Henshin+ – Breves Comentários sobre o Evento da JBC

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Hoje, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, aconteceu o primeiro Henshin+, evento da JBC que promete continuar em periodicidade anual. O evento, além de trazer as novidades da Editora JBC, também contou com uma mesa redonda sobre quadrinhos nacionais protagonizadas por um time de respeito: J.M. Trevisan (autor do mangá LEDD), Sidney Gusman (planejamento editorial da Maurício de Souza Produções), Fabio Yabu (criador de Combo Rangers), Guilherme Kroll (sócio-fundador da Balão Editorial) e o próprio Cassius Medauar (diretor de conteúdo da JBC).

O evento lotou, o papo gerou repercussão no twitter, mas eu achei válido criar um post específico para poder comentar o que lá foi falado com um pouco mais do que 140 caracteres.

Agradeço ao Gyabbo pela ótima cobertura do evento com o live-blogging e pelas fotos.

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Para começar, a mesa redonda parece ter sido bem interessante, com nomes como esses é difícil não se aprender alguma coisa , mas algo que pouca gente pareceu dar importância mas que eu considero interessantíssimo, foi o CONCURSO DE MANGÁS DA JBC. A editora fez o anúncio pouco antes do início da mesa e me deixou profundamente interessado.

Não há muitas informações, mas sabe-se que serão escolhidos trabalhos para serem publicados em uma coletânea da JBC além de serem enviados para o INTERNATIONAL MANGA AWARD, um importante prêmio para produções estilo mangá ao redor do mundo organizado pelo próprio governo japonês. O concurso da JBC está sendo feita em parceria com o consulado do japão e os trabalhos passarão por uma banca especializada que definirá os vencedores.

Só eu achei isso sensacional? Para começar, é como se fosse um pré-julgamento para o concurso internacional, mas além disso, se você ficar entre os primeiros, terá seu trabalho publicado! Acho um passo importantíssimo para o nosso mercado de mangás e principalmente para a produção nacional de quadrinhos. Espero que a iniciativa dê certo e que muitos trabalhos de qualidade cheguem às mãos da JBC. Quem sabe eles não gostam tanto que publicam uma mini-série ou até mesmo uma série? Tem muito o que se imaginar para o futuro, mas com certeza esse foi um passo muito legal dado pela JBC.

Sobre Death Note Black Edition, o fato dele não ter as bordas pretas não me incomoda. É, de fato, um supérfluo que, se iria encarecer o produto ainda mais, não valeria mesmo a pena. Decisão acertada da JBC. Quando ao fato da edição não ter capa dura, bem, apesar de em uma primeira reação eu não ter gostado, fui alertado de que a edição estrangeira também não o tem. Eu, de fato, não sabia dessa informação e provavelmente minha vontade de querer ter um produto com capa dura era bem grande, mas se nem lá fora tem, não há porque reclamar que aqui não temos também.

Sobre os novos mangás anúnciados pela editora, Ao no Exorcist e Sailor Moon, só tenho a dizer que não me interessam. Apesar deu saber que Ao no Exorcist é bom, não me apetece, mas acho um grande lançamento. Já Sailor Moon… bem… é só ruim. Quando esses mangás saírem de fato posto reviews decentes.

O que me interessou mesmo, como vocês já devem saber, foi o anúncio de que Genshiken deve sair provavelmente em JUNHO. Excelente notícia para nós, fãs do mangá.

Porém, ao mesmo tempo, ficamo sabendo do subtítulo que ele receberá no Brasil: “Clube de Estudos da Cultura Pop Japonesa”. Embora não seja o tradicional “A Sociedade para o Estudo da Cultura Visual Moderna”, o subtítulo brasileiro cai bem ao propósito de explicar ao leitor desavisado o que seria a palavra “genshiken”.

Por sinal, muita gente reclamou do subtítulo, mas saibam que é algo que está tanto na própria versão japonesa do mangá, como podem conferir na galeria de capas da Genshiken Wiki, assim como na americana e em outras ao redor do mundo. Ou seja, não foi invenção da JBC.

Outra “mudança” de nome será a de King of Thorn. Eu achei que ele viria com um subtítulo traduzindo o título, mas fui alertado (obrigado novamente, pessoal) que irá se tratar de um título traduzido mesmo, aos moldes de Diário do Futuro. O que eu acho disso? Válido. BEM válido. Se fosse um subtítulo, eu acharia estranho, mas sendo um título mesmo em português, não vejo problema. Acho até legal pois vai, provavelmente, atingir um público bem maior e creio ser esse o objetivo da JBC.

Bem, para fechar, pois o post já está ficando maior do que eu esperava, digo que o evento parece ter sido bem legal e eles, de fato, anunciaram coisas novas, o que é sempre bom. A mesa redonda parece ter sido bem produtiva e o concurso de mangás me deixou muito interessado. Achei que o saldo do evento foi positivo e espero que ano que vem melhore e continue melhorando.

