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2º Anikenkai Movie Week – Uma semana recheada de longa-metragens!

Nossa… quanto tempo desde o último Anikenkai Movie Week! A 1ª edição aconteceu em dezembro do ano passado. Quase meio ano depois estamos aqui com a 2ª edição trazendo mais críticas cinematográficas para vocês! A diferença dessa vez será quanto à quantidade de filmes. Ao invés de sete filmes, teremos cinco, que serão postados diariamente de 04/06 a 08/06. Porém, em contrapartida, teremos uma outra mudança bem interessante. Apesar da maioria dos filmes serem japoneses, teremos um chinês e um ocidental. Querem saber quais são? Vão ter que esperar o evento começar. Confiram abaixo o calendário para saber quando sai cada filme e visitem diariamente para saber qual foi o filme indicado e criticado!

Espero que todos vocês gostem desse Anikenkai Movie Week e que assistam mais filmes, tanto live-action quanto de animação!

Calendário:

04/06 – live-action chinês
05/06live-action japonês
06/06 – animação japonês
07/06live-action ocidental
08/06 – animação japonês

Qualquer alteração no calendário será informada aqui nesse post.

Nossa… quanto tempo desde o último Anikenkai Movie Week! A […]

A trajetória de um fã de animes e mangás…

Há algum tempo eu me deparei com a seguinte pergunta feita ao @cnetoin pelo formspring:

Qual foi a sua trajetória no mundo animístico da internet? Por quais círculos você passou até chegar onde está hoje (sites, redes sociais, fóruns, blogues…)?

A resposta dele até que foi bem simples, mas a pergunta ficou ecoando na minha cabeça e eu fiquei pensando sobre minha própria trajetória no mundo animístico. Como tudo começou até onde eu estou agora. O resultado dessa recapitulação eu coloco nesse post.

De fato será um post bem pessoal, mas, como os outros do tipo, serve para incitar a discussão sobre o tema. Desse modo, ao final da leitura, se puderem, compartilhem um pouco das suas trajetórias no mundo animístico!

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Minha primeira memória consciente como fã de cultura pop remete aos meus 6-7 anos quando assisti Star Wars pela primeira vez. Minha mãe alugou o VHS e enquanto ela recebia umas amigas na sala eu fiquei vendo no quarto com a filha de uma das amigas. Foi tiro e queda. Me apaixonei. No dia seguinte, pedi para minha mãe alugar os outros dois filmes da série (só tinham os três originais naquela época) e assisti um atrás do outro. Nascia um nerd.

O próximo passo foi comprar meus primeiros gibis. Lembro até hoje o primeiro que fui comprar na banca sozinho, sem meu pai. Homem Aranha #196 da Editora Abril, primeira parte da Temporada de Caça. Desde então, estava iniciada a vertente quadrinhística da minha vida nerd.

A próxima vertente a ser despertada foi a do RPG. Foi quando tinha 9-10 anos em uma aula especial no colégio onde líamos e discutíamos histórias. Em uma das aulas, a professora contou a história de um grupo de meninos que jogava RPG. Eu e um grupo de amigos nos interessamos e ela emprestou pra gente material que o filho dela tinha de AD&D. Fico triste por hoje em dia não jogar mais tanto quanto gostaria, sempre me diverti jogando RPG.

Claro que além de todas essas vertentes que estavam sendo despertadas aos poucos, os games sempre se fizeram presentes. Dias e dias jogando, reuniões com os amigos nos finais de semana para uns multi-player… era tudo uma grande curtição.

Mas e os animes e mangás? Onde que eles entram?

Meu primeiro contato com animes foi com Cavaleiros do Zodíaco, como grande parte das pessoas na minha faixa etária. Depois tivemos YuYu Hakusho, Shurato e por aí vai… porém, não fui cria só da TV Manchete. Na época em que comecei a me interessar pelos desenhos japoneses, um amigo meu tinha um pai que morava em SP e trazia algumas fitas pra ele da Liberdade com os mais variados desenhos. Ele era aquele tipo de menino mimado cujos pais faziam tudo para agradá-lo. Apesar de não verem sentido em trazer um monte de fita em japonês pro filho ver, eles o faziam porque o moleque pedia.

Como eu falava bastante com ele, foram várias as vezes que assisti aos desenhos com ele. Em específico lembro da vez que vi meu primeiro anime de mecha, a série original de Gundam. Tinham pouquíssimos episódios no VHS e era tudo em japonês, mas eu estava encantado! Imaginem como foi anos depois para mim ver uma série Gundam (Wing) estreando no Cartoon Network… Desde aquela época meu interesse nos animes foi só crescendo e eu queria cada vez saber mais sobre esse universo.

Com mangás a coisa não foi tão hardcore desde o princípio. O primeiro que li foi Ranma 1/2 que na época era publicado pela editora Animangá. Nunca cheguei a completar a coleção, mas havia gostado bastante de ver o estilo que via nos desenhos agora em quadrinhos, uma mídia que sempre adorei.

Só fui realmente entrar no mundo dos mangás quando a Conrad trouxe Dragon Ball para o Brasil, em 1999, se não me falha a memória. Depois veio a Editora JBC com Samurai X e a Panini com o mangá de Gundam Wing (que apesar de ser um lixo e ter tido um tratamento muito porco, era de encher meus olhos de emoção). Com o lançamento de One Piece pela mesma Conrad alguns anos depois eu já estava fisgado pelos quadrinhos japoneses. A cada ano que se passava eles tomavam mais e mais espaço no meu interesse frente aos quadrinhos de super-herói.

O tempo passou e a internet se tornou uma realidade. Lembro até hoje como era legal desbravar com um amigo meu as redes P2P e descobrir animes em AVI que, para a época, representavam uma qualidade ESTUPIDAMENTE BOA! Nosso parâmetro eram os RMVBs toscos então algo em AVI era praticamente ir ao cinema. A primeira série que assisti em AVI foi Chobits, seguido de Noir

Nesses primórdios da internet, eu sempre me interessei em entrar em contato com outros fãs e participei de diversos sites como um de distribuição de animes, o Animes Forever (se não me engano esse era o nome), e outro específico sobre Pokémon, o Suicune’s Temple. Em ambos eu tive a oportunidade de conhecer e conversar com muita gente. Tempos mais simples aqueles.

Em 2003 eu conheci o fórum Multiverso Bate-Boc@ através de um amigo e apesar da má fama que ele tinha, dava pra ver que muitas pessoas ali sabiam bastante do que estavam falando. Tempo passou e estou lá até hoje.

Ao entrar no MBB, acabei levando meu hobby mais a sério, graças às discussões sobre os mais variados assuntos. Foi lá pra 2005 mais ou menos que os animes e mangás começaram a praticamente dominar minha vida nérdica. Eu queria explorar cada vez mais séries, tanto em anime quanto em mangá e saber mais sobre esse universo. Eu já estudava bastante sobre cultura japonesa geral (para uma criança), mas queria saber mais sobre essa cultura pop moderna de lá.

Desde então meu interesse nunca parou de crescer, só aumentou e aumentou. O resultado de tudo isso vocês estão lendo agora, o Anikenkai.

O Anikenkai é o meu projeto de maior satisfação até hoje. Eu sempre tive a ideia de ter um site/blog onde eu pudesse livremente falar sobre meus gostos e compartilhar ideias, opiniões e experiências com outros fãs de animes e mangás e, com isso, aprender cada vez mais. E eu consegui.

Graças ao Anikenkai, criei um network de pessoas interessadas na cultura pop não só como meio de entretenimento, mas como algo a mais, uma manifestação cultural, um pedaço da cultura japonesa, um foco de interesse.

Acho que posso parar minhas lembranças por aqui, chegamos no presente. Com certeza eu deixei muita coisa passar, mas isso aqui é um post, não uma auto-biografia. Espero que vocês tenham gostado de saber um pouco mais sobre minha trajetória até onde estou hoje.

E vocês? Como vocês chegaram até aqui? Como viraram fãs de animes e mangás?

Há algum tempo eu me deparei com a seguinte pergunta […]

Upotte!! – Primeiras Impressões

Ao ver esse post, muito provavelmente, a primeira coisa que você notou foi que ele só tem uma imagem. Foi de propósito. Me recuso a gastar tempo capturando imagens desse anime que não vale nem assistir no banheiro (sim, porque tem gente que assiste anime no banheiro, descobri recentemente…).

