Category Archives: Mangás

Coluna do Fred: O que foi senhor dos espinhos?

Há muito tempo atrás, em um mês distante… Um mangá foi anunciado e lançado. Era sobre um grupo de pessoas que estava com uma doença incurável e que havia sido congelado até que a cura fosse descoberta. Eles acordam em um ambiente apocalíptico e não sabem o que houve ou quanto tempo ficaram congelados, mas sabem que morrerão se não fizerem algo.

Uma premissa muito boa, interessante e que podia dar uma bela história mesmo. E deu. Até que ficou uma grande droga.

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Jogo do Rei #01 (JBC) – Avaliando Ousama Game

Jogo do Rei 01 Capa.indd A Editora JBC tem apostado bastante no gênero de suspense. Em 2013 a editora trouxe Another, O Senhor dos Espinhos e, agora, Jogo do Rei, nome escolhido pela editora para o mangá Ousama Game, publicado em 5 volumes entre 2011 e 2012 pela editora Futabansha, que você pode conhecer por ter sido a casa de mangás como Bokuman (não confundir com Bakuman) e a adaptação de Oldboy.

Porém, independentemente de onde e quando esse mangá foi publicado, ele agora está disponível nas bancas brasileiras e eu pude dar uma conferida no que ele oferece.

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A Editora JBC tem apostado bastante no gênero de suspense. […]

Super Onze Vol. 01-04 (JBC) – Uma breve avaliação

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Quando a JBC anunciou Super Onze, mangá futeboleiro para crianças, muita gente caiu em cima não tanto pelo título em si, mas pelo formato da publicação. Não era nem tankohon nem meio-tanko. Era um formato novo que visava baratear os custos por edição e, com isso, chamar a atenção não só do público que já conhece mangá, mas como o público geral. Uma estratégia para tentar ampliar o número de leitores de quadrinhos japoneses por aqui. Embora seja uma iniciativa louvável, será que ela foi acertada?

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Fanservice, uma discussão interminável…

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Essa semana o pessoal do Manga² resolveu lançar em sua edição #69 (sugestivo, não?) uma discussão sobre fanservice. A discussão foi muito boa, como é costumeiro, e me motivou a tirar esse post da pasta de Rascunhos.

Fanservice, é um termo em inglês originado entre o fandom de animes e mangás que em sua essência serve para nomear os elementos de uma série que estão ali com o claro intuito de agradar quem está assistindo. No entanto, é comumente associado unicamente ao uso excessivo de situações “sexualmente estimulantes” como calcinhas aparecendo, peitos balançando, personagens perdendo a roupa em batalha, poses erotizadas e por aí vai. É sobre esse tipo de fanservice que estarei falando sobre.

fanservice_heroesVale ressaltar que o fanservice não está presente apenas nos animes e mangás, é um costume difundido em diversas mídias pelo mundo todo. Observemos o caso da personagem de Hayden Panettiere em Heroes (2006), a líder de torcida. Seu personagem foi claramente construído para tentar extrair alguma reação dos espectadores do sexo masculino. A beleza da personagem, seu uniforme, seus trejeitos. Ainda assim, percebe-se uma tentativa de deixar estes elementos um tanto implícitos.

Um outro exemplo mais explicito que podemos usar é a personagem Poderosa, da DC Comics, conhecida pela sua força, mas também pelo seu massivo par de peitos. É engraçado ver como os autores que trabalham a personagem ficam sempre divididos em explorar a sexualidade ou fazer uma história sem sexualidade alguma, com alguns, inclusive, cobrindo o decote da personagem para não dar nenhuma margem mesmo. É engraçado como um meio-termo é raramente encontrado.

