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Mais nomes para o elenco de Genshiken Nidaime – Mudou tudo!

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Pode parecer brincadeira, mas resolveram mudar todo o elenco de dubladores em Genshiken Nidaime. Se tinha algo que os dois animes anteriores da série acertaram, foi no roteiro e na escolha de seus buladores. Mudar tudo agora não tem como não deixar um gosto amargo na boca. Não digo a vocês que foram escolhas ruins. Não sou profundo conhecedor de dubladores japoneses, prefiro ver o resultado final para tecer algum comentário mais relevante. No entanto, fico me perguntando o porquê da mudança. Terá sido só dinheiro? Desinteresse dos antigos dubladores? É tudo muito incerto. O que é certo é que o elenco é totalmente novo.

Yukana (CC em Code Geass; Cecila em Infinite Stratos) será Kanako Ohno.
Kazuyuki Okitsu (Jojo em Jojo) será Harunobu Madarame (sério… não tinham que ter trocado esse…)
Rina Satou (Kiyoh em Gurren Lagann; Mikoto Mikasa em Toaru Kagaku no Railgun) como Saki Kasukabe (essa escolha até que foi interessante)
Naomi Oozora (desconhecida) como Sue Hoppkins
Misa Kobayashi (desconhecida) como Angela Burton

Engraçado como pegaram duas dubladores desconhecidas para fazerem as personagens americanas, não? A Angela tudo bem, tem pouca participação. Já a Sue, caramba! Bem, como eu disse, vamos esperar o resultado final sair para fazer melhores comentários… mas estou bem surpreso.

Agora, em adição ao que já sabíamos, temos o elenco completo da nova temporada. Que venha logo a estreia! Estou morrendo de ansiedade! Vale lembrar que o mangá está para sair no Brasil pela JBC! Que bela época para ser fã de Genshiken, ein?

>> 夏アニメ「げんしけん 二代目」放送局、追加キャスト公開!ゆかな、興津和幸、佐藤利奈、大空直美、小林美沙

Pode parecer brincadeira, mas resolveram mudar todo o elenco de […]

Mangá de ‘Steve Jobs’ ganha preview online

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A editora Kodansha colocou no ar um preview com as 16 primeiras páginas do novo mangá de Mari Yamazaki (“Thermae Romae”), “Steve Jobs“. O mangá estreou na última edição da revista Kiss (lar também de “Kuragehime”) e gerou um considerável rebuliço quando foi anunciado.

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A editora Kodansha colocou no ar um preview com as […]

Genshiken Omnibus – Infelizmente eu esperava mais…

Depois de muita enrolação e diversos pedidos de leitores, trago para vocês a minha impressão de Genshiken Omnibus, a nova edição de Genshiken que está saindo nos EUA pela editora Kodansha (sim, ela atua nos EUA também agora).

Depois de ver o bom trabalho que foi feito tanto com Sakura Card Captors, Sailor Moon e outras reedições que sairam recentemente eu fiquei realmente feliz por anunciarem uma de Genshiken. Isso era sinal de duas coisas: 1 – A Kodansha não abandonou Genshiken no ocidente e que a nova fase do mangá chegará ao mercado norte-americano em breve; 2 – Uma nova geração de leitores poderá ter contato com Genshiken, um mangá que começou a ser publicado há 7 anos atrás por lá.

Como fã eu fiquei muito feliz. Eu gosto da antiga edição de Genshiken, pela Del Rey, tenho ela aqui e graças a ela que eu pude conhecer mais da série, mas ela tem suas falhas. Dentre elas temos a falta de (lindas) páginas coloridas e erros de tradução que algumas vezes comprometem bastante o sentido original.

O que eu esperava, então? Que pelo menos eles refizessem a tradução do original, mas isso não ocorreu. Eles simplesmente reimprimiram a edição antiga com mais páginas por volume (3 vol. antigos a cada vol. novo).

A falta de páginas coloridas eu já esperava, dificilmente eles colocariam então nem criei expectativas. O aspecto técnico geral está muito bom. O papel tem excelente gramatura e a impressão é impecável, mas não difere muito do que já era anteriormente. Claro que eles não estão vendendo essa edição como um “ed. especial” ou “ed. de colecionador”, é só um “omnibus”, mas ainda assim, como fã, eu queria mais do que isso.

Algumas imagens comparativas entre as duas edições:

Se você já tem a edição antiga, pode permanecer com ela. Não irá ganhar nada comprando a nova edição. Porém, se você não tem, mesmo com o problema da tradução, ainda é uma ótima maneira de se conhecer Genshiken, então comprem! Claro que se puderem ir direto na fonte, melhor ainda (páginas coloridas lindíssimas os aguardam).