Upotte!! narra o dia a dia de uma escola só para meninas que, curiosamente, são armas antropomorfizadas. Isso mesmo, armas em forma de garotas bonitinhas. Até aí eu confesso que tinha achado a proposta tão nonsense que merecia uma chance. Mas foi só começar a assistir que a realidade bateu a porta e esse não passa de mais um daqueles animes ecchi cretinos.

Não me levem a mal, não sou um ecchi-hater. Moe, fanservice, ecchi, tudo isso tem seu lugar no mundo dos animes e existe desde muito antes de muitos de nós pensarmos em começar a ver animes. Para saber mais sobre minhas opiniões a cerca de ecchi e moe, confiram esse e esse posts pois não quero me estender muito mais nesse “primeiras impressões”.

Só para fechar de maneira racional e não acharem que estou falando besteira sem ter visto nada do episódio em si, tenho que confessar que assisti apenas metade dele e, pra mim, foi o suficiente. Uma animação fraca, com um character design fraco, uma ambientação fraca e, pra piorar tudo, nada das garotas se transformarem em armas (no melhor estilo ciborgue de ser). Ou seja… não tem nada de bom nesse anime. É um Hetalia MIL VEZES PIORADO, interprete isso como quiser.

Sendo bem sincero, não percam seu tempo com esse anime.

Ao ver esse post, muito provavelmente, a primeira coisa que […]

Another – Impressões Finais (sem spoilers)

Há cerca de três meses comecei a assistir Another com um hype consideravelmente alto. Achei o plot da série um dos mais interessantes da fraca temporada de Inverno. O primeiro episódio da série veio para reiterar que teríamos um anime, no mínimo, bem feito e de certa forma, interessante. Fez jus ao hype. Agora, a questão é que lembro bem como terminei aquele texto: “Se Another vai ser uma série incrível do começo ao fim, só o tempo dirá, mas é a com mais potencial para tal. Teremos uma história interessante e instigante que irá trabalhar com o psicológico do espectador e fazê-lo pensar. Espero que não apele para o gore ou a soluções baratas para a história.”… E aí?

Primeiramente gostaria de dizer que não, Another não foi uma série incrível. Mediana, no máximo. Mas e isso é ruim? Não creio. Mas ainda assim, eu também me enganei quanto ao fato de termos uma história que irá trabalhar o psicológico do espectador. Como uma série de mistério ela deveria fazer isso, mas não faz. Ela falha em um ponto que primordial de seu próprio gênero. Mas e então? Por que eu ainda não acho que a série foi ruim?

O motivo é simples: me divertiu. Sim. Eu achei que foi divertido acompanhar o anime. Não me deixou pensando muito, nem me instigou, mas foi bem feito visualmente, destaque para os “ângulos de câmera” e a “cinematografia” do anime. O P.A. Works traz mais uma vez um excelente trabalho nesse quesito.

Mas aí você, estimado leitor, que está em busca de uma análise certeira para ver se irá ou não assistir ao anime… não sei se sou capaz de te dar a resposta que procura. Tentarei explicar o por quê.

Another começa bem, com uma proposta interessante e que começa a instigar o espectador. Nos primeiros episódios nós vamos conhecendo os personagens e suas personalidades. Quando o mistério, de fato, começa, você fica ansioso para ver como ele vai se desenvolver. A questão é que é nessa parte que a série começa a desandar de sua proposta original. O desenvolvimento da trama fica lento e eles parecem estar a todo momento querendo “encher linguiça”. Algo me diz que a história não era suficiente para preencher os doze episódios. A folga no tempo poderia ter dado mais profundidade ao mistério, o que não acontece. Lá para o final, a série ainda sofre com um desfecho apressado servido de personagens descaracterizados para fins de roteirismo.

É, falando assim dá a entender que a série não deveria ser assistida, não é? Mas eu discordo. Assim como a @beta_blood falou em seu review da série, o anime é um dos poucos desse gênero quase em extinção. Ele pode não ser perfeito, mas entretém e isso é algo que eu levo muito em consideração. Fazia tempo que eu não assistia um suspense/mistério e por causa disso acho que Another se mostrou mais agradável. Se você é um fã hardcore do gênero, não faz falta, mas se você está afim de curtir um misteriozinho, pegue Another. Dificilmente irá se decepcionar.

Há cerca de três meses comecei a assistir Another com […]

Conhecendo A Blogsfera 003: Fábio Sakuda (XIL)

Continuando com a nossa série de entrevistas com os membros da nossa querida blogsfera animística brasileira, trago até vocês o papo que tive com Fábio Sakuda, autor do blog XIL, além de editor e escritor. Na conversa nós falamos sobre vários assuntos, dentre eles a vida profissional, vida de blogueiro, sua experiência no Japão e muito mais! Confira logo abaixo!

Anikenkai: Olá, Fábio. Fico muito feliz de você ter aceitado fazer essa entrevista para o Anikenkai. Como é de costume, diz pra gente um pouco sobre você.

Fabio: Valeu, DiEgo! Hehe! Tamos junto. Meu nome é Fabio, tenho 30 anos, sou editor e escritor, e ultimamente meu hobby é meu trabalho mesmo. Quando tenho algum outro tempo, jogo algum game que possa ser jogado rápido, tipo Call of Duty.

Anikenkai: O nome dessa coluna é “conhecendo a blogsfera” e apesar de seu trabalho ser mais como escritor e editor, você possui um blog pessoal que já existe há bastante tempo, não é?

Fabio: Sim, eu montei o meu blog pra voltar a escrever, depois de passar um tempo distante de tudo, de toda nerdice. Mas não deu pra ficar sem escrever, desenvolver ideias. Fiz primeiramente pra isso, tanto é que só passei link para amigos e usei o mesmo nome de uma lista de discussão que eu tinha no Yahoo! Groups.

Anikenkai: Qual o motivo do seu afastamento das nerdices de cada dia?

Fabio: Hm… Não lembro tão bem, acho que só cansei. Trabalhava muito, tinha namorada, tinha as baladas, viajava muito… E tava meio decepcionado com tudo, com quadrinhos, com a minha vontade de trabalhar nessa área. Eu ainda lia mangá, bem pouco mas lia. E jogava um ou outro jogo. Mas fui fazer outras coisas. Eu tava no Japão na época. Trabalhava muito, às vezes sábado e domingo também. Junta isso com uma certa incerteza com tudo e acho que todo mundo fica com a dúvida. Duvida do que fazer. Porque eu fui pra lá pra juntar grana pra poder fazer quadrinhos. Depois, pensei em tentar os concursos de lá. E eu percebi o quanto eu não estava pronto, o quanto eu tinha que estudar e no Brasil, eu nunca nem havia imaginado que teria que estudar tanto pra isso. Meu foco nunca foi exatamente falar de hobbies, criticar mangás, etc. Sempre foi o lado de ser criativo, quadrinhos pra mim nunca foi só um hobby, foi um sonho, uma meta de vida.

Anikenkai: É comum que muitos de nossos leitores queiram ir para o Japão, seja como meros turistas ou como eventuais quadrinhistas (como foi o seu caso). Conta um pouco como foi sua experiência por lá, o que você aprendeu, o lado positivo, o negativo…

Fabio: O Japão é um país incrível e com uma cultura muito interessante. Esse lado cultural bate muito com o dos brasileiros. O respeito às escolhas individuais, aos estilos, o lado extremamente honrado e o sentimento de formiga, de engolir o individualismo em prol de um bem coletivo é uma coisa que impressiona num primeiro momento. Cada japonês sabe o seu lugar e respeita o dos outros. Mas tem os lados perversos disso. A frieza. Aquele sentimento de manter as aparências a todo custo. O Japão tem muito aspecto ruim também na cultura. Pra visitar, eu indico. É um país maravilhoso, cheio de lugar pra visitar, pra todos os gostos, cheio de belezas naturais, limpo, seguro. Mas pra morar, não indico. Entre os brasileiros lá até existe uma certa compreensão de que viver lá 15 anos direto é danoso, psicologicamente falando.

Anikenkai: Você mencionou que tentou escrever quadrinhos por lá. Como foi essa experiência e o que você aprendeu com ela?

