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Conhecendo A Blogsfera 003: Fábio Sakuda (XIL)

Continuando com a nossa série de entrevistas com os membros da nossa querida blogsfera animística brasileira, trago até vocês o papo que tive com Fábio Sakuda, autor do blog XIL, além de editor e escritor. Na conversa nós falamos sobre vários assuntos, dentre eles a vida profissional, vida de blogueiro, sua experiência no Japão e muito mais! Confira logo abaixo!

Anikenkai: Olá, Fábio. Fico muito feliz de você ter aceitado fazer essa entrevista para o Anikenkai. Como é de costume, diz pra gente um pouco sobre você.

Fabio: Valeu, DiEgo! Hehe! Tamos junto. Meu nome é Fabio, tenho 30 anos, sou editor e escritor, e ultimamente meu hobby é meu trabalho mesmo. Quando tenho algum outro tempo, jogo algum game que possa ser jogado rápido, tipo Call of Duty.

Anikenkai: O nome dessa coluna é “conhecendo a blogsfera” e apesar de seu trabalho ser mais como escritor e editor, você possui um blog pessoal que já existe há bastante tempo, não é?

Fabio: Sim, eu montei o meu blog pra voltar a escrever, depois de passar um tempo distante de tudo, de toda nerdice. Mas não deu pra ficar sem escrever, desenvolver ideias. Fiz primeiramente pra isso, tanto é que só passei link para amigos e usei o mesmo nome de uma lista de discussão que eu tinha no Yahoo! Groups.

Anikenkai: Qual o motivo do seu afastamento das nerdices de cada dia?

Fabio: Hm… Não lembro tão bem, acho que só cansei. Trabalhava muito, tinha namorada, tinha as baladas, viajava muito… E tava meio decepcionado com tudo, com quadrinhos, com a minha vontade de trabalhar nessa área. Eu ainda lia mangá, bem pouco mas lia. E jogava um ou outro jogo. Mas fui fazer outras coisas. Eu tava no Japão na época. Trabalhava muito, às vezes sábado e domingo também. Junta isso com uma certa incerteza com tudo e acho que todo mundo fica com a dúvida. Duvida do que fazer. Porque eu fui pra lá pra juntar grana pra poder fazer quadrinhos. Depois, pensei em tentar os concursos de lá. E eu percebi o quanto eu não estava pronto, o quanto eu tinha que estudar e no Brasil, eu nunca nem havia imaginado que teria que estudar tanto pra isso. Meu foco nunca foi exatamente falar de hobbies, criticar mangás, etc. Sempre foi o lado de ser criativo, quadrinhos pra mim nunca foi só um hobby, foi um sonho, uma meta de vida.

Anikenkai: É comum que muitos de nossos leitores queiram ir para o Japão, seja como meros turistas ou como eventuais quadrinhistas (como foi o seu caso). Conta um pouco como foi sua experiência por lá, o que você aprendeu, o lado positivo, o negativo…

Fabio: O Japão é um país incrível e com uma cultura muito interessante. Esse lado cultural bate muito com o dos brasileiros. O respeito às escolhas individuais, aos estilos, o lado extremamente honrado e o sentimento de formiga, de engolir o individualismo em prol de um bem coletivo é uma coisa que impressiona num primeiro momento. Cada japonês sabe o seu lugar e respeita o dos outros. Mas tem os lados perversos disso. A frieza. Aquele sentimento de manter as aparências a todo custo. O Japão tem muito aspecto ruim também na cultura. Pra visitar, eu indico. É um país maravilhoso, cheio de lugar pra visitar, pra todos os gostos, cheio de belezas naturais, limpo, seguro. Mas pra morar, não indico. Entre os brasileiros lá até existe uma certa compreensão de que viver lá 15 anos direto é danoso, psicologicamente falando.

Anikenkai: Você mencionou que tentou escrever quadrinhos por lá. Como foi essa experiência e o que você aprendeu com ela?

Fabio: Eu conto disso no meu blog com mais detalhes, mas o que eu posso falar é que eu fui pro Japão com um pensamento imaturo, de que eu era genial, ou pelo menos acima da média. E lá, eu nem arranhava a canela dos piores. Era visível. Depois que eu desisti e depois voltei a desenhar e escrever, eu conheci um grande amigo, que foi quem me ensinou muito coisa lá, que a gente chamava de Obo. Ele era japa, mas trampou muito tempo com brasileiros e já havia até viajdado pelo Brasil, conhecia mais lugares daqui do que eu. E no passado, ele tinha tentado a carreira de mangaká também. Ele que direcionou melhor o que eu deveria ou não estudar, me emprestou livros que não existiam mais, outros ele me indicou o nome e era a única pessoa, NO MUNDO, com quem eu podia ter aquele nível de conversa. E eu conhecia muita gente. Ele até tentou voltar a fazer mangá também, incentivado quando me via mostrando o que eu tava fazendo. Ele é uma figura chave no que eu sei sobre quadrinhos.

Anikenkai: O fato de você ter os quadrinhos como profissão e não só como hobby te dá um conteúdo bem diferenciado da maioria dos blogs. Mas ao mesmo tempo isso pode acabar segmentando demais os seus leitores. Qual sua visão sobre tudo isso?

Fabio: Bem, eu acho que tem espaço pra todo mundo, ainda mais nesse meio. Minha visão é mesmo de algo mais arquitetado, textos sobre técnica, analises que vão além de falar que tal ideia é boa ou ruim, acho que como eu sentia falta disso, outras pessoas também devem sentir. Já pensei e até tentei postar notícias e comentar acontecimentos. Mas minha praia mesmo é fazer um lance mais meditado, calculado.

Anikenkai: Como leitor do seu blog, tenho que perguntar… não pretende atualizá-lo com mais frequencia não? (risos)

Fabio: Ah, eu penso sim! Hehehe!  Oque acontece é que com a Ação, eu acumulei cargos. Eu respodia e-mails, moderava todas as redes sociais, preparava ações de divulgação, organizava muita coisa e ainda fazia o cargo que fui oficialmente chamado pra exercer, que era de editor de conteúdo. E não era pouca coisa, eu respondia a maior parte dos e-mails, coisa de 150 e-mails POR DIA em épocas quentes. Mesmo nos piores dias, a gente recebia pelo menos uns 20. Isso por seis meses. Agora que eu tô fora, eu pretendo voltar a escrever coisas, mas a verdade é que eu recebi a proposta de fazer um livro com o conteúdo do blog, então, eu também tenho que gerar conteúdo exclusivo pro livro e fico sem assunto pro blog. E tem o Twitter, que tem me estragado! Começo a escrever no Twitter e depois penso “Putz, devia fazer isso no meu blog!”.

 Anikenkai: Já que estamos falando de blogs, vou fazer aquela pergunta que faço a todos os entrevistados aqui: Quais os blogs (nacioanais de anime e mangá) que você lê com mais frequência?

Fabio: Eu leio pouco, leio mais os dos amigos e um ou outro artigo que se destaca por ai. Assisto o Video Quest sempre que sai, o Anikenkai, Gyabbo, JWave, Troca Equivalente… Gosto do Chuva de Nanquim e já li muita coisa boa do Otakismo. Eu gosto de blog que se leva mais a sério, não no sentido de “eu sou um profissional” mas de saber o que quer e fazer direito isso. Todos os que eu citei eu acho que vão pra frente, só param com algum desastre.