Então esse é meu veredito final. “Genshiken Omnibus” nada mais é do que uma reimpressão da edição antiga com mais páginas por volume. Não há revisão da tradução nem páginas coloridas. É indicado para quem nunca leu a série ou para que quer ter ela em papel e não quer/pode comprar as edições japonesas. Vale lembrar que as edições antigas estão fora de estoque então se está querendo preparar sua coleção para a chegada da nova fase, terá que comprar os Omnibus.

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Depois de muita enrolação e diversos pedidos de leitores, trago […]

Análise Comportamental no Capítulo 69 de Genshiken (aka "Yoshitake é uma intrometida?")

Nossa… há quanto tempo não falo dos capítulos atuais de Genshiken por aqui. Tava com saudades. Tivemos até uma nova personagem e nada de um postzinho a respeito. Bem, o post está aqui, mas não é sobre a nova personagem, sim sobre a Yoshitake (mais velha – se você está lendo entendeu porque eu especifiquei qual Yoshitake estamos falando sobre). A pequena e energética personagem teve um importante papel no recente capítulo 69 do mangá e rendeu uma boa discussão pelo fandom: Afinal, ela é ou não é uma intrometida?

Para um breve histórico para situar o leitor eventual na história: A irmã da Yoshitake, Risa, está com dúvidas sobre qual faculdade entrar. Como forma de ajudá-la nessa decisão, ela resolve levá-la em um tour pela universidade Shiou, onde fica o Genshiken (acontecimentos do capítulo 58). A grande questão é que na noite depois da visita, Yajima e Hato acabaram indo pra casa da Yoshitake e lá ficaram até de manhã. Ao acordarem, Risa, que sempre enfrentou problemas por parecer um garoto, pede para ver a “versão masculina” do Hato. Acaba que todos então decidem ir para a casa do Hato onde ele poderá se trocar tranquilamente… bem… não tão tranquilamente. Acontece que Hato decide tomar um banho, deixando as três meninas na sala esperando. Seguindo sua personalidade, Yoshitake resolve “explorar o ambiente”.

Aí começa a grande questão. Yajima logo se coloca contra essa intromissão na privacidade de Hato. Ela inclusive fica indignada com a atitude da amiga e diz que era algo que nunca imaginou esperar dela. Mas voltemos um pouco no tempo, mais precisamente para o capítulo 58, quando os então novatos resolveram se reunir na casa da Yajima para uma “festinha”. Naquela ocasião, a personagem não ficou nem um pouco incomodada com a intromissão de Yoshitake pra cima das suas coisas logo ao entrar. Por que agora, com outra pessoa, ela se incomodaria?

Há uma teoria que eu tenho como certa e que compartilho com outros “pensadores” do fandom: Yajima gosta do Hato. Gosta no sentido de sentir atração mesmo. Pode ser uma atração inconsciente ainda, mas que existe. Esse sentimento inconsciente é que fez ela reagir mais fortemente quando algo do Hato está em jogo do que quando algo dela própria está. Acrescente a isso o complexo de inferioridade da personagem e pronto, podemos compreender sua reação.

Mas o post não é sobre ela, e sim sobre a atitude da Yoshitake. Será que ela está sendo intrometida demais ao querer adentrar no submundo do quarto do Hato? Pessoalmente, digo-te não. Minha teoria é de que, assim como os outros membros do clube, excluindo a Yajima, a Yoshitake está encarando o Hato como uma das garotas. Se é assim que ele quer ser tratado, é assim que ela vai tratá-lo. Seguindo sua personalidade, ela gosta de ser bem próxima das pessoas. Próximas no sentido físico e no sentido de um relacionamento também. Ficar fuçando pra achar dojinshis é o que ela faria na casa de qualquer uma de suas amigas, por que não fazer na do Hato? Só porque ele é um menino? Mas ele não quer ser visto como tal.

