Tag Archives: K-ON

Hibike Euphonium não é o que estávamos esperando. Ainda bem!

Eu sei que muita gente vai dizer que já sabia que Hibike Euphonium ia ser legal, que viu potencial desde que foi anunciado, que isso, que aquilo, mas o fato é que a grande maioria simplesmente achava que estávamos diante de um K-ON 2.0 e, bem, não é, nem de perto, o caso.

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Editora NewPOP fala sobre Hetalia, K-ON e Gate 7!

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A editora NewPOP se pronunciou, através de sua página no facebook, sobre três dos títulos mais comentados pelos leitores e que estavam sem notícias há muito tempo: Hetalia, K-ON! e o tão esperado lançamento de Gate 7.

Segundo a editora, Hetalia voltará a ser publicado na segunda quinzena de Maio e seguirá com uma periodicidade bimestral. K-ON! terá mais dois volumes publicados, correspondente a dois extras lançados no Japão. O primeiro conta as desventuras de Yui, Mio, Mugi e Ritsu na faculdade; o segundo acompanha o último ano de Azusa ainda na escola junto das amigas Jun e Ui. Infelizmente para esses não há data ainda.

Gate 7, o mangá que foi confirmado aqui no Brasil pelo próprio site da CLAMP em 2011, e que atrasou para 2012, mas parece que finalmente irá sair agora em 2013. A NewPOP anunciou que o mangá deve chegar às bancas na primeira quinzena de Maio.

O que eu acho de tudo isso? Espero que se concretize mesmo. Na época do anúncio de Gate 7 eu fiquei muito empolgado, mas o hype foi passando e passando até hoje ser quase nulo. Os volumes extras de K-ON também são algo bem legal de termos, mas a falta de uma data me preocupa. E quanto a Hetalia… bem, eu não me importo mas sei que tem quem se importe.

O fato é que acreditar na palavra da Editora NewPOP atualmente está difícil. Espero que, dessa vez, eles cumpram com o prometido e não deixem os fãs a ver navios como tem feito com muita frequência.

A editora NewPOP se pronunciou, através de sua página no […]

K-ON conquista o TOP10 com box custando R$400!

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Para aqueles que achavam que o sucesso de K-ON seria algo passageiro, uma surpresa: semana passada, dia 20, saiu um box de CDs com as músicas da série custando “módicos” R$400 (19.800 ienes) que poucos dias depois já constava no TOP 10 dos mais vendidos. Medo.

kontop10box_03O box “K-ON MUSIC HISTORY” traz 12 CDs contendo todas as músicas de todos os álbuns e singles já lançados além das inéditas músicas do jogo K-ON! Hokago Live!! para PSP em uma embalagem direcionada aos colecionadores, com todas as capas dos discos e livreto com fotos além de um pôster para aqueles que comprarem a 1ª edição. Além de tudo isso, temos faixas bônus com comentários e gravações ao vivo. No total foram 258 faixas compiladas. É música que não acaba mais.

As músicas de K-ON são interpretadas pelas dubladoras das personagens, Aki Toyosaki (Yui Hirasawa), Youko Hikasa (Mio Akiyama), Satomi Sato (Ritsu Tainaka), Minako Kotobuki (Tsumugi Kotobuki) e Ayana Taketatsu (Azusa Nakano). Além de participações especiais de dubladoras de personagens secundários.

K-ON foi um fenômeno, não só no meio otaku mas no geral. Suas músicas cativaram um público enorme, creio que muito maior que o anime em si (basta ver o número de álbuns, 14, e singles, 29, lançados). Tal fenômeno impulsionou a carreira de suas dubladoras no mundo da música. Aki Toyosaki já lançou vários singles e um álbum solo; e Youko Hikasa está para estrear sua carreira solo com dois singles e um álbum colaborativo, sendo o primeiro single, o encerramento do novo anime Shingeki no Kyoujin!

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E vocês? Gastariam essa grana toda nesse box? Eu gosto muito das músicas de K-ON e escuto várias regularmente, além de admirar a Youko Hikasa como dubladora e cantora, mas acho que não desembolsaria quatro peixes azuis dessa forma. Os interessados podem comprar o álbum na CDJapan, com estoque limitado.