Anikenkai: Vamos para o bate-bola então?

Fabio: Vamos lá!

Mangás

Fabio: Masakazu Katsura, Naoki Urasawa, Inoue Takehiko.

Literatura Infanto-Juvenil

Fabio: Não leio muitos livros, só técnicos.

Bonecos

Fabio: Hm… Acho que dá dinheiro, trouxe um monte do Japão pra vender e tá tudo parado aqui no meu quarto. Que tenho pra mim mesmo, só um Luffy, um Alphonse Elric, coleção de guitarras de Beck, uns slimes. Fora esses, só guardo uns que eu ganhei.

Curry

Fabio: É o sabor da mamãe japonesa. Eu gosto. De preferência, mais forte, menos doce, com fukujinzuke e rakyô.

Hajime Saitou

Fabio: … Quem era?

(Fábio depois disse que deve ter sido um dos poucos que não gosta de Samurai X)

Gundam

Fabio: Gosto muito, fui no dia de abertura do modelo em tamanho real, passei na frente da fábrica de modelos em Kyoto… Gosto muito de UC, principalmente Zeta e Stardust Memories. Mas gosto dos mechas de Gundam W, do filme Endless Waltz, tinha os principais em HG, mesmo sem ter assistido a série ainda, na época. Aliás, eu montava um todo final de ano lá no Japão.

Anikenkai: Muito obrigado pela sua participação, Fábio! Pra terminar, deixe uma mensagem para os nossos leitores!

Fabio: Valeu, Diogo! Muito legal essa iniciativa sua! Espero que o pessoal se interesse em ir dar uma olhada lá no XIL (que se pronuncia  xil mesmo, não é Ecsil) e em breve eu devo postar mais alguma coisa, sempre pingado, mas, espero, sempre interessante!

Continuando com a nossa série de entrevistas com os membros […]

Conhecendo A Blogsfera 002: Dih e Luk (Chuva de Nanquim)

O Chuva de Nanquim é um blog relativamente recente (um aninho em atividade) que conquistou a atenção do fandom trazendo posts variados, diretos e informativos. O blog conta hoje com uma equipe de oito autores que se revezam nos mais diversos posts. Os dois fundadores, Diógenes Diogo (@DiH_KAL3S) e Lucas (@LukLucas_) aceitaram participar do nosso bate-papo e contar um pouco mais sobre eles e sobre os bastidores do Chuva de Nanquim e da blogsfera em geral…

Anikenkai: Olá, Dih e Luk, sejam bem vindos e desde já agradeço a participação de vocês nessa nova coluna do Anikenkai. Para começar, que tal dizer aos leitores um pouco mais sobre vocês?

Dih: Olá Did! É um prazer ter sido convidado pra essa coluna do Anikenkai e esperamos que ela possa ser um verdadeiro sucesso, foi uma ideia muito bacana de conhecer o pessoal da blogosfera. Enfim, meu nome é Diógenes Diogo, mas todo mundo me chama de Dih – e nem preciso falar porque. Tenho 22 anos, sou designer gráfico formado e atualmente vivo de freelance. Não preciso falar que meu hobbie é curtir animes, mangás e um pouquinho dessa cultura japonesa – até estou fazendo curso de japonês no momento, mas também gosto de “coisas comuns” como sair pra jogar bola, malhar, sair com os amigos e etc. Ah, também gosto muito de música no geral, principalmente meu “recente” vício com o K-Pop.

Luk: Eu que agradeço pela oportunidade de participar da nova coluna do Anikenkai, espero conseguir me sair bem nessa entrevista (estou nervoso pacas). Meu nome é Lucas do Nascimento Agostinho, tenho 22 anos e infelizmente sou desempregado. Sou um grande fã de animes, esportes em geral, games e quadrinhos. Só falta uma camisa social e canetas bic no bolso para ser um nerd de filme.

A: Vocês dois são os fundadores do blog Chuva de Nanquim, mas antes de falarmos sobre ele, quero saber como vocês dois se conheceram…

Dih: Bem, eu era uploader de sites de RMVB – passado sombrio. Em 2006, se não me engano, fui chamado para um site grande da época e o Luk era um dos uploaders lá. No começo não tinhamos muito contato mesmo “trabalhando” juntos, mas depois acabamos descobrindo vários gostos em comum e daquele site ele acabou se tornando minha maior amizade. Tivemos até a chance de nos conhecermos posteriormente e foi bem legal.

Luk: A Anime House foi um fator, mas a insistência do Dih em falar comigo foi um fator para a amizade durar mesmo depois de sairmos do site. Eu sou um cara que não tende muito a querer conversar por lá, então ele ficou puxando assunto até que percebi como ele é um cara legal e que temos mesmo coisas em comum.

A: Eu sempre achei que vocês dois se conheciam pessoalmente e não virtualmente. Moram em cidades diferentes?

Luk: Sim ele mora em São Paulo e eu moro no litoral do estado, em São Sebastião

A: Legal saber disso. O Dih disse que vocês já se conheceram pessoalmente. Fazem isso com frequencia ou é raro encontros cara a cara entre vocês?

Dih: Geralmente acontece em eventos (Anime Friends, Anime Dreams, etc) pela distância em si, o que acaba fazendo com que seja meio “raro”.

Luk: Eu sempre faço ele perder os shows que ele quer assistir nos eventos de anime, por isso não me quer por perto.

A: Então vamos ao que interessa. Como duas pessoas que se conhecem praticamente só pela internet resolvem se juntar e criar um blog sobre animes e mangás?

Dih: Então, na verdade eu criei o blog sem intenção nenhuma. Era pra ser um blog pessoal meu, onde eu daria opiniões sobre algumas coisas – não só anime related. Mas acabou que em pouco tempo eu vi que o resultado estava meio “acima do esperado”. Mas como eu estava em época de TCC na faculdade, acabava não tendo tempo para atualiza-lo com frequência. A primeira pessoa que eu pensei para me ajudar foi o Luk. Ele sempre me recomendava as coisas e temos um gosto razoavelmente parecido para animações, inclusive quanto a opiniões. Ele resistiu um pouco no começo, mas acabei convencendo ele a participar. Acabou que ele foi o responsável pelo surgimento de muitas ideias legais no ChuNan. Quase todas as seções “especiais” criadas são ideias dele, pra falar a verdade.

Luk: Eu acabei me juntando após 2 meses do blog já ativo. O Dih precisava de uma ajuda para aumentar a frequência de posts e ele pediu para fazer um primeiras impressões de Steins Gate, já que eu tava falando tão bem sobre o anime no MSN. Após um texto mal escrito, entrei no blog por desespero do meu amigo.

A: Eu não sabia que o Chu Nan tinha começado como um blog pessoal. Pra mim, desde o começo já existia uma ideia clara de ser um blog feito por mais de uma pessoa. Algo “maior” do que estamos acostumados na blogsfera animística brasileira. Essa pluralidade de opiniões, redatores, etc, foi o que alavancou as visitas do Chu Nan.