Para mim, a Yoshitake não faz o que faz por mal, pelo contrário, ela trata o Hato tão como igual que não vê problema em chegar nesse nível de intimidade. Se isso é certo ou errado, só o tempo irá dizer. Agora, não achem que ela faz tudo isso inocentemente. É só ver seu discurso e suas feições pra saber que de inocente essa menina não tem nada. Fico curioso para os rumos que a personagem vai tomar. Espero que seja explorada cada vez mais pelo autor. Será que a Yoshitake será a Kasukabe dessa geração? Será ela a personagem entrópica que fará os outros membros se desenvolverem? Só Kio Shimoku sabe…

Nossa… há quanto tempo não falo dos capítulos atuais de […]

Questões a serem abordadas sobre o re-lançamento de Genshiken nos EUA

Como foi noticiado no ANN (em inglês) e no Chuva de Nanquim (em português), Genshiken retornará ao mercado norte-americano através de uma republicação em formato omnibus (dentre outras novidades que podem ser conferidas nos respectivos links). Para quem não sabe, esse é o nome dado quando em média três volumes são compilados e uma única edição. Genshiken tendo 9 edições no total, seriam somente 3 nessa republicação. Seguindo a lógica de publicação americana (de três em três meses), teríamos o Volume 1 em maio, o Volume 2 em julho e o Volume 3 em outubro de 2012. Uma excelente notícia, não há dúvida.

Genshiken é um excelente mangá e essa nova publicação com certeza vai atrair a atenção de novos leitores que não conseguiam encontrar certos volumes da publicação anterior pois estavam esgotados. Porém, como fã, tenho alguns pontos a colocar para reflexão:

1 – Preço

Bem, um volume tankobon nos EUA tem preço de capa médio de U$10.99. Se a Kodansha seguir o padrão da republicação de Love Hina (que será lançada amanhã e que eu já encomendei pra mim), o preço final da nova edição omnibus será de U$19.99, o que, em teoria, representaria menos de U$7.00 por volume. Uma bela economia. Porém, aí entra o segundo ponto…

2 – Qualidade

Eu estou importando a edição omnibus de Love Hina por dois motivos: O primeiro é para ter esse mangá em minha coleção, já que não comprei as edições publicadas pela JBC e que tive a engraçada surpresa de ver como “valorizaram” daquele tempo pra cá; O segundo motivo é para ter uma ideia de como ficará Genshiken e se valerá a pena re-comprar o mangá. Porém, minhas previsões não são muito boas. Todas as edições compiladas que vi até hoje (principalmente a Viz 3-in-1, formato em que One Piece está sendo republicado nos EUA) não me agradaram nem um pouco. O tamanho é desconfortável. Ler um volume de quase 600 páginas sem apoio deve ser um trabalho hercúleo de resistência muscular. Mas o maior problema é, sem dúvida, a qualidade do papel. Sempre falo que a qualidade do papel das edições americanas é muito superior à brasileira e que isso é um ENORME diferencial… não no caso dessas edições compiladas. O papel é de gramatura muito leve e eu colocaria no nível do papel da JBC ou até pior! Isso também acaba prejudicando a qualidade de impressão final. Ou seja, um fracasso.

Atualização: O leitor “Trunqs” postou nos comentários a informação que as edições Omnibus não tem uma redução drástica na qualidade do papel. Sendo assim, minha expectativa nesse ponto, para a republicação de Genshiken, aumentou.

3 – Padronização e o “Volume 10”

Genshiken foi publicado no tempo em que a Del Rey ainda era a responsável pelas publicações da Kodansha nos EUA. Sendo assim, ela acabou criando uma identidade estética própria, bem diferente das edições japonesas. O meu medo, no entanto, não é para com quem vai comprar pela primeira vez, mas sim porque a tendência é que eles lancem o Volume 10, lançado esse ano no Japão, durante ou após essa republicação. Se forem criar uma lombada nova, seguindo mais o padrão japonês (como é a edição francesa), é capaz do volume 10 vir nessa nova padronização, destoando do resto da coleção.

4 – Vale ou não vale comprar?

Sendo bem sincero, se você nunca leu Genshiken e quer ter acesso a ele por vias oficiais, eu recomendo. Recomendo pois vai ser uma maneira barata é, relativamente, rápida de se ler o material. Porém, encare como uma versão econômica. Não pense que terá a mesma qualidade de um volume de BAKUMAN importado, por exemplo. E esse relançamento é importante, não só para esses possíveis novos fãs mas para os antigos. Não para recomprarem a série, mas por esperarem o novo volume que, com certeza, virá.

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Querem saber o que realmente me surpreendeu na pesquisa para esse post? A Kodansha ofereceu para um grande número de blogs, edições de ‘Love Hina Omnibus Vol. 1’ para análise. Isso acabou gerando uma boa publicidade para a republicação que com certeza se reverterá em vendas. Quem me dera as editoras brasileiras resolvessem fazer algo parecido por aqui…

Se quiserem comprar a edição Omnibus de Love Hina com FRETE GRÁTIS, é só clicarem direto na imagem abaixo (não se preocupem com a mudança de capa no link):

Como foi noticiado no ANN (em inglês) e no Chuva […]

Anikencast #008 – Genshiken (Parte 1)!

