Uma Breve Análise Das Hipóteses Para O Mercado Nacional De Mangás

O meu xará, Diogo divulgou no Chuva de Nanquim, o lançamento de ‘Sora no Otoshimono’ pela Panini. Sabendo dessa notícia, vi que era o momento exato para escrever esse post. Colocarei aqui meu ponto de vista sobre o mercado de mangás no Brasil e para onde a filosofia atual das editoras poderá nos levar no futuro. Apesar de óbvio, vale lembrar que nesse post eu tratarei de hipóteses. Não há certezas no futuro do mercado no Brasil, só possibilidades, sejam elas positivas ou negativas. Leia esse post, entenda o que eu coloco aqui e, importantíssimo, não deixe de comentar dando sua opinião.

—————————————————-

Provavelmente você já deve ter ouvido falar a seguinte frase…

Quanto mais mangá na banca, melhor!

Bem, apesar de eu partilhar da mesma filosofia, não creio que o nosso mercado esteja preparado para ela.

Comecemos falando sobre a quantas anda o nosso mercado.

De fato. Nós temos bastantes títulos em publicação. Se olharmos só os sites das editoras principais (Panini, JBC e NewPop), fazemos um levantamento de mais de 30 títulos em publicação. Alguns estão paralisados por terem alcançado o Japão, podem dizer, mas a grande maioria está saindo em um ritmo mensal ou bimestral. E a cada dia temos novos mangás sendo anunciados…

Mas será que ter tantos títulos na banca assim é bom? Em uma primeira olhada não tem por quê dizer que não. Quanto mais títulos, mais opções, mais satisfeito fica o consumidor. É um raciocínio simples e provavelmente é o que a maioria dos leitores pensa. Porém, vamos colocar um tempero nesse raciocínio.

A partir desse momento, vou me focar na Panini e na JBC, as duas editoras com mais títulos em publicação e as que estão há mais tempo no mercado.

Para fins de comparação, peguemos a Shonen Jump, a maior antologia do Japão. Se uma série não está vendendo bem ou o público não está gostando dela, ela é cancelada e é dado lugar a uma outra nova. Há sempre um número fixo de mangás sendo publicado. Nem mais nem menos. Se uma falha, é cancelada e outra tenta o sucesso em seu lugar. Se pararmos para pensar que o número de pessoas que leem a Jump é muito superior ao número de pessoas que leem todos os mangás juntos em publicação aqui no Brasil, temos aí o primeiro “tempero” para pensar melhor sobre o nosso mercado.

Se uma Shonen Jump cancela sem dó séries que não estejam tendo sucesso, por que no Brasil, um mercado extremamente menor, as editoras deveriam manter títulos fracos, de pouca vendagem e com pouca repercussão entre os leitores? A realidade de cancelamentos não é nossa realidade atual. Já houve uma época em que muitos títulos foram cancelados por aqui, mas não hoje. Hoje cancelar um mangá é dar um tiro na própria cabeça. É assim que o público consumidor enxerga. “Se cancelou o mangá X, é capaz dele cancelar o mangá Y, então não vou comprar esse mangá pra não ficar com uma coleção incompleta”.

E nesse momento é capaz de você estar se perguntando se por acaso eu estou defendendo aqui o cancelamento de mangás. De forma alguma. É uma possibilidade, sem dúvida, mas seria ela viável em nosso mercado? Sem chances.

A Jump pode cancelar uma série que não faz sucesso porque o público leitor tem uma infinidade de outros títulos “parecidos” para se entreter com. Um título ser cancelado vai deixar alguns fãs chateados, mas logo eles passam pra outro mangá e fica tudo bem. Aqui no Brasil, quando um mangá é cancelado, os fãs ficam órfãos. Não tem para onde ir. Não há títulos suficientes para cobrir esse vácuo.

“Mas pera lá… títulos demais não eram um problema alguns parágrafos acima?”… E eu respondo: Só é considerado demais quando o mercado não consegue absorver tudo.

Nosso mercado é bem atrofiado. O poder de compra do público leitor é bem pequeno. Muitos dependem dos pais para comprar seus mangás todos os mês. O preço praticado pelas editoras muitas vezes está fora da realidade de muitos brasileiros. Não digo para comprar um só mangá. Mas quem quer ler, não quer ler só um mangá. Se o leitor compra cinco mangás, um número relativamente pequeno de títulos, já são mais de 50 reais saindo do bolso dele todo mês. Imagina para quem quem quer comprar a maioria dos títulos que sai? Impraticável para a maioria do mercado.