Dih: Eu sempre tive a intenção de criar um projeto maior sim. Deixei claro a tempos que sempre quis entrar no ramo “profissional” das coisas. Mas na época fiz o blog somente para aliviar minhas tensões com o TCC. Não imaginava que no mesmo ano ele cresceria daquela forma. Até meus amigos da faculdade ficaram assustados em como eu conseguia administrar algo com tanta correria de trabalhos ao mesmo tempo. Foi engraçado, porém no momento que percebi que “dava pra melhorar” foi exatamente quando chamei o Luk. Foi a partir dali que o Chuva de Nanquim realmente passou a tentar adquirir uma identidade, com criação de logotipo, arrumada no layout e tudo mais.

 Luk: Basicamente é isso que eu penso sobre a diferença do ChuNan para os outros blogs, fora que somos mais “normalfag”do que a maioria e isso atrai novos leitores e a quantidade elevada de redatores traz diferentes tipos de postagens e colunas.  Só que eu considero o principal fator foi a rede de amizades que o Dih tem, que no começo trouxe muita propaganda em sites e blogs maiores, atiçando a curiosidade do pessoal.

A: Curioso que sou, que tipos de amizades, Dih?

Dih: Bem, como eu fazia parte desse mundo de fansubs, sites de reencode e etc, acabei conhecendo muita gente desse meio, o que ajudou nas divulgações. Mas acho que o diferencial mesmo foi o orkut. A maioria dos redatores veio de lá. A Cassi foi um “achado” na maior comunidade de Naruto – além de escrever pra NeoTokyo, assim como a Raquel. O Trunks e a Ariela vieram da comunidade da JBC, que era a que eu mais frequentava nos tempos aureos. Os próprios Valdessom e Artur também já frequentavam o orkut, mas passei a ter contato com ambos no Twitter.  A Mary e o Cesar são os únicos que não fizeram parte desse “grupo”. A primeira é pra mim o “futuro” da blogosfera, e o Cesar é formado em jornalismo e um amigo do Trunks, que me indicou.

A: Como dá pra ver, a equipe do Chu Nan é bem grande e diversa. Vocês não acham que isso acaba tirando a identidade do site?

Dih: Acho que não, como você mesmo disse eu já não nos vejo como um “blog” e sim como um site. Grandes sites por aí como Omelete, Melhores do mundo e etc utilizam uma equipe variada e que tomam conta de várias seções. Acho que isso é uma das coisas que ajuda o ChuNan a manter a sua identidade, aliás. Eu até brinco que sou um “caçador de talentos”. Todo mundo que entra no ChuNan eu acabo “garimpando” de alguma forma e porque sei do potencial, além de confiar nas mesmas. Esse é o nosso diferencial. Eu não me vejo como o dono do ChuNan, e sim como o editor, somente, dando toques onde a pessoa pode melhorar, arrumando diagramação, visual, etc. O site é de todos. Todo mundo tem total liberdade na hora de escrever, sem censura.

Luk: Fora que o Dih soube bem escolher o pessoal pra escrever no blog, porque ainda temos gostos parecidos mesmo sendo tantos. Fora que essa quantidade grande de redatores ajuda quando um leitor não curte muito uma pessoa e mesmo assim frequenta o site por causa de outro

Dih: Verdade, existem muitas pessoas que começaram a frequentar o Chuva de Nanquim especificamente por causa de uma seção. O Semanada, o Checklist, o Eu recomendo, entre outros. A pessoa se interessa por uma coisa e acaba conhecendo tudo aos poucos. É bem legal ver esse tipo de reação – principalmente com o Semanada que hoje é uma das principais seções de lá.

A: Vocês acreditam que esse seja o futuro de todo o blog? Ou acreditam que tem sites que tem que manter uma pegada mais pessoal?

Dih: Eu acho que depende muito do objetivo da pessoa. O Chuva de Nanquim quer se tornar um site e todas essas “mudanças” eu já faço mirando isso. Acho que depois de um certo tempo você tem que começar a traçar estratégias para obter sua identidade própria. Não adianta você manter um blog pessoal por 1 ano e depois tentar mudar apenas para “atrair visitas”. Você pode conseguir views, mas seus LEITORES não. Eu gosto muito de blogs pessoais e específicos, mas atualmente vejo erroneamente todo mundo tentando criar blogs de “notícias” pra chamar a atenção. Acho que as pessoas estão levando isso pro caminho errado.

Luk: Claro que não, vários blogs conseguem manter uma boa quantidade de visitas com apenas um redator, como o Gyabbo! e o Nahel Argama e outros usam podcasts ou videocasts para se promover. Essa foi apenas uma rota que procuramos caminhar entre várias outras e parece que foi a certa para a gente.

A: Já que estamos falando de blogs, vamos a pergunta que farei a todos os entrevistados aqui: Quais os blogs nacionais que vocês leem regularmente?

Dih: Bem, eu costumo não frequentar blogs e sites nacionais com tanta frequência como antes. Hoje ando usando muitos japoneses, americanos, franceses. Mas acho que daqui consigo citar três.

O Nahel Argama pra mim é o melhor blog que surgiu recentemente. Posts regulares e sempre com algum conteúdo que consegue me prender. O Qwerty sabe blogar e pra mim ele fez bem ao assumir uma identidade própria fora do Subete.

O Mais de Oito Mil é um daqueles blogs que poucas pessoas conseguem “levar a sério” e confesso que muitos posts estão ali somente para brincar. Mas recentemente a Mara assumiu uma identidade muito mais crítica e interessante misturada com sua acidez cômica. Recomendo muito e pra mim foi o melhor blog “opinativo” do ano passado.

E o Jbox, que não é blog, mas eu acompanhava desde os tempos que era praticamente um. É minha grande inspiração e é a minha “meta” com o Chuva de Nanquim. Eles passaram pelos probleminhas com o servidor mas continuam sendo o melhor site especializado nacional, sem dúvidas.

Luk: Gyabbo!  foi o primeiro blog do gênero que eu conheci, adoro os textos dele e tento me inspirar um pouco no estilo para as reviews, mesmo falhando totalmente nas tentativas. Mais de Oito Mil é totalmente diferente da maioria que a gente vê por ai, o humor ácido da Mara me faz rir muito e sempre dou uma conferida quando ela solta uma postagem no twitter.E por último o Elfen Lied Brasil. da Beta, que o Dih me indicou lá no comecinho, ela realmente escreve muito bem, desde posts sobre apenas um episódio e indo até aqueles que ela escreve um livro sobre um filme, sendo o meu preferido aquele sobre Perfect Blue.

A: Antes de entrarmos no bate-bola, preciso saber da opinião de vocês sobre um assunto. É de certo que com essa coluna, muitos leitores fiquem interessados em criar blogs sobre animes e mangás. O que vocês acham disso? Há espaço pra gente nova? O que fazer para se destacar?

Dih: Blogs bons são sempre bem vindos, mas como eu falei ali em cima existem muitas pessoas confundindo as coisas. Não precisamos de mais um “Anime New Network traduzido”. Precisamos de gente que queira escrever, que bote suas ideias pra fora, que goste do que faça, e não só por “reconhecimento”. Espaço sempre tem se a pessoa souber como encontra-lo. Já pra ela se destacar depende muito do que ela pretende e de quem ela quer atingir com seu blog. Sempre você pode encontrar um nicho que busque algo em especial e que seja “carente” de alguma forma. É sempre bom dar uma olhada na blogosfera e descobrir o que tá em alta, ver como as outras pessoas escrevem e como é a reação dos leitores. Pro resto, paciência é indispensável.