Olá, queridos ouvintes! Cá estamos com O RETORNO do Anikencast!

Nesse programa de volta DidCart e Starro se unem a Graveheart e Nat para falar sobre o assunto mais pedido pelos ouvintes do Anikencast: GENSHIKEN! Esse mangá que é tão querido por nós começa a ser tratado nessa primeira parte (de não sabemos quantas ainda) com todo o carinho e atenção! Conheça os personagens e saibam por quê o mangá da SOCIEDADE PARA ESTUDO DA CULTURA VISUAL MODERNA merece ser lido!

Não deixem de comentar mandando e-mails para [email protected], dando reply no meu twitter ou comentando aqui no post!

Abertura da primeira temporada de Genshiken:

httpv://www.youtube.com/watch?v=blz27m1SXQg

Encerramento da primeira temporada de Genshiken (a posição dos personagens mudava a cada episódio):

httpv://www.youtube.com/watch?v=NfHVKOZIPb0

Escutem o podcast:

Duração: 99min

 

Olá, queridos ouvintes! Cá estamos com O RETORNO do Anikencast! […]

“Spotted Flower”: Um otaku recém casado com uma esposa ‘normal’… mas não é só isso…

No final de 2010, no 4º volume de uma antologia chamada Rakuen (Le Paradis), que só sai três vezes por ano, estreou uma série com singelas 6 páginas por capítulo. Com nome de Spotted Flower, nós somos apresentados a dois jovens recém-casados. O marido é um otaku, a esposa uma “civil” (não-otaku) e está gravida. A série se propõe então a acompanhar a vida do casal frente às novidades da vida a dois.

Para muitos passou desapercebido dentro da antologia. Afinal, tem tão poucas páginas e é um josei no meio de um monte de história yuri. Porém, um fato curioso chamou a minha atenção e a de muitos fãs de Genshiken ao redor do globo: Kio Shimoku é o autor.

O que estaria o autor de Genshiken fazendo em uma antologia diferente da tradicional Afternoon e, ainda mais, nume editora diferente da Kodansha?

Capas dos números 04, 05 e 06 da revista Rakuen (Le Paradis) , onde Spotted Flower é publicado.

Bem, há muito subjetividade em Spotted Flower do que poderia se pensar.
Eu li Spotted Flower pela primeira vez pouco depois de Genshiken Nidaime ter estreado. Achei curioso um mangá feito pelo mesmo autor em outra revista de outra editora. Porém, li rapidamente e só achei curioso a temática ser novamente envolvendo otakus.

Tempo passou e novamente acabei me deparando com a série, agora com três capítulos publicados. Só que dessa vez, esse encontro veio acompanhado de uma observação bem curiosa: Spotted em japonês seria Madara (斑), assim como em Madarame Harunobu. Florescer seria traduzido como Saki (咲), assim como em Kasukabe Saki. Ao ler isso, eu já comecei a surtar.
Como não percebi isso antes? Spotted Flower foi criado por Kio Shimoku como um futuro alternativo onde a Saki deixa o Kousaka e se casa com o Madarame. Quem já leu Genshiken sabe que a única paixão de carne e osso do Madarame é a Saki. Kio Shimoku resolveu lançar então um “easter egg” para os fãs de seu principal mangá. Um belo fanservice.

 

Ok, os personagens não são exatamente os mesmos de Genshiken, mas se fossem, o “extra” perderia metade da graça. Existem, no entanto, inúmeras referências a acontecimentos em Genshiken que nos permite fazer essa associação.

Seja o fato da esposa mencionar que já teve um romance com outro otaku antes do noivo e o fato desse outro otaku ser um amigo em comum com o noivo (Kousaka… cof… cof…); seja ela mencionando que o noivo tinha uns DVDs de sadomasoquismo escondidos (teve uma cena em que Madarame esconde as fotos da Saki colocando esses DVDs sobre elas numa gaveta); seja ela falando que já se vestiu como uma personagem de anime (a personagem a que ela se refere é a mesma que Saki fez cosplay em Genshiken); seja por qualquer outras das tantas referências… fica claro que Kio Shimoku não fez aquilo sem querer.

Isso só mostra quão genial esse autor é. Spotted Flower é um mangá interessante para qualquer leitor e mais interessante ainda para fãs de Genshiken.

 

No final de 2010, no 4º volume de uma antologia […]

A Onda de Mudança de Gerações no Âmbito da “Diversão” em Genshiken II Volume 1/ Genshiken Volume 10 (Parte 2)

Esta é uma tradução de um post do blog Tamagomagogohan para mais informações, leia no início da Parte 1.

