Conhecendo o projeto “Ciência sem Fronteiras”

Animes e mangás são divertidos, mas não é só disso que o Japão é feito. Por lá temos algumas das melhores  universidades do mundo e hoje tive a oportunidade de ouvir representantes de algumas delas apresentarem suas qualidades numa iniciativa da UFRJ para introduzirem o projeto Ciência Sem Fronteiras a seus alunos. Essas são minhas impressões do evento e do projeto.

Às 08:45, com um auditório lotado, e na presença do Reitor da UFRJ, Prof. Carlos Antônio Levi da Conceição, do Reitor do Centro de Tecnologia da UFRJ, Prof. Walter Suemitsu, do Sub-secretário do ministério de Educação, Cultura, Esporte e Ciência do Japão, Tomohiro Yamano, e do Consul Geral do Japão no Rio de Janeiro, Masaru Watanabe, foi dado início à palestra.

No decorrer da mesma, tivemos representantes das seguintes universidades japonesas introduzindo seus campus e seus programas para estudantes estrangeiros (em ordem de palestras):

Hokkaido University
Tohoku University
University of Tsukuba
University of Tokyo
Yokohama National University
Nagoya University
Osaka University
Kyushu University
Shibura Institute of Technology
Waseda University

Ao final, duas coisas ficaram claras. Primeiro que pouquíssimos brasileiros se aventuram em estudar no Japão, um fato curioso para um país com uma colônia japonesa tão extensa e uma influencia tão representativa da cultura pop do país. Segundo que as universidades de lá estão extremamente interessadas em receber estudantes brasileiros e excitadas com o projeto proposto pelo Governo Federal.

Falando do Ciência sem Fronteiras um pouco, trata-se de um programa federal para distribuição de bolsas de estudos não só para o Japão, mas para universidades do mundo inteiro interessadas em receber estudantes brasileiros. Visitem o site do projeto e confiram as regras para participar e mais detalhes.

Voltando para a palestra que assisti, fica claro o interesse tanto do Governo quanto das Universidades em atrair alunos para cursos, majoritariamente, de engenharia, física, química e tecnologia no geral. Quase nenhuma das universidades mencionou a área de ciências humanas em seus discursos.

Quanto ao medo do idioma japonês, fator que afasta muitos estudantes de lá, podem ficar tranquilo. O grande foco da palestra foi mostrar que existem inúmeros cursos, nessas áreas prioritárias, ministrados totalmente em inglês, principalmente para mestrados e doutorados.

Mesmo não sendo minha área de atuação, fiquei muito interessado nos programas apresentados e acho que vocês, leitores, se estão nessa área de tecnologia, deveriam considerar fazer um mestrado ou um doutorado numa universidade japonesa (ou até mesmo em qualquer outro lugar do mundo). Não percam essa oportunidade. E de quebra, vocês aprendem um pouco do idioma japonês e poderão aproveitar o hobby de vocês de perto da fonte.

Sobre Diogo Prado

Tradutor, professor, host do Anikencast, apaixonado por quadrinhos, apreciador de jogos eletrônicos e precoce entendedor de animação japonesa.

Você pode me achar no twitter em @didcart.

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6 thoughts on “Conhecendo o projeto “Ciência sem Fronteiras””

  1. Opaaa!! Até estranhei um pouco essa pauta ahsUAHSUIhusiIUAS Mas eu já estava sabendo ^^…

    Pretendo me escrever no próximo ano parar tentar ir… a inscrições para quem quer ir em Janeiro estão ocorrendo agora já. Pena que minha universidade não tem convênio com o Japão. Lá é mais Europa tipo Espanha e Portugal. Mas realmente é uma ótima oportunidade, principalmente de quem não pode pagar, para estudar no exterior.

  2. Além do Ciências Sem Fronteiras, todo ano o MEXT (Ministério de Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão) oferece bolsas de graduação e pós-graduação pra brasileiros (a desvantagem é que, diferente das graduações-sanduíche do CSF, são bolsas pra cursos completos).

    Tem que olhar nos sites de cada consulado/embaixada, mas aqui está o de São Paulo pros devidos interessados:
    http://www.sp.br.emb-japan.go.jp/pt/cultura/bolsa1.htm

  3. Eu assisti a palestra na Usp, aqui em São Paulo, achei interessante até pq algumas estão ligadas a grandes feitos ou areas comerciais, como a de Nagoya que é rodeada pelas industrias de automoveis e (nao lembro o nome da outra agora) que houve o projeto do exoesqueleto, fora que algumas tmb deve ser muito boas de se morar como a hokudai ou a de kyushuu pelas fotos o lugar era muito bom, mas de qualquer jeito fazer uma faculdade la deve ser muito bom, só acho dificil depender do governo brasileiro pagar as bolsas mensalmente.

  4. Se minha área de estudo estivesse incluída, eu já estaria estudando japonês loucamente e me preparando pro ciência sem fronteiras desde antes de entrar na universidade. Se eu não em engano, pro Japão não tem graduação.

  5. Vale lembrar que essas palestrar foram realmente para apresentar as univercidades para nós, o programa do ciencia sem fronteiras não está limitado a um curso ou a uma área em especifico, qualquer curso pode fazer, a unica questão é que é mais facil existir aulas ministradas em ingles nos cursos mais tecnicos que geralmente é o foco.

  6. Eles sempre deixam claro que se interessam por tecnologia. MUITO CLARO até, mas quando vamos ler os textos a respeito do ciência sem fronteiras, algumas fontes apenas dizem que eles só aceitam aquelas áreas, e outra já dizem que essas áreas são prioritárias, mas não negam a possibilidade. Deve ser muito difícil alguém fora das engenharias conseguir entrar.

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