Fabio: Eu conto disso no meu blog com mais detalhes, mas o que eu posso falar é que eu fui pro Japão com um pensamento imaturo, de que eu era genial, ou pelo menos acima da média. E lá, eu nem arranhava a canela dos piores. Era visível. Depois que eu desisti e depois voltei a desenhar e escrever, eu conheci um grande amigo, que foi quem me ensinou muito coisa lá, que a gente chamava de Obo. Ele era japa, mas trampou muito tempo com brasileiros e já havia até viajdado pelo Brasil, conhecia mais lugares daqui do que eu. E no passado, ele tinha tentado a carreira de mangaká também. Ele que direcionou melhor o que eu deveria ou não estudar, me emprestou livros que não existiam mais, outros ele me indicou o nome e era a única pessoa, NO MUNDO, com quem eu podia ter aquele nível de conversa. E eu conhecia muita gente. Ele até tentou voltar a fazer mangá também, incentivado quando me via mostrando o que eu tava fazendo. Ele é uma figura chave no que eu sei sobre quadrinhos.

Anikenkai: O fato de você ter os quadrinhos como profissão e não só como hobby te dá um conteúdo bem diferenciado da maioria dos blogs. Mas ao mesmo tempo isso pode acabar segmentando demais os seus leitores. Qual sua visão sobre tudo isso?

Fabio: Bem, eu acho que tem espaço pra todo mundo, ainda mais nesse meio. Minha visão é mesmo de algo mais arquitetado, textos sobre técnica, analises que vão além de falar que tal ideia é boa ou ruim, acho que como eu sentia falta disso, outras pessoas também devem sentir. Já pensei e até tentei postar notícias e comentar acontecimentos. Mas minha praia mesmo é fazer um lance mais meditado, calculado.

Anikenkai: Como leitor do seu blog, tenho que perguntar… não pretende atualizá-lo com mais frequencia não? (risos)

Fabio: Ah, eu penso sim! Hehehe!  Oque acontece é que com a Ação, eu acumulei cargos. Eu respodia e-mails, moderava todas as redes sociais, preparava ações de divulgação, organizava muita coisa e ainda fazia o cargo que fui oficialmente chamado pra exercer, que era de editor de conteúdo. E não era pouca coisa, eu respondia a maior parte dos e-mails, coisa de 150 e-mails POR DIA em épocas quentes. Mesmo nos piores dias, a gente recebia pelo menos uns 20. Isso por seis meses. Agora que eu tô fora, eu pretendo voltar a escrever coisas, mas a verdade é que eu recebi a proposta de fazer um livro com o conteúdo do blog, então, eu também tenho que gerar conteúdo exclusivo pro livro e fico sem assunto pro blog. E tem o Twitter, que tem me estragado! Começo a escrever no Twitter e depois penso “Putz, devia fazer isso no meu blog!”.

 Anikenkai: Já que estamos falando de blogs, vou fazer aquela pergunta que faço a todos os entrevistados aqui: Quais os blogs (nacioanais de anime e mangá) que você lê com mais frequência?

Fabio: Eu leio pouco, leio mais os dos amigos e um ou outro artigo que se destaca por ai. Assisto o Video Quest sempre que sai, o Anikenkai, Gyabbo, JWave, Troca Equivalente… Gosto do Chuva de Nanquim e já li muita coisa boa do Otakismo. Eu gosto de blog que se leva mais a sério, não no sentido de “eu sou um profissional” mas de saber o que quer e fazer direito isso. Todos os que eu citei eu acho que vão pra frente, só param com algum desastre.

Anikenkai: Vamos para o bate-bola então?

Fabio: Vamos lá!

Mangás

Fabio: Masakazu Katsura, Naoki Urasawa, Inoue Takehiko.

Literatura Infanto-Juvenil

Fabio: Não leio muitos livros, só técnicos.

Bonecos

Fabio: Hm… Acho que dá dinheiro, trouxe um monte do Japão pra vender e tá tudo parado aqui no meu quarto. Que tenho pra mim mesmo, só um Luffy, um Alphonse Elric, coleção de guitarras de Beck, uns slimes. Fora esses, só guardo uns que eu ganhei.

Curry

Fabio: É o sabor da mamãe japonesa. Eu gosto. De preferência, mais forte, menos doce, com fukujinzuke e rakyô.

Hajime Saitou

Fabio: … Quem era?

(Fábio depois disse que deve ter sido um dos poucos que não gosta de Samurai X)

Gundam

Fabio: Gosto muito, fui no dia de abertura do modelo em tamanho real, passei na frente da fábrica de modelos em Kyoto… Gosto muito de UC, principalmente Zeta e Stardust Memories. Mas gosto dos mechas de Gundam W, do filme Endless Waltz, tinha os principais em HG, mesmo sem ter assistido a série ainda, na época. Aliás, eu montava um todo final de ano lá no Japão.

Anikenkai: Muito obrigado pela sua participação, Fábio! Pra terminar, deixe uma mensagem para os nossos leitores!

Fabio: Valeu, Diogo! Muito legal essa iniciativa sua! Espero que o pessoal se interesse em ir dar uma olhada lá no XIL (que se pronuncia  xil mesmo, não é Ecsil) e em breve eu devo postar mais alguma coisa, sempre pingado, mas, espero, sempre interessante!

Continuando com a nossa série de entrevistas com os membros […]

Conhecendo A Blogsfera 002: Dih e Luk (Chuva de Nanquim)

O Chuva de Nanquim é um blog relativamente recente (um aninho em atividade) que conquistou a atenção do fandom trazendo posts variados, diretos e informativos. O blog conta hoje com uma equipe de oito autores que se revezam nos mais diversos posts. Os dois fundadores, Diógenes Diogo (@DiH_KAL3S) e Lucas (@LukLucas_) aceitaram participar do nosso bate-papo e contar um pouco mais sobre eles e sobre os bastidores do Chuva de Nanquim e da blogsfera em geral…

Anikenkai: Olá, Dih e Luk, sejam bem vindos e desde já agradeço a participação de vocês nessa nova coluna do Anikenkai. Para começar, que tal dizer aos leitores um pouco mais sobre vocês?

Dih: Olá Did! É um prazer ter sido convidado pra essa coluna do Anikenkai e esperamos que ela possa ser um verdadeiro sucesso, foi uma ideia muito bacana de conhecer o pessoal da blogosfera. Enfim, meu nome é Diógenes Diogo, mas todo mundo me chama de Dih – e nem preciso falar porque. Tenho 22 anos, sou designer gráfico formado e atualmente vivo de freelance. Não preciso falar que meu hobbie é curtir animes, mangás e um pouquinho dessa cultura japonesa – até estou fazendo curso de japonês no momento, mas também gosto de “coisas comuns” como sair pra jogar bola, malhar, sair com os amigos e etc. Ah, também gosto muito de música no geral, principalmente meu “recente” vício com o K-Pop.

Luk: Eu que agradeço pela oportunidade de participar da nova coluna do Anikenkai, espero conseguir me sair bem nessa entrevista (estou nervoso pacas). Meu nome é Lucas do Nascimento Agostinho, tenho 22 anos e infelizmente sou desempregado. Sou um grande fã de animes, esportes em geral, games e quadrinhos. Só falta uma camisa social e canetas bic no bolso para ser um nerd de filme.

A: Vocês dois são os fundadores do blog Chuva de Nanquim, mas antes de falarmos sobre ele, quero saber como vocês dois se conheceram…

Dih: Bem, eu era uploader de sites de RMVB – passado sombrio. Em 2006, se não me engano, fui chamado para um site grande da época e o Luk era um dos uploaders lá. No começo não tinhamos muito contato mesmo “trabalhando” juntos, mas depois acabamos descobrindo vários gostos em comum e daquele site ele acabou se tornando minha maior amizade. Tivemos até a chance de nos conhecermos posteriormente e foi bem legal.

Luk: A Anime House foi um fator, mas a insistência do Dih em falar comigo foi um fator para a amizade durar mesmo depois de sairmos do site. Eu sou um cara que não tende muito a querer conversar por lá, então ele ficou puxando assunto até que percebi como ele é um cara legal e que temos mesmo coisas em comum.

A: Eu sempre achei que vocês dois se conheciam pessoalmente e não virtualmente. Moram em cidades diferentes?

Luk: Sim ele mora em São Paulo e eu moro no litoral do estado, em São Sebastião

A: Legal saber disso. O Dih disse que vocês já se conheceram pessoalmente. Fazem isso com frequencia ou é raro encontros cara a cara entre vocês?

Dih: Geralmente acontece em eventos (Anime Friends, Anime Dreams, etc) pela distância em si, o que acaba fazendo com que seja meio “raro”.

Luk: Eu sempre faço ele perder os shows que ele quer assistir nos eventos de anime, por isso não me quer por perto.

A: Então vamos ao que interessa. Como duas pessoas que se conhecem praticamente só pela internet resolvem se juntar e criar um blog sobre animes e mangás?