Links para as outras partes:

Parte 1

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As Impressões de uma Lacuna na Nova Geração de Genshiken

Acredito que este quadrinho de Nidaime torna esse contraste fácil de entender.

… Nossa… eles são… tão jovens!

Os três novatos do clube estão juntos aos antigos membros no apartamento da Ogiue (o lugar onde a Ogiue desenha seu mangá). Madarame e Sasahara estão obviamente entre os “garotos mais velhos”.

Se você observar a proporção de homens para mulheres, verá que o número de mulhores é maior que o de homens (apesar de uma certa excessão), e ainda que nenhuma delas está particulamente preocupada em evitar os outros. Se não me dissessem que isso era um grupo de otakus eu nunca teria adivinhado.

Claro que vocês podem dizer que é porque isso é só um mangá, mas mesmo assim, todos alí parecem estar se divertindo.

Entre eles, existe um personagem destacado, sentada no sofa com um olhar meio amargo no rosto: Yajima.

Entre os calouros, existe um garoto que se veste de mulher… ou devo dizer, um “otoko no ko.”[5]

O que a Yajima tem a dizer sobre tudo isso é inacreditavelmente fofo.

“Eu sou… bem avessa [muito resistente] a isso.”

Os sentimentos da Yajima para com a questão são, de certo modo, a ponte entre os diversos conceitos do que significa “divertir-se” em Genshiken. Ela está presa no meio da ponte e isso a deixa frustrada.

Se vocês olharem para a geração anterior, teve o episódio em que Madarame se opõe à “moda”, embora não fizesse o menor sentido. Mesmo ele mudando de idéia depois, o modo como Madarame e Yajima se distanciam é parecido.

O próprio termo “ota” é pouco usado em Genshiken.

Nesse volume, a única pessoa que fala esse termo além da Yajima é a Ogiue, e no sentido negativo de “ota”. A fala da Yajima no quadro acima, “Já que somos otakus, isso não importa”, praticamente resume tudo.

Por outro lado, você tem outra novata, Yoshitake (a garota de óculos no meio do sofá), que opostamente a Yajima exclamou, “meninas otakus e fujoshis são diferentes!” usando o termo positivamente.

Yoshitake determinou seu próprio status. Ela se considera uma “fujoshi” e não esconde isso. Apesar da própria Ohno ter percebido que era melhor se assumir do que esconder, com Yoshitake não tivemos nem essa evolução.

Bem, como vocês devem suspeitar, nem Yajima nem Ogiue se importam com moda. Eles estão bem usando um mero jeans. Mas de novo, se eu comparar a Ogiue de hoje com o que ela era quando usava os casacões, seu senso de moda se tornou bem mais apurado. Aquela gravatinha fica bem bonitinha nela. Já os jeans, eu não consigo entender.

O “otoko no ko”, Hato, é surpreendentemente estiloso. Yoshitake, que também parece ter um guarda-roupa bem variado, se mostra uma garota com gostos artísticos e literários bem variados. Mesmo Yabusaki, do clube de mangá, usa um pouco de maquiagem.

Yajima percebe essa diferença para com eles e isso a incomoda.

Ela originalmente se juntou ao clube porque pensou, “Eu gostaria de fazer algo divertido”, e seguiu com esse pensamento. Ela tem um complexo de inferioridade, mas isso também tem a ver com seu hobby otaku. Ela nunca foi apresentada a uma situação traumática, muito menos ela carrega algum fardo.

Diferente da Ogiue e da Ohno, ela não enfrentou um processo de iniciação intenso.

Mesmo assim, ela encara fortemente seus sentimentos de que existe uma forte e ireeconciliável diferença no que ela acredita ser um “otaku” e o que ela vê.

Ela pensa até que ponto uma pessoa chega pelo bem do “divertir-se” e seu coração fica perplexo com isso.

Basicamente, ela questiona a existência de Hato como um “otoko no ko”.

(continua em breve na Parte 3)

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Notas de Tradução:

[5] “Otoko no ko” (男の娘) é um trocadilho com a palavra para garoto “otoko no ko” (男の子), subsitui-se o kanji de “criança” pelo de “garota”. Poderia se traduzir para “trap” (“armadilha”, em inglês), um termo bem conhecido na internet que significa uma garota muito bonita, mas que na verdade é um cara. Eu preferi deixar o termo em japonês em virtude do trocadilho no kanji.

