romances do bloco noitaminA, Nodame Cantabile e Honey & Clover.

Sem dúvida é o anime que mais promete nessa temporada e creio que irá agradar o maior número de pessoas. Eu estou muito interessado para ver como vai evoluir esse relacionamento e qual vai ser o fim do fantasma. Vamos esperar para ver! Altamente recomendado para quem curte romances no geral.

[nggallery id=5] E finalmente vamos falar do favorito da temporada, […]

Black Rock Shooter – O pior hype dos últimos tempos…

No princípio havia a música, depois vieram umas artes conceituais, em seguida um OVA, depois um jogo e agora uma série animada. Essa é a trajetória de Black Rock Shooter, uma das piores invenções da indústria animística e detentora do pior hype dos últimos tempos.

Eu tive meu primeiro contato com Black Rock Shooter quando o OVA foi lançado no Japão. Muito se falou de como era sensacional e bem feito. Porém, nunca chamou minha atenção. Até que um dia um amigo meu importou o blu-ray japonês e resolveu chamar um pessoal para a “premiere” em sua casa. Eu fui e assisti aos 50min da suposta “obra prima”. Uma decepção. História praticamente não existe, animação fraca e uma direção de arte que pode agradar alguns pseudo-cults de plantão, mas que não passa de mediana/bonzinha.

E o pior de tudo é que depois de finalmente assistir ao OVA eu não consegui acreditar como essa “franquia” cresceu. Eram figures, jogos e, por fim, o anúncio de um anime. E é sobre esse anime que pretendo falar mais nesse post. Foi ele que assisti ontem.

A série animada de Black Rock Shooter estrou no bloco noitaminA (que vinha sendo um bom bloco até então) sendo produzida pelo estúdio Ordet e pelo diretor Shinobu Yoshioka que, de relevante, só fizeram o OVA de BRS. Ou seja, não houve renovação alguma e as chances do anime ser melhor que o OVA pareciam muito, mas muito pequenas.

Ao assistir aos primeiros minutos do primeiro episódio, o que mais me chamou a atenção foi a baixa qualidade técnica. Animação em CG cel-shaded de baixa qualidade com movimentos pouco fluidos e BEM inferior à animação do OVA, que eu não achava excelente mas até que era competentezinha.

Para piorar, temos uma história chapada e sem graça recheada de “atuações” forçadas ao extremo e de personagens tão profundos quanto uma piscina de plástico infantil.

O ápice da cretinice foi essa personagem da imagem acima. Uma menina de cadeira de rodas com cara de psicótica e que sacaneia a “personagem principal” e a atormenta tirando nenhuma reação da mesma até que esta é praticamente expulsa da casa da amiga pela cadeirante maluca e volta para sua casa para chorar de medo no quarto. SÉRIO MESMO? Que primeiro episódio divertido, não é? NÃO!

Sendo bem sincero, não teve NENHUM aspecto desse primeiro episódio que eu gostei. Nenhum mesmo. E pra piorar, as cenas de ação num mundo pseudo-surrealista onde a tal da Black Rock Shooter luta contra só Deus sabe lá quem por Deus sabe lá qual motivo são uma droga. Ou seja, por que perdeu seu precioso tempo assistindo a isso? Não há motivo.

Se com essas primeiras impressões eu consegui fazer algumas pessoas nem pensarem em assistir a essa bosta, já estarei feliz. Não percam seu tempo. E, se você já assistiu e gostou… bem… deixa pra lá…

Desculpem-me pelo post “acalorado”, mas se fez necessário frente à minha completa repulsa por essa série e por essa franquia. Seus comentários e opiniões são bem válidos, por isso não deixe de deixá-los abaixo.

No princípio havia a música, depois vieram umas artes conceituais, […]

Guilty Crown – Atendendo às Altas Expectativas

Sabe quando suas expectativas estão nas alturas e você tem um medo enorme delas se despedaçarem se a série for ruim? Eu estava assim com Guilty Crown. Porém, para minha felicidade, esse primeiro episódio de Guilty Crown entregou o que eu esperava e foi bem satisfatório tanto nos quesitos técnicos quanto na história. É o noitaminA entregando o que sabe fazer de melhor: bons animes.