Dih: Então, na verdade eu criei o blog sem intenção nenhuma. Era pra ser um blog pessoal meu, onde eu daria opiniões sobre algumas coisas – não só anime related. Mas acabou que em pouco tempo eu vi que o resultado estava meio “acima do esperado”. Mas como eu estava em época de TCC na faculdade, acabava não tendo tempo para atualiza-lo com frequência. A primeira pessoa que eu pensei para me ajudar foi o Luk. Ele sempre me recomendava as coisas e temos um gosto razoavelmente parecido para animações, inclusive quanto a opiniões. Ele resistiu um pouco no começo, mas acabei convencendo ele a participar. Acabou que ele foi o responsável pelo surgimento de muitas ideias legais no ChuNan. Quase todas as seções “especiais” criadas são ideias dele, pra falar a verdade.

Luk: Eu acabei me juntando após 2 meses do blog já ativo. O Dih precisava de uma ajuda para aumentar a frequência de posts e ele pediu para fazer um primeiras impressões de Steins Gate, já que eu tava falando tão bem sobre o anime no MSN. Após um texto mal escrito, entrei no blog por desespero do meu amigo.

A: Eu não sabia que o Chu Nan tinha começado como um blog pessoal. Pra mim, desde o começo já existia uma ideia clara de ser um blog feito por mais de uma pessoa. Algo “maior” do que estamos acostumados na blogsfera animística brasileira. Essa pluralidade de opiniões, redatores, etc, foi o que alavancou as visitas do Chu Nan.

Dih: Eu sempre tive a intenção de criar um projeto maior sim. Deixei claro a tempos que sempre quis entrar no ramo “profissional” das coisas. Mas na época fiz o blog somente para aliviar minhas tensões com o TCC. Não imaginava que no mesmo ano ele cresceria daquela forma. Até meus amigos da faculdade ficaram assustados em como eu conseguia administrar algo com tanta correria de trabalhos ao mesmo tempo. Foi engraçado, porém no momento que percebi que “dava pra melhorar” foi exatamente quando chamei o Luk. Foi a partir dali que o Chuva de Nanquim realmente passou a tentar adquirir uma identidade, com criação de logotipo, arrumada no layout e tudo mais.

 Luk: Basicamente é isso que eu penso sobre a diferença do ChuNan para os outros blogs, fora que somos mais “normalfag”do que a maioria e isso atrai novos leitores e a quantidade elevada de redatores traz diferentes tipos de postagens e colunas.  Só que eu considero o principal fator foi a rede de amizades que o Dih tem, que no começo trouxe muita propaganda em sites e blogs maiores, atiçando a curiosidade do pessoal.

A: Curioso que sou, que tipos de amizades, Dih?

Dih: Bem, como eu fazia parte desse mundo de fansubs, sites de reencode e etc, acabei conhecendo muita gente desse meio, o que ajudou nas divulgações. Mas acho que o diferencial mesmo foi o orkut. A maioria dos redatores veio de lá. A Cassi foi um “achado” na maior comunidade de Naruto – além de escrever pra NeoTokyo, assim como a Raquel. O Trunks e a Ariela vieram da comunidade da JBC, que era a que eu mais frequentava nos tempos aureos. Os próprios Valdessom e Artur também já frequentavam o orkut, mas passei a ter contato com ambos no Twitter.  A Mary e o Cesar são os únicos que não fizeram parte desse “grupo”. A primeira é pra mim o “futuro” da blogosfera, e o Cesar é formado em jornalismo e um amigo do Trunks, que me indicou.

A: Como dá pra ver, a equipe do Chu Nan é bem grande e diversa. Vocês não acham que isso acaba tirando a identidade do site?

Dih: Acho que não, como você mesmo disse eu já não nos vejo como um “blog” e sim como um site. Grandes sites por aí como Omelete, Melhores do mundo e etc utilizam uma equipe variada e que tomam conta de várias seções. Acho que isso é uma das coisas que ajuda o ChuNan a manter a sua identidade, aliás. Eu até brinco que sou um “caçador de talentos”. Todo mundo que entra no ChuNan eu acabo “garimpando” de alguma forma e porque sei do potencial, além de confiar nas mesmas. Esse é o nosso diferencial. Eu não me vejo como o dono do ChuNan, e sim como o editor, somente, dando toques onde a pessoa pode melhorar, arrumando diagramação, visual, etc. O site é de todos. Todo mundo tem total liberdade na hora de escrever, sem censura.

Luk: Fora que o Dih soube bem escolher o pessoal pra escrever no blog, porque ainda temos gostos parecidos mesmo sendo tantos. Fora que essa quantidade grande de redatores ajuda quando um leitor não curte muito uma pessoa e mesmo assim frequenta o site por causa de outro

Dih: Verdade, existem muitas pessoas que começaram a frequentar o Chuva de Nanquim especificamente por causa de uma seção. O Semanada, o Checklist, o Eu recomendo, entre outros. A pessoa se interessa por uma coisa e acaba conhecendo tudo aos poucos. É bem legal ver esse tipo de reação – principalmente com o Semanada que hoje é uma das principais seções de lá.

A: Vocês acreditam que esse seja o futuro de todo o blog? Ou acreditam que tem sites que tem que manter uma pegada mais pessoal?

Dih: Eu acho que depende muito do objetivo da pessoa. O Chuva de Nanquim quer se tornar um site e todas essas “mudanças” eu já faço mirando isso. Acho que depois de um certo tempo você tem que começar a traçar estratégias para obter sua identidade própria. Não adianta você manter um blog pessoal por 1 ano e depois tentar mudar apenas para “atrair visitas”. Você pode conseguir views, mas seus LEITORES não. Eu gosto muito de blogs pessoais e específicos, mas atualmente vejo erroneamente todo mundo tentando criar blogs de “notícias” pra chamar a atenção. Acho que as pessoas estão levando isso pro caminho errado.

Luk: Claro que não, vários blogs conseguem manter uma boa quantidade de visitas com apenas um redator, como o Gyabbo! e o Nahel Argama e outros usam podcasts ou videocasts para se promover. Essa foi apenas uma rota que procuramos caminhar entre várias outras e parece que foi a certa para a gente.

A: Já que estamos falando de blogs, vamos a pergunta que farei a todos os entrevistados aqui: Quais os blogs nacionais que vocês leem regularmente?

Dih: Bem, eu costumo não frequentar blogs e sites nacionais com tanta frequência como antes. Hoje ando usando muitos japoneses, americanos, franceses. Mas acho que daqui consigo citar três.

O Nahel Argama pra mim é o melhor blog que surgiu recentemente. Posts regulares e sempre com algum conteúdo que consegue me prender. O Qwerty sabe blogar e pra mim ele fez bem ao assumir uma identidade própria fora do Subete.

O Mais de Oito Mil é um daqueles blogs que poucas pessoas conseguem “levar a sério” e confesso que muitos posts estão ali somente para brincar. Mas recentemente a Mara assumiu uma identidade muito mais crítica e interessante misturada com sua acidez cômica. Recomendo muito e pra mim foi o melhor blog “opinativo” do ano passado.

E o Jbox, que não é blog, mas eu acompanhava desde os tempos que era praticamente um. É minha grande inspiração e é a minha “meta” com o Chuva de Nanquim. Eles passaram pelos probleminhas com o servidor mas continuam sendo o melhor site especializado nacional, sem dúvidas.

Luk: Gyabbo!  foi o primeiro blog do gênero que eu conheci, adoro os textos dele e tento me inspirar um pouco no estilo para as reviews, mesmo falhando totalmente nas tentativas. Mais de Oito Mil é totalmente diferente da maioria que a gente vê por ai, o humor ácido da Mara me faz rir muito e sempre dou uma conferida quando ela solta uma postagem no twitter.E por último o Elfen Lied Brasil. da Beta, que o Dih me indicou lá no comecinho, ela realmente escreve muito bem, desde posts sobre apenas um episódio e indo até aqueles que ela escreve um livro sobre um filme, sendo o meu preferido aquele sobre Perfect Blue.

A: Antes de entrarmos no bate-bola, preciso saber da opinião de vocês sobre um assunto. É de certo que com essa coluna, muitos leitores fiquem interessados em criar blogs sobre animes e mangás. O que vocês acham disso? Há espaço pra gente nova? O que fazer para se destacar?