Esta é uma tradução de um post do blog Tamagomagogohan […]

Angela X Mada X Saki – Genshiken Cap. 65 (e um pouco do 64)

Nossa… já fazem dois meses desde a última vez que postei uma análise de um caítulo de Genshiken. E acreditem, não foi por minha culpa. Quer dizer, por um lado foi. Afinal, é culpa minha eu não saber japonês o suficiente para conseguir ler no original (e a falta de furigana em Genshiken torna tudo mais difícil). Mas a questão é que o tradutor tirou férias e com isso eu e outros fãs analfabetos no idioma japonês ficamos a ver navios. Recentemente ele retornou, mas ao mesmo tempo um outro grupo assumiu a tradução para o inglês e lançou os dois capítulos que faltavam, o 64 e o 65. E sendo assim, vamos a mais um encontro “O CAPÍTULO DE GENSHIKEN DESSE MÊS FOI INTERESSANTE” (eu tava precisando falar isso, rs)!

Quando comentei sobre o capítulo 63, lembro de ter ficado extremamente ansioso pelo capítulo 64. Seria finalmente o encontro da Ogiue “moderna” com uma antiga “inimiga” do seu passado “perturbado”. Pois esse encontro não aconteceu. Mas apesar deu ter ficado de certa forma frustrado, o duelo entre passadoXpresente se deu de uma forma bem interessante nesse capítulo. Porém, não vou me ater muito a ele no momento. Quero fazer um post específico envolvendo os acontecimentos do capítulo 64. Vamos direto para o final…

“Madarame tem… dedos muito bonitos, sabe?”

Com essa frase Kio Shimoku encerra o capítulo 64 deixando muitos fãs atentos para o que viria acontecer no capítulo seguinte. Eis então que leio o capítulo 65 e dessa vez não há frustração. Há pela primeira vez um real “conflito” Angela X Madarame.

É o 3º dia do Comic Festival, o dia dos doujinshis para homens, e a turma está toda junta (tirando Sasahara e Ogiue, que ainda está doente). Angela decide então dar em cima de Madarame, que graças à barreira do idioma fica meio perdido em tudo que está acontecendo. Hato percebe que seu senpai precisa de ajuda e abandona seu dever como cosplayer para ajudá-lo (deixando a Ohno bem triste no processo). No decorrer do capítulo, nós vemos dois núcleos. Uma conversa entre Hato e Madarame e outra entre Angela e Ohno. O assunto, obviamente é a inesperada (?) atitude de Angela.

Após comprarem todos os doujinshis que precisavam, Hato e Madarame sentam um pouco para relaxar. Hato então decide perguntar a Madarame o que ele acha a respeito da investida da Angela e ele tem uma reação um tanto interessante.

Madarame, através da sua nerdice extrema e da sua ilusão com a Kasukabe, nega que possa haver um interesse real por parte da Angela. Além disso, ele insiste em dizer que não tem interesse em garotas 3D, só 2D, mas Hato sabe a verdade sobre Kasukabe (ler capítulo 61).

Temos aí dois pontos. O primeiro é Madarame não conseguir entender como uma estrangeira, loira, extremamente gostosa, veria num cara como ele. Nesse ponto, meio que consigo criar uma certa ligação com o personagem se me lembrar de meus tempos na escola. Há pouco tempo fui a uma festa que reuniu muitos amigos dos meus tempos de 5ª-6ª série (hoje em dia 6º-7º ano, se não me engano). Nessa festa soube que uma menina era bastante interessada em mim nessa época. Haviam me falado a respeito, mas eu nunca dei bola pois não acreditei ser possível. Achei que era uma pegadinha de alguém. Acabou que não era, mas eu tinha 13-14 anos.

Mas o segundo ponto é bem mais relevante. Quem lê Genshiken sabe que Madarame nutre um romance pela Saki Kasukabe. Apesar deu achar a relação entre eles bem interessante, a coisa atingiu um patamar unicamente platônico. Não há mais espaço para eles como casal. Porém, Madarame não consegue ver isso e ainda anda com a Saki na cabeça quando se trata de assuntos do coração. E apesar de eu também conseguir me ligar a esse sentimento, acho que é hora dele pular esse obstáculo, principalmente com a Angela na linha de chegada.

Na outra extremidade temos a própria Angela. É real a indagação de porque ela é interessada no Madarame.

Bem, a própria explica que gosta de Madarame há algum tempo, desde que ele a ajudou a ler uma revista sobre animes na sala do Genshiken (cena que só foi mostrada no anime e nesse capítulo através de um “flashback”). Não há como saber ao certo o que a atraiu em Madarame, mas é certo que não parece ser um romance como o da Ogiue com o Sasahara, algo que foi crescendo e evoluindo.