>> けいおん! : 2万円の高額CDボックスが1万枚売り上げ オリコン10位にランクイン

Para aqueles que achavam que o sucesso de K-ON seria […]

Primeiras Impressões: Tamako Market

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Não há como negar que o estrondoso sucesso de K-ON! foi responsável por trazer o estúdio Kyoto Animation de volta ao centro das atenções. De lá pra cá, o estúdio não decepcionou trazendo bons animes como Nichijou, Hyouka e, mais recentemente, Chuunibyou, este especialmente interessante. Sendo assim, quando o estúdio anuncia um novo anime é fato de que este vem embrulhado em grande expectativa. Será que Tamako Market continua a sequencia de bons animes?

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Não há como negar que o estrondoso sucesso de K-ON! […]

Analisando: K-ON! O Filme

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Quase um ano se passou, mas felizmente nós, ocidentais, tivemos acesso ao filme de K-ON!. Lembro de ter lido a notícia do anúncio do filme e posteriormente ter assistido ao blu-ray do show ao vivo das dubladoras em que tal anúncio foi feito… tudo isso fazendo o hype crescer pois, afinal de contas, eu havia me tornado um fã da série.

Com a chegada do blu-ray do filme em terras nipônicas, o filme chega a nós também e eu pude conferir em alta-definição, numa grande TV, sentado numa confortável poltrona, o “retorno” das membros do clube de música leve.

Para descartar logo comentários sobre a parte técnica, se a série já era muito bem feita, o filme levou isso a um nível ainda melhor. A animação está extremamente fluida, cenários belíssimos e uso inteligente de CG. Precisa de mais alguma coisa no quesito técnico? Não, né? Então avançando…

No filme, as meninas estão prestes a se formar e querem fazer algo de diferente nos seus últimos dias na escola. Decidem então embarcar numa viagem de formatura para Londres, o berço de grandes músicos. Ao mesmo tempo, as quatro veteranas quebram a cabeça para criar uma música de presente para Azusa, sua caloura que ainda ficará um ano na escola, longe delas. Claro que com elas, nada pode sair de maneira fácil. Nem a viagem, nem o presente.

A primeira coisa que me chamou a atenção no filme não foi algo bom. Na verdade, foi algo que me deixou um tanto apreensivo no começo… o filme demorou pra engrenar. Demorou bastante até. Se você assistiu ao trailer ou leu alguma sinopse, sabe que o foco do filme seria a viagem para Londres… mas até elas decidirem ir, passaram-se cerca de 20 minutos e até elas irem de fato se foram já quase 40 minutos. Quase metade do filme (de um total de 110 minutos aproximadamente excluindo créditos finais) se passa sem chegarmos no plot central. Tudo isso para a parte de Londres durar só mais 40 minutos e ainda termos 20 minutos para se resolver o plot da Azusa e dos últimos dias na escola.

Essa é minha crítica negativa ao filme. Parece que os produtores e diretores esqueceram que migraram para uma mídia diferente e trataram do filme como um grande episodiozão da série, o que ele não é. Por causa disso, a distribuição de tempo ficou um tanto quanto problemática. Mas ao mesmo tempo nós temos um exagero na ambientação do espectador que parece que o filme tentou agradar também a quem não viu a série. E essa indecisão de ser um filme pra quem viu a série ou ser um filme por si só deixa toda a organização um tanto confusa.

Mas tudo bem. Como eu disse no meu post sobre o porquê deu gostar de K-ON!, o foco da série é no feeling, na sensação de ligação que o espectador tem com as personagens e isso, sem dúvida ainda está presente nesse filme. Temos situações de comédia intercaladas com situações corriqueiras do dia-a-dia como foi com a série, fortalecendo assim os “laços” com o espectador.

Falando nas personagens, eu gostei bastante da forma como elas foram introduzidas numa situação fora do lugar comum, tendo que “sobreviver” num país estrangeiro e as situações cômicas em que isso resulta, como elas serem confundidas com uma banda convidada na abertura de um restaurante japonês.