Dih: Blogs bons são sempre bem vindos, mas como eu falei ali em cima existem muitas pessoas confundindo as coisas. Não precisamos de mais um “Anime New Network traduzido”. Precisamos de gente que queira escrever, que bote suas ideias pra fora, que goste do que faça, e não só por “reconhecimento”. Espaço sempre tem se a pessoa souber como encontra-lo. Já pra ela se destacar depende muito do que ela pretende e de quem ela quer atingir com seu blog. Sempre você pode encontrar um nicho que busque algo em especial e que seja “carente” de alguma forma. É sempre bom dar uma olhada na blogosfera e descobrir o que tá em alta, ver como as outras pessoas escrevem e como é a reação dos leitores. Pro resto, paciência é indispensável.

Luk: Sempre tem espaço para gente nova, mas não podem ir com muita sede ao pote e achando que vai ter 10 mil visitas depois de um mês. Fale sobre o que você gosta, não tente se forçar a escrever sobre algo que você não consiga curtir, que é 100% de chance de não dar certo e você vai apenas ficar irritado. O boca boca é uma grande fonte de visitas, mas não adianta nada se você não se esforçar o bastante para divulgar sua página: tente encontrar algumas oportunidades de parceria, twitter e facebook também ajudam bastante depois de algum tempo.  Apenas tenha calma, vai ter dia que você pode ter apenas 10 visitas, mas não desanime e continue em frente.

A: E então chega aquela hora, o bate bola!

Chuva de Nanquim

Dih: Vai se tornar o melhor site nacional do gênero, mas não agora. Vai investir também em outros campos da área de animes e mangás em algum tempo.

Luk: Trabalho e nervosismo ao postar algo e realização após os comentários positivos.

Leitores

Dih: Responsabilidade. Importantes e são eles que ditam o ritmo de um site. Sem a participação deles não existe motivação, mas com eles a responsabilidade e o nervosismo também aumenta. É preciso calma.

Luk: Público complicado, que sinto a responsabilidade de escrever bem e saber sobre o assunto. Totalmente necessário e sem eles não seriamos nada.

Número de Visitas

Dih: Importantes, mas não é tudo. Quanto mais, melhor você tem que fazer. Quanto menos, também. No final tudo depende de você e o quanto você gosta do que faz.

Luk: Números que o Dih adoro falar no twitter, digo, Orgulho com o aumento a cada mês que só me faz ficar mais feliz.

Nossa Blogsfera Animística

Dih: Boa, mas ainda falta algo. Está crescendo com o tempo, só espero que não se perca no meio dessa ascenção.

Luk: Unida e divertida de se conversar. Ainda espero participar de um Otaku Bar e conhecer todos pessoalmente.

Futebol

Dih: Paixão. VAI CORINTHIANS!

Luk: Corinthians minha vida, Corinthians meu amor.

Curling

Luk: Que isso? o.o

Dih: Adoro gelo.

Vladivostok

Luk: Vodka

Dih: Sei que tem alguma coisa a ver com governos e etc. Mas nada que eu tenha interesse. Ou pelo menos não por enquanto.

(comentário do Anikenkai: Nunca jogaram WAR não, malditos?!)

Genshiken

Luk: Melhor mangá Slice of Life que eu já li e que espero mais uma temporada em anime.

Dih: Apesar de não acompanhar regularmente, pelo que conheço aposto no mangá no Brasil logo. Faria sucesso e é uma forma divertida de retratar a “otakaiada”. Recomendo.

A: Obrigado por participarem dessa entrevista! Agora deixo o espaço aberto para vocês deixarem sua mensagem final para nossos leitores.

Dih: Muito obrigado pelo convite mais uma vez. Foi uma experiência diferente. É sempre complicado falar sobre “nós mesmos”, mas ao mesmo tempo é interessante depois parar pra reler o que dissemos daqui um tempo. Bem, continuem visitando o Chuva de Nanquim que o decorrer de 2012 vai trazer mudanças e novidades legais pra todo mundo. E claro, continuem lendo essa coluna do Anikenkai e tenham a chance de aprender muito com a galera da blogosfera. E parem de dizer que otaku não tem vida! Tudo bem que a maioria não tem mas… tá, deixa pra lá. Valeu Did!

Luk: Obrigado por me deixar participar dessa nova coluna do blog, espero que tudo certo para você e que venham mais AnikenCasts também. Continuem ou comecem a acompanhar o Chuva de Nanquim e não esqueçam de comentar, já que visitas são boas e comentários são melhores ainda para motivar um redator. Muitos animes e mangás para vocês e desculpem os erros de português, mas é o nervosismo da primeira entrevista que eu já dei na minha vida!

O Chuva de Nanquim é um blog relativamente recente (um […]

Uma introdução ao conceito de "Anime Clubs"

Quando eu fiz meu post sobre a MegaCon 2012, uma das vertentes mais interessantes da repercussão dele foi a curiosidade das pessoas pelo que seriam de fato “anime clubs” ou “clubes de anime” no bom e velho português. Me espantei pois acreditava que a maioria tinha conhecimento do esses clubes eram, mas parece que eu estava enganado. Então, por que não fazer um post sobre o assunto? Com esse post, pretendo mostrar a vocês o conceito do que é um anime club e como eles funcionam. Quem sabe algum de vocês não começa um em sua cidade?

O que são “Anime Clubs”?

Para começo de conversa, Anime Clubs não são nada além de um grupo de pessoas que se reúne para assistir/ler e falar sobre animes, mangás e coisas relacionadas. Mas caracteriza-los só como isso seria menosprezar a real utilidade de um anime club. Conhecendo pessoas com um hobby parecido ao seu, faz você criar novas amizades e através dessas amizades desenvolver o seu hobby. Você irá discutir, trocar teorias, conhecer coisas novas…

Primeiro passo para um “Anime Club”

Como vocês devem suspeitar, é necessário haver um lugar físico para se fazerem os encontros dos clubes. Esses lugares podem ser desde a casa de algum dos membros, até uma sala em alguma biblioteca, centro cultural, no colégio, faculdade… claro que dependendo de cada lugar, seu clube vai ter características próprias.

Se forem feitos em espaços públicos como bibliotecas e centros culturais, vocês terão que estar sujeitos às regras do lugar com questão a horário, conteúdos, barulho, etc. Então fiquem de olho.

Se forem feitos em escolas particulares, é importante que os membros (só alunos da instituição) saibam se podem ficar na escola depois da aula, se poderão ter uma sala para isso, se terão que se reunir na biblioteca da escola, etc. Cada escola tem suas regras e elas devem ser seguidas. Converse com seu coordenador para saber das possibilidades.

Nas faculdades públicas, a coisa é um pouco mais fácil pois, normalmente há muitas salas vazias e abertas ao uso. Claro que ter uma coisa estabilizada perante a coordenação é melhor, mas nem sempre é necessário nesses casos. Um grupo de amigos se juntando numa sala para falar sobre animes e mangás não é problema. Sem dúvida é o melhor lugar para se estabelecer esse tipo de clube.

O que fazer em um “Anime Club”?

Existem inúmeras atividades que um clube de anime pode fazer. Algumas delas dentro da sala do clube outras fora da sala do clube. As atividades na sala deverão ser estabelecidas de acordo com a infra-estrutura do local. Abaixo vou listar algumas atividades possíveis:

Assistir a Animes

Vai depender se no local tem um projetor/tv/computador que possa exibir os animes. Claro que isso pode ser providenciado pelos próprios membros dependendo de até que ponto eles são autorizados a mexer no local. Se você tiver as chaves da sala (algo muito raro de ser permitido no Brasil), você pode deixar aquela sua TV que está parada em casa na sala e ninguém vai se importar com ela.

Discutir sobre Animes e Mangás

Essa é a atividade mais comum em clubes de anime e mangá. Os membros conversam sobre o que leram, viram, ouviram, jogaram, etc, durante a semana e discutem em cima disso. Trocam opiniões, teorias, deduções, etc. Claro que, se o clube tem um interesse em comum, é legal já terem temas pré-definidos para discussão, como alguma série específica ou mangaká, etc.

Produção de um fanzine

Apesar dessa não ser uma prática comum no Brasil, é legal incentivar a produção de algo. Que seja um fanzine, um AMV, o que for… seria legal colocar o grupo numa atividade em conjunto.

Construção de Model-kits

Outra prática também não tão comum no nosso fandom, mas que interessa a um número grande de gente. Muitos nunca tentaram porque não tiveram a oportunidade de experimentar. Normalmente quem faz isso tem vários modelos acumulados em casa. Leve alguns dos mais básicos, leve uns equipamentozinhos também e deixe os outros membros participarem das montagens enquanto você os auxilia e ensina a eles.