Eu arrisco dizer que a Angela não quer uma certa profundidade ao buscar esse relacionamento com Madarame. Ela simplesmente parece ter uma queda por caras como ele, de certa forma desiludido e sem esperança em sua nerdice.

Na fala em que ela diz “Mas Saki se formou e Madarame ficou com o coração partido, certo? Você sabe o que eu penso? Madarame merece ser mais feliz” (imagem acima), ela deixa claro saber da paixão platônica dele e parece agir com um sentimento protetor para cima dele. Pode-se dizer que para a Angela, o Madarame é moe, na mais pura definição da palavra. E acreditem, não é a primeira vez que escuto isso.

O grande desfecho disso tudo é que eu estou do lado da Angela. Apesar de gostar da Saki e da relação MadaXSaki, sei que o melhor para ele seria ficar com a Angela. Pelo menos por enquanto. Espero que isso aconteça e que seja bem escrito.

Haverão pessoas que mais uma vez irão questionar o realismo da série dizendo ser mais uma obra em que “nerds babacões conquistam as garotas gostosas”. Mas se você tirar o olhar superficial da coisa e partir para uma análise mais profunda, há muita coisa a se tirar daí. Resta saber como Kio Shimoku vai trabalhar esse assunto que, de certa forma é delicado ao público otaku.

O final do capítulo, com Madarame encontrando Kousaka, com certeza vai ser um gancho para toda a memória da Saki dar voltas na cabeça dele e mais uma vez temos uma promessa de um capítulo interessante. Estarei no aguardo.

Nossa… já fazem dois meses desde a última vez que […]

A Onda de Mudança de Gerações no Âmbito da "Diversão" em Genshiken II Volume 1/ Genshiken Volume 10 (Parte 1)

INTRODUÇÃO:

Não há dúvida para quem visita o blog de que meu mangá favorito é Genshiken. É uma obra para a qual eu realmente gosto de gastar tempo e me dedicar a sua análise. Não só para entretenimento, mas para observar todo o fenômeno ao qual ela se refere, no caso, os otakus. Por todos esses anos pesquisando e analisando Genshiken eu aprendi muita coisa. Pouco já foi publicado aqui no Anikenkai.

Numa dessas pesquisas, me deparei com um texto do blog japonês Tamagomagogohan traduzido para inglês pelo meu colega blogueiro do Ogiue Maniax. Era um post onde o autor mostrava o que sentia para com essa segunda fase de Genshiken. Como eu achei o texto interessante e pertinente (principalmente agora que recebi minha cópia do Volume 10), pedi autorização para ambos e posto aqui o texto traduzido para meus leitores.

Para ler o texto, é bom conhecer Genshiken, mas mesmo que não conheça ou só tenha ouvido falar, é uma leitura válida sobre como um mangá pode continuar mesmo tento uma mudança relativamente drástica em seus protagonistas.

TRADUÇÃO:

Por se tratar de uma tradução do japonês, existem muitos termos que perderiam muito do sentido em uma tradução. Estes foram mantidos e uma nota foi adicionada a respeito deles ao final do post. Assim como certas citações.

As imagens usadas aqui foram usadas no post original, obviamente aqui traduzidas para o português para entendimento da maioria dos leitores.

Espero que gostem.

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Genshiken II [Nidaime] Volume 1 ou Genshiken Volume 10 saiu!

 

Bem… é…

Genshiken Volume 1 saiu em 2002.

Realmente já faz quase 10 anos…?

 

Quando Genshiken foi lançado, era comum compará-lo com Kyuukyoku Choujin R.[1].

Como obras individuais eles são completamente diferentes, e não há porque compará-los diretamente (brevemente, em R temos o Cluble de Fotografia, estudantes do Ensino Médio, e nenhum interesse otaku entre seus membros, enquanto que em Genshiken temos a Sociedade para o Estudo da Cultura Visual Moderna, estudantes universitários, e é baseada em um grupo de otakus). Porém, quando você olha para as diferentes faixas-etárias entre os membros e como há uma certa lacuna entre as gerações das obras na maneira como eles “trabalham” seus hobbies, a comparação acima fica mais fácil de entender do que poderia-se esperar. É sobre ver como eles gastam seu tempo livre se divertindo.

Isso foi tão discutido que eu já perdi a conta. Fez parte da história dos anos 2000.

No entanto, para os leitores mais novos, o mundo de R foi um certo tipo de fardo, e a razão é a presença opressora dos veteranos.

Eu amo Tosaka-senpai e o resto deles, mas se você me disser, “Eles são um incômodo”, eu não poderia negar.