Pegando o gancho daí, vale reparar também no choque cultural pelo qual elas passam. É engraçado ver, por exemplo, que a maioria delas nunca foi a um restaurante de sushi e que aproveitam a ida a Londres para entrar em um (mesmo que saiam de lá sem nada no estômago). Para muitos ocidentais, sushi é prato corriqueiro para os japoneses, o que não é bem verdade.

E falando na parte cultural, eu achei muito bem feita a reprodução de Londres. Seja no character design diferente para os ocidentais, seja nos veículos, seja no cenário… ficou tudo muito bem feito. Achei legal também o fato das personagens terem que falar inglês em vários momentos. Fico irritado quando em animes as pessoas viajam pra fora e continuam falando japonês normalmente.

Sendo bem sincero com vocês, se não viram a série, não percam tempo vendo o filme, não terá tanta graça. E se não gostaram da série, não vejam mesmo o filme. Mas se você gostou da série, assim como eu, assistam e curtam o momento. Dificilmente teremos algo novo de K-ON tão cedo, se é que teremos um dia.

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Porquê eu gosto de K-ON!…

Em Julho do ano passado, quando do fim da série de K-ON, eu fiz um post em memória da série e lá dá para perceber o por quê deu gostar dessa que, para muitos, é mais uma série banal focada no moe. Porém, o filme de K-ON finalmente ficou disponível para nós, ocidentais (graças ao blu-ray japonês ter saído) e creio que essa seja uma boa oportunidade para deixar claro meus motivos para ser fã da série e, de quebra, falar do filme em si.

Se você ainda não conhece K-ON, fique tranquilo. A série basicamente segue o dia-a-dia de um grupo de garotas que decidem reviver o clube de música-leve de sua escola mas diferente de um clube de música comum, elas passam mais tempo tomando chá, comendo doces e batendo papo do que praticando de verdade.

Como grande parte dos animes slice-of-life, K-ON não tem uma história fixa e linear a ser contada durante a série. Por ser guiada por seus personagens, a série apresenta um monte de sub-histórias que ao se unirem nos fazem conhecer mais as personagens e criar uma conexão com elas. Em um paralelo simplório, seria como os sitcoms americanos (Friends, Seinfield, etc). Só que até aí temos uma enorme quantidade de séries que seguem esse princípio, como Azumanga Daioh e Lucky Star. Por quê então K-ON se destaca dessas e das demais?

Séries como Azumanga Daioh e Lucky Star se focam muito na comédia. Diria que SÓ se focam na comédia. Sendo assim, os laços criados com o espectador são meras “piada-reação”. Ao terminar tais séries não há uma sensação de que se conhece as personagens, mas sim de que você gostou da piada X, ou no momento Y você riu bastante e etc. K-ON por outro lado resolveu investir no lado mais “humano” da coisa. Decidiu que não bastava só focar na comédia, tinha que focar nos momentos simples do dia-a-dia das personagens, nos momentos de angústia, nos emocionantes, nos felizes, nos tristes… eles resolveram colocar em exposição uma grande variedade de sentimentos que pouco a pouco foi mostrando para quem assistia quem eram aquelas meninas e os laços criados com elas se tornam muito mais “fortes” que com as personagens de um Azumanga Daioh ou Lucky Star.

Por causa disso que, se você se deixou levar pela série, é muito provável que você tenha se emocionado com cenas como no episódio 20 da segunda temporada onde as meninas, após um show na escola, relembram de vários dos momentos que passaram juntas. Ao mesmo tempo que você relembra, você também percebe que irá sentir falta, assim como as próprias personagens.

Dessa forma, é até fácil entender o por quê de muitas pessoas terem assistido e gostado de K-ON. A série não se apoia só no moe para existir e criar um fandom. Se assim fosse, ela seria só mais uma de tantas. Ela fez algo além. Ela pegou o moe, fundiu com o conceito de slice-of-life e deu no que deu. Um enorme sucesso.

Mas tudo bem, isso é o que fez K-ON um sucesso de público, mas e para mim? O que EU considero como ponto que me fez gostar tanto de K-ON e me faz até hoje defender a série perante acusadores de que não passa de só mais uma série moe genérica?

