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Review Semanal: Genshiken Nidaime – Ep. 02

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Vamos dar início ao 2481º encontro “O Genshiken Dessa Semana Foi Interessante”. Em pauta, temos quanto o hobby de crossdresser do Hato pode causar de problemas para o clube!

Mas antes disso, no episódio dessa semana, a roteirista Michiko Yokote mostrou sua competência. Eu sempre gostei muito do trabalho dela nas séries anteriores de Genshiken e, sem dúvida, chegam a acrescentar ao material original. No episódio dessa semana, não foi diferente. Yokote decidiu por não seguir a risca dois capítulos do mangá, mas ao contrário, cortou e recosturou em uma montagem interessante.

A reunião na casa da Yajima corresponde ao capítulo 58 do mangá enquanto a reunião na casa da Ogiue corresponde ao capítulo 60, sendo que no meio disso tudo há momentos do capítulo 59. E como pudemos ver pelo preview do próximo episódio, ela provavelmente retomará o restante do 59! Quem me dera todos os roteiristas tivessem o cuidado que ela tem em fazer uma boa adaptação da obra original.

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Vamos falar um pouco sobre o que aconteceu na casa da Yajima pois lá pudemos conhecer um pouco das novas personagens. Ah, e se não deu pra perceber, no original, ao invés de sucos, elas compram é bebidas alcoólicas mesmo para “calibrar”  a girls-night. Inclusive cria-se todo um caso sobre a suposta idade da Yoshitake. De qualquer forma, no anime eles provavelmente optaram por retirar a citação ao álcool justamente por uma questão legal quanto a idade das personagens. No Japão não se pode beber antes dos 20, faixa etária que inclui muitos calouros universitários. A única discrepância que isso causa é tentar entender porque elas ficaram tão soltinhas.

Mas vamos falar da Yoshitake pois ela rouba a cena num primeiro momento. Que a novata baixinha e viciada em história antiga era energética, nós já sabíamos, mas nesse episódio ela se mostra realmente expansiva e, em até bem inconveniente (como quando ela quer porque quer tocar na pele do Hato). Já deu para perceber que é uma pessoa pouco tímida e bem solta socialmente falando.

Quanto ao Hato, por outro lado, ele se mostrou cada vez mais tímido, ainda que (como o auxílio do álcool no original) tenha se soltado mais um pouco. Ele mostrou o quanto se esforça para manter a aparência feminina o mais perfeito possível e insistiu em dizer que se não fizer essas coisas ele não se sente “completo no papel de mulher”. Tal fato deixou a Yajima extremamente incomodada, e a ela vamos dedicar um pouco de atenção.

Yajima, pelo que já deu a perceber, será quem inicialmente vai fazer as coisas andarem nessa nova geração. Este papel, questionador do status quo era da Saki (aquela menina que descobriu que o Hato era homem logo de imediato no primeiro episódio, caso você não tenha visto/lido a fase anterior). Era ela que fazia os personagens saírem de suas zonas de conforto e, com isso, crescerem, evoluírem, etc. Se quiserem ver um exemplo disso, podem ler o post que eu fiz sobre a evolução do guarda-roupa da Ogiue.

Porém, o grande diferencial é que, diferentemente de sua antecessora, Yajima faz parte do meio otaku. Ela ao mesmo tempo que estranha certas atitudes e situações, ela entende e corrobora com várias outras. Isso cria uma dinâmica totalmente diferente a tudo! Comentarei um pouco mais sobre isso daqui a pouco, quando for falar da reunião na casa da Ogiue.

O que chamou atenção nessa primeira metade foi como a Yajima se vê enquanto otaku. Ela não achava que era preciso cuidar da beleza por ser uma, ou ainda, não precisava se cuidar no geral, usando roupas largas e masculinas, cabelo desgrenhado e etc. Não duvido que muitos nerds e otakus por aí também se sentem assim ou pensam dessa maneira. O engraçado é que ao entrar no Genshiken ela se depara com pessoas que não correspondem a esse esteriótipo, mesmo sendo considerados uma reunião de gente estranha (como a Ohno bem pontuou no episódio anterior). Ela chega até a duvidar de que Hato seja homem… até ter a constatação de que ele o é na engraçada cena da saia. hehehe.

O fato é que a Yajima é uma interessante personagem a se acompanhar. Espero muito por sua evolução. Para mim, ela é uma mistura de Saki, graças a seu papel questionador, e Sasahara, no que tange a sua evolução e quebra de pré-conceitos quanto ao seu hobby e a si mesmo! Gosto muito dela.

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Só que nesse episódio não foram só os novatos que brilharam. Ogiue também teve seu momento… e que momento. Quando eu li pela primeira vez a cena em que ela recebe o telefone da editora dizendo que foi aprovada para publicação, eu não conseguia tirar um sorriso no rosto. Era como ver todo o esforço da personagem durante SUA VIDA sendo recompensado. Mas além disso, a grande magia da cena deve-se ao autor, Kio Shimoku, e sua arte.

As expressões de felicidade serena da personagem foram muito bem passadas. A Ogiue é uma personagem mais fechada. Todos sabemos disso. Porém, nessa cena, você vê que ela fica claramente com um sorriso bobo, daqueles que não dá para controlar e que expressam uma felicidade real, que vem lá do fundo mesmo diante de algo que você não acreditava ser possível. E o anime conseguiu capturar certinho esse sentimento. Não é a toa. Afinal esta série é a que tem o traço mais fiel ao mangá dentre todas! O trabalho da Production I.G. tem se mostrado bem recompensador.