Não só isso, mas por comparação, Madarame-senpai em Genshiken, é bem mais suave, seguindo uma filosofia de viver pacificamente a todo custo. Quando você olha para isso, é algo meio fofo, mas você também pode ver que a relação senpai-kouhai [veterano-calouro] é bem mais tênue.

Esse é a primeira lacuna entre as gerações.

E agora, esta é a segunda.

O número de pessoas que leram Genshiken e se tornaram otakus por causa dele aumentou.

Eu aposto que pessoas que acabaram de ler isso pensaram, “Pera aí, o que?”

Eles diriam, “’Se tornar’ um ‘otaku’? Isso não é algo que se decide da noite pro dia, não é mesmo?”

Está certo, mas durante os anos 2000, o sentido da palavra “otaku” se tornou incerto. Não mais significava que você era um “fora-da-lei”, e não mais tinha uma conotação negativa na cabeça das pessoas. Dito isso, tudo também depende de com quem você está falando.

A cartada final veio no dojinshi [fanzine] que Shinofusa Rokurou desenhou para a edição especial do Volume 9 (o volume final) de Genshiken. [2]

É basicamente isso. Eu acredito que há pessoas hoje que nunca leram ou viram Genshiken (já que está esgotado), mas vocês não vão se arrepender de lerem. O mesmo vale para Mozuya-san Gyakujousuru.[3]

Yasuhiko Yoshikazu[4] disse uma vez, “Para um cara como eu, que odeia otakus, Genshiken é um mangá cheio de amor aos otakus que foi feito para exterminar os otakus.” Sentimentos bem conflitantes esses, não é? Mas eu o entendo.

Hoje em dia existem cada vez mais pessoas que não são “bonitas apesar de serem otakus”, mas sim “bonitas enquanto são otakus.” Isso não tem a ver com aparência física, muito menos só resultado final do ressentimento; na verdade, o que mudou é que ser otaku agora significa que você está curtindo um “hobby divertido”. Genshiken é uma obra que foi desenhada estando relativamente consciente disso.

Não é minha intenção formular uma teoria de como as gerações são diferentes depois disso. Não importa o que eu diga, o importante é perguntar para si mesmo, “O que eu pessoalmente acho?” No entanto, eu acredito que o número de pessoas que podem sair e admitir “Eu sou otaku” aumentou.

Para alguém como eu que viveu na época de enclausuramento otaku e pensava, “eu não posso falar que sou um otaku”, isso é uma sensação bem estranha.

Mesmo assim, eu diria que o que temos agora é o situação mais saudável.

Esse contexto pode ser observado na maneira como Genshiken foi feito. A geração do Madarame consiste de otakus que são relativamente reclusos que tentam ocultar seus hobbies e não aspiram se mostrar aos outros quanto a isso.

Ohno ao mesmo tempo também esconde seu hobby, mas é o tipo de pessoa que quer poder compartilhar esse hobby com os outros.

Kousaka e Sue simplesmente e livremente mostram ao mundo quão otaku eles são e como eles curtem ser, enquanto Sasahara é o tipo de pessoa que “viu a luz” só após entrar na faculdade.

Eu costumava enxergar a existência do Kousaka como uma fantasia, mas eu percebi que pessoas como ele realmente existiam.

 

O Volume 9 saiu em 2006. Se passaram quase cinco anos.

Agora nós temos o Volume 10.

E nele os personagens são bem diferentes do que costumavam ser.

Se os tempos mudaram, os personagens em Genshiken também mudaram, em termos de onde eles vem e como seus pontos de vista são.

Daqui em diante vou escrever a respeito das respectiva perspectiva da nova personagem Yajima assim como a de Madarame.

 

(continua em breve na Parte 2)

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Notas de Tradução:

[1] Kyuukyoku Choujin R é um mangá de Yuuki Masami, publicado na Shounen Sunday de 1985-1987. O personagem principal era um robo adolescente chamado R. Tanaka Ichirou.

[2] Assim como o Volume 6, saiu uma edição especial do Volume 9 de Genshiken que veio com um doujinshi de bonus, diferente do Volume 6, ele não foi acoplado à edição americana do mangá.

[3] Mozuya-san Gyakujousuru é um mangá de Shinofusa Rokurou. Publicado na Monthly Afternoon (a mesma revista de Genshiken) desde 2008, é sobre uma garota com um transtorno bipolar cujo nome refere ao seu descobridor, Dr. Josef Tsundere.

[4] Designer de personagens para Mobile Suit Gundam e muitos outros animes. Atualmente desenha Gundam: The Origin.

INTRODUÇÃO: Não há dúvida para quem visita o blog de […]