Nos animes e mangás, a grande questão do fanservice, é que, em muitos casos, com o passar do tempo, ele deixou seu caráter de “bônus” para se tornar o todo de uma obra. As pessoas não deixam de ver um Gunbuster (imagem que abre esse post, final da década de 80) porque as meninas tinham uniformes mais reveladores. Não caracterizam Cutie Honey (mangá de Go Nagai na década de 70) como uma obra inferior só por causa da cena de nudez e a super-exploração da sexualidade da protagonista. Mas por que então desprezam obras como Queen’s Blade, Kampfer, a série Monogatari, dentre outros?

fanservice_poderosA maneira de se lidar com o fanservice mudou. Os produtores perceberam que fanservice vende. Então, por que não fazer uma série inteira dedicada à isso?

— Ah, mas como fazer fanservice para uma série que não tem fãs ainda?

— Ora, se considerarmos que todo mundo é fã de ver meninas de biquíni fazendo qualquer coisa que seja, acho que podemos dizer que estamos fazendo um serviço a esses fãs, não?

— Claro! Faz todo o sentido.

Pode parecer coisa de maluco pensar assim, mas não creio que a realidade seja muito diferente disso.

O grande problema dessa questão para mim é que animes criados unicamente para explorar esse lado sexualizado da coisa raramente investem em contar uma boa história ou ter bons personagens. Eles se apoiam no fato de que só por ter um par de peitos balançando na tela ele já vai vender o suficiente para dar lucro, o que tá bom. Perde-se todo e qualquer valor atrelado aquelas obras se não o de agradar a imaginação de adolescentes babões (ou adultos babões, vá lá).

Peguemos o exemplo de Kill la Kill, um anime que tem causado uma certa polêmica recentemente por causa de seu fanservice. Você percebe que, apesar dele estar ali a todo momento, ele está integrado com a história e com aquele universo. Não é uma coisa aleatória jogada SÓ para satisfazer a otakaiada. Tem uma motivação por trás e todo aquele papo de aceitação e por ai vai. A questão é que o fanservice não controla a história, mas a história o controla.

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Mas vou ser sincero com vocês. Não me importo muito quando vejo séries se dedicando inteiramente ao fanservice. Eu não as assisto pois não quero perder meu tempo com elas tendo tantas outras séries que me interessam muito mais na lista de espera. Entretanto, eu não as condeno. Elas são séries feitas com o claro propósito de explorar o lado do fanservice. Quem vai assistir uma série dessa só o faz porque sabe o que vai receber. High School of the Dead, High School DxD, Queen’s Blade, Kampfer, etc… todos sabem o que vão encontrar. Acontece, inclusive, situações em que certas séries que a principio seriam puro fanservice se mostrando até bem legais, como foi o caso de Mayo Chiki para mim. Uma série recheada de conteúdo sugestivo, mas que se destaca por ter um desenvolvimento de personagens interessante e uma boa dinâmica entre eles.

O tipo que me incomoda mesmo é aquele inserido de maneira abrupta numa série qualquer sem ter nenhum motivo aparente e que prejudica a mesma. Nessa categoria existem dois tipos:

1) Fanservice que aparece, comumente num episódio dedicado só a isso,  entre dois momentos importantes e mais dramáticos do plot de uma série.

2) Fanservice que aparece justamente no meio de uma cena bem dramática no climax do episódio ou da série.

Infelizmente, nesse quesito, mais do que qualquer outra coisa, a discussão entre qual é o “menos pior” é realmente interminável. Pessoalmente eu acredito que o que menos me incomoda é o 1º caso. Ele serve muitas vezes ao seu propósito de “desestressar” antes de situações mais dramáticas que estão por vir ou que acabaram de terminar. Ainda assim, não dá para condenar quem prefere o 2º caso, já que era um recurso muito usado por Osamu Tezuka, que no ápice de seus dramas colocava uma piadinha aqui, uma careta alí e que funcionavam da mesma forma que os peitos surgindo do nada nos clímaxes de Fairy Tail.