Inclusive, cabe acrescentar aqui que muito da carga emocional do momento se deveu à dubladora Nozomi Yamamoto, que assumiu a personagem no lugar de Kaori Mizuhashi. Nesse episódio ela me convenceu de que será uma boa substituta. Eu simplesmente ignorei que era uma nova pessoa e só aproveitei a cena. Excelente trabalho!

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Como consequência da notícia e a urgência do prazo de entrega do trabalho, os outros membros do Genshiken decidiram se reunir na casa da Ogiue para ajudá-la a finalizar o manuscrito. Nesse momento, temos o foco dado a dois personagens: Yajima, novamente, e Hato.

Para começar, é interessante ver a insegurança de Yajima aflorando. Embora externamente ela pareça uma pessoa durona, dá para ver que internamente ela tem pouquíssima confiança em si mesmo. Nesse momento aflora um certo sentimento de competitividade com Hato. Ela declara que “perdeu” em pele suave, em habilidade de desenho… mas vai ganhar na habilidade em fazer linhas retas… e falha.

Ela nesse ponto começa a pegar no pé do Hato, principalmente depois que um homem aleatório vem perguntar para ela e Yoshitake quem é “aquela garota que só aparece para atividades do clube e some depois”. Ela começa a se indagar por quê Hato se veste de mulher, afinal isso pode trazer muitos problemas para ele e para o próprio clube.

Assim que tem a oportunidade Yajima o questiona sobre o fato e ele prontamente conta sua história de como sofreu bullying nos tempos de colégio por ser um fudanshi (homem que gosta de yaoi) e logo Yajima o interrompe e pede desculpas por tê-lo inquerido sobre o assunto. E é aqui que se encaixa aquilo que eu mencionei antes sobre a Yajima ser diferente da Saki por fazer parte do meio otaku. Muito provavelmente a Saki continuaria a perguntar e questionar as escolhas e decisões de Hato, mas Yajima, ao sentir uma certa catarse pela situação de bullying, decidiu parar e se desculpar.

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Mas seu sentimento questionador aforou novamente logo em seguida quando ela percebeu que, se fosse por questão de bullying ele poderia parar de se vestir de mulher já que achou um grupo que o aceitava mesmo como homem. E é aí que viemos a conhecer um pouco mais do Hato. Apesar de sim, ele ter começado a se vestir como mulher por causa da repressão dos outros, ele agora o faz porque gosta, como bem constatou a Yoshitake. E ele ainda vai além, ele diz que ao se vestir de mulher, ele consegue observar sua situação “de fora”, como se estivesse vivendo dentro de um mangá BL!

Nesse instante nós podemos ver pela primeira vez o lado fudanshi/fujoshi do Hato falando mais alto, principalmente com sua mudança de atitude (vide imagem acima). É a primeira vez que vemos ele falando abertamente sobre isso, mesmo ele já tendo dado indícios quando entregou o desenho com temática Yaoi após o pedido de Ogiue. Apesar de tudo, Hato ainda não conseguiu convencer Yajima. Ela sempre irá vê-lo como homem e isso ainda provavelmente vai gerar muitas situações interessantes de se ver.

Por fim, foi ótimo rever o Tanaka e o Kugayama ao final do episódio. No entanto, eu estou cada vez mais incomodado com a nova dubladora da Ohno. Simplesmente não combina EM NADA com a personagem. Uma péssima escolha.

Só mais uma coisinha…

Eu adoro as referência de Kio Shimoku ao seu próprio trabalho e achei sensacional a cena, que o anime recriou direitinho, da Ogiue fechando a porta na cara da Ohno. É uma referência bem nostálgica ao passado da personagem, como podemos ver na comparação abaixo! Até semana que vem! Não deixem de comentar sobre o que acharam deste episódio e/ou sobre o que eu falei aqui!

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Vamos dar início ao 2481º encontro “O Genshiken Dessa Semana […]

Editorial 010 – Novo layout e botando ordem na casa!

Foi engraçado. Eu estava procurando uma imagem nos meus volumes de Genshiken para ilustrar esse Editorial só que me peguei lendo de fato o mangá. Relembrando todas as cenas que eu adoro, parei em uma que é de muita importância para o mangá: a apresentação da Ogiue ao Genshiken. Só que percebi algo. Eu estava reconhecendo os kanji dos balões. Pela primeira vez consegui ler uma passagem de Genshiken em japonês e sem auxílio de qualquer dicionário! Minha felicidade foi extrema. E ainda pude comprovar uma curiosidade…

A tradução de Genshiken acabou sofrendo várias adaptações nos EUA e algumas, apesar de não afetarem diretamente o conteúdo geral, divergem do original em questão de tom. Eu explico.

A passagem 「オタクが嫌いな荻上です、特に女オタクが嫌いです。」foi traduzida para o inglês como “I’m Ogiue and I hate otaku, specially female otaku.”, que em português seria (em tradução livre) “Eu sou a Ogiue e odeio otakus, especialmente mulheres otaku”.