Então temos aí um impasse. O Brasil possui um mercado pequeno, que não cresce na mesma proporção que os títulos fornecidos pelas editoras. Mas uma grande quantidade de títulos é necessária para evitar que os leitores fiquem “órfãos” quando um mangá é cancelado. Sendo assim, as editoras não podem cancelar os mangás porque também não podem fornecer títulos suficientes para cobrir os vácuos deixados por eles. Mas até quando elas vão conseguir se manter num sistema que, ao que parece, é autodestrutivo para as editoras?

Bem, a solução é mais simples do que parece.

Não digo que o que falarei agora vai solucionar todos os possíveis problemas que venham a aparecer, mas pode evitar uma crise de saturação em nosso mercado.

Reparem bem na Panini e na JBC. Se nós tivéssemos que reparar em um aspecto editorial que separa bem uma da outra, eu destacaria as opções de periodicidade como grande diferencial. Enquanto a JBC opta constantemente por publicar mensalmente seus títulos, mesmo quando esses ainda se encontram em publicação no Japão e com poucos títulos (como no caso de BAKUMAN), a Panini decide alternar entre mensal e bimestral.

O modelo da Panini é o que tem mais futuro. Eu explico.

Hoje, quem quer, lê os mangás facilmente pela internet. E não é característica do nosso mercado comprar um mangá que já se leu na internet. Pra que eu vou gastar 10 reais por mês com algo que eu já li? É uma realidade que as editoras não tem como ter controle sobre. Esse tipo de leitor, que não são poucos, arrisco dizer que são até maioria, é uma fatia do mercado que eles não atingem.

Agora pense comigo uma coisa: Se esse mesmo leitor tivesse que gastar uns 15 reais com um volume de mangá, mas dessa vez, só de 3 em 3 meses. Ou seja, 5 reais por mês. Metade do que ele teria que gastar num modelo mensal de mangá a 10 reais. E esse volume ainda viria com papel melhor, boa impressão e encadernação, já que é mais caro que o de 10 reais. É mais provável que esse tipo de leitor se interesse mais por comprar esse título de 15 reais de três em três meses do que o de 10 reais de mês em mês.

Por que? É simples. Se ele já leu o título, ele sabe se gostou ou não. Se ele gostou e virou fã, é natural ele querer ter o mangá para si, em sua coleção. Porém, tendo que pagar 10 reais por mês, acaba sendo um investimento que ele não está disposto a fazer. Enquanto que 15 reais a cada três meses por algo de melhor qualidade é algo que ele estaria bem mais disposto a pagar.

Mas três em três meses não é muito tempo de intervalo entre um volume e outro? Não pra esse tipo de leitor. Ele já leu o mangá. Ele não tem a urgência de saber o que acontece no volume seguinte. Ele está comprando pelo simples fato de ter na coleção, ou para reler, ou para ver os extras, etc. Ele não está comprando só pela história ali contida.

Então com uma mudança de filosofia na periodicidade, as editoras estariam atingindo um público que hoje elas não atingem. Não digo que todos os leitores desse tipo iriam passar a comprar mangás em banca, mas a probabilidade do número de vendas aumentar entre esse grupo é maior.

No entanto, como que ficam o público que não tem nada a ver com essa história. O público que compra mangá para conhecer a história. O público que não leu online e tá acompanhando conforme vai saindo. O que ele ganha com isso?

Para começar, ele terá um aumento na qualidade do produto, tendo como base a estratégia que coloquei acima de aumento de preço proporcional a qualidade alterando a periodicidade. Isso já é uma vantagem. Mas a perda da periodicidade mensal seria uma desvantagem para esse público. Ele tem que ter algo a mais a ganhar com essa mudança.

E ele tem. Um aumento na quantidade de títulos disponíveis. Se antes o público tinha que pagar 30 reais por mês se comprasse três títulos mensais, ele agora poderia continuar pagando 30 reais por mês, mas por seis títulos trimestrais (considerando que cada volume mensal custe 10 reais e cada trimestral custe 15). Um aumento de 100% no número de títulos comprados sem aumento no gasto mensal. Pessoalmente acho essa possibilidade bem interessante.

Apesar de “perder” sua periodicidade mensal, o leitor regular teria a possibilidade de ter materiais de melhor qualidade e uma pluralidade maior de títulos sem ter que gastar mais por isso mensalmente. Um modelo sustentável, que favorece tanto o leitor quanto à editora.