A amizade.

É comum falarmos sobre amizade quando falamos de shounens. Um dos pilares do gigante One Piece é a amizade entre os “nakama” (仲間, palavra que significa amigos, companheiros, parceiros). Mas e se esse conceito amplo de amizade fosse aplicado a um slice-of-life? E se esse slice-of-life já se destacasse pela identificação do público com suas personagens? Seria uma boa mistura? Claro que sim.

Em K-ON, o que mais me chama a atenção não é a relação do público com as personagens, mas sim a relação delas com elas mesmo. Nós acompanhamos o dia-a-dia delas de forma tão pura que dá pra absorver bastante da relação entre elas. Seja relações como colegas de classe, como membros do mesmo clube, como amigas, como familiares (no caso da Yui com a Ui e da Ritsu com o irmão dela), etc. Para mim, não há anime que tenha exposto isso de forma tão crua e bem construída que nem K-ON. Isso acontece pois a coisa flui de forma tão natural que nem parece ter um roteiro por trás disso tudo. E já deixo claro que isso é mérito do anime pois tal sensação não existe de forma alguma no mangá (muito por causa do seu formato em yon-koma, tirinhas curtas de 4 quadros cada).

Apesar de tudo que eu falei aqui, não considero K-ON uma obra prima, algo revolucionário ou um dos melhores animes de todos os tempos. Longe disso. Mas se tem uma categoria que posso colocá-lo é na de anime que melhor sabe se relacionar com seu espectador e isso eu respeito. É um anime que tem como objetivo criar esse laço com o espectador e, se ele consegue (e como sabemos conseguiu com MUITA gente), ele já se destaca de muito anime considerado “sensacional” por aí que depois de pouco tempo é esquecido por todos.

É aí que aproveito para entrar no filme de K-ON que assisti nessa madrugada. Curiosamente, não sei se vocês repararam ao acessarem o link que coloquei logo no início do post, faz quase um ano que K-ON terminou e ainda hoje as pessoas comentam sobre a série. Seja para falar bem, para falar mal ou simplesmente tentar entender o seu sucesso.

Encerro esse post por aqui pois ele está bem grandinho. Se quiserem ver o post específico do filme de K-ON, cliquem aqui. No mais, quero muito saber a opinião de vocês sobre a série e sobre o que acharam do que escrevi aqui, então não deixem de comentar.

Em Julho do ano passado, quando do fim da série […]

Relembrando animes de um passado recente… PARTE 2 de 2

E cá estamos com a segunda parte do especial “relembrando animes de um passado recente”. O motivo da demora entre um post e outro é que essa segunda parte me deu um trabalhinho um pouco maior para ser feita. Afinal, ela compreende duas etapas da minha vida animística.

De 2000 a 2004, como eu apresentei no post anterior, foi a época da introdução de fato aos animes. Eu não estava mais preso ao que passava na TV ou a ter que comprar VHS de fansubs. A internet banda larga estava nascendo no Brasil e a cada dia meu acesso a animes aumentava. Essa fase eu denomino de “fase de introdução”.

De 2005 a 2008 eu demarco a época da “fase de consolidação” e de 2009 até 2011 “fase de produção”. Vamos tentar entender melhor essas fases agora…

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2005 – 2008 -> A fase de consolidação

Nessa época, o grande marco, ainda em 2005 foi eu ter conhecido Genshiken. Tive meu primeiro contato com a série que me abriria os olhos para um fandom ainda desconhecido por mim e que me interessaria tanto. Uma série que me apresentaria personagens dos quais até hoje tenho um enorme carinho por. A série favorita de toda a minha vida animística. Melhor ainda foi poder acompanhar a segunda temporada do anime em tempo real lá pra 2007-2008. Foi a primeira série que acompanhei semanalmente. Não perdia um episódio sequer. Era um ritual quase religioso assistir ao episódio da semana. E foi graças a isso que se deu origem a “fase de produção’, mas não vamos nos apressar.