Jogos

Sejam eles eletrônicos, de tabuleiro ou baralho. Jogos são ótimos para fazer as pessoas interagirem. Se você pode ter a liberdade de ter um PS3 na sala do seu clube, excelente. Mas se não tiver, que sejam portáteis, video-games antigos, ou até mesmo jogos de tabuleiro, como eu disse. Card games também são válidos (e até bem comuns no fandom).

Visitas a comic-shops

Se sua cidade tiver uma comic-shop, vá a ela em grupo. Comprar gibis com a galera é legal. Você pode ouvir sugestões, críticas, etc. Se não existir uma Comic-Shop na sua cidade, vá a sebos, livrarias, etc. Dá pra encontrar coisas bem legais nesses lugares.

Dentre outros…

A criatividade dos membros é o limite! Façam o que vocês acham que irá diverti-los e o clube de vocês será um lugar bem legal de se frequentar.

Da organização de um “Anime Club”

Você já tem o lugar e algumas ideias de atividades… excelente. Agora resta organizar, de fato, o seu clube. É necessária uma certa hierarquia para que a coisa funcione direito. É necessário eleger um dos membros para ser o presidente do clube. O cara pode ser o presidente por que foi o fundador, ou porque é o mais velho… o motivo não importa. O que importa é elegê-lo. Claro que esse é um cargo que deve ser passado adiante. Alguns podem optar pela passagem direcionada, onde o presidente anterior nomeia o sucessor, ou por mais uma votação. A escolha vai de cada grupo.

A função do presidente é zelar pelo bom funcionamento do clube. Em um clube pequeno, só ele é necessário. Ele irá cuidar da manutenção do local, dos fundos do clube (se houver, explicarei mais a frente) e tomará as grandes decisões que envolvem o clube como um todo. Claro que podem existir mais funções e caberá ao presidente, a medida que o clube for crescendo, a nomear pessoas para cuidar de funções específicas que estejam ficando muito penosas para ele cumprir sozinho.

Você já tem o lugar, atividades, um presidente… faltam os membros para o seu clube. Dificilmente um clube começa com uma só pessoal, provavelmente você tem um grupo de uns 3 ou 4 amigos dispostos a isso. Mas você precisa de mais. Divulgue o seu clube nas redes sociais, em eventos de anime, nos murais da sua escola/faculdade… o importante é fazer as pessoas saberem da existência dele.

Uma boa maneira de atrair interessados aqui no Brasil, seria ter salas temáticas em eventos de anime, onde o clube poderia realizar várias atividades, atrair o público do evento e fazer propaganda do clube.

Como se mantém um “Anime Club”?

Você já tem um lugar, atividades, um presidente, membros… você agora precisa fazer com que as coisas funcionem em seu clube. Existem várias maneiras de se manter um Anime Club funcionando e essa é uma questão um tanto polêmica pois pode envolver dinheiro.

Não é necessário cobrar uma taxa dos membros do seu clube. A melhor coisa seria não ter que gastar nada com o espaço que vocês ocupam. Mas caso vocês gastem, é necessário ter uma fonte de renda para o clube.

No Brasil, o mais viável seria, em eventos de anime, o clube oferecer alguns serviços. Sejam eles comidelas, como num “maid café” ou venda de mangás originais importados pelos membros do clube, ou venda de fanzines (infelizmente isso não dá tanto dinheiro assim), ou torneios de video-game… o que quer que seja. É legal para gerar fundos para o clube que serão usados das mais diversas maneiras.

Cabe ao presidente ou algum encarregado de confiança de cuidar desse dinheiro e o uso dele deve ser em prol do clube. Para melhoria das instalações, compra de DVDs, Blu Rays, mangás, figures, tudo para o clube e não para um membro específico, que fiquem bem claro.

Considerações Finais e “É realmente possível fazer isso no Brasil?”

Como eu bem disse no título desse post, essa é uma introdução ao conceito de “Anime Clubs”. Não daria para em um post falar sobre TUDO que deve ser feito com os clubes até porque cada caso é um caso. O que eu posso dizer é que, se vocês gostaram da ideia, coloque isso em prática na sua cidade/colégio/faculdade/etc. Esses clubes existem mundo a fora. Cansamos de ver obras sobre isso na cultura pop japonesa e, de fato, é uma ótima maneira de se conhecer pessoas novas que compartilham o mesmo hobby que você.

Hoje em dia, com a internet, nos limitamos muito a falar com outros fãs online, mas não há nada como poder conversar e trocar ideias pessoalmente com alguém. A ideia de “Anime Clubs” é viável e deve ser incentivada. Seria muito legal um dia eu ir a um Anime Club e saber que foi graças a esse post que ele existe.

Quando eu fiz meu post sobre a MegaCon 2012, uma […]

Anikenkai foi à MegaCon 2012 – Impressões de um evento fora do Brasil

No fandom brasileiro de animes e mangás existem muitas pessoas que gostam de ir a eventos de anime e muitas pessoas que não suportam a ideia de pisar em um. Eu me encaixo no segundo já tem um bom tempo. Os motivos são vários, mas o principal, na minha humilde opinião, é que os nossos eventos não me oferecem o que eu procuro, que é um ambiente para discutir e conhecer mais sobre animes e mangás. Mas não condeno os fãs que vão a eventos por aqui pois, como eu disse nesse post sobre o assunto, cada um vive seu hobby da maneira que mais gostar.

Mas a grande questão é que outra coisa muito comum em nosso fandom é o fato de falarmos como os eventos lá de fora são superiores, sensacionais, valem a pena de verdade, etc. Eu acompanho alguns eventos dos EUA há algum tempo mas nunca havia ido a nenhum. Bem, não até o último dia 18 de Fevereiro quando pude visitar a MegaCon 2012, o maior evento de cultura pop do sudeste dos EUA. Pude ver com meus próprios olhos como era um evento grande por lá e fui com o intuito de esmiuçar tudo para trazer a vocês como, de fato é um evento por lá. E se vocês estão aqui para uma resposta, sim, eles são MUITO melhores que os nossos… mas também tem seus problemas.

Vamos aos poucos…

Para começar, é válido contar como descobri sobre esse evento.

Na sexta, dia 17, estava indo fazer umas compras e peguei um ônibus lá em Orlando. No caminho para o shopping, reparei que estavam entrando no ônibus umas figuras peculiares que, claramente, meu radar-nerd logo identificou como típicos nerds norte-americanos. Em seguida, comecei a ver pessoas fantasiadas andando pela rua. Logo pensei que devia estar rolando um eventozinho de anime pela região. Foi então que ao se aproximar co Orange County Convention Center (foto) que eu reparei que não era qualquer eventinho.

O lugar era enorme! Um enorme centro de convenções estava sediando um evento de cultura pop. Mudei de emergência minha agenda de viagem e no dia seguinte fui ao local com uma câmera na mão, uma mochila nas costas e muita curiosidade para saber o que eu iria encontrar por lá.

O fato do evento estar sendo realizado num lugar próprio para isso já me agradou muito. Nada de escolas, pátios de universidades, nada disso. Era um centro de convenções, como deveria ser e, principalmente, com um belo ar condicionado em todos os lugares que você ia.

Chegando lá, a primeira surpresa, o preço do evento. Foram salgados 25 dólares (+- 45 reais) para entrar no lugar. Mas apesar da fila honesta para comprar na hora, tudo era MUITO organizado, as compras fluiam rápido, as filas andavam e em cerca de poucos minutos eu já tinha comprado meu ingresso e entrado no evento. Eram cerca de 10h da manhã quando as portas abriram para o galpão principal onde ficavam os estandes. Fui para lá para ver o tamanho da coisa em que eu estava me metendo.

O lugar era enorme. Essa foto não dá nem a ideia de quão grande era o lugar. Maior que qualquer galpão de estandes que eu já vi por aqui no Brasil. Uma coisa muito legal era como eles dividiam esse grande espaço.

Primeiro havia um espaço onde convidados da industria dos quadrinhos, TV, cinema, etc, teriam para distribuir autógrafos e tirar fotos com os visitantes, outra parte com os estandes de vendas de quadrinhos, outro com as vendas de bugigangas variadas (que iam de roupas nerds, até recriação de vestimentas célticas, armas, fantasias, o que quer que fosse era muito provável que você encontraria lá), uma área para a exibição de artigos de Star Wars (muitas replicas sensacionais) e uma área para artistas.