Apesar da tradução expressar exatamente o que a Ogiue quis dizer, o tom se perde um pouco na tradução pois a personagem coloca “odiar otakus” como um adjetivo para si mesma. “Eu sou a ‘odiadora de otakus’ Ogiue”. Ela dá uma forte ênfase nessa característica, essa é sua alcunha praticamente.

Poder entender identificar isso me deixou muito feliz e me deu um gás ainda maior para continuar meus estudos da língua japonesa.

E depois dessa introdução um tanto alongada, vamos ao que interessa: o novo layout do Anikenkai.

Como vocês já devem ter percebido, o Anikenkai mudou um pouquinho o visual. Isso aconteceu porque o tema usado aqui no blog anteriormente entrou em colapso depois de uma atualização e não tinha como corrigir de forma “pacífica”. Sendo assim, renovei o visual do blog de uma vez por todas, mas mantendo a essência que se estabilizou na versão anterior. Espero que vocês tenham gostado.

Gostaria de aproveitar esse editorial também para organizar de uma vez por todas a cabeça dos leitores quanto às colunas que serão presença constante no Anikenkai. Em virtude do meu tempo curto ultimamente, ficamos limitados a quatro colunas:

– Coluna do Fred

– Editorial

– ToC

– Recapitulando

Essas quatro serão as colunas do momento por aqui, sendo que o Diário de Bordo Gunpla e o Arquivo Otaku podem ser retomados a qualquer momento também.

Outro detalhe importante é que, agora que não faz mais sentido postar “primeiras impressões”, vou me dedicar a posts mais… como eu posso dizer… completos. Posts mais analíticos, comportamentais, etc. Faz tempo que eu quero voltar com esse tipo de post por aqui e nuca acho uma brecha para tal. Me dedicando a eles uma hora eles aparecem por aqui.

O motivo dessa mudança está no fato de produção de conteúdo. Enquanto posts como os de primeiras impressões tem sua importância, são nesses posts diferenciados que há a maior criação de conteúdo para os leitores. É aquele tipo de post que o leitor só veria aqui, que ele pode dizer “nossa, esse aí tem a cara do Anikenkai”.

Por fim, gostaria de dizer que foi bem legal conhecer a leitora Mônica Camacho. Espero poder conhecer mais leitores e trocar ideias com vocês, mesmo eu não tendo tido tanto tempo pra falar com a Mônica assim.

Bem, espero que vocês gostem do que está por vir aí no Anikenkai. Agora que minha agenda voltou “ao normal” pretendo colocar muito conteúdo legal aqui. Aguardem.

P.S.: Como vocês devem ter reparado, eu acabei não achando uma imagem para abrir esse post. rs.

Foi engraçado. Eu estava procurando uma imagem nos meus volumes […]

Genshiken Vol. 10! Saiu a capa!

E saiu a capa do volume 10 de Genshiken que será lançado no Japão essa semana:

Junto do lançamento, teremos um evento em Akihabara em que várias lojas estarão com cartões postais contendo artes exclusivas! Uma pena eu não estar no Japão… mas se vocês souberem de alguém que esteja, por favor, me deem o contato dessa pessoa! Vamos ver se eu consigo um desses postais. Para mais informações e as artes desses cartões, vocês podem ver o post do Ogiue Maniax!

E saiu a capa do volume 10 de Genshiken que […]

A volta dos que não foram… – Genshiken Cap. 63

Eu tenho evitado vir postar no hype logo após ler um capítulo de Genshiken. Isso me faz segurar um pouco a empolgação e analisar melhor o que aconteceu no capítulo em questão. Sendo assim, posso dizer com clareza de que esse capítulo foi o mais “cheio” desde o início da “Era Nidaime”. Muita coisa acontecendo, muita coisa para se observar e um personagem retornando da cinzas.

Nesse capítulo, Ogiue está exausta depois de ter virado a noite trabalhando em um dojinshi extra para a Comiket. Sendo assim, ela manda Sue em seu lugar para tentar ter algumas horas a mais de sono. Yabusaki não fica nada contente com a substituição e muito menos com a fila que começa a se formar na frente do seu estande quando os portões se abrem. O motivo é a popularidade do mangá profissional da Ogiue, contrastando com o que ela havia colhido de feedback online e gerando uma invejinha saudável. No lado de fora da feira, Ohno, Angela, Hato, Yajima, Yoshitake, Tanaka e Kuchiki enfrentam a enorme fila desse primeiro dia de Comiket.

Descobrimos então que essa é a primeira vez de Hato na feira e que isso o está deixando tenso, afinal, ele está ali para comprar doujinshis BL e é um homem. Fingir ser uma mulher, como normalmente ele faz, pode causar muitos problemas em um ambiente como esse. Sendo assim, Ohno bola um plano B para Hato. Ele irá fazer cosplay… de um personagem feminino. Sim, cretino, mas como isso é algo “comum” no Japão, as pessoas entenderiam “melhor”. Seguindo a tradição do clube, Hato se fantasia de Yamada, uma personagem de Kujibiki Unbalance (a série fictícia favorita dos membros do Genshiken).

O capítulo termina com uma figura conhecida dos leitores retornando: Nakajima.