Nessa fase eu vi outros animes que me marcaram bastante. Eu já não assistia mais tudo que aparecia pela minha frente pois era coisa demais. A biblioteca de opções havia crescido exponencialmente desde a “fase de introdução”. Eu tinha que ser mais seletivo.

Um dos grandes marcos foi, sem dúvida, o anime de Death Note. Foi um dos primeiros que assisti direto de grupos americanos. Só que não vi a série até o final. Eu soube que a JBC iria trazer o mangá para o Brasil e decidi parar de ver o anime para poder acompanhar o mangá mensalmente. Pessoalmente eu achei que valeu muito a pena ter tomado essa decisão. Acho que se não fosse por ela eu não teria ficado tão fã da dupla Ohba/Obata e não teria pegado Bakuman pra ler desde o começo. O único porém foi algo que eu lembro até hoje…

Estava com amigos num ônibus e eles começam a falar de Death Note. Desvio a atenção da conversa até que eles me soltam O spoiler da série. É… tenho certeza que vocês sabem que spoiler é esse. Aquele que divide a história em duas partes: pré-eLe e pós-eLe… é… eu soube disso antes de ler de fato. Triste.

Outro anime que vi bastante nessa época foi Eyeshield 21. Eu já gostava muito de futebol americano e quando vi que tinha um anime sobre isso fui logo conferir. Infelizmente nunca terminei de assistir ao anime nem de ver ao mangá, mas o guardo no fundo do coração. Junto dele tive meu primeiro contato com Hajime no Ippo, anime do início da década mas que eu só vim a conhecer nessa época.

Lembro de ter assistido a Eureka Seven também nessa época. Uma pegada diferente para as histórias de robô. Tive meu primeiro contato com os animes da série .hack numa época da minha vida em que eu estava bem interessado nos MMORPG. Lembro de ter acompanhado também, não semana a semana, mas ainda sim acompanhado Gurren Laggan pois no fórum em que eu participava o anime virou uma modinha bem ampla. O que dizer das produções da KyoAni, que consolidaram meu gosto pelo estúdio: Suzumiya Haruhi no Yuutsu e Lucky Star. E claro, já lá pro final da “fase de consolidação”, teve Michiko to Hatchin, anime inspirado no Brasil, com pegada de filme do Tarantino e direção musical de Shinchiro Watanabe.

A “fase de consolidação” chegava ao fim. Eu já não era mais um espectador aleatório de anime, eu tinha me consolidado como fã de animação japonesa. Mas eu não queria parar por ali. O que me fez perceber isso foi justamente acompanhar a segunda temporada de Genshiken semanalmente.

Até então eu não havia lido o final do mangá. Os grupos esperaram o mangá ser concluído nos EUA para escanear seu final. Por isso meu acesso a ele foi bem limitado nessa época. Por isso, o conteúdo do anime para mim era inédito. Acompanhar semana a semana aqueles personagens tão queridos começava a mexer com a minha cabeça no sentido deu querer falar sobre o que estava acontecendo, elaborar teorias, conversar com outros fãs, ver o que eles tinham a dizer.

Infelizmente o fandom de Genshiken no Brasil é pequeno e era menor ainda naquela época. Procurando pela internet, achei um fórum de discussão em inglês chamado iiChan. Um fórum pequenino mas que tinha uma pasta só pra falar de Genshiken. Que felicidade. Semana a semana eu ia lá e comentava os episódios com outros fãs espalhados pelo mundo. Era um recanto de extremo nicho mas que eu adorava fazer parte. Até hoje eu visito o site para ver se alguém posta algo novo.

Essa minha rotina de discutir e de explorar melhor uma obra foi a semente do que eu faço hoje em dia. Foi necessário apenas mais um ano para eu decidir abrir um blog de animes inspirado por esse momento na minha vida e por outro blog também ligado a Genshiken (e animes em geral, claro), o Ogiue Maniax. Estava dado início à “fase de produção”.

2009 – 2011 -> A fase de produção

Eu não queria mais só absorver passivamente os animes. Eu queria falar sobre, discutir, pensar em cima daquilo. Criar o Anikenkai foi pura consequência de tudo isso. Nessa época foi quando eu comecei a assistir a maioria das minhas séries semanalmente. Justamente para poder participar de discussões.