Para eu concluir esse post, é valido dizer que o próprio modelo japonês de publicação de tankobons funciona dessa maneira, em periodicidades quadrimestrais até. Saindo do mercado original dos mangás, temos o americano, que também segue um modelo “não-mensal” de publicação, com periodicidades trimestrais e quadrimestrais dependendo do título. Aí estão dois exemplos de mercados bem maiories que o Brasil e que viram no modelo “não-mensal” de publicação uma via sadia para seu mercado.

—————————————————-

Espero que eu tenha passado para vocês com clareza minhas ideias. Não coloco o que escrevi aqui como único modelo possível e, muito menos, digo que o mercado brasileiro está em crise ou estará em um futuro próximo. As chances das editoras começarem a ter que rever sua estratégia de mercado são grandes. O suficiente para eu, um mero observador, chegar a essa conclusão. Mas o mais importante desse tópico é fomentar a discussão. Comentem aqui nesse post, no twitter, em seus próprios blogs, em conversas de bar, onde seja. É importante a discussão e a crítica construtiva.

Sobre Diogo Prado

Tradutor, professor, host do Anikencast, apaixonado por quadrinhos, apreciador de jogos eletrônicos e precoce entendedor de animação japonesa.

Você pode me achar no twitter em @didcart.

O meu xará, Diogo divulgou no Chuva de Nanquim, o […]

18 thoughts on “Uma Breve Análise Das Hipóteses Para O Mercado Nacional De Mangás”

  1. Gente, esse Sora no Otoshinomo está causando uma polêmica danada. Em tudo quanto é site que vi que comentou o lançamento teve discussão, em alguns até bate boca e acusações inflamadas.

    Está tarde para ler tudo, mas já imagino o que você quer dizer e concordo com tudo.

    1. @Panino

      Sora no Oto foi usado só como gancho nesse post. O assunto é bem maior do que criticar um lançamento “estranho”.

  2. Não considero o excesso de mangás um problema, o sucesso deles é justamente serem segmentados, cada nicho de fãs acaba comprando títulos relacionados aos temas que gosta, o problema é ficarem lançando mangás com abordagens parecidas.

    Coloque um produto com uma qualidade diferenciada (não só de impressão, de roteiro, de tradução e de arte também) que ele vai ser vendido, mesmo que os fãs já tenham lido na internet antes ou tenham que esperar meses. Mas com esses detalhes parece que muitas vezes as editoras não se importam.

    OBS:. Você poderia ter citado também a falta de uma área de marketing nessas editoras, elas ainda não aprenderam que não é possível fazer TODO produto ser um sucesso só pelo boca a boca, são exceções os produtos que fazem sucesso assim e eles só conseguem fazer sucesso porque algum diferencial eles tem, mas não é todo mangá que tem esse diferencial. As editoras não sabem trabalhar seus produtos, isso é um fato e pode arruinar nosso mercado mais que qualquer outra coisa.

  3. Muito bom o post, mangá subiu muito, quem não lembra dos mangas de 2,90 da JBC. Só o fato de saírem poucos meio ramon é um avanço. O modelo bimestral me parece mais adequado a realidade brasileira, mas desde que todos saíam assim.
    Estamos em um momento de mudança do mercado editorial como um todo, o futuro é imprevisível.

  4. Então, Diogo… Tua visão ficou bem explicada, tem lógica e concordo que é uma possibilidade de rumo do mercado nacional… Mas permita-me colocar mais alguns temperos na sua mistura =)
    Vejo um “problema” na tua teoria, na parte do “Leitor que compra para conhecera história”: Se o modelo trimestral entrar em vigor, ele vai, de fato, poder consumir o dobro de títulos com igual investimento. Porém vai consumir 1/3 menos conteúdo… Pode certamente acrescentar vários leitores descontentes por isso. Temos também o problema de que os títulos poderão vender mais, porém, esse valor será diluido ao longo de 3 meses. E as editoras, que terão duas vezes mais títulos lançados, consequentemente terão as despesas de licenciamento dobradas (claro que essas proporções não são exatas, coloco apenas para discutir a stuação hipotética). Teria de ser feita uma transição bem vagaroza, a meu ver… Creio que um problema maior que a periodicidade é uma considerável falta de noção das editoras em suas escolhas. Sora No Otoshimono? Sério isso? Acho forte candidato a ter a periodicidade em breve passada para “devezenquandal” e em seguida para “never more”… Cavaleiros do Zodíaco pela TERCEIRA VEZ??? Sério, espero sinceramente que a JBC não aposte muito na série… Comic Shops em Porto Alegre ainda tem a segunda versão da Conrad completa… O mercado não vai absorver tão cedo essa nova versão (porque se não me engano nem será versão luxo)… Isso quando temos um bom número de séries populares “dando sopa” por aí tipo One Piece… Fico em um exemplo só de “escolha duvidosa” por editora e de “opção melhor” porque já me alonguei demais, mas mais exemplos não faltariam…