Luk: Sempre tem espaço para gente nova, mas não podem ir com muita sede ao pote e achando que vai ter 10 mil visitas depois de um mês. Fale sobre o que você gosta, não tente se forçar a escrever sobre algo que você não consiga curtir, que é 100% de chance de não dar certo e você vai apenas ficar irritado. O boca boca é uma grande fonte de visitas, mas não adianta nada se você não se esforçar o bastante para divulgar sua página: tente encontrar algumas oportunidades de parceria, twitter e facebook também ajudam bastante depois de algum tempo.  Apenas tenha calma, vai ter dia que você pode ter apenas 10 visitas, mas não desanime e continue em frente.

A: E então chega aquela hora, o bate bola!

Chuva de Nanquim

Dih: Vai se tornar o melhor site nacional do gênero, mas não agora. Vai investir também em outros campos da área de animes e mangás em algum tempo.

Luk: Trabalho e nervosismo ao postar algo e realização após os comentários positivos.

Leitores

Dih: Responsabilidade. Importantes e são eles que ditam o ritmo de um site. Sem a participação deles não existe motivação, mas com eles a responsabilidade e o nervosismo também aumenta. É preciso calma.

Luk: Público complicado, que sinto a responsabilidade de escrever bem e saber sobre o assunto. Totalmente necessário e sem eles não seriamos nada.

Número de Visitas

Dih: Importantes, mas não é tudo. Quanto mais, melhor você tem que fazer. Quanto menos, também. No final tudo depende de você e o quanto você gosta do que faz.

Luk: Números que o Dih adoro falar no twitter, digo, Orgulho com o aumento a cada mês que só me faz ficar mais feliz.

Nossa Blogsfera Animística

Dih: Boa, mas ainda falta algo. Está crescendo com o tempo, só espero que não se perca no meio dessa ascenção.

Luk: Unida e divertida de se conversar. Ainda espero participar de um Otaku Bar e conhecer todos pessoalmente.

Futebol

Dih: Paixão. VAI CORINTHIANS!

Luk: Corinthians minha vida, Corinthians meu amor.

Curling

Luk: Que isso? o.o

Dih: Adoro gelo.

Vladivostok

Luk: Vodka

Dih: Sei que tem alguma coisa a ver com governos e etc. Mas nada que eu tenha interesse. Ou pelo menos não por enquanto.

(comentário do Anikenkai: Nunca jogaram WAR não, malditos?!)

Genshiken

Luk: Melhor mangá Slice of Life que eu já li e que espero mais uma temporada em anime.

Dih: Apesar de não acompanhar regularmente, pelo que conheço aposto no mangá no Brasil logo. Faria sucesso e é uma forma divertida de retratar a “otakaiada”. Recomendo.

A: Obrigado por participarem dessa entrevista! Agora deixo o espaço aberto para vocês deixarem sua mensagem final para nossos leitores.

Dih: Muito obrigado pelo convite mais uma vez. Foi uma experiência diferente. É sempre complicado falar sobre “nós mesmos”, mas ao mesmo tempo é interessante depois parar pra reler o que dissemos daqui um tempo. Bem, continuem visitando o Chuva de Nanquim que o decorrer de 2012 vai trazer mudanças e novidades legais pra todo mundo. E claro, continuem lendo essa coluna do Anikenkai e tenham a chance de aprender muito com a galera da blogosfera. E parem de dizer que otaku não tem vida! Tudo bem que a maioria não tem mas… tá, deixa pra lá. Valeu Did!

Luk: Obrigado por me deixar participar dessa nova coluna do blog, espero que tudo certo para você e que venham mais AnikenCasts também. Continuem ou comecem a acompanhar o Chuva de Nanquim e não esqueçam de comentar, já que visitas são boas e comentários são melhores ainda para motivar um redator. Muitos animes e mangás para vocês e desculpem os erros de português, mas é o nervosismo da primeira entrevista que eu já dei na minha vida!

O Chuva de Nanquim é um blog relativamente recente (um […]

Conhecendo a Blogsfera 001: Denys Almeida (Gyabbo)

É muito comum, principalmente no Twitter e afins, leitores quererem conhecer e saber um pouco mais dos blogueiros por trás dos posts que lemos todos os dias. Pensando nisso, decidi “fazer umas ligações” e trazer para vocês uma entrevista com cada blogueiro que eu conseguir falar! O objetivo dessa nova coluna “Conhecendo a Blogsfera” é trazer um pouco mais de informação aos leitores. Dessa forma vocês poderão saber como foi o processo de criação dos blogs, como eles estão agora, o que os autores acham da situação atual e um monte de outras informações com as quais eu pretendo encher cada um desses posts.

Conto com a colaboração dos leitores e, principalmente dos blogueiros nesse especial!

Sendo assim, o primeiro blogueiro entrevistado foi o meu querido amiche Denys Almeida, autor do Gyabbo!. Vamos nessa…

Anikenkai: Olá, Denys, é um prazer ter você como primeiro entrevistado desse novo projeto do Anikenkai.

Denys: Olá Did, o prazer é meu por podermos fazer mais essa parceria e participar de mais um novo projeto que surge no blog.

A: Como a idéia desse projeto é fazer os nossos leitores conhecerem mais as pessoas que estão por trás dos posts, vamos lá. Me diga um pouco sobre você.

D: Sem problemas. Meu nome é Denys Almeida, vivo em Manaus no Amazonas desde que nasci e de lá já são 23 anos. Sou finalista do curso de Psicologia na federal aqui do estado e, como é fácil de perceber, tenho como principal hobby os animes, mangas e a blogagem sobre esses temas. Fora desse espaço gosto bastante de cinema, com algumas pretensões de enveredar por esse lado depois de terminar a faculdade, pelo menos como amador e de literatura, especialmente de escrever, outro sonho que carrego e que pretendo levar depois dessa fase da faculdade.

A: Alguns desses outros hobbies chegam a ficar pau a pau com seu gosto por Animes e Mangás?

D: Pra ser sincero, encarar os animes e mangás como hobby, no sentido de gastar um belo tempo não só consumindo mas procurando conhecer cada vez mais sobre eles é algo recente, de uns três anos pra cá. Antes desse período, meus hobbies eram bem dispersos, seja cinema, literatura ou outros (como RPG, prática de Kung Fu, tênis de mesa e outros esportes). Também, quando eu estava no ensino médio, no pouco tempo que eu tinha além dos estudos para os vestibulares, gostava muito de escrever pequenos textos, capítulos iniciais, poesias, algo que acabei deixando de lado com o tempo, mas que pretendo retornar. Da mesma forma aconteceu com os esportes.

A: Gostar bastante de conhecer mais sobre animes e mangás e gostar de escrever. Parece que o Gyabbo! estava predestinado a ser criado. Era só questão de tempo. Mas de onde surgiu realmente a ideia? Conte-nos um pouco sobre os dias que antecederam à criação do Gyabbo!.