Para começar com as análises, somos apresentados à leitura oficial do primeiro nome do pseudônimo da Ogiue, Ogino. Outra observação linguística da série, é a evolução do vocabulário da Sue. Todos lembramos que quando ela apareceu pela primeira vez, seu domínio da língua japonesa se limitava a citações de animes. Em sua segunda aparição, ela já estava bem melhor em seu aprendizado, mas ainda era extremamente limitado. Quando ela decidiu ir estudar no Japão, tivemos uma significativa evolução, com ela podendo se comunicar tranquilamente sem ter que citar animes o tempo todo. Porém, o autor decidiu por colocar todas as suas falas em katakana representando assim seu sotaque estrangeiro e sua “não-fluência” na língua. Porém, pelo pouco que eu pude observar, tivemos vários momentos em que as falas da Sue são escritas em hiragana, não em sua totalidade, mas palavras específicas. Ao que parece seu desenvolvimento vem se acelerando recentemente, um reflexo da vivência da personagem no ambiente nativo da língua.

Outra análise fica a cargo da ideia que Hato tem na diferença entre cosplay e crossdressing. Impressionante como ele fica mais tenso quando está de cosplay. Pois ali ele se entende como um homem fantasiado de uma personagem feminina tentando enganar homens e mulheres para tornar o ato dele comprar doujinshis BL menos embaraçoso. Diferente de quando ele se veste de mulher e assume tal personalidade, inclusive com mudança de voz. Naquele momento é como se um segundo Hato o tivesse “possuído”. Mas detalhes da mente “Hatoniana” já foram analisados no post do capítulo 61.

Temos ainda a escolha dos cosplays da Ohno e da Angela. Elas se fantasiaram das versões angelicais das protagonistas do anime “Panty & Stocking with Gaterbelt” da GAINAX. E é curioso como a personalidade de ambas se ajusta de certa forma às personagens em questão. Angela sempre deu a impressão de ser bem mais sexualmente ativa do que os outros membros do Genshiken, assim como Panty. Ohno tem um gosto um tanto estranho para homens, carecas e mais velhos, Stocking também tem lá seus problemas com o sexo masculino. E se querem uma análise mais “física”, como bem lembrou Ogiue Maniax, os peitos da Stocking são maiores do que os da Panty, assim como os da Ohno são curiosamente maiores do que os da Angela (afinal a lógica diria que os da americana seriam maiores que os da japonesa).

Porém, apesar deu gostar dessas curiosidades, isso tudo fica em segundo plano ao chegarmos ao final do capítulo e o retorno da Nakajima. Da última vez que ela apareceu na série, foi como um furacão na cabeça da Ogiue. Na época o passado dela ainda a assombrava e sua insegurança era enorme consigo mesma e com todos ao seu redor. A presença da “amiga” a fez reviver tudo aquilo trazendo grandes tormentos de volta. A Ogiue se desenvolveu, cresceu e amadureceu e é bem diferente da da época, mas mesmo assim, nunca houve um confronto direto com a Nakajima. E isso irá acontecer no próximo capítulo. Não consigo esconder minha empolgação para isso. Posso dizer que o capítulo 64 será um dos mais aguardados por mim em toda a série. Não vejo a hora de lê-lo.

Eu tenho evitado vir postar no hype logo após ler […]

Ataque Cardíaco – Genshiken Cap. 62

E após o esperado, porém mesmo assim sensacional, anúncio de que Genshiken voltou a ser uma série permanente da Afternoon e não mais uma serilialização limitada, eu li esse capítulo com um sorriso de ponta a ponta. Achava que nada poderia aumentar ainda esse sorriso que deixaria o Coringa intrigado. Porém, aconteceu. Mas vamos por partes.

No capítulo desse mês, Angela volta para sua 3ª visita ao Japão. Porém, não podia ser num momento pior pois ninguém está no Genshiken. Kuchiki está concentrado criando planos mirabolantes para comprar todos os dojinshis que quer no pouco tempo que dispõe na Comiket. O resto está na casa da Ogiue ajudando-a a terminar a segunda metade do seu mangá de estreia. Ela está atrasada com o trabalho graças ao dojinshi de Full Metal Alchemist que fez para a Comiket em parceria com a Yabusaki (como visto no capítulo 61).

O problema começa quando, depois de dias e dias de trabalho ininterrupto, Hato começa a perceber que sua barba está crescendo e ele não consegue se concentrar no mangá pois não aceita isso estar acontecendo enquanto ele está vestido de mulher. Para resolver o problema, eles usam os cosplays que a Ohno deixou na casa da Ogiue (também como visto no capítulo 61). Todos então decidem entrar na festa e fazerem cosplay… inclusive a Ogiue.

Para começar, nesse capítulo ficamos sabendo do nome completo dos novos personagens: Hato Kenjirou (波戸賢二郎), Yoshitake Rika ( 吉武莉華 ) e Yajima Mirei ( 矢島美怜 ). Isso por si só já valeu a leitura. No entanto, confesso que não gostei de termos mais um capítulo centrado no Hato, ou pelo menos impulsionado por ele. Temos outros personagens tão interessantes quanto para Kio Shimoku falar sobre.

Interessante observarmos também o cosplay escolhido por Ohno para Yajima. O mais revelador e constrangedor de todos. Totalmente contra a personalidade da mesma. Dá para traçarmos um paralelo com as primeiras aparições da Ogiue. Ao vermos a Yajima usando o cosplay, percebemos que ela tem um busto bem mais avantajado que as demais e que ela usa aquelas roupas largas e masculinas para esconder o corpo por vergonha. Bem parecido com as origens da Ogiue. Proposital ou não, Yoshitake está usando um cosplay exatamente oposto. Ela, que não tem vergonha de mostrar sua feminilidade, faz cosplay de uma personagem que tem esse problema.