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E aí é que vem a questão chave de toda essa discussão que dá pra preencher horas e horas e horas de discussão na mesa do otakubar: o maior problema do fanservice não é ele existir, ou existirem séries dedicadas só a isso, e etc, mas ao simples fato da indústria como um todo estar “investindo” nesse tipo de material com garantia de “lucro certo” e deixando de lado conteúdos mais interessante, porém mais arriscados. Ainda tem o fato de que a maioria das séries que foca nesse aspecto, esquece praticamente todos os outros. Poucas tem uma boa história e menos ainda tem personagens bem desenvolvidos. Tudo se resume a peitos e bundas e é isso que eles vão mostrar.

Obviamente existem exceções. Kill la Kill é uma delas, Shokugeki no Soma está cada vez mais legal e fazendo cada vez mais sucesso, One Piece também tem lá sua dose (ou a Nami ficar agora 24h de biquíni foi uma “progressão natural”, rs),  Macross Frontier também sofreu um pouco por causa de seu fanservice, mas logo foi assimilado e até colocado como bom exemplo de uso do mesmo…

Se já não bastasse tudo isso que eu falei aqui e o fato de existirem ainda uma infinidade de coisas para se comentar (que deixariam esse post tão intragável como uma tese de mestrado), a percepção do fanservice como aceitável ou não vai muito do pessoal de cada um. Para alguns, se é uma série com fanservice, já é imediatamente ruim. Para outros, pode ter um pouquinho aqui e ali que não tem problema se não incomodar. E tem aqueles que só veem séries com fanservice.

Fanservice é algo que sempre esteve e acredito que sempre estará presente nos animes e mangás. Cabe a cada um de nós aceitá-lo de uma maneira ou de outra. Mas eu já cansei de escrever. Provavelmente nunca mais farei um post onde eu escrevi tanto a palavra “fanservice” como esse. Quero saber a opinião de vocês sobre o tema. O que acham? Como encaram o assunto? Deixem suas opiniões nos comentários! Pois esse assunto nunca acaba…

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Primeiras imagens do novo mangá de Hayao Miyazaki!

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Bem, que o quase mitológico diretor Hayao Miyazaki anunciou sua aposentadoria dos animes nós já sabemos, mas o que alguns não sabem é que ele está trabalhando em um mangá sobre samurais no período Sengoku. O período Sengoku da história do Japão é aquele onde o país estava dividido sob o comando de diversos guerreiros que lutavam pelo controle de Kyoto, a capital da nação, se tornando assim, Xogum. É um período muito explorado nas peças culturais japonesas, e claro que o mangá não ficaria de fora.

Poucos detalhes foram divulgados sobre esta obra de Hayao Miyazaki, mas a NHK, em seu programa Professional, após fazer um retrospecto da carreira desse mestre da animação, mostrou o mesmo trabalhando em seu mangá e assim nós pudemos ter uma breve ideia de como está ficando o trabalho final! Estou realmente ansioso para saber como vai ficar no final. Se seguir a qualidade de Nausicaa já tá valendo. O que vocês acharam?

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Via Crunchyroll.

Bem, que o quase mitológico diretor Hayao Miyazaki anunciou sua […]

Hachi (Shonen Jump) – Primeiras Impressões

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Desde que eu parei de acompanhar o ToC da Shonen Jump para comentá-lo aqui no Anikenkai, eu acabei colocando a revista um pouco para escanteio frente ao tanto de obrigações que eu tinha a cumprir no meu dia-a-dia. Porém, recentemente resolvi ver por quantas ela andava e me deparei primeiramente com algumas novas séries que estrearam frente aos esperados cancelamentos de Mutou Black e Smoky B.B.. Foram elas Hachi, Hime-doll e Koi no Cupid Yakeno Harajin. Hime-doll foi o nome adotado para a serialização de Houkago Idol, vencedor da Gold Future Cup 2012, concurso onde Koi no Cupid teve menção honrosa. Já Hachi eu nunca tinha ouvido falar, o que me fez despertar o interesse. Fui conferir…

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Basicamente a história ronda em torno de Hachi, um garoto baixinho que tem grande habilidade física e um olfato extremamente apurado. Ele sempre sonhou em ser um herói, mas nunca ligou muito para a escola. Um dia, andando pela rua, sentiu cheiro de sangue e de cobra. Mais tarde, descobriu se tratar de um assassinato onde a vítima teve todo o seu sangue sugado de seu corpo. Outros vários assassinatos parecidos estavam acontecendo e quando Hachi sente o mesmo cheiro dentro de sua escola, corre para descobrir o que é e vê sua amiga de infância sendo atacada. Porém, o que ele achava ser cheiro de cobra, não era bem de uma cobra… nem ele mesmo era quem ele achava que era. Ambos eram mutantes.