Shu é um menino que vive em um Japão pós-apocaliptico dominado por uma organização global após ter sido quase destruído por um uma epidemia. Nesse cenário, o menino decide viver sua vida a par da sociedade. Pouco interage com seus amigos e sempre que pode decide gastar seu tempo sozinho. Um dia, ao ir almoçar num galpão abandonado, usado por ele como um “esconderijo” do mundo, ele encontra sua cantora favorita ferida no chão. Ele presta ajuda, mas logo oficiais da organização mundial GHQ a capturam alegando ela ser uma terrorista. Só que a menina, de nome Inori, deixa com Shu um objeto que ela deveria entregar para um tal de Gai. Se sentindo culpado por não ter podido ajudar Inori, Shu decide ir atrás de Gai para entregar-lhe o tal objeto. Chegando até ele, um confronto com o GHQ tem início e Shu desperta o poder do objeto, o “Poder dos Reis” e parte para a briga.

O diretor Testsuro Araki (High School of the Dead) decidiu por começar a série com uma sequência musical de três minutos e meio com a canção “Euterpe” cantada por EGOIST. A melodia e voz suave contrastaram bem com a cena de perseguição que estava sendo mostrada, com Inori fugindo da GHQ em um modelito que se comporta contra as leis da física ao se manter grudado ao corpo da personagem. Essa decisão determinou o tom do episódio até o final. A sequencia emerge o espectador naquele universo.

A animação nesse primeiro episódio também é primorosa. Apesar dos mechas serem feitos em computação gráfica, não são feios. São bem feitos e bem animados. Certos animes deveriam aprender com a equipe de Guilty Crown…

Porém, não só tecnicamente essa série é bem feita. A história e personagens se mostraram muito interessantes. Temos Shu, um menino que fica indignado com a maneira relaxada e covarde com que enxerga a vida e decide que essa era uma oportunidade para conseguir um “algo a mais” em sua vida. Daí vem a Inori, uma revolucionária completamente fora de um esteriótipo estético para a “classe”, mas que mantem seu espírito. Ela luta fortemente contra o governo atual do Japão e seu estado de submissão à uma organização global. Mesmo sendo agredida, torturada e violentada ela mantem sua postura e não solta um “ai”. Achei uma personagem interessantíssima.

Ainda temos outros personagens a serem explorados, como Gai e sua organização rebelde, e mais interessante ainda foram as questões deixadas nesse episódio: por que Gai e Inori dão tanta confiança a Shu? Eles pareciam já saber que ele despertaria o “Poder dos Reis”. Como funciona a GHQ, o que eles querem de fato? Quem são os outros rebeldes, como eles vão agir? De onde saíram aqueles mechas?

É certo que teremos um anime com uma excelente história, muito provavelmente bem desenvolvida e com boas cenas de ação. Um prato cheio para fãs de animação japonesa. Guilty Crown atendeu às minhas expectativas mesmo elas estando tão altas. Para mim, o anime que mais promete na temporada.

Sabe quando suas expectativas estão nas alturas e você tem […]

Um sorriso ao fim de cada episódio – Concluindo Usagi Drop

Fique extremamente satisfeito com Usagi Drop. Não posso começar esse review dizendo outra coisa. O anime prometeu e entregou. Era um mix de emoções a cada episódio para no fim colocar sempre um sorriso em meu rosto.

Usagi Drop me atraiu por sua premissa. Um homem de 30 anos resolve criar uma menina de 6, que é filha de seu falecido avô com uma amante. Eu nunca havia assistido algo parecido. Fiquei extremamente interessado pois era um prato cheio para desenvolvimento de personagens e relações, que é a coisa que mais me atrai num anime, mangá, série, filme, etc.