Tivemos a primeira e segunda temporadas de K-ON!, que até hoje é um agradável guilty pleasure que eu tenho. Sengoku Basara, que me introduziu a essa franquia tão divertida e descompromissada. Basquash!, que me impressionou pela qualidade técnica. Higepiyo, um anime que cada episódio tinha 3min sobre um pintinho barbudo que me divertiu muito na época em que saia. Higashi no Eden, também conhecido como Eden of the East, trazia uma qualidade técnica impecável e uma história bem interessante de se acompanhar. CANAAN me trouxe de volta no tempo me fazendo lembrar de Noir. Tokyo Magnitude 8.0 me fez mergulhar fundo no noitaminA que até então era um bloco do qual eu não era tão familiar. Baka to Test, anime extremamente divertido com personagens que oscilavam curiosamente entre o clichê e o original. Pena que a segunda temporada foi tão fraquinha. Heartcatch Precure, o anime que me fez enxergar a franquia Precure de maneira diferente, acreditando que coisas boas podem sair dali. Giant Killing mostrou que ainda dava pra ter originalidade e uma boa história com animes de futebol. Panty & Stocking mostrou que a Ganiax não estava morta, pena não ter feito tanto sucesso quanto deveria.

Kuragehime virou um all-time favorite da minha pessoa depois da sua versão animada. Tantei Opera Milky Holmes mostrou que animes quase que 100% voltados para o moe também podem ser divertidos…

Ufa… foram tantos animes nessa época que fica difícil falar de todos. Mas essa overdose de anime semanal me esgotou. Por isso que a “fase de produção” termina em 2011. A partir de 2012 eu entrei na minha fase atual…

2012 – 20?? -> Fase de produção selecionada

É aqui que eu me encontro hoje em dia. Só coloquei esse adendo ao post para ele encerrar da maneira correta. Não pretendo desenvolver essa fase agora. O farei num futuro próximo, quem sabe. Até porque nem eu sei ao certo quais as características dela. Estou experimentando tudo agora.

Resumidamente, é uma fase em que eu cansei de ver animes semanalmente e em enorme quantidade. A produção começou a perder qualidade. O foco na quantidade foi exacerbado. Estou me voltando agora para a qualidade do conteúdo. Estou numa fase de ver poucas séries, mas aproveitar ao máximo delas. Não me incomodo mais de não estar por dentro de todas as discussões, por exemplo. Essa fase teve sua primeira manifestação quando decidi não assistir a Madoka Magica semanalmente… mas melhor parar por aqui pois essa nova fase é assunto para um post só dela.

Agora é com vocês, comentem!

E cá estamos com a segunda parte do especial “relembrando […]

K-ON pela NewPop – Uma Comparação Com a Edição Americana

Quando eu recebi minha edição americana do mangá de K-ON na hora eu associei aos materiais da NewPop. Não tardou e o mangá realmente saiu aqui no Brasil pela editora. Aproveitando a minha viagem para o Festival do Japão, comprei um exemplar e agora trago até vocês uma comparação bem curiosa, e cheia de fotos, entre as duas edições.

Para começar, o preço. A edição nacional custa R$14,90 enquanto a edição americana custa U$10,99 (R$17, aprox.). Ou seja, há uma diferença de dois reais entre cada edição. Vale a pena comprar a edição nacional ou é melhor comprar a edição americana através da BookDepositoy? Vamos analisar.

Para começar, percebemos que a lombada da edição americana (a esquerda) é mais bem trabalhada e ela parece ser mais grossa. O motivo é uma gramatura levemente maior que a edição brasileira (a direita) e mais páginas. O motivo da edição brasileira ter menos páginas você verá daqui a pouco.

Externamente ambas as edições se parecem muito. A real diferença fica quanto à impressão que deixou as cores na edição brasileira mais escuras. Por outro lado, aqui no Brasil a NewPop optou por deixar as letras em japonês (repare que temos “けいおん!” a esquerda e “K-ON!” a direita). No geral, empate técnico nessa categoria.