Apesar da história ser interessante, o que me chamou a atenção primeiramente ao ler o mangá foram as páginas coloridas e o estilo de arte incomum que vi nelas, com “ângulos de câmera” estranhos e cores bem vivas. Infelizmente, ao dar continuidade na leitura, a arte em si me incomodou um pouco. Não que ela seja ruim, mas os ângulos alternativos acabaram por ficar exagerados se tornando não um destaque positivo, mas um negativo da obra.

hachi_02Além desse aspecto, eu ainda apontaria o fato da narrativa estar um tanto quanto confusa e poluída. Artistas como Eiichiro Oda (One Piece) tem uma capacidade incrível de adicionar infinitos elementos em seus quadros ocupando cada ponto dos mesmos. Cada elemento daqueles tem um motivo para aparecer e estar aonde está. Seja esse motivo estético, cômico ou narrativo. Porém, ao transportar essa ideia para Hachi, eu já sinto que, novamente, ficou algo forçado e só estando ali por estar, para ocupar espaço, para querer mostrar uma habilidade no domínio da técnica. Uma faca de dois gumes que acabou ferindo o espadachim nesse caso.

Mas, como eu disse anteriormente, a história até que é interessante e isso já conta bastante. Eu gostei da ideia dos mutantes não serem “mutantes” de fato, mas sim uma espécie de semi-deus, como eu consegui entender pela trama. Até o lance do porquê deles terem aparecido em massa agora é meio que explicado (o lance do suquinho lá). Outra coisa que empolgou nesse primeiro capítulo foi o a suposta heroína, a amiga de infância de Hachi, quase morre e não de modo que o leitor ache que ela vai se salvar, mas muito pelo contrário, do modo de crer que ela vai morrer mesmo no primeiro capítulo, sendo esse o grande clímax.

Infelizmente, inevitavelmente acabei fazendo comparações com Ao no Exorcist (aka Blue Exorcist), que atualmente está sendo publicado no Brasil pela JBC). Em ambas as séries nós temos um protagonista que descobre não ser quem ele achava que era, se mostrando um verdadeiro monstro, mas decide usar seus poderes para proteger quem eles gostam e não para fazer o mal. Com o tempo vão descobrir que eles não são os únicos a ter poderes parecidos e que existe algo muito grande por trás de tudo. E, se tratando de avaliação geral, Ao no Exorcist dá uma lavada em Hachi.

O novo mangá da Shonen Jump se esforça para se fazer notar. O esforço excessivo, no entanto, fica evidente neste primeiro capítulo, o que acaba deixando-o sobre-carregado, poluído e cansativo. A série já conta com 10 capítulos publicados em japonês e os resultados da mesma no ToC tem sido desastrosos. Provavelmente não vai tardar em ser cancelado. Para sorte dele, Hime-doll e Kuro Kuroku parecem estar em situação pior e serão cancelados primeiro.

Desde que eu parei de acompanhar o ToC da Shonen […]

2013, o ano que Initial D acabou

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Caaaaara, na boa. Essa me pegou. 2013 já viu o final de Deadman Wonderland, Soul Eater… Até Evangelion! Não dá pra dizer que foi um ano sem emoções e finais vergonhosos e ridículos, mas nesse meio um se destaca: Initial D.