E ele não me desapontou. Nem um pouco. Na verdade, fez muito mais além de simplesmente me trazer bons personagens. Creio que tanto para mim quanto para muitos espectadores, Usagi Drop “assustou” pelo realismo. Ele mostrou que há muitas responsabilidades em se criar uma criança. Questões de trabalho, de tempo para si mesmo, de viver sua vida pelo outro. Mas por outro lado, ele também mostrou como é recompensador ser pai/mãe.

O lado técnico do anime também é digno de destaque. Apesar de uma animação simples, o character design é extremamente competente, deixando cada personagem com uma aparência singular. Inclusive, na parte em que um bom design de personagens era necessário (a entrada da mãe da Rin em cena), o trabalho foi extremamente bem feito, deixando a comparação entre mãe e filha aparente. Cenários foram muito bem desenhados e o estilo de pintura, que mistura cores pastel com aquarela colaborava ainda mais com a experiência.

Destaque também para o trabalho feito na abertura do anime. Uma ótima escolha de música e efeitos visuais. A melhor abertura do ano até o momento em minha opinião.

É correto afirmar que Usagi Drop desperta o sentimento paternal/maternal em cada um de nós, algo que o torna único. Um anime simples, com uma proposta simples, mas com um resultado mais do que satisfatório. São 11 episódios de alegria lúdica. Uma diversão que faz você pensar e, por que não, aprender.

Outro ponto de vista sobre Usagi Drop, apesar de muito parecido com o meu, vocês encontram no Gyabbo. E um post sobre o mangá será feito em seguida a esse, devido à polêmica envolvendo o mesmo.

Fique extremamente satisfeito com Usagi Drop. Não posso começar esse […]

Anikencast #002 – Temporada de Inverno 2011

Olá a todos! Nesse segundo programa do Anikencast, @didcart, Starro e Chrystian discutem, com @Gyabbo como convidado especial, a respeito da Temporada de Inverno 2011. Saiba quais são nossos favoritos e quais não recomendamos nem para o nosso pior inimigo. Além disso, uma passada geral no mundo dos animes e mangás comentando as mais recentes noticias.

Notícias comentadas:

– Estreia de Nodame Cantabile no Animax
– Lançamento do novo mangá da Shonen Jump: “Dois Sol”
– Retorno do mangá de K-ON!
– Anunciada nova temporada de Last Exile
– Madhouse comprada pela TV Nihon
– FRACFAIL (Entenda o que é!)

Sinopse de Last Exile:

Pilotando a Vanship dos seus pais, os dois órfãos vão entrar numa fantástica aventura, à medida que entregam mensagens pelos céus dos reinos de Dysis e Anatore. Estes reinos têm estado em guerra durante muitos anos, mas vão ter de se unir quando ambos são atacados por uma força misteriosa, chamada Guild.

No meio desta guerra está a nave Silvana, da qual passam a fazer parte da tripulação Claus e Lavie, após salvarem Alvis Hamilton, uma criança com habilidades misteriosas. A princípio são mal-tratados pela tripulação, mas após algumas peripécias juntos um sentimento de camaradagem surge entre todos.

Entre as diversas personagens a bordo da Silvana, as que mais se destacam são: Alex Row, o capitão da nave; Tatiana Wisla, uma piloto de Vanship que despreza Claus ao princípio; Sophia Forrester, a vice-comandante da Silvana, que se vai revelar muito mais do que aparenta; Mullin Shetland, um soldado que deseja ter as medalhas suficientes para deixar a guerra e Dio Elaclaire, um membro da Guild cujas relações para com a tripulação da Silvana e em particular, para com Claus, são desconhecidas.

É esta a tripulação que vai partir em busca do Exile, uma enorme nave que é também o objectivo da Guild. (Wikipedia)

Índice:

01:34 -> E-mails
17:11 – > Notícias comentadas
30:32 -> Bellzebub
37:02 -> Level E
45:00 -> Puella Magi Madoka Magica
52:23 -> Bloco noitaminA (Fractale e Hurou Musuko)
62:32 -> Infinite Stratos
67:09 -> Gosick
73:29 -> Kore wa Zombie desu ka
78:45 -> Yumekui Merry
81:21 -> O resto…
87:38 -> Despedidas

Não deixem de comentar mandando e-mails para [email protected], dando reply no meu twitter ou comentando aqui no post!