ATUALIZADO 09/06/2013 – Correção de erros e novas informações. Obrigado pessoal.

Sobre Diogo Prado

Tradutor, professor, host do Anikencast, apaixonado por quadrinhos, apreciador de jogos eletrônicos e precoce entendedor de animação japonesa.

Você pode me achar no twitter em @didcart.

Hoje, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, aconteceu o primeiro […]

14 thoughts on “Henshin+ – Breves Comentários sobre o Evento da JBC”

  1. Sobre o material da capa da Black Edition, uma imagem vale mais que mil palavras:

    P.S.: Essa é uma edição lá de fora também.

  2. Fiquei feliz com o lançamento de Sailor Moon… é um clássico…
    e foi meu primeiro contato com um shoujo anime… : )

    Espero (ainda desiludida) que mais mangas shoujo apareçam por aqui… pq nas bancas os títulos shoujo estão cada vez mais escassos… : S

  3. O que mais me interessou foi o concurso, finalmente uma editora já estabelecida no mercado nacional deu atenção para o que é produzido por aqui, graças aos trabalhos bem feitos do Yabu e de Ledd.

    Foi passado alguma data de quando teremos mais informações sobre o concurso Dios?

  4. O TÍTULO será O Senhor dos Espinhos. Não o subtítulo. Não terá subtítulo.
    1º pq “Ou” de Ibara no Ou pode ser entendido também como “senhor”, “lord”. (tanto nosso tradutor quando o Sakuda confirmam)
    2º pq a obra tem inspiração em O Senhor das Moscas, livro inglês clássico.
    3º pq julgamos que “O Senhor dos Espinhos” é mais entendível para quem não conhece a obra (ou seja, a grande maioria, dado q o mangá não é dos grandes famosos) do q “Ibara no Ou” ou “King of Thorn” (“thorn” não é uma palavra comum pra gente, tipo “ring”)
    4º pq julgamos que “O Senhor dos Espinhos” é mais sonoro que “O Rei dos Espinhos” (mas aí é critério estético, sujeito a opinião e discordância).

    E tudo isso foi explicado no evento (embora meio corrido, pq tínhamos q liberar a sala). Ou seja: tem motivo, sim. Decisões de editora não são aleatórias. ^^

      1. Não foi um “tapa”. No post antes do edit o Diogo tinha dito q devia ter motivos. Aí eu dei motivos, que são vários, e ele editou e corrigiu. Simples assim.

        Sem polemica, gente.

    1. Claro que editoras tomam decisões por um motivo, eu ficaria chocada se fosse aleatório, mas EU discordo desses motivos. Da mesma forma que vocês estão discordando de quem discorda.

      1-King of Thorn tem muito mais pompa, enquanto “O Senhor dos Espinhos” é só aleatório para um mangá que nem “cult” é. Diferente de Aku no Hana, a inspiração é minima. Coitado de quem comprar por isto.

      2-Eu passaria reta caso não conhecesse a obra e visse um “Senhor dos Espinhos” estampado. Fosse o caso, 100% Morango teria vendido horrores e não teria sido o fracasso que dizem ter sido (e eu até acho o título tão bonitinho e fofinha – aí alguém me disse “mimimi é exatamente por isso que essa tradução não ficou legal”. Ok, compreendo o ponto, porque realmente o mangá tá longe de ser shoujinho e rosinha)

      3-Pegar público com base em alcance de título é muito relativo, principalmente num país onde geralmente as pessoas levam mais pela capa e pela expressividade do título, do que pela sinopse. Digo que o Senhor dos Espinhos passa uma ideia muito errada da obra. Não sei explicar bem, mas acho que em PTbr ela soa muito literal.

      4-Não falo isso por não gostar de títulos traduzidos, acho bem vindo e as vezes cai bem melhor, mas cada caso é um caso.

      5-Ao menos poderiam ter mantido o nome original com subtítulo, já que o fizeram com Mirai Nikki. Como vocês não seguem um padrão de títulos, não adianta se sentirem pressionados, sempre haverá essa discussão.

      6- “Thorn não é uma palavra comum” Oh, vamos abolir então todas os títulos em inglês das bancas. Não é como se quem não sabe inglês, olhasse pra Freezing e tivesse a plena compreensão do que aquilo se trata.

      1. Discussão sempre é legal, e muito do que vc falou é opinião, e você tem todo o direito de achar isso. Só acho que “”O Senhor dos Espinhos” é só aleatório” é meio complicado de dizer, depois de eu ter dado todos os critérios. Você pode discordar dos critérios, mas não pode dizer que NÃO TEM critérios.

        1. Não quis dizer que foi uma escolha foi aleatória, mas sim que o título me soa aleatório numa banca, além de, sei lá, parecer tão concreto, ao invés de abstrato. Mas enfim, é só a impressão que me bate.

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