D: Sim, acabou que meu gosto por animes e pela escrita casaram perfeitamente e felizmente resultaram em algo que depois de três anos no ar vem se mostrando bastante positivo. Por mais que não seja uma literatura mais culta, é muito bom saber que milhares de pessoas me lêem e são influenciadas, de uma forma ou de outra, por coisas escritas por mim.

 Para falar da criação do Gyabbo! é complicado se limitar a apenas alguns dias, existe todo um contexto pessoal e social por trás. A questão é que morando em Manaus eu conhecia poucas pessoas que tinham um gosto pelos animes e mangas crescente como o meu. Nos eventos as pessoas que encontravam normalmente se limitavam a determinadas obras, normalmente as mais pops e/ou clássicas, sem buscar conhecer mais sobre essas mídias e suas novidades. Além disso, os amigos que eu tinha que também gostavam de animes e mangas acabaram com o tempo deixando isso de lado e por isso eu me usava da internet para conversar com outros fãs. Foi lá por 2004 que comecei a entrar nos fóruns. Mas mesmo neles o espaço parecia diminuir cada vez mais. Já perto de 2009 comecei a olhar com mais interesse para os blogs de animes, principalmente pelo trabalho que fazia o Leo Kusanagi no blog Mithril e, curiosamente, no que você fazia com o blog Nerdy Power, além de algumas coisas internacionais. Eu percebi, principalmente com esses dois exemplos, que aquele era o modelo que eu gostaria de seguir. Ter um blog me possibilitaria não só escrever com mais liberdade do que em um fórum/comunidade, mas entrar em contato com fãs, com pessoas que estão interessadas em trocar ideias, discussões, debater e se divertir.

 Lembro que no final de 2008 eu estava com a ideia fixa na ideia de abrir um blog. Já havia tido outros blogs, mas de cunho pessoal e que não deram em nada, por isso existia um certo temor. Fui conversando com uma grande amiga que entendia melhor dessas coisas, a Janaína Esmeraldo, e quando já tinha tudo pronto na mente não houve excitação. Rapidamente fiz o cadastro e no mesmo dia o primeiro post do Gyabbo! estava no ar.

A verdade é que os dias que antecederam o começo do Gyabbo! foram de grande ansiedade por eu saber que era Aquilo que eu queria fazer. Sabe aquela sensação de que você achou algo para você? Então, era isso que eu sentia e foi muito recompensador começar, por isso até a pressa. Mesmo com as poucas visitas no começo, ter colocado aquela ideia no papel já era muito bom.

A: Eu já disse pra você que fico muito feliz de ter sido um dos motores para o Gyabbo ter sido criado, mesmo que involuntariamente. Hoje, 3 anos depois, com centenas de posts no currículo, você acha que conseguiu atingir aquele objetivo inicial de entrar em contato com fãs que buscavam um algo a mais além do simples entretenimento?

D: São as curiosidades da vida. Acredito sim, mas vou exemplificar com uma história curiosa que envolve nós dois. Como citei anteriormente eu já fiz parte de alguns fóruns, dentre eles o saudoso “Sugoi” de onde o próprio Leo Kusanagi do Mithril participou. Em uma época dessas, lembro que você, participante do fórum Multiverso Bate-Boc@ (MBB), ao ter contato com o Sugoi a partir de uma amiga em comum nossa, desdenhou do fórum, especialmente da sua parte sobre animes e mangas. Acho que não comentei isso com você antes, mas naquele momento eu aproveitei para fazer comentários não muito lisonjeiros a sua pessoa. Mas veja só como é a vida, três anos depois, estamos aqui tendo essa conversa, de um fã para outro fã.

 A verdade é que durante esse tempo todo eu já ouvi muitas vezes que os fãs gerais não estão interessados em opiniões ou leituras sobre os animes. Mas há cada ano que passa eu tenho mais certeza que isso está errado. Mais e mais pessoas querem conhecer mais, querem conversar mais, querem discutir mais sobre animes e mangas, é só ver o grande crescimento no número de blogueiros nessa área, muitos de grande qualidade. Não vou medir a importância do Gyabbo! nessa questão, mas eu estava lá, não exatamente no começo, mas perto disso, e pude ver que sim, o objetivo de alcançar pessoas que queriam ir além de simplesmente baixar e ver o episódio do seu anime foi atingido. Hoje fico muito feliz quando vejo as respostas ao Censo que estou realizando no blog com comentários do tipo “Comecei a me interessar mais por animes e mangas por causa do seu blog!” ou “Só não deixei de lado os animes e mangas por causa do seu blog!”. São coisas que mostram que eu consegui, mas também que ainda é possível avançar mais dentro dessa proposta.

A: Sem dúvida nenhuma o número de blogs ativos sobre animes e mangás no Brasil nunca foi tão grande como hoje em dia. Mais que isso, a qualidade geral dos blogs está muito boa. Vou jogar você contra a parede um pouquinho e perguntar quais os blogs de animes e mangás que você mais acessa e por quê?

D: Essa é uma pergunta complicada… Um dia desses eu respondi algo parecido no meu Formspring e coloquei que o que me faz ler não está tanto no blog, mas no post em si. Mas não vou ficar em cima do muro. Apesar de eu ter a grande maioria dos blogs médios-grandes no meu reader de feeds, posso dizer que existem três blogs que eu costumo consumir todos os textos feitos: O primeiro é o Nahel Argama do @Qwerty_Br. Desde os tempos dele do Subete Animes eu já vinha dando uma atenção maior aos posts dele, mas com a sua saída e posterior criação de um espaço próprio ficou melhor. A primeira questão é que ele escreve bem (apesar de alguns exageros no uso das vírgulas e chaves) e consegue construir um texto coeso e que fala aquilo que se propõe a falar. Em segundo está o vasto conhecimento que ele tem sobre animes (especialmente, não vejo ele como referência quando estamos falando de mangas) e isso acaba se refletindo em textos com conteúdo e que conseguem ter uma visão mais geral dos animes do que outros blogs. E por último o fato de eu ver nos textos dele, assim como do próximo blog que irei citar, uma… como posso dizer… uma aproximação com o meu próprio estilo. Temos ideias e gostos muitas vezes bem diferentes, mas consigo estabelecer com a maioria dos textos do Nahel Argama um respeito, ainda que eu esteja discordando completamente do que está sendo escrito.

 O outro blog que leio tudo é justamente o Anikenkai, mas para não parecer que estou simplesmente puxando saco, deixa eu explicar. O primeiro fator que destaca o Anikenkai dos outros blogs é sua proposta de fazer uma meta-análise. É claro como você se coloca, se identifica e se vê como fã, mas também é claro a sua vontade de “tirar uma foto” daquilo e analisa-la com uma lupa. Os posts de comportamento, como você próprio classifica, distinguem com qualidade o MBB Anikenkai. Como comentei anteriormente, é outro blog com que eu consigo estabelecer um respeito para com o texto, mesmo que eu não veja daquela forma. Por último, poderia citar a busca de “diversificação-reduzida”. Ok, estou criando termos aqui. O que eu quero dizer é que é interessante e estou sempre esperando pela próxima ideia que irá surgir no Anikenkai, seja o Editoral, sejam essas entrevistas. Mas dentro dessa diversificação existe uma padrão que caracteriza o blog e que dificilmente irá mudar bruscamente como em outros espaços.