Essa área para artistas merece destaque pois era sensacional. Nós tinhamos desde grandes escolas de arte divulgando seus trabalhos de altíssima qualidade, até belos desenhistas que publicam seu material de forma independente ou online, ou simplesmente artistas de rua que fazem caricaturas, etc. Mas o que me surpreendeu mesmo foi a qualidade do material geral. Dos mais novos aos mais velhos, tanto a qualidade dos desenhos quanto das publicações que eles estavam vendendo, muitas vezes a preços modestos vide a qualidade do material.

Um espaço desse aqui no Brasil era algo que eu queria muito. Incentivar a produção local e dar uma chance a artistas locais mostrarem seu talento.

Outra coisa legal que eu vi por lá foi essa mesa aí. Reparem que tem bastante gente interessada nela. Era interessante pois ela ficava logo na entrada e estava lotada de panfletos das mais variadas coisas. Tinha comic-shop, outros eventos menores, escolas de arte… mas o que mais me chamou a atenção eram os clubes, principalmente os clubes de anime. Qualquer pessoa do evento podia colocar panfletos ali então alguns clubes de anime pequenos iam lá e colocavam o anúncio de sua existência nessa mesa e as pessoas davam atenção. Uma ideia sensacional. Um espaço aberto onde os visitantes poderiam anunciar o que quisessem através de panfletos. Eu anunciaria o Anikenkai por exemplo.

Obviamente que tínhamos cosplayers. E dos mais variados tipos e qualidades. Existia um galpão bem vazio que era usado basicamente para os cosplayers poderem ser fotografados tranquilamente, sem terem que se espremer no meio da multidão para fotos. Tinha de tudo… até um GUNDAM extremamente bem feito andando por entre os visitantes. E se estar em um evento internacional já não fosse uma realização de um sonho antigo meu, vários outros pequenos (e outros nem tanto) sonhos iriam se realizar naquele dia. O primeiro deles foi finalmente ter encontrado uma cosplayer de Slave Leia (foto)! E acreditem, ela não era a única no recinto! O nerd dentro de mim sorriu pelo resto da semana por essa.

Acontece que eu não estava ali só para ver estandes e tirar fotos de cosplayers. Eu queria saber das palestras, dos painéis, perguntas-e-respostas, etc. Mas não conseguia encontrar informações quanto a isso. Foi ai que perguntei a um outro visitante e ele me perguntou porque eu não tinha pegado o guia do evento. E eu perguntei onde poderia encontrar um para mim. Para minha surpresa, era uma enorme mesa na entrada com uma sacola que dentro você recebia um poster e um guia bem grande (imagem ao lado, clique para ampliar), de 30 páginas mais ou menos, contendo tudo que eu precisava saber sobre a MegaCon 2012. Achei sensacional.

Fiquei perguntando por que isso também não é feito aqui? Muitas pessoas não tem a menor noção do que tem em muitos eventos por aqui além da programação principal. Muitas salas temáticas, etc, ficam desconhecidas por falta de informação ou falta de direções. Um guia do evento ajudaria muito numa hora dessas. Um mapa com as salas, um guia com as programações e por aí vai. Claro que isso iria exigir um profissionalismo muito maior dos organizadores do evento e das salas. Será que eles estariam dispostos? Mas continuando…

Com a programação das palestras em mãos, a primeira que fui foi a da DC (a editora responsável por Batman, Superman, etc, para quem não conhece) sobre a THE NEW 52, o reboot total de suas revistas. Como eu estou curioso sobre todo esse reboot, resolvi ouvir da boca dos responsáveis pro aquilo, o que eles estavam achando de toda aquela coisa.

Foi uma excelente escolha de palestra. O editor-chefe da DC, Dan DiDio (o da foto comigo, odiado por muitos) estava presente e respondeu francamente a todas as perguntas dos leitores e ouviu todas as críticas muito bem. Depois do painel, eles foram muito solícitos com o público. Eu ainda pude bater um papo mais informal com ele depois do fim e tirar essa foto que vocês veem aí em cima.

Mas o mais incrível de tudo foi poder estar cara a cara discutindo as coisas que você está lendo com os caras que as fazem. Isso que é incrível. Tira a passividade do ato de simplesmente ler. Você lê e discute diretamente com os criadores aquilo. É algo que, infelizmente, é difícil de se aplicar por aqui, mas que é muito gratificante. Cria uma conexão do leitor com a editora muito maior do que um mero consumidor. Achei a experiência sensacional.

Decidi então deixar o mundo dos quadrinhos americanos de lado um pouco e ir para o painel da Funimation. Na descrição do painel estava escrito “Industry Panel”, logo acreditei que seria uma discussão sobre a industria americana e me interessei muito. Porém, me decepcionei, pois, apesar de ter sido legal, foi basicamente uma apresentação de lançamentos futuros dos DVDs/BDs da empresa. Só isso.

Foi interessante poder ter acesso a isso e acho que para o público americano (que ficou bem animado com alguns lançamentos) é algo bem legal pois o salão estava cheio e eles vibravam com muitos anúncios e, principalmente para com anúncios de dubladores. Achei curioso.

Mas uma coisa que me chamou a atenção nesse painel foi o comentário do representante da Funimation para com o lançamento de Kuragehime (ou como eles chamam por lá, Princess Jellyfish). Ele disse que aquele era um lançamento incomum pois não continha uma quantidade significativa de peitos e bundas balançando na tela. Fiquei pensando sobre o assunto e de fato. O mercado americano tende muito para essa área, principalmente os lançamentos da Funimation. E eles não tem medo de assumir isso.

Em seguida, eu fui a uma palestra sobre o trabalho de Go Nagai. Era palestra de fãs para fãs. No caso, membros de um clube de anime para o público do evento. Algo que eu defendo há muito tempo para os eventos do Brasil. Deixem os fãs falarem. Se nós podemos fazer posts em dezenas de blogs, podemos muito bem falar sobre o assunto também. Eu adoraria apresentar Genshiken para uma platéia, por exemplo.

Mas, outra decepção, apesar de ter tido bastante conteúdo, foi basicamente uma apresentação das obras de Go Nagai sem muito aprofundamento sobre o assunto. O que é válido, mas que para alguém que já conhecia o assunto (eu) não acrescentou muita coisa. A grande surpresa viria a seguir…

Eu tinha um horário vago e estava cansado de andar, então resolvi entrar em um painel chamado MANIME!. Eu não tinha a menor ideia do que significava até os responsáveis chegarem. Infelizmente não tirei nenhuma foto do painel, mas vamos ver se vocês conseguem entender.

MANIME é uma sigla para “The Manly Anime Panel”, que traduzindo significa “O Painel de Animes de Macho”. É uma mistura de The Man Show com Epic Meal Time, mas ao invés de cerveja e comida eles falam de animes e mangás. O espírito do lugar é sensacional e o público, que já conhece o MANIME entra na onda e se diverte junto. É engraçado e com conteúdo. Naquele dia eles estavam falando de Hokuto no Ken e foi uma excelente apresentação para o pouco tempo que tinham. Os apresentadores são bons, sabem levar o show e entendem do que estão falando. Foi a maior surpresa do evento.

E nenhum deles é profissional em nada. São fãs querendo fazer um bom painel para fãs. A declaração “E nós finalmente conseguimos nos livrar dos cosplayers e daqueles que vem vestidos com roupa de bichinho esse ano” descreve bem o clima do painel. “Eles até vinham no começo, mas pararam de vir naturalmente… não sei por quê?”.

Eu ainda tinha um outro painel de animes para ver. Sobre a adoção da palavra “otaku” no ocidente. Mas como eu duvidei BASTANTE da autoridade dos palestrantes no assunto logo no começo do painel, preferi sair e entrar na fila para o perguntas e respostas com ninguém menos que a LENDA VIVA, STAN LEE! O criador de Homem-Aranha, Hulk, Vingadores, dentre outros, estava no evento e iria das uma palestra para os fãs.

Foi a melhor coisa que fiz pois o lugar lotou muito. Era o maior salão do evento e TODAS as cadeiras ficaram preenchidas e um monte de gente ainda ficou em pé. Fácil umas 3.000 pessoas sentadas naquela sala. Ou mais.

A questão é que, observado por um excelente cosplay de Tony Stark (foto acima), lá vinha Stan Lee…

Mais um sonho realizado. Eu consegui ficar BEM perto de Stan Lee, ouvir o cara falar e poder ter uma experiência como essa. Um cara que eu admiro desde criança estava lá na minha frente. E o cara é sensacional, para falar pouco.