Fiquem agora com o programa:

Duração: 90min

*nota: Infelizmente por problemas de áudio, os animes Wolverine e Dragon Crisis não entraram na composição final do cast.

Pilotando a Vanship dos seus pais, os dois órfãos vão entrar numa fantástica aventura, à medida que entregam mensagens pelos céus dos reinos de Dysis e Anatore. Estes reinos têm estado em guerra durante muitos anos, mas vão ter de se unir quando ambos são atacados por uma força misteriosa, chamada Guild.

No meio desta guerra está a nave Silvana, da qual passam a fazer parte da tripulação Claus e Lavie, após salvarem Alvis Hamilton, uma criança com habilidades misteriosas. A princípio são mal-tratados pela tripulação, mas após algumas peripécias juntos um sentimento de camaradagem surge entre todos.

Entre as diversas personagens a bordo da Silvana, as que mais se destacam são: Alex Row, o capitão da nave; Tatiana Wisla, uma piloto de Vanship que despreza Claus ao princípio; Sophia Forrester, a vice-comandante da Silvana, que se vai revelar muito mais do que aparenta; Mullin Shetland, um soldado que deseja ter as medalhas suficientes para deixar a guerra e Dio Elaclaire, um membro da Guild cujas relações para com a tripulação da Silvana e em particular, para com Claus, são desconhecidas.

É esta a tripulação que vai partir em busca do Exile, uma enorme nave que é também o objectivo da Guild.

Olá a todos! Nesse segundo programa do Anikencast, @didcart, Starro […]

Dobradinha Noitamina: “Fractale” e “Wandering Son”

O bloco Noitamina vem rendendo bons animes desde seu início em 2005. Exemplos são Honey & Clover, Nodame Cantabile, Eden of the East e o recentemente eleito melhor anime de 2010 pelo Anikenkai Awards, Kuragehime. Nessa temporada de Inverno, é hora de “Fractale” e “Wandering Son”. Será que eles fazem jus a seus antecessores?

Comecemos por Wandering Son, que eu insisto por confundir com Wandering Boy… sabe-se lá porquê. Esse anime é baseado num mangá escrito por Takako Shimura e que hoje já conta com 11 volumes publicados. A história é sobre Shuichi Nitori e Yoshino Takatsuki, um garoto e uma garota pré-adolescentes que acabaram de entrar em uma nova escola. O que tem de diferente sobre eles é o fato de ambos não aceitarem seu sexo. Ele quer ser uma menina e ela quer ser um menino.

Eu não sei qualé a dessa vibe cross-dresser que parece ter tomado força no Japão e está dominando os animes e mangás. Até Genshiken, que preza por uma verossimilhança, resolveu tratar do assunto com o novo personagem, Hato. É um tema extremamente delicado e parece ser a bola da vez dos animes. Porém, Wandering Son leva isso a outro nível, ao fato do garoto e da garota realmente quererem ser do outro sexo e não ser só um hobby ou um meio de rebeldia (como é o caso do Kuranosuke em Kuragehime). E esse assunto sendo aplicado a um garoto e uma garota que ainda nem entraram na puberdade direito deixa a coisa ainda mais delicada.

Não tenho dúvida que o autor deve ter tido competência para tratar do assunto, afinal, 11 volumes não é pouca coisa, mas esse é, sem dúvida, um assunto que não me agrada. Não posso dizer que é ruim, que foi mal retratado, mal feito. Mas posso dizer que não me agrada e não me interessa.

Porém, se teve uma coisa que me interessou nesse anime, foi o aspecto técnico. O visual é fantástico. Todo o anime é como se páginas coloridas em aquarela de um mangá tivessem ganhado movimento. Um trabalho belíssimo do estúdio AIC, responsável pela adaptação. Chego a cogitar continuar assistido ao anime só pela beleza visual.