Os cosplays escolhidos para o Hato acabaram não adiantando para muita coisa, já que eram todos de personagens cross-dressers. Temos aí um indicativo dos “planos” da Ohno para o novo integrante. Ele seria uma espécie de substituto do Kousaka, namorado da Kasukabe, que em dado momento quebrou um galho e vestiu um cosplay feminino na Comiket intrigando a todos os presentes.

O cosplay da Sue também ficou ótimo e bem apropriado, mas nenhum deles vence do cosplay da Ogiue. E quando eu vi quase tive um ataque-cardíaco. Já não bastava o cosplay da Yoshitake, me vem esse da Ogiue. Parece que foi um capítulo direcionado a minha pessoa. Não poderia ter sido uma escolha melhor. Azusa. Sim, a Ogiue se vestiu de Azusa de K-ON. Obrigado, Kio Shimoku, por esse presente.

Vamos esperar agora mais um mês para o próximo capítulo chegar e torcer para que deixem o Hato um pouco de lado para focar na Angela que acabou de voltar ao Japão. Para terminar, fica abaixo os cosplays mostrados nesse capítulo e as personagens correspondentes. Obrigado ao Ogiue Maniax por fazer essa pesquisa.

Yajima: Yagyuu Juubee Mitsuyoshi, a voluptuosa heroína de Sekiganjuu Mitsuyoshi.

Hato: Ashikaga Yuuki, o personagem cross-dresser da sequencia de School Days, Cross Days.

Yoshitake: Kurashita Tsukimi, a adoradora de águas vivas de Kuragehime e vencedora do prêmio de melhor personagem feminino do Anikenkai Awards 2010.

Sue: O personagem principal de Comic Master J, um super-assistente.

Ogiue: Nakano Azusa, a mais novinha das integrantes do Hokagu Tea Time em K-ON!

E após o esperado, porém mesmo assim sensacional, anúncio de […]

A Dualidade do Otaku – Genshiken Cap. 61

E cá estou eu, com um atraso de mais de 10 dias, postando a respeito do último capítulo de Genshiken que saiu no final do mês passado. Apesar do carnaval ter colaborado, não foi ele o único motivo deu não ter feito esse post até agora. Quem costuma ler o blog sabe que Genshiken é uma série com a qual eu me importo bastante e antes de escrever qualquer coisa a respeito dela eu costumo pensar bastante. Porque uma vez escrito, lá ela estará. Eu posso editar, apagar, fazer o que eu quiser, mas a mensagem provavelmente já passou para umas centenas de pessoas. Mas o momento de reflexão já passou e o que eu quero agora é falar sobre Genshiken! Vamos lá…

Nesse capítulo 61, intitulado “Daydream Believer”, igual à música dos The Monkeeys, que facilmente pode ser usada como trilha sonora em sua leitura. Digo isso porque uma tradução para esse título seria “sonhar acordado” e é basicamente o que vemos Hato fazer durante uma de suas visitas à casa de Madarame para se trocar. Mas vamos deixar isso para depois e começar falando da Ogiue, que também teve uma participação nesse capítulo.

Juntamente com a Sue, ela está conversando com Yabusaki e Asada. Curiosamente, o cenário que vemos é que Yabusaki agora se considera parceira da Ogiue nos doujinshis, mesmo ela não sabendo nada a respeito disso. O motivo? Ogiue disse que estaria fazendo um doujinshi para comemorar o final de Haregan (que para os que não entenderam é uma clara referencia ao final de Hagaren, Full Metal Alchemist). O grande problema, como vimos há alguns capítulos, é que ela, além do doujinshi, tem que terminar o manuscrito para sua serialização. A capacidade para desenhar da Ogiue é incrível, mas a grande questão é sua paixão e sua “Fujoshice”. Como vemos no último quadrinho do capítulo, ela se deixa levar facilmente por sua paixão. Não sabemos quanto isso pode influenciar na sua vida profissional.

Durante a discussão, ela deixa escapar “Hato-kun”, sendo esse o sufixo para homens, Yabusaki pergunta se um homem entrou para o Genshiken dessa vez, e Ogiue imediatamente tenta remediar falando que confundiu e que é “Hato-san” mesmo, um sufixo mais genérico e inventou uma desculpa qualquer. Eles sabem do problema que será quando descobrirem quem de fato é o Hato, assunto discutido previamente em outro capítulo.

Mas é aí que Hato é introduzido no capítulo e o foco passa a ser ele. Como eu já venho falando, não sou muito fã dessa linha que Kio Shimoku está tomando ao destacar demais o Hato dentre os outros novatos, mas esse capítulo foi interessante. Foi interessante porque serviu como um bom complemento para o capítulo anterior onde o Hato revela que faz cross-dressing para poder observar o Yaoi de uma outra perspectiva. Perspectiva essa que nesse capítulo foi materializada na forma de um versão do Hato com peruca, peitos e que flutua pelada por aí acompanhando o mesmo.