Temos páginas coloridas tanto na edição brasileira (acima) quanto na americana (abaixo), porém, como vocês podem ver, nem todas as páginas coloridas foram mantidas na edição brasileira. Ponto negativo. Porém, ela é superior no papel escolhido. Enquanto a edição americana imprimiu as páginas coloridas no mesmo papel das em preto e branco, a edição brasileira optou por um papel tipo couché, mais indicado para artes coloridas. Porém, a tonalidade ainda está um tanto quanto escura se comparada à edição americana e falha um pouco no tratamento dos contornos. Ponto negativo.

Na categoria páginas coloridas, vitória da edição americana.

As fotos acima mostram um mesmo quadrinho da edição brasileira (acima) e a americana (abaixo). Repare que a impressão da edição brasileira parece estar em menor resolução, o que causa esse efeito “quadriculado” quando temos retículas (esses pontinhos que preenchem os desenhos em mangás). Infelizmente esse não é um problema isolado desse quadrinho, ele se repete em todas as páginas em preto e branco com retículas. Sendo assim, no quesito qualidade de impressão, vitória esmagadora da edição americana.

Por último, vamos falar dos extras. Aquelas páginas a mais com tirinhas, desenhos aleatórios, etc. Até o posfácio, todos os extras foram mantidos. Temos ilustrações entre os capítulos, etc. Porém, após o posfácio a edição brasileira simplesmente termina enquanto que a edição americana possui um comentário do autor e uma ilustração em cores da Mugi agradecendo por lerem o mangá. Além disso temos também duas páginas com “Teoria da Música” que dão uns “primeiros passos” para se tocar guitarra.

Obs: O editor da NewPop, Junior Fonseca, postou nos comentários que a parte “Teoria da Música” não existe no original japonês. Sendo assim, não é uma “falha” da edição brasileira não publicá-lo, já que eles não tem os direitos para tal. Sobre o comentário do autor, o Junior disse que vai colocar todos juntos na edição final da série. O Anikenkai agradece o esclarecimento.

Há também uns quadrinhos de bônus desenhados por um artista convidado e que na edição brasileira foram impressos nas contra capas em vermelho, como podemos ver na foto abaixo.

Vendo por todos esses aspectos, a edição americana é superior à edição brasileira e o a diferença no preço não é significativa. Porém, a tradução do mangá está muito boa. Foi traduzido direto do japonês por uma tradutora que considero uma das melhores no momento, Karen Kazumi. Sendo assim, o veredito é:

Se você sabe inglês e não se incomoda em esperar algumas semanas para ter o mangá em suas mãos, compre a edição americana. Se você não sabe inglês, prefere ler em português ou não quer esperar, a edição brasileira não vai decepcionar. A escolha é sua!

Estamos em busca sempre numa melhora na qualidade das publicações. A NewPop fez um bom trabalho com K-ON, mas ainda há muito o que melhorar.

Quando eu recebi minha edição americana do mangá de K-ON […]

K-ON no Brasil pela New Pop! Fãs surtam!

Bem, queridos leitores. Aconteceu o inevitável. Em um dos Anikenkai TV apresentei a primeira edição de K-ON publicada nos EUA. Lembro de ter falado também que o material tinha um formato muito parecido com os mangás publicados aqui no Brasil pela NewPop, no caso citei Hetalia como exemplo.

Alguns meses depois, não deu outra, deu no Anime Pro que K-ON estará chegando ao Brasil pela própria NewPop, com páginas coloridas, papel offset, 120 páginas e custando R$15,00.

Se você achou estranho o preço, não estranhe. O papel é melhor, a impressão é melhor e tem páginas coloridas. Não se assuste também com o número de páginas. Apesar de parecer, a editora brasileira não dividiu o tankobon original. No original os volumes tem 120 páginas cada mesmo.

O pré-lançamento será no Anime Friends em São Paulo. Eu não estarei no evento, mas com certeza pedirei para alguém comprar um exemplar para mim. E vocês, o que acharam desse lançamento?

Bem, queridos leitores. Aconteceu o inevitável. Em um dos Anikenkai […]