 Por último, já saindo um pouco dos blogs e falando de vlogs, temos o Video Quest. Só que aqui eu preciso deixar clara a diferença: vejo tudo que o Video Quest faz na sua parte de vídeos sobre animes/mangas, não exatamente o blog todo. Nesses vídeos, nos VQ’s “clássicos” eu encontro uma fórmula que me agrada muito de ter acesso à conteúdo, discussão e informação sobre animes e mangas em formato de vídeo, algo tão pouco explorado no Brasil e muito bem explorado por eles.

 É claro que estou sempre acessando os outros blogs, mas no caso dos outros eu nem sempre leio tudo, deixando para apenas as coisas que realmente me interessam ou instigam, como o próprio resto do Video Quest com seus posts em texto e o Cine Quest. A pergunta era complicada, poderia citar pontos positivos de diversos blogs, mas não vamos ficar em cima do muro e responder logo.

A: Além de matar a curiosidade dos leitores, fiz essa pergunta pois recentemente tenho tido trabalho para conseguir acompanhar blogs alheios. Eu sei que é difícil acreditar, mas blogueiros também tem uma vida fora de seus blogs e no tempo livre tem que fazer um bom trabalho para seus leitores. O tempo que sobra para ler o conteúdo de todos os outros blogs é muito curto.

Eu sei como é isso. Muitas vezes eu vejo um post no Google Reader que eu quero ler, mas não estou com tempo e deixo ele como não lido. Os dias vão passando, outros posts interessantes vão se acumulando até finalmente conseguir um tempo pra atualizar na leitura.

 Isso é uma pena, mas faz parte do processo natural de amadurecimento das blogosfera de animes e mangas brasileiras, é melhor saber que tem muito conteúdo bom que o tempo não me permite ler do que não ter esse conteúdo de qualidade para ler mesmo se tivesse tempo.

Com faculdade, namorada, busca de emprego e tantas outras obrigações, se formos ler tudo que sai além de não ter blog, não tem vida. Não dá mesmo.

A: Vamos falar um pouco sobre os nossos leitores. Eu já tive o prazer de conhecer leitores do Anikenkai e ouvir suas opiniões, mas queria saber de você. Alguma história engraçada ou curiosa com algum leitor?

D: Infelizmente são raras, até porque a maior parte dos meus leitores são das outras regiões do país, na verdade o menor número de leitores vem aqui do Norte (isso já contando com as pessoas do Pará, Roraima, Acre etc). Mas uma situação que pode-se considerar engraçada foi quando estava cobrindo um evento daqui e um leitor do blog chegou com um amigo que eu já conhecia e falou “Mas eu achava que ele era gordo e gay”. Foi algo bem cômico na hora, principalmente por eu ter uma foto minha no blog que mostraria que não sou gordo. Outra coisa curiosa é que no começo do Twitter acontecia muito dos leitores, principalmente garotas, virem, todas empolgadas, falar comigo, achando que @Gyabbo era o blog de uma garota. Nada que uma explicação rápida não resolva.

O que é meio constrangedor (não exatamente no sentido ruim da palavra) mesmo é quando alguém demonstra uma empolgação exarcebada por estar falando comigo por eu ser do Gyabbo!. Acho muito estranho. Já cheguei a ouvir “Mas foi O Gyabbo! que falou, então tu quer discutir?”. Primeiro que eu não acho que eu tenha esse status todo, segundo que a última coisa que eu gostaria é que as pessoas vessem meus textos como palavra final quando o que eu mais quero é que vejam como a palavra do meio, aquela que vai criar uma vontade de conhecer/debater.

A: Esse é um ponto interessante. Muitos colocam blogueiros num status acima do “fã normal”. Algo como uma autoridade no assunto ou, até certos pontos, como uma celebridade. Acha que esses “títulos” são exagerados e sem razão de ser ou crê que existem sim alguns blogueiros que são certos tipos de autoridades em determinados assuntos?

D: Tem gente sim que eu poderia dizer que são “autoridades” em alguns assuntos. Tive a felicidade de ver uma palestra da Valéria Fernandes sobre a história do shoujo manga e acompanhando ela e o blog dela é impossível dizer que ela não entende muito do assunto e que podemos nos referir a ela dessa maneira. Mas são poucos, pouquíssimos, na maioria dos casos poderíamos falar de “autoridades” em algumas coisas. Por exemplo, o Leo Kusanagi. Ele é uma “autoridade” para falar de Nana Mizuki, mas não deve ser uma para falar de toda J-Music. A maioria das pessoas no Brasil, sejam blogueiros ou leitores, são apenas consumidores, não estudiosos de animes e mangas. É claro que com o tempo e com maior experiência você acaba sabendo um pouco mais que a maioria e é isso que acontece com a maioria dos blogueiros. Justamente por termos que entrar em contato com mais coisas e nas suas formas mais diversificadas para apresentar conteúdo bom para o leitor, acabamos conhecendo mais. Porém, daí para ser uma “autoridade” é um pulo muito grande.

 Já ser uma “celebridade” no meio não é tão difícil de se pensar. É só vermos que pessoas reconhecem e às vezes param o Leo Kitsune e o Fábio Urso no meio da rua por verem os vídeos deles. É em um nível completamente diferente das celebridades das mídias mais populares, mas são sim celebridades dentro desse meio.

A: Infelizmente nosso bate-papo está chegando ao fim. Mas antes de terminar, vamos a um bate-bola rápido.

Mangá(s) favoritos

Gunnm, Dragon Ball, Sunadokei

Anime(s) favoritos

Dragon Ball Kai, Medabots, Beck, Haruhi Suzumiya (Primeira versão da TV), Ouran Host Club

Animes antigos

Se conseguir deixar de lado a estranheza com a questão estética da animação e traços, pode-se encontrar muitas pérolas, mesmo fora daqueles que todos já dizem que é bom.

JBC

Empresa com altíssimo potencial disperdiçado, mas que caminha pelo lado errado aparentemente pelo ego de uma pessoa.

Panini

Outra empresa com altíssimo potencial disperdiçado, apesar de alcançar resultados melhores que o da JBC, mas nesse caso por falta de empreendedorismo dos verdadeiros chefes da mesma. No dia que manga for prioridade para a Panini Brasileira, não terá para nenhuma outra.

Panino Manino

Gente boa e muitas vezes injustiçado por muita gente. Tem seus problemas, mas é uma pessoa de quem espero muito mais coisas boas do que ruins.

Chuva de Nanquim

Inveja define. A minha inveja deles. Conseguiram unir qualidade com quantidade e um senso de oportunidade único. Não é o maior blog de animes e mangas do Brasil por acaso. Mesmo sabendo que meu foco é outro, ainda fica um ponta de inveja, ainda que torça e muito pelo sucesso deles.

Darth Vader

“Vilão” legal, mas overrated.

Um mangaká

Akira Toriyama

A: Obrigado, Denys, por ter topado essa entrevista. Por fim, deixe uma mensagem para nossos leitores e colegas blogueiros.