Conforme Hato vai entrando no apartamento de Madarame, como de rotina, a cabeça da fantasminha explode com suas análises da situação e do possível cenário BL que estava se formando. Hato, após um banho, acaba adormecendo na cama de Madarame e quando este chega ele se sente extremamente envergonhado com a situação, muito disso derivante dos pensamentos de seu alter-ego flutuante.

Porém, Madarame consegue acalmar o rapaz e comenta o fato dessa ser a primeira vez que vê Hato vestido como homem. Para compensar a arrumação que o Hato faz costumeiramente no apartamento, Madarame decide cozinhar jantar para eles. Conversa vai, conversa bem e a cabeça de Hato começa a funcionar. Ele passa a considerar a possibilidade de que Madarame esteja realmente requerendo algo com ele e isso o perturba.

Hato então para a conversa e afirma para Madarame que não é gay. Madarame sem entender a afirmação, fica sem resposta. Quando indagado ele simplesmente fala o que pensava: BL e cross-dressing eram só o hobby de Hato e que ele em momento algum considerou a possibilidade dele ser gay. E mesmo após o Hato tendo jogado mais uma pergunta capciosa, ele simplesmente rebate com o fato de que ele não pensou em fazer com ou receber nada do Hato pois ele estava vestido como um homem. A conversa termina e Madarame está dormindo. Mesmo apesar da insistência do fantasminha para que algo aconteça, Hato se recusa, afinal ele não “joga nesse time”.

Todo esse cenário foi criado para mostrar justamente a dualidade do personagem. Como é possível alguém gostar de Yaoi da maneira que o Hato gosta e ainda afirmar que não é gay? Dá realmente pra separar esse tipo de coisa? Se encaramos o fantasminha como o sub-consciente de Hato, ele mesmo fica na dúvida se ele é ou não gay. De fato, um prato cheio para psicólogos de plantão, mas ainda mais uma discussão para o fandom no geral. Uma situação dessas é possível?

Essa situação me fez reforçar minhas esperanças na habilidade de Kio Shimoku como autor. Mesmo ainda achando que ele poderia aproveitar mais os outros personagens também, fiquei feliz com o rumo que esse “arco” com o Hato tomou. Principalmente com a cena final onde Hato esbarra numa estante e encontra as fotos da Kasukabe que o Madarame guarda. É aí que a fantasminha entra e diz que é o “tipo de moe que dá pena”. Hato então se vira e diz que ela “não entende os mistérios do coração dos homens”. É curioso pois ela é ele afinal.

Uma coisa é certa ao final de tudo isso. Kio Shimoku ainda consegue escrever histórias que nos fazem pensar e a indagarmos a nós mesmos. E e isso que eu gosto em Genshiken, o seu enorme poder de meta-linguagem e reflexão em cima de uma cultura.

E cá estou eu, com um atraso de mais de […]

Capítulo 60: Nova peruca, mesmas perguntas…

Olá a todos e cá estou eu para comentar o mais novo capítulo de Genshiken, o de número 60. Porém, antes de começar, gostaria de esclarecer que eu não esqueci de comentar o capítulo 59, eu só não comentei mesmo. Há vezes em que você lê um capítulo e a sua melhor arma é o silêncio. Porém, se quiserem ler um bom post a respeito do capítulo em questão, podem contar sempre com o Ogiue Maniax (em inglês).

Contrariando todas as espectativas dos fãs ao redor do mundo, o capítulo 60 não nos trouxe uma história centrada na Ogiue, mas sim no Hato. O curioso dessa decisão é que praticamente todas os capítulos dessa segunda fase rodaram, de certa forma, ao redor do personagem e só agora Kio Shimoku resolveu desenvolvê-lo um pouco.

Ogiue está prester a ter seu primeiro mangá publicado e está correndo contra o tempo. Para entregar antes do deadline, ela conta com a ajuda dos novos membros, e da Sue, na finalização das páginas. Nesse momento nós podemos observar novamente a insegurança de Yajima quanto a suas habilidades artísticas e sociais. Ela novamente se compara com Hato e afirma que ele é perfeito em tudo. É mais bonito que ela e desenha muito melhor que ela, além de ser uma pessoa carismática e que luta Judô. É interessante perceber que ela sabe que tem esse complexo de inferioridade e que o Hato simplesmente o potencializa.

No outro dia, durante uma conversa entre Yajima e Yoshitake, um rapaz se aproxima e pergunta a respeito da misteriosa menina de cabelos marrons que só aparece a tarde na faculdade. Isso as leva correndo para o apartamento da Ogiue para repassar o ocorrido. Porém, ao chegar lá, Hato está usando uma nova peruca e isso serve como catalizador da pergunta central desse capítulo, frente aos problemas que ele vem causando ao clube: Por que o Hato se veste de mulher?

A primeira explicação de Hato é de que ele decidiu se vestir de mulher na faculdade pois na época do colégio ele foi perseguido e maltratado ao se revelar um garoto que gostava de yaoi, um “Fudanshi”. Se vestindo de mulher ele seria mais facilmente aceito em um clube tipo o Genshiken, onde ele poderia conversar e “praticar” o seu hobby tranquilamente. Ou seja… Hato não é um transsexual. Ele não quer ser uma mulher por causa de um conflito interno de gêneros ou algo do tipo, mas sim por aceitação.