Suas respostas são sagazes, diretas e sem papas na língua. O fã perguntava “Sr. Lee, em que a conjuntura da época influenciou na criação do Homem-Aranha ou de outros heróis?” e ele respondia “Meu filho, eu era um empregado como outro qualquer. Eu pensava num herói muito legal, um vilão melhor ainda, um problema que os leitores achariam impossível de resolver e eu resolvia. Simples assim. Tudo mais foram coincidências”. Gênio.

E ao falar do filme d’Os Vingadores, o público foi à loucura. O velho Stan só jogou ainda mais hype para a galera. Eu não perdi a oportunidade e tive que falar pro cara que tava do meu lado que eu iria assistir ao filme uma semana antes dele (estreia no Brasil antes dos EUA).

Foi um dia sensacional que nunca esquecerei. E olha que ainda fui sozinho. Ir com um grupo deve ser ainda mais legal.

A moral da história é que, sim, os eventos de lá são muito melhores do que os daqui, mas se teve uma coisa que eu percebi foi que isso se dá, basicamente, por relaxamento dos organizadores. Tudo que eu vi lá poderia ser feito aqui. Não precisa ser numa escala tão grande, mas ainda assim dava pra fazer. Nós temos brasileiros trabalhando com quadrinhos, nós temos uma enorme quantidade de pessoas que pesquisa e escreve sobre animes e mangás por hobby que topariam falar sobre o assunto em eventos… basta querer.

Hoje em dia, se eu for a um Anime Friends sozinho, como fui para a MegaCon, eu não teria NADA para fazer. Eu entraria e sairia sem fazer praticamente nada. Teria produtos super-valorizados e com pouca variedade. Num ambiente impróprio para eventos e mal organizado. O Brasil não tem centros de convenções? Até onde eu sei tem, e muitos. Como eu disse, basta querer.

Espero que vocês tenham gostado. Não deixem de comentar e fazer perguntas! E, se um dia, tiverem a oportunidade de ir a um evento fora do país, o façam. É uma experiência muito legal de se ter como fã.

No fandom brasileiro de animes e mangás existem muitas pessoas […]

22º encontro "O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante"

Olá, queridos leitores! Sentiram saudades? MAS NÃO SE PREOCUPEM! CÁ ESTAMOS COM MAIS UM ENCONTRO “O BAKUMAN DESSA SEMANA FOI INTERESSANTE”!

Desde nosso último encontro, tivemos mais 3 episódios exibidos de Bakuman e a ameaça de um hiato para a dupla Ashirogi Muto se tornou realidade. O editor-chefe anunciou que eles não teriam que entrar em hiato só até Mashiro melhorar, mas sim até se formarem no colégio. Isso veio como um grande choque, tanto para eles quanto para todos os seus amigos e até mesmo os editores da Shonen Jump. Diante de tanta determinação de Mashiro, o editor-chefe não só se nega a deixá-los continuar como aumenta o prazo do hiato.

O Time Fukuda decide então entrar em ação e arma um boicote contra a Shonen Jump até que eles autorizem Mashiro e Takagi a continuarem com TRAP. Fukuda, Eiji, Hiramaru, Aoki e Nakai se juntam para um hiato coletivo. A coisa começa a ficar feia. Porém, quando Mashiro descobre o que seus colegas estão fazendo, ele mesmo pede para que parem, que a culpa disso estar acontecendo é unicamente dele.

Após algum tempo, Mashiro recebe alta e decide enfrentar ele mesmo o editor-chefe, junto de Takagi e Miura. O trio consegue convencer o editor-chefe a suspender o hiato, já que Mashiro tem material suficiente arquivado (ele não parou de desenhar no hospital) para cobrir o período de tempo até sua formatura.

Apesar de tudo ter se resolvido, o maior choque ainda estava por vir. Além do fato de CROW, de Eiji, ter ganhado um anime antes deles (assim como Otters 11 de Hiramaru), a dupla enfrenta uma enorme queda na popularidade de TRAP depois do retorno. Outros mangás do mesmo gênero começaram a surgir em outras revistas e as histórias de Takagi não estão mais conseguindo elevar a posição de TRAP nos rankings. O inevitável acontece e o primeiro mangá da dupla é cancelado.

Temos até o momento 9 episódios exibidos nessa segunda temporada do anime de Bakuman e o ritmo continua muito mais intenso que o da temporada passada. O 9º episódio fechou os acontecimentos do volume 6 do mangá e já entrou no volume 7. Ou seja, temos uma média de 4,5 episódios por volume! Na temporada passada essa média era de 6,25!

Ainda falando do mangá, eu achei interessante a escolha da direção do anime em não finalizar o 9º episódio no momento em que o volume 6 termina. O gancho deixado ao final do volume é quando o editor-chefe diz que Hideout Door será cancelada e… isso mesmo, fica um suspense no ar, que é respondido no início do volume 7. No anime, a dupla recebe a notícia do cancelamento e o episódio segue, mostrando que eles não vão desistir ali, que vão lutar e conseguir emplacar um novo mangá. O final do episódio 9 é bem mais “pra cima” do que o do volume 6.

Outra observação que eu tenho a fazer é quanto à participação do Hiramaru no anime. Apesar dele não estar tão ruim quanto eu achava que estaria, o timming de suas participações funciona MUITO melhor no mangá que no anime. Para funcionar tão bem no anime, iriamos precisar de um dublador mais energético e não um tão calmo quanto esse que escolheram. Mas ainda assim, consigo me divertir bastante com o Hiramaru.

Continuando…

Eu lembro também que desde que anunciaram a adaptação animada de Bakuman, eu fiquei animado em poder ver os meta-mangás e meta-animes da série ganharem vida. O anime logo me brindou com a abertura do primeiro episódio sendo a abertura do meta-anime de Chou Hero Densetsu, mangá do falecido tio de Mashiro. Depois, tivemos mais alguns meta-mangás ganhando vida, mas só recentemente tivemos uma visão “animada” e “colorida”, com TRAP. E no último episódio, voltaram os meta-animes, agora com CROW! Não vejo a hora de assistir à Otters 11 animado!

Temos aí um novo arco começando. Outros núcleos de personagens também estarão no centro das atenções. Aoki irá ganhar um novo editor, Nakai havia dito que aquele seria sua última tentativa de implantar uma carreira como mangaka. E, de acordo com o preview do próximo episódio, um personagem do passado da dupla voltará! Comecem a se acostumar com isso pois é algo que Ohba Tsugumi gosta bastante de fazer.

Por hoje é só, não deixem de comentar e até o próximo encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”!

Olá, queridos leitores! Sentiram saudades? MAS NÃO SE PREOCUPEM! CÁ […]

Arquivo Otaku 1 – Madarame Harunobu

Nome: Madarame, Harunobu (斑目 晴信)
Relacionamento: Solteiro
Origem: Genshiken (2002 – 2006, 2010 – …)

Informações:

Madarame foi o segundo presidente da Sociedade Para o Estudo Da Cultura Visual Moderna, ou Genshiken, da Universidade Shiou em Tóquio, indicado pessoalmente pelo presidente anterior graças às suas características de liderança. Apesar de dizer que não sente atração por pessoas 3D (de carne e osso), só as 2D (animes, mangás, games, etc), ele acabou desenvolvendo uma paixão pela namorada de um colega de clube, e ex-arqui-inimiga sua, Kasukabe Saki. Porém, ele nunca revelou esse sentimento a ninguém, muito menos para a própria Saki, pensando que isso poderia acabar com sua amizade com ela. Apesar de sua personalidade explosiva, ele é bem tímido. Madarame atualmente já está formado e trabalha como um típico salaryman.

Otakuzice:

Madarame é conhecido por ser um “otaku-militar”. O motivo desse apelido vem do fato da preferencia dele por Gundam, mas também por sua personalidade de “militante otaku”, facilmente observadas em suas aulas sobre hentai para Kasukabe. Seu nível de otakuzice é extremo e isso reflete muito em sua vida pessoal. Ele compra doujinshis sem olhar o preço, essa prática comumente o deixa sem dinheiro para as despesas básicas como alimentação e vestimentas. Sua magreza vem provavelmente da falta de alimentação e da baixa qualidade da mesma, já que atividade física não é o seu forte.  Mesmo depois de sua graduação, ele não consegue se desvincilhar do Genshiken e continua a aparecer na sala do clube na hora do almoço de seu trabalho e em outras ocasiões.

Nome: Madarame, Harunobu (斑目 晴信) Relacionamento: Solteiro Origem: Genshiken (2002 […]