D: Bem, gostaria de agradecer por ter sido escolhido como primeiro nessa nova proposta do Anikenkai. Em alguns momentos me alonguei um pouco, mas busquei ser sincero nessa entrevista. Acredito que a mensagem tanto para os leitores quanto para os blogueiros é a mesma. Se vocês gostam do que fazem, do seu hobbie, invista nele, vá atrás do que está por atrás, cresça dentro desse meio, seja conhecendo melhor a arte da animação e quadrinização japonesa ou falando sobre ela. Não se preocupe, isso não vai acabar com sua diversão, ter uma visão crítica só vai fazer você ver as coisas com outros olhos, muitas vezes achando algo mais interessante do que o esperado.

 E que esses projetos que unem os blogueiros continuem surgindo, essa sempre foi um tecla que eu bati. Se você for blogueiro ou fã de um blog, não fique pensando em diminuir o outro, na verdade ajude-o a crescer. É com o crescimento de um que todos crescem juntos.

 Até outra oportunidade.

 Denys Almeida – Blog Gyabbo!

É muito comum, principalmente no Twitter e afins, leitores quererem […]

Entrevista: O que vem a seguir para Takehiko Inoue (parte 1)

Você já deve ter ouvido o nome Takehiko Inoue. Se não ouviu, deveria ter ouvido. Ele é um dos maiores mangakas do Japão e dono de um nível artístico que poucos conseguem alcançar. Ele é o autor de séries como Vagabond, Slam Dunk e REAL. Suas obras são lidas e admiradas em todo o mundo. Hoje, com 44 anos, o autor passa por uma certa crise em seus trabalhos. Vagabond está paralisado há mais de um ano (mas parece que vai voltar em breve) e seus outros trabalhos também estão sofrendo. Mas mesmo assim, ele busca melhorar cada vez mais como artista e essa entrevista é uma prova disso.

Ela trata do mais novo trabalho de Inoue, um livro, que vem acompanhado de um DVD, intitulado Pepita: Takehiko Inoue encontra Gaudi, com data de lançamento fixada em 12 de Dezembro desse ano. Nesse projeto, o veterano mangaka decide se aventurar na obra arquitetônica de Gaudi, um dos maiores arquitetos da história. Nessa entrevista, Inoue dá um panorama geral de como foi desenvolver o projeto.

httpv://www.youtube.com/watch?v=0480XbKzlcs

Originalmente publicada na revista Nikkei Enterteinment, está sendo traduzida para o inglês pelo blog The Eastern Edge e agora, em português, pelo Anikenkai. Vale lembrar que o The Eastern Edge foi o mesmo com o qual firmei parceria para a série de posts Uma conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda (se ainda não leram, confiram!!).

A entrevista será traduzida em partes. A ideia é tê-la completamente traduzida até o dia do lançamento do material. Por isso fique ligado aqui no Anikenkai para conferir as próximas partes e espero que vocês gostem pois eu, com certeza, gostei e gostarei de traduzi-la para vocês. A matéria foi publicada toda na primeira pessoa, com Inoue como narrador.

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O que vem a seguir para Takehiko Inoue (parte 1)

Originalmente, isso não era algo que eu tinha decidido fazer por mim mesmo. Eu comecei esse projeto depois de me fazerem uma oferta. Quando li pela primeira vez o projeto, a primeira coisa que pensei foi, “Por que eu?”, não tenho a menor noção quando o assunto é arquitetura. Meu conhecimento sobre a obra de Gaudi era praticamente zero. Fazer uma viagem e o tempo que isso iria me afastar dos quadrinhos era uma forte preocupação. Vagabond está atualmente em hiato, e os trabalhos em geral não estão progredindo bem, então parte de mim se perguntava se eu realmente deveria aceitar um trabalho como esse nesse momento.

No entanto, eu já estava fazendo certas coisas um tanto diferentes do trabalho normal de um autor de quadrinhos.  A The Last Manga Exhibition foi diferente,  assim como o trabalho nos murais de Shinran para o Higashi Honganji.

Eu senti que esse tempo na Espanha seria como continuar a corrente desses outros trabalhos. Eu senti que atráves de Gaudi eu iria ganhar a oportunidade de realizar várias coisas, e ser guiado a respostas que estavam na minha cara, mas que eu não conseguia ver.

Eu sempre fui uma pessoa que aceitou trabalhos sem planos ou guias e seguindo o instinto, mas dessa vez é algo ainda maior pois é Gaudi, e isso foi um ponto importante para mim.

Com quadrinhos, se você os queima, eles se vão ou se se param de ser publicados, uma hora se perdem. Contruções se mantem por um longo período de tempo, não é? Eu posso não parecer, mas sou muito tímido e fico imaginando se seria embaraçoso ver algo que você fez ficar lá no meio de uma cidade (risos). Eu imagino o que as pessoas que deixam coisas como essa no mundo se parecem, e com o que Gaudi, que fez aquele prédio que parece como algo vivo, se parece. Eu achei Gaudi admiravelmente interessante.

A arquitetura de Gaudi e seus outros trabalhos são amplamente conhecidos, mas que tipo de pessoa ele era, e o que estava nas suas raízes (que o fizeram daquela maneira) não.

Eu pensei que se eu poderia conhecer sua história, haverial algo que eu poderia sentir em seu trabalho.

Então, eu aceitei o trabalho pensando que se eu pudesse transmitir para outras pessoas o que eu obtiver fazendo isso, especialmente para as mais jovens, isso o daria um significado real.

(continua na parte 2)

Você já deve ter ouvido o nome Takehiko Inoue. Se […]

Uma conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda – Parte 6 de 6

É com muito prazer que eu trago até vocês a última parte da conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda publicada pela revista abaixo. Novamente agradeço ao blog The Eastern Edge por trazer essa entrevista para o ocidente e por autorizar minha tradução. Se vocês ainda não leram ou querem re-ler as outras partes, clique na categoria Entrevistas. Espero que gostem. Cliquem em “Leia Mais” logo abaixo da segunda imagem para continuar…

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É com muito prazer que eu trago até vocês a […]

Uma conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda – Parte 5 de 6

Infelizmente tivemos poucas atualizações por aqui essa semana, mas felizmente tivemos mais uma parte da conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda traduzida! Se você não leu as outras partes, é só clicar na categoria “Entrevistas” e ler. Logo após a imagem, clique no “Ler Mais” para continuar…

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Infelizmente tivemos poucas atualizações por aqui essa semana, mas felizmente […]

Uma conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda – Parte 4 de 6

Depois de um ótimo feriado que passei no interior de São Paulo, volto com as atividades do blog em grande estilo. Aí está a 4ª parte da conversa entre Takehiko Inoue (Vagabond, Slam Dunk) e Eiichiro Oda (One Piece) publicada na revista abaixo. Se você começou a acompanhar o blog recentemente e ainda não verificou os posts anteriores, clique na categoria “Entrevistas” e leia as outras 3 partes.