É curiosa aqui a reação da Yajima. Frente a toda essa explicação, a palavra que martelou sua cabeça foi “perseguido”. Ela provavelmente deve saber o que é isso e provavelmente já sofreu isso no passado. Arrisco dizer que sua personalidade fechada e seu complexo de inferioridade derivam de perseguição dos colegas de escola na infância. A tão crítica Yajima agora se sente totalmente culpada e isso acentua ainda mais seu complexo já que ela se sente ainda pior por ter sido movida por um ciúme besta.

Porém, ela tira forças para mais uma pergunta: Se todos do Genshiken já sabem que ele é um homem e não têm nenhum problema quanto a isso, não há motivos para ele se vestir de mulher mais. Então porque ele continua?

Nesse momento, quem responde não é Hato, mas sim Yoshitake. Usando de sua perspicácia, uma característica um tanto incomum no meio em que ela se encontra, ela revela o motivo: Começou a ficar divertido. Numa espécie de “fetiche”, citando clássicas histórias de “troca-de-corpo”, como algo que ela acredita que os homens fantasiam constantemente. Como ele se viu transformado em uma mulher tão bonita, ele não iria parar.

Com essa explicação, Yajima surta pois uma completa idiotice como essa está causando vários problemas. Mas Hato interrompe e diz que não é só isso. Que ao se vestir de mulher ele consegue se ver por um outro ângulo, inclusive sua “relação” como Madarame, explorada no capítulo anterior. Na verdade, isso pode, graças a Deus, mudar a ideia de que o Madarame chegou a propor um certo “interesse” em Hato sem “motivo”, parece que Hato influenciou aquilo… mas é melhor deixarmos isso de lado.

Por fim, fica no ar a questão do gênero. Que por mais que Hato seja uma garota perfeita, a Yajima ainda o vê como homem. É claro que a Yoshitake não pôde perder a oportunidade de dar uma alfinetada e dizer que foi por causa do que a Yajima viu no capítulo 58 embaixo do vestido do rapaz.

Para finalizar, Ogiue. Como meu colega do Ogiue Maniax bem lembrou, eu já vi essa cena em algum lugar…

Capítulo 47 / Capítulo 60

Ah… referências… até a próxima.

Olá a todos e cá estou eu para comentar o […]

Genshiken Nidaime está entre nós!!

A espera acabou, finalmente já podemos conferir o novo capítulo de Genshiken Nidaime, a continuação da série original de Genshiken. Para quem ainda não sabe do que se trata (ou seja, está vendo esse blog pela primeira vez… rs), em Genshiken nós acompanhamos o dia a dia do Clube Para Estudo da Cultura Visual Moderna e de seus membros. A série original teve 9 volumes encerrando em 2006 com mais de 3.000.000 de cópias vendidas.

O que me chamou a atenção em Genshiken foram seus personagens. Como eles são bem construídos e bem desenvolvidos através da história. Ele logo ocupou o espaço de meu mangá favorito. Alguns posts relacionados a ele que já fiz aqui no Anikenkai foram A transformação no guarda-roupa da Ogiue e os comentários da Saki, O Que É O Genshiken?, O desenvolvimento de Kanji Sasahara e outros que podem ser encontrados na categoria Genshiken aqui do blog.

No Natal de 2009, todos os fãs de Genshiken tiverem um presente especial. Um capítulo novo foi lançado junto do box japonês da 2ª temporada do anime. Nesse capítulo, conhecido por “Capítulo 56”, pudemos conferir como estava sendo a Ogiue no comando do Genshiken e a busca por novos membros. Fomos introduzidos a novos personagens que ao final do capítulo deixaram um gostinho de “quero-mais”. Foi então que mês passado, Kio Shimoku, criador de Genshiken, atendeu a nossas preces e anunciou a continuação da série original. Meu coração quase não aguentou de empolgação. Foi um mês de contagem regressiva até que finalmente, na madrugada de hoje, saiu o capítulo.

Fui acordado com um telefonema de um amigo dizendo que o capítulo tinha saído. Pulei da cama e fui conferir. Antes, dei uma lida rápida no “Capítulo 56” para relembrar os novos personagens e fui com tudo pro novo capítulo.

Pouco tempo se passou desde os últimos acontecimentos do capítulo anterior. Os novos membros ainda estão se acostumando ao ambiente do clube e principalmente ao estranho fato de um deles ser um cross-dresser, um homem que gosta de se vestir com roupas de mulher. Algo que parece ser mais comum do que se imagina lá no Japão. A história nesse “primeiro” capítulo se foca nesse fato. Esperado, já que é o fator mais entrópico no momento.

A partir desse ponto podem haver spoilers no texto. Se você não se importa ou já leu o capítulo, continue lendo, se vai ler o capítulo ainda e não quer spoilers, pare por aqui e volte quando tiver lido.

Basicamente os membros estão preocupados com a possibilidade do Hato, estar se vestindo de mulher nas dependências da faculdade enquanto o Kuchiki o procura em sua tara insaciável, podendo assim causar algum tumulto ou problema.

Quem está mais preocupado com tudo isso é a Yajima. Ela não consegue encarar com naturalidade um cross-dresser participando do clube. Ela acha tudo aquilo muito errado. Chega em muitos momentos a lembrar o começo da Ogiue no mangá, com sua cruzada anti-otaku. Pode ser apenas um indício, mas ela é a personagem mais próxima da personalidade da Ogiue, sendo a única diferença o fato dela ser uma pessoa mais calada.