    1. @Wagner

      Rapaz, é bem verdade. A falta de um planejamento de marketing é uma grande falha das editoras. Algo que dá até um post próprio!
      Mas quando eu afirmei que muito mangá na banca é ruim, é quando esse “muito” significa “demais”. Se as editoras tem muito mangá, mas eles não são absorvidos pelos consumidores, significa que o mercado está saturado e a quantidade passa a ser “demais”.

      @Zé Verissimo

      Bons pontos, amiche. Quanto a ele consumir 1/3 menos conteúdo, você quer dizer que ele consumiria 2/3 de 3/3 ou 1/3 de 3/3? Não ficou claro. Creio que seja a primeira opção olhando pelo contexto, mas independente de qual seja, tenho que discordar. A quantidade de conteúdo que ele lerá mensalmente de fato diminuirá (considerando a hipótese da “renda fixa mensal” que coloquei acima), mas ele terá um produto de maior qualidade e com assuntos bem variados. Perde-se um pouco para ganhar muito. Pessoalmente acho que vale a pena. Mas como você disse, não pode ser de uma hora pra outra. Tem que ser uma mudança gradual. Nos EUA esse modelo funciona bem e se mostrou sustentável.

  5. E pelo visto, mais pessoas estão fazendo o mesmo.
    Seria um “momentum” pelo qual o mercado local está passando?

    O duro nisso tudo, que os principais protagonistas dos debates não participam.

  6. Temos um problema aqui no Brasil que a setorização da distribuição dos Mangás e a falta de regularidade nas bancas o que acaba tornando a vida do colecionador muito difícil, sempre que começo uma coleção alguns títulos simplesmente não aparecem na banca de revista, pra colecionar mesmo só recorrendo a sites especializados na internet como http://www.animepro.com.br , http://www.maniamanga.com.br ou a http://www.comix.com.br principalmente se você mora longe dos grandes centros…

  7. CARA ESSE POST FOI LEGAL VC DEU BOAS IDEAS E TAL MAIS NESSES MERCADOS(JAPONES E AMERICANO)ELES TEM A JUMP ONDE SAEM OS CAOPITULOS SEPARADOS DO TANKOBONS MAS NO BRASIL SO TEMOS OS TANKOBONS ELES LEM A HISTORIA NA REVISTA E NAO TEM A NECESSIDADE DE CONPRAR O TANKOBON COM PRESSA MAS SUA IDEA FOI LEGAL VALEU

  8. Não acho que daria certo os mangás mudarem a periodicidade, pois primeiramente quem acompanha o mangá já esta acostumado as periodicidades brasileiras, outro fato é q se fosse trimestral demoraria 3 vezes o tempo q iria demorar se fosse mensal. e outro ponto é q desanimaria (para quem não acompanha o titulo pela net) comprar, sabendo que vai demorar meses para chegar o proxímo volume.
    Diminuiria assim o numero de novos leitores, aqueles que vão começar as coleções, pois demoraria meio ano para se ter 2 volumes de um mangá. Nem todos comprar varios títulos, e o titulo que colecionam querem rápido, sem atrasos.
    Acho q isso só serviria para edições de luxo, e ainda bimestrais!

  9. Achei a ideia bem legal e posso dizer que concordo com ela. Quando anunciam um mangá que gosto ou que tenho interesse em comprar, sempre fico feliz quando é bimestral. Como minha renda caiu nesse ano, obviamente não posso comprar muitos mangás, e quanto maior o espaçamento entre uma edição e outra, melhor pra mim.
    E sinceramente não vejo problema em esperar a história, afinal o mercado parece estar bem estabelecido e os cancelamentos são bem raros… Tokyo Mew Mew é uma das minhas séries favoritas, cheguei até a começar a colecionar a edição americana, mas quando saiu aqui, obviamente comecei a acompanhar por aqui. Só vi o anime, não li o mangá todo, mas sei lidar com a ansiedade da chegada do próximo volume (falta só mais um.. Triste!). Mas não sei, será que todo mundo pensa assim? Conheço algumas pessoas que também esperam sair o volume seguinte em vez de ler pela internet, mas sei que nem todos são assim… Os consumidores são muito diversos, né?