Se você se interessa pelo assunto, sente curiosidade, ou gosta de um slice of life com um tema, de certo modo, diferente, certeza que irá curtir Wandering Son. Porém, pessoalmente, ainda não sei se continuarei a assistir. O que é uma pena, dado ao excelente visual e o maravilhoso tratamento dos cenários.

Passando agora para Fractale, o estúdio A1 Pictures resolveu adotar uma vibe Ghibli para o anime e essa é a primeira coisa que salta aos olhos. O cenário pintado como em aquarela, personagens com bastante movimento e uma história original.

A história é sobre Clain, um jovem menino que um dia se encontra com Phryne, uma misteriosa garota que lhe entrega um broche e some sem avisar para onde ia. Clain vive em um mundo onde o “Sistema Fractale” existe. Não há muita explicação sobre ele nesse primeiro episódio, apenas que foi algo criado pelos homens para facilitar a vida na terra. Com ele, as interações humanas foram quase que suprimidas e todos agem basicamente através de seus “dopplers”, uma espécie de avatar. Quando Phryne aparece sendo perseguida por outros humanos, Clain acaba por trazê-la para sua casa e lá percebe que ela não é uma pessoa comum, que parece não pertencer àquela sociedade em que ele vive. Após entregar o broche e sumir, Clain descobre que havia dados (de computador) escondidos no presente e ao conectá-lo ao computador, uma garota se materializa bem na sua frente.

Essa é basicamente a história do primeiro episódio de Fractale e só por ela eu já fiquei muito mais interessado que em Wandering Son. Uma vibe meio ficção científica, com um “sistema central” cuidando da vida humana e etc. Me motivou a ver os próximos episódios e saber o que acontecerá.

Felizmente ou infelizmente não há muito mais o que falar sobre Fractale. Gostei do visual e gostei da história. Continuarei acompanhando com certeza e acho que, quem ainda não viu, deveria dar uma chance.

O bloco Noitamina vem rendendo bons animes desde seu início […]

Princesa Água-Viva e suas Amigas (aka Kuragehime)

Quem me acompanha no twitter sabe que eu venho prometendo um post sobre Kuragehime há algum tempo. Finalmente o post está finalizado e eu espero que vocês possam ver minha visão do anime e conhecê-lo, se ainda não conhecem. Kuragehime é um dos animes que eu mais gostei dessa temporada e do ano todo.

Para começar, vamos a uma breve sinopse: Tsukimi é uma otaku de vivas e vive em uma pensão com outras meninas tão otakus quanto ela. Um dia ao tentar salvar uma água viva em uma pet shop, ela acaba esbarrando com uma “linda princesa” (parafraseando a própria personagem). Totalmente o oposto de Tsukimi, ela acaba entrando na pensão e dormindo no quarto da otaku. Porém, de manhã ela descobre algo que mudaria sua vida… aquela “princesa” na verdade era um garoto, um cross-dresser (garoto que se veste como uma garota).

Olhando pela sinopse, eu acharia esse anime uma bosta. E sim, o motivo disso é o cross-dresser. Uma moda que parece estar realmente se alastrando no Japão. Tivemos cross-dressers no capítulo 56 de Genshiken, tivemos um em Baka to Test e agora temos um em Kuragehime. “O que está acontecendo?” eu me perguntei quando li a sinopse, mas fui conferir mesmo assim seguindo a indicação do meu querido colega blogueiro, Gyabbo.

Obviamente fiquei surpreso com a qualidade do anime, logo no primeiro episódio eu já sabia que seria bem promissor. Porém, eu fiquei com o pé atrás. Sabe como é, alguns animes tem decepcionado bastante nessa temporada.

Assisti então a 4 episódios e estou escrevendo este post plenamente satisfeito com o que estou vendo e com o que provavelmente verei. Para começar, é um ótimo anime para mostrar as diferenças entre o que nós, ocidentais, consideramos como otaku e o que os japas consideram como otaku.