A outra novata, Yoshitake, pouco apareceu no capítulo. Eu adoro essa personagem. A espontaneidade, a felicidade… tudo me faz gostar dela. Queria ver mais e espero que seja melhor explorada em capítulos por vir.

Falando das veteranas, a Sue se destaca com seu jeito doido de ser e roupa a cena com suas falas. Um detalhe interessante é que parece que seu japonês está melhorando e ela não mais tem que depender única e exclusivamente frases decoradas de algum anime. Sem contar as cenas em que ela e o Madarame interagem que são hilárias e que tem um espaço nesse capítulo.

A Ohno por sua vez atua meio como a consigliere da Ogiue. Ela que faz a Ogiue se mexer como presidente. Mesmo em alguns momentos parecendo autoritária e fria, ela já foi presidente e está querendo ajudar a amiga a não perder os membros que acabaram de conseguir, mesmo que isso seja extremamente cansativo.

Por sinal, coitada da Ogiue, como ela está sofrendo como presidente. No “Capítulo 56” nós já tivemos uma ideia de como estava difícil a vida da nossa querida personagem e esse capítulo mostrou que a coisa está ainda pior. Ela está tendo que lidar com um grupo novo e bem heterogêneo sem nenhum veterano para ajudá-la. Vamos ver até onde ela aguenta e como ela vai conseguir transformar esses membros em um grupo unido como era o anterior.

Falando no grupo anterior, o único membro formado que aparece nesse capítulo, sem ser em flashback, é o Madarame que tem sua casa literalmente confiscada como novo posto de troca de roupa do Hato. Uma das partes em que mais ri no capítulo, sem dúvida. Kousaka e Kasukabe fazem uma aparição em um flashback quando estão comentando sobre cross-dressing (lembram do Kousaka na Comiket?) e cosplay (lembram da Kasukabe no festival da faculdade dando uma lição de moral no tarado durante o concurso?).

Como esse capítulo foi focado no Hato, é capaz de os próximos serem focados na Yajima e na Yoshitake, o que seria bem interessante e nós deixaria conhecer melhor as personagens em seu momento atual. Para os próximos capítulos gostaria que mais membros formados aparecessem. Quero saber também como estão a vida deles.

Quanto à arte do mangá, ela está muito competente. Não gostei tanto das páginas coloridas terem sido pintadas digitalmente, preferia o jeito clássico da série anterior, mas prefiro não dizer nada sobre a arte até tê-la em mãos para comparação (o que não deve demorar muito, pois já fiz a compra por frete expresso). Mas lendo o scan, a arte parece igual à do “Cap. 56”, sem nenhuma mudança gritante no visual dos personagens. Mas podem deixar que farei um post só dedicado à arte e analise do design dos personagens assim que tiver a minha edição em mãos.

Estou muito feliz que Genshiken tenha voltado. Muito mesmo. Espero que vocês também tenham gostado. Não deixem de comentar!

A espera acabou, finalmente já podemos conferir o novo capítulo […]

“Ore no Imouto”… ou “Minha Irmã Não Pode Ser Tão Fofa”

Ok, antes de começar, já aviso que simpatizei muito com esse anime. Principalmente com a protagonista feminina, Kirino.

Ore no Imouto conta a história de Kyosuke, um estudante que descobre que sua irmã mais nova, Kirino, é uma otaku hardcore fanática por eroges (jogos hentai) e tem moe-feelings por personagens de irmãs mais novas. Interessante, não? Pois foi isso que me atraiu a assistir esse anime. Procurei por referencias anteriores e vi que no original a história era uma light novel, um livro e que posteriormente foi adaptado para mangá. Não li, mas vi que já estava bem famoso no Japão.

No primeiro episódio não acontece tanta coisa, é mais apresentação de personagens e da situação, como esperado. Porém, uma detalhe me chamou a atenção, como mencionei no início do post, a Kirino. A tradução do título completo da série, Ore no Imouto ga Konna ni Kawaii Wake ga Nai, é “minha irmã não pode ser tão fofa” e foi exatamente isso que me deixou mais interessado, a maneira como foi apresentada a personagem. Eles realmente conseguiram me fazer achar a personagem fofa e interessante.

A paixão que ela tem pelo seu hobby fica bem clara. Apesar da sua personalidade forte do dia-a-dia, quando ela fala sobre seu hobby sua paixão aflora. Tanto na maneira de falar como nas atitudes. Os discursos ditos por ela caberiam facilmente a personagens como Ogiue Chika ou quem sabe até Harunobu Madarame. A relação que se desenvolve entre os irmãos por causa da situação foge aos clichês que eu esperaria quando juntam-se eroges e irmãs mais novas na mesma história e isso só deixa a série ainda mais atraente.

Eu adoro desenvolvimento de personagens e relações. Só vocês verem que meu mangá preferido é Genshiken, o qual considero o mangá perfeito nesse quesito. Vi em Oreimo (como os japas chamam a série pra economizar palavras) uma possibilidade grande nessa área , o que me fez garantir que assistirei todos os episódios.

Se assim como eu, você gosta de desenvolvimento de personagens e relações humanas, e é claro, as situações cômicas que elas geram, não deixe de conferir Oreimo, creio que não vai se arrepender.

Ok, antes de começar, já aviso que simpatizei muito com […]