Agora sem mais conversa, clique no “Ler Mais” logo abaixo da imagem e aproveite…

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Depois de um ótimo feriado que passei no interior de […]

Uma conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda – Parte 3 de 6

E, depois de uma longa espera, está no ar a 3ª parte da conversa entre Takehiko Inoue (Vagabond) e Eiichiro Oda (One Piece). Dois autores de mangá que nasceram na mesma cidade e são famosos no mundo todo. Se você ainda não via as partes 1 e 2, não perca tempo e clique aqui ou na categoria “Etrevistas” ali ao lado para conferi-las.

Agora, sem mais enrolação, a conversa. Basta clicar no “Leia Mais”…

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E, depois de uma longa espera, está no ar a […]

Uma conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda – Parte 2 de 6

E finalmente aqui está a segunda parte da conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda. Gostei de saber que vocês gostaram desse material que eu trouxe para o blog e espero continuar trazendo. Caso você ainda não tenha lido a primeira parte, clique aqui para lê-la. Lembrando que essa tradução é feita em parceria e com autorização do blog The Eastern Edge.

Primeiramente, seguindo a orientação do tradutor original, aviso que em algumas partes do texto há a presença de uma “voz anônima” na discussão fazendo perguntas e etc. No original ela é representada por uma linha reta no lugar onde deveria estar o nome de quem fala e mostra que pode ter ocorrido algum tipo de edição no texto. De qualquer modo, irei representar qualquer que sejam os comentários ou perguntas anônimos com seis asteriscos, como esses ******.

A tradução original também veio acompanhada de algumas imagens, que serão reproduzidas abaixo (e acima), mas não foram publicadas na revista e sim na Weekly Morning da última quinta-feira, onde foi publicado o mais recente capítulo do mangá Vagabond.

Agora clique em “ler mais” para conferir a 2ª parte completa da conversa. Se eu publicasse tudo de uma vez, deformaria bastante a página e atrapalharia a navegação. Mas agora, ao que interessa…

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E finalmente aqui está a segunda parte da conversa entre […]

Uma conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda – Parte 1 de 6

Uma das coisas que mais gosto de fazer é ler entrevistas com autores de mangá, diretores de anime, etc. Existem coisas que você só consegue saber e conhecer através dessas entrevistas. Porém, nosso acesso a esse tipo de material é restrito e fica ainda mais restrito quando você não sabe japonês. Dependemos da boa vontade de pessoas em traduzir e disponibilizar para nós esse material.

Estou acompanhando um excelente projeto do blog The Eastern Edge onde o autor do blog decidiu traduzir e divulgar esse tipo de entrevistas. Conveniente, não? Porém, conforme sabemos, nem todo mundo sabe inglês. Por isso, entrei em contato com ele e formamos uma parceria na qual eu iria traduzir o material publicado no blog dele para o português. Sem mais enrolação, vamos ao que interessa.

Essa primeira entrevista não é bem uma entrevista formal. É uma conversa descontraída entre Takehiko Inoue, autor de Vagabond, e Eiichiro Oda, autor de One Piece. Ambos ainda são jovens autores, mas seus trabalhos já são reconhecidos mundo a fora. Curiosamente os dois nasceram na cidade de Kumamoto, mas nunca tiveram a oportunidade de conversar pessoalmente. Confira agora a primeira parte dessa conversa que aconteceu em 2009 durante uma exibição de mangás na cidade de Kumamoto e foi publicada nessa revista…

Inoue: Essa é a primeira vez que nos encontramos, não é?

Oda: Bem, na verdade há algum tempo atrás eu consegui um autógrafo seu.

Inoue: Sério?! Quando?

Oda: Foi na festa da entrega dos prêmios Tezuka/Akazuka da Shueisha. Eu tinha acabado de ter sido publicado e estava muito nervoso. Você também desenhou uma ilustração do Hanamichi Sakuragi  (Slam Dunk) com um topetão que eu ainda tenho guardada.

Inoue: Sério mesmo? Desculpe, eu não me lembro. (risos)

Oda: Sem problemas. Aquela festa foi como uma enorme sessão de autógrafos para os grandes autores. (risos)

Inoue: Eu estava em Los Angeles quando One Piece estreou e eu recebia Shonen Jumps vindas do Japão. Quando eu li o primeiro capítulo de One Piece, eu me lembro de ter pensado, “Nossa, esse é o começo de um mangá muito bom.” Aquilo era um trabalho imperdível. Eu não me sentia assim com um mangá fazia muito tempo então eu fiz questão de acompanhar.

Oda: Quando One Piece começou a ser serializado, eu li uma pesquisa em uma revista perguntando a pessoas famosas que mangas os interessavam. Naquela pesquisa você escolheu One Piece e comentou, “O autor realmente acredita em seu trabalho”. Eu quase que literalmente pulei de alegria, eu tinha ficado muito feliz. Eu mantive uma cópia daquela página pregada na minha mesa de trabalho por muito tempo.

Inoue: Eu fico feliz que você tenha ficado feliz! (risos)

Oda: Posso falar sobre uma coisa que tá meio ligada ao destino?

Inoue: O que é? Você está me deixando nervoso.

Oda: Bem, eu nasci em Kumamoto e lá tinha uma loja chamada “Antique House”, certo?

Inoue: Sim, a loja de roupas usadas, não é? Isso me traz lembranças.

Oda: Eu costumava ir lá regularmente com amigos para comprar roupas. Por volta da época em que eu ganhei o prêmio de Melhor Artista Novato da (Shonen) Jump e tinha acabado de conseguir um editor, eu estava falando com uma das pessoas que trabalhavam na loja e eu mencionei que eu queria ser um autor de mangás. Ele respondeu, “Se você ficar realmente famoso, será o segundo nascido aqui.” “Quem foi o primeiro?” eu perguntei. “Takehiko Nariai (Takehiko Inoue é um pseudônimo). Ele costumava trabalhar aqui.” Eu não conseguia acreditar.

Inoue: Hahaha! Eu me pergunto com quem você falou.

Oda: Ele se orgulhava de dizer que um dos jogadores de Slam Dunk era baseado nele (risos). Ele também disse que quando a loja não estava cheia, você com certeza estaria atrás da caixa registradora desenhando.

Inoue: É… e não fazendo o trabalho que eu devia estar fazendo.

Oda: Eu fui surpreendido. Eu estava tipo, Caramba! Inoue-sensei esteve aqui! Era só uma loja que eu freqüentava e eu nunca havia pensado antes a respeito daquilo. Eu senti que aquilo tinha algo a ver com destino e eu pedi para o meu editor para por favor me colocar de assistente no seu estúdio. Porém ele simplesmente me disse “Não há vagas.” Aquilo me deixou bem pra baixo.

Inoue: Sério? A gente realmente fez uma cagada. Deveríamos ter trazido você como assistente. (risos)

Oda: Se eu tivesse sido aceito no seu estúdio, isso teria mudado completamente meu destino. Em vários sentidos, aquele foi um momento de mudança pra mim. Eu sempre pensei que eu gostaria de falar com você pessoalmente sobre isso algum dia.

Inoue: Obrigado. Vou lembrar disso.

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Segundo o tradutor original, a 2ª parte será bem maior e trará um foco maior na obra Vagabond. Assim que ele publicar, faço a tradução e trago para vocês.

Espero que tenham gostado e não deixem de comentar e divulgar esse tipo de material.

Uma das coisas que mais gosto de fazer é ler […]