  10. Acho que concordo com você Didcart, as editoras simplesmente estão lotando as bancas com títulos pra tentar quebrar a concorrência e não estão pensando nas consequências.

    Eu mesmo quero comprar muito mais títulos do que compro atualmente, mas não posso. Essa é a primeira vez que isso acontece comigo (pelo menos com títulos nacionais).

    Realmente talvez esse modelo proposto funcionaria melhor do que o atual.

  11. Bem, não é de hoje que as editoras (digo as duas principais JBC e PANINI) “atiram pra todos os lados”. Digo mais ainda pela PANINI que trouxe, assim como Sora no Otoshimoto, outros títulos “diferentes” como Otomental, Otomen, Bijojuku, Abara, Zone-00, entre outros (não estou criticando esses títulos), mas convenhamos, são títulos sem uma grande expressão. Isso acontece também com a JBC, só que em escala menor, parece que a JBC prefere títulos mais “sólidos” como Hikaru no Go ou até mesmo CDZ (sólido até demais ¬¬).
    Bem de qualquer forma a diversidade é importante, mas deve ser planejada, até que enfim alguém compartilhou uma idéia que com certeza não é de um só! Eu, particularmente penso nisso desde que meu bolso começou a ficar pequeno. De repente aparece um suuuper mangá, como por exemplo, AIR GEAR e DEADMAN e não temos dinheiro pra comprar porque já estamos com o bolso pra lá de vazio com outros títulos também bons e de periodiciadade mensal.
    Acho que deveríamos promover essa idéia! Não precisa ser exatamente como está no post, mas pelo menos um ou dois títulos em periodicidade trimestral ou quadrimestral, porque não?

  12. @DidCart

    Sim entendo o que quis dizer, realmente são muitos títulos, mas ainda acredito que se fossem títulos bons, com boa divulgação e com temáticas variadas teria espaço para eles. Somos um país muito grande, mas temos esses problemas que você citou mesmo e a coisa precisa ser ajustada.

    E não é que seu esquema de 3 em 3 meses aconteceu! Eu não curto, não tenho muita paciência para esperar, mas pelo bem do mercado espero que de certo!

    Ótimo post como sempre!

  13. Concordo com o que você disse, mas não vejo como o momento para colocar uma obra como Keikashi como trimestral, não no momento.
    Deve ser feita uma analíse para ver quais títulos devem ter sua periodicidade alterada, e acredito que mangás como Homunculus e Ouran, que são mangás que terminaram no Japão e estão em fase de negociação por aqui deveriam ter uma certa prioridade, pois o leitor se sente menos “preso” quando um título termina.
    Outro grande problema, como você falou é o preço, mas esses preços absurdos é por causa da distribuição que está toda em apenas uma ou duas empresas, e comem quase 40 porcento dos preços de capas.
    Não seria hora dessas editoras pensarem em uma parceria, ou qualquer outra coisa, e ver uma outra forma de distribuir? Ou criar uma companhia/empresa que fizesse esse trabalho?

  14. Cara, concordo com o quê você disse, as bancas estão lotadas de mangás, é muito mangá para você escolher, seria ótimo colocarem títulos em andamento no japão em bimestral/trimestral, mas, não podem fazer uma palhaçada que nem fizeram com Kekaishi, o título completo, 36 volumes, aqui no 13, e colocá-lo como trimestral. Isso é uma falta de respeito com os leitores.

    Outra coisa que concordo com o quê você disse, é que da sim para melhorar a qualidade do papel do mangá sem cobrar muito a mais por isso. Pego exemplo de Sandland Que saiu pela Conrad, custa 14,90, papel offset (acho que é esse o nome) e páginas coloridas. Ótima qualidade física, e não pesa no bolso.

    Juntando Qualidade melhor + Periodicidade (?) regular (bimestral/trimestral), não juntando títulos de peso para saírem juntos, dá sim, para comprarmos muitos outros títulos.

    Att. Gui

Deixe um comentário!