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Boku wa Tomodachi ga Sukunai – O ‘guilty pleasure’ da temporada?

Na temporada passada, eu tive uma grata surpresa com o anime Mayo Chiki, que, apesar de ser voltado para o ecchi, continha um “quê” a mais. Não se limitava simplesmente a explorar o ecchi e esquecer de todo o resto. Tinha bons personagens, boas situações e uma história decente. Não era um grande anime, mas foi divertido e não ofendeu. Sem dúvida valeu a pena ter assistido. Era o momento de relaxamento e curtição da semana.

Com Boku wa Tomodachi ga Sukunai meu sentimento foi bem parecido. Era um anime que eu nem assistir estava planejando, mas como estava com um tempo livre, resolvi pegar e curti o primeiro episódio. Temos personagens que podem ser bem desenvolvidos e uma situação um tanto curiosa e interessante. Sem dúvida teremos altas doses de momentos ecchi, mas será que Haganai, como também é chamado, conseguirá ser algo além disso? A promessa é que sim.

Hasegawa é um aluno que foi transferido há pouco tempo para a St. Chronica’s Academy, uma escolha católica. Ele tem dificuldades para fazer amigos pois sua aparência o faz parecer um delinquente e os boatos a seu respeito não ajudam em nada. Um dia andando pela escola, ele encontra Yozora Mirazuki, uma menina de cabelos pretos que se acha a maioral, falando com uma amiga imaginária. Ao conversarem, ele descobre que a menina também tem dificuldades de fazer amizades por causa de seu temperamento. Ela então decide que vai fundar um “Clube dos Vizinhos” que nada mais é que um clube para pessoas com problema em fazerem amigos se ajudarem. A primeira aluna a se registrar no clube, é a menina mais bonita e mais popular da escola entre os meninos, Sena Kashiwazaki. Ela diz que não consegue fazer amigos justamente por ser perfeita demais. É de se esperar que as duas meninas não se deem nem um pouco uma com a outra. Começa assim a história de Boku wa Tomodachi ga Sukunai.

O que me atraiu no anime, foi justamente trazer essa temática sobre “amizade”, no caso, a falta de. Isso é um problema relativamente sério. Muita gente tem dificuldades para fazer amigos, algo que a sociedade condena e que pode ser bem problemático para seu futuro. A ideia de juntar um monte de gente com problemas de sociabilidade em um único clube parece promissora na geração de situações interessantes. A maneira como tudo foi conduzido nesse primeiro episódio me fez crer que a coisa pode andar para bons caminhos.

Como é de se esperar, há sim fanservice. Nesse episódio não tanto, de fato, mas pela abertura dá pra ver que a coisa não vai ser assim o tempo todo. Não sou contra o fanservice desde que ele não atrapalhe uma boa história ou um bom cenário (que muitas vezes é o que acaba acontecendo).

O estúdio responsável pela animação é uma subdivisão do AIC, o AIC Build, que também foi responsável pela adaptação de Oreimo. Ou seja, pelo menos teremos um trabalho competente nesse quesito. Saito Hisashi está a cardo da direção. Ele foi o diretor de Sora no Otoshimono e Sora no Otoshimono Forte, animes com forte apelo ecchi e que, infelizmente, se perdeu na segunda temporada se tornando repetitivo demais. Porém, Sora no Oto foi feito por outra subdivisão da AIC, a AIC A.S.T.A.. O que essa pequena mudança pode acarretar a série? Não posso opinar com certeza, mas espero que seja positiva.

Quem me dá grandes esperanças para a história andar bem, é o responsável por ela, Urahata Tatsuhiko. Ele foi o responsável pelos scripts de Monster, Nana e ajudou na edição do script de Sakura Card Captors. O cara já é veterano na indústria e tem bons trabalhos no currículo. Vamos torcer pra que não decepcione com Haganai.

Na temporada passada, eu tive uma grata surpresa com o […]

Dobradinha Noitamina: “Fractale” e “Wandering Son”

O bloco Noitamina vem rendendo bons animes desde seu início em 2005. Exemplos são Honey & Clover, Nodame Cantabile, Eden of the East e o recentemente eleito melhor anime de 2010 pelo Anikenkai Awards, Kuragehime. Nessa temporada de Inverno, é hora de “Fractale” e “Wandering Son”. Será que eles fazem jus a seus antecessores?

Comecemos por Wandering Son, que eu insisto por confundir com Wandering Boy… sabe-se lá porquê. Esse anime é baseado num mangá escrito por Takako Shimura e que hoje já conta com 11 volumes publicados. A história é sobre Shuichi Nitori e Yoshino Takatsuki, um garoto e uma garota pré-adolescentes que acabaram de entrar em uma nova escola. O que tem de diferente sobre eles é o fato de ambos não aceitarem seu sexo. Ele quer ser uma menina e ela quer ser um menino.