Na pensão vivem seis mulheres (sim, elas não são tão jovens quando parecem). Cinco já apareceram e uma é uma hikikomore, androfóbica, com habitos noturnos e… uma mangaka profissional que nunca sai do seu quarto e se comunica através de mensagens por escrito. Mas depois falo mais sobre ela. Vamos focar nas quatro principais.

Primeiro temos a própria Tsukimi, personagem principal do anime. Ela quando criança sonhava em ser uma bela princesa. Cresceu e se tornou uma otaku. Socialmente inapta, com pouco senso de moda e apaixonada por águas vivas. Sim, ela é uma otaku de águas-vivas. Ela sabe tudo sobre elas, as espécies, o habitat natural, hábitos, e por aí vai.

Chieko é a atual responsável pela pensão. Ela herdou o cargo de sua mãe. É a mais velha da turma e é uma otaku de kimonos e bonecas. Ela adora fazer, comprar e colecionar kimonos dos mais variados tecidos, além de fazer versões em miniatura para suas bonecas tradicionais. Sem dúvida é a mais centrada da casa.

Mayaya é uma otaku de história chinesa. Romance dos Três Reinos é sua história favorita e tudo que tem a ver com esse período a atrai. Ela é a mais “sonora” e agitada da turma. Constantemente gritando e correndo de um lado pro outro por qualquer coisa.

Banba é uma otaku de trens. Ela adora trens. Gosta de montar ferroramas e coleciona miniaturas dos mais variados tipos de trem que existem pelo mundo. Ela é bem despreocupada e desligada do mundo a seu redor. Seu único foco na vida são realmente os trens.

Por fim temos Jiji que é uma otaku de… caras mais velhos. Isso mesmo, ela adora homens velhos. É a mais tímida da turma.

Os personagens são sem dúvida curiosos por si só, mas a conjuntura geral da pensão é o que mais atraí a atenção. Todas são mulheres com cerca de 30 anos (menos Tsukimi, 18), sem namorado e totalmente fechadas em seus mundos. Não conseguem de maneira nenhuma se relacionar com o mundo externo e isso fica claro na maneira como elas tratam os possíveis candidatos a ocupar alguns dos quartos da pensão. Até que aparece Kuranosuke, o cross-dresser.

Assim como a Saki foi o fator entrópico em Genshiken, Kuranosuke é o fator entrópico em Kuragehime. A pessoa que faz os outros saírem de suas zonas de conforto e por consequência terem que se adaptar ao novo ambiente e se desenvolverem como pessoa. E vale também falarmos sobre ele. Filho de uma família rica com conexões com a política e vida ganha, Kuranosuke não quer isso para si. Ele quer ser diferente, não quer seguir o que foi planejado para ele. Ele é um rapaz muito bonito. Sempre teve mulheres e trabalhos de modelo a seus pés. Decide então começar a se vestir de mulher como forma de protesto a tudo aquilo. Pensa que a família não vai querer um homem que se veste de mulher assumir seus negócios e virar o responsável pelo nome da família.

Ao conhecer Tsukimi ele se depara com um estilo de vida que ele não estava nem um pouco acostumado. Uma garota que não se cuida, que não presta atenção no que veste, não usa maquiagem, mal sai de casa. Ele vê ali uma maneira dele mesmo se desenvolver e acabar ajudando aquelas mulheres que ali moram. Porém não quero me aprofundar muito para não acabar soltando algum spoiler e estragar a experiência de quem vai ver o anime.

Esse post já está ficando muito longo. Mais do que eu achei que ficaria quando planejei escrever. Mas senti a necessidade de falar desses personagens tão curiosos. Acho que num anime como esse, os personagens são mais valiosos que os aspectos técnicos da produção (que são muito bons, por sinal). Fica aí a dica para quem quiser um anime interessante, com personagens curiosos e que foge ao que estamos acostumados a ver por aí. Podem esperar mais posts sobre Kuragehime para breve, mas este termina por aqui.

Quem me acompanha no twitter sabe que eu venho prometendo […]