Initial D estava em publicação só ha dezoito anos. Dezoito anos de corridas, rachas, batidas e dramas juvenis que renderam várias séries, ovas e até um filme com atores reais (lançado aqui com o nome de RACHA – VELOCIDADE SEM LIMITES — BASEADO NA HQ: MANGÁ). Initial D era não só uma série de sucesso, era A série pra quem se interessava por carros. Era o Slam Dunk das corridas. Eu nunca fui fã de carros, mas não dá pra não se emocionar vendo as batalhas de Takumi e seu Trueno 86 contra os outros carros na descida de Akina.

E agora… Acabou? Como? Bem…

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Caaaaara, na boa. Essa me pegou. 2013 já viu o […]

Tiger & Bunny Vol. 01 (Panini)

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Tiger & Bunny é um mangá que saiu pela Panini baseado em um anime de uns dois anos atrás. Conta a história de um mundo onde os heróis são patrocinados por companhias e participam de um programa que os filma lutando contra criminosos pra ganhar pontos e ficar famosos. Wild Tiger é um herói decadente que é salvo por um herói novo sem nome chamado Barnaby, a princípio, os dois não se bicam, porém, os dois acabam se tornando parceiros devido a obrigações contratuais!

Eu não vi o anime, antes de tudo. Até por isso que decidi dar uma chance pro mangá, já que me lembro que na época ele teve um sucesso relativo. O que posso dizer? É legal. Não ofende e é bem aprazível.

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Tiger & Bunny é um mangá que saiu pela Panini […]

Mirai Nikki – MEA CULPA!

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E aí, galera? Faz tempo, heim? De acordo com o sistema do wordpress, faz quase 3 meses que eu fiz a última coluna do Fred. Uma eternidade, mas tem horas que é complicado mesmo… Mas não quer dizer que abandonei completamente o Anikenkai ou escrever textinhos. Só faltava tempo mesmo. Vamos aproveitar agora que temos.

Há um tempo atrás, eu fiz uma resenha sobre a primeira edição de Mirai Nikki, dizendo que era provavelmente um dos melhores mangás da banca e comparei a 20th Century Boys. Faz um bom tempo que penso sobre como falei besteira nesse dia…

Mas isso quer dizer que é ruim? Não!

Não posso negar que me entusiasmei com o conceito da série. Ainda que fosse um Battle Royale maluco (o que muitos comentários mencionaram) eu achei que tinha um grande potencial pelo fato de que os diários davam brecha pros personagens fazerem grandes planos, se adiantarem, um verdadeiro jogo mental. Eu gosto muito desse tipo de história (inclusive meu mangá preferido é Hunter x Hunter, o maior exemplo shounen de um jogo mental psikolóziku bem feito) e na hora Mirai Nikki me pareceu que ia ser bem nesse estilo.

Agora a JBC já está no número 6 e posso dizer que apesar de ainda haver algumas batalhas entre mentes e uso de táticas, grande parte do mangá é relacionado ao fato de que uma menina é MALUCA e que o personagem principal não tem nenhum tipo de atitude, seja boa ou ruim. Temos também alguns coadjuvantes que estão até aparecendo mais, mas no âmbito central da história eles são quase que inexistentes ainda.

Porém, uma coisa que não dá pra negar é que Mirai Nikki sabe prender bem o leitor. Tem sempre um misteriosinho jogado aqui, uma citação ali e quase sempre a edição termina numa batalha. É o velho método Lost “Jogue perguntas e espere que as pessoas se interessem” e, honestamente, é difícil não se empolgar um pouco com os rumos que a história toma e como ela vai terminar.

Tem alguns momentos que são vergonhosos e outros que são realmente bem feitos. Após ler e ver bem o que a série tem a oferecer, é difícil botar num mesmo patamar que clássicos como 20th Century Boys. Mirai Nikki não tem um décimo da profundidade que uma obra dessa possui, mas também não precisa. Ela diverte e cumpre seu papel… Agora, eu tenho que admitir, estava muito errado bancando tanto pra uma história que com o tempo se mostrou bem rasa e unidimensional.

E aí, galera? Faz tempo, heim? De acordo com o […]