Eu não sei qualé a dessa vibe cross-dresser que parece ter tomado força no Japão e está dominando os animes e mangás. Até Genshiken, que preza por uma verossimilhança, resolveu tratar do assunto com o novo personagem, Hato. É um tema extremamente delicado e parece ser a bola da vez dos animes. Porém, Wandering Son leva isso a outro nível, ao fato do garoto e da garota realmente quererem ser do outro sexo e não ser só um hobby ou um meio de rebeldia (como é o caso do Kuranosuke em Kuragehime). E esse assunto sendo aplicado a um garoto e uma garota que ainda nem entraram na puberdade direito deixa a coisa ainda mais delicada.

Não tenho dúvida que o autor deve ter tido competência para tratar do assunto, afinal, 11 volumes não é pouca coisa, mas esse é, sem dúvida, um assunto que não me agrada. Não posso dizer que é ruim, que foi mal retratado, mal feito. Mas posso dizer que não me agrada e não me interessa.

Porém, se teve uma coisa que me interessou nesse anime, foi o aspecto técnico. O visual é fantástico. Todo o anime é como se páginas coloridas em aquarela de um mangá tivessem ganhado movimento. Um trabalho belíssimo do estúdio AIC, responsável pela adaptação. Chego a cogitar continuar assistido ao anime só pela beleza visual.

Se você se interessa pelo assunto, sente curiosidade, ou gosta de um slice of life com um tema, de certo modo, diferente, certeza que irá curtir Wandering Son. Porém, pessoalmente, ainda não sei se continuarei a assistir. O que é uma pena, dado ao excelente visual e o maravilhoso tratamento dos cenários.

Passando agora para Fractale, o estúdio A1 Pictures resolveu adotar uma vibe Ghibli para o anime e essa é a primeira coisa que salta aos olhos. O cenário pintado como em aquarela, personagens com bastante movimento e uma história original.

A história é sobre Clain, um jovem menino que um dia se encontra com Phryne, uma misteriosa garota que lhe entrega um broche e some sem avisar para onde ia. Clain vive em um mundo onde o “Sistema Fractale” existe. Não há muita explicação sobre ele nesse primeiro episódio, apenas que foi algo criado pelos homens para facilitar a vida na terra. Com ele, as interações humanas foram quase que suprimidas e todos agem basicamente através de seus “dopplers”, uma espécie de avatar. Quando Phryne aparece sendo perseguida por outros humanos, Clain acaba por trazê-la para sua casa e lá percebe que ela não é uma pessoa comum, que parece não pertencer àquela sociedade em que ele vive. Após entregar o broche e sumir, Clain descobre que havia dados (de computador) escondidos no presente e ao conectá-lo ao computador, uma garota se materializa bem na sua frente.

Essa é basicamente a história do primeiro episódio de Fractale e só por ela eu já fiquei muito mais interessado que em Wandering Son. Uma vibe meio ficção científica, com um “sistema central” cuidando da vida humana e etc. Me motivou a ver os próximos episódios e saber o que acontecerá.

Felizmente ou infelizmente não há muito mais o que falar sobre Fractale. Gostei do visual e gostei da história. Continuarei acompanhando com certeza e acho que, quem ainda não viu, deveria dar uma chance.

O bloco Noitamina vem rendendo bons animes desde seu início […]

O que esperar da próxima temporada?

Estamos nos aproximando do fim da temporada da Primavera 2010. Uma temporada recheada de animes divertidos e surpreendentes. Saldo altamente positivo. Com esse resultado, a temporada do Verão 2010 está sendo aguardada com expectativa. Porém, será que ela vai corresponder?

O chartfag liberou a primeira versão do seu guia com alguns dos animes já anunciados para estrear em Julho. Para conferir é só clicar na imagem abaixo (em inglês).

É impossível tirarmos uma conclusão a partir de sinopses preliminares, mas vamos a alguns comentários:

High School of the Dead é um mangá sobre zumbis que saiu recentemente aqui no Brasil pela editora Panini. Eu li a primeira edição e não gostei. Parece que ser um mangá não favoreceu o desenvolvimento do tema. Achei pouco engraçado, pouco interessante e pouco fanservice (estamos falando de zumbis, tem que ter fanservice). Porém, com a mudança de formato para um anime a coisa pode melhorar. O fato de ser da Madhouse também agrada.

O estúdio AIC veio com tudo nessa temporada, totalizando 3 estréias! A qualidade delas só saberemos quando estrearem, porém vale lembrar que esse é o estúdio que trabalhou em diversas séries, como CANAAN, Samurai X, Nausicaä, Gurren Lagan e tantos outros. Vale a conferida.

Não pretendo me alongar muito, mas não estou tão empolgado para a próxima temporada como gostaria de estar. Quando estivermos mais próximos das estréias teremos posts mais detalhados sobre as séries em destaque.

Até o próximo post.

Estamos nos aproximando do fim da temporada da Primavera 2010. […]