Tag Archives: Shonen Jump

Shonen Jump – Procura-se herdeiros…

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A Shonen Jump, até hoje, sofre com o “trauma Dragon Ball”. Quando a série de Akira Toriyama reinava na revista, sua tiragem era de incríveis 7 milhões de cópias semanais. Ao terminar, Dragon Ball levou consigo metade desses leitores. Para piorar, Slam Dunk, de Takehiko Inoue (REAL, Vagabond) terminou pouco tempo depois e levou mais uma boa parcela dos leitores embora. Resumo da obra: A Jump perdeu muito, mas MUITO leitor da noite para o dia. Hoje, a revista se estabilizou em louváveis 3 milhões de cópias semanais graças a três mangás: One Piece, Naruto e Bleach, o que muitos leitores recentes de mangá conhecem como OS TRÊS PILARES DA SHONEN JUMP.

No entanto, apesar dessa “estabilidade”, o departamento editorial da revista sabe que é preciso preparar herdeiros para segurarem as pontas quando do eminente final dos Pilares. Precisam preparar a revista para evitar outro trauma… e parece que eles estão conseguindo.

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Os novos da Jump: “Shinmai Fukei Kiruko-san” e “Shokugeki no Soma”!

Há quem acredita que Shonen Jump é só One Piece, Bleach e Naruto. Só que não é. Existem um monte de outras séries que aparecem nas páginas da revista. Recentemente tivemos uma leva muito boa de estreias, dentre as quais se destacam Ansatsu Kyoushitsu e Nisekoi. É claro que qualquer nova estreia agora viria com atenção total para sabermos se seriam ou não melhores do que essas duas novas queridinhas. É nesse cenário que apareceram Shinmai Fukei Kiruko-san e Shokugeki no Soma, duas séries bem diferentes, mas que lutam pelo mesmo objetivo comum, agradar os leitores da Shonen Jump!

Shinmai Fukei Kiruko-san

Carinhosamente chamada por mim de “Policial Novatinha Kiruko-san“, a série estreou conquistando uma grande base de fãs online. Inúmeras fanarts pipocaram por todo o mundo como há muito não se via para uma nova série. Será que ela era realmente tão boa? Fui conferir…

Achei bem mais ou menos.

Haruki é um policial em Hamigawa, uma pacata cidade interiorana. Tudo fica de pernas pro ar quando chega à delegacia a novata Kiruko, uma ex-mercenária de guerra. Acontece que Kiruko achava que Hamigawa seria um lugar super-tecnológico e cheio de ameaças para testar suas habilidades… grande engano… não deve haver cidade mais pacata que Hamigawa… até então.

Uma história bem batida, não? Mas por que todo o alarde em cima desse mangá? Eu tinha que saber… pensei, pensei, pensei… KIRUKO!

O pessoal não ficou viciado no mangá Shinmai Fukei Kiruko-san, mas sim na própria Kiruko. E, não tem como negar, ela é uma personagem divertida. Completamente doida, as caras que ela faz durante o mangá deixam claro isso., e porradeira… e com peitos… grandes peitos… o mangá faz questão de deixar isso claro visual e verbalmente. É… dá pra entender o fascínio momentâneo pela personagem.

No entanto, a história em si é bem mais ou menos. Achei esse primeiro capítulo bem entediante até. O ritmo narrativo não me atraiu. Pode ser que isso melhore nos outros capítulos, só li o 1º, mas não apostaria minhas fichas nisso. Provavelmente será aquele tipo de mangá que dá uma explosão de popularidade no começo e não consegue segurar.

Shokugeki no Soma

Ah, que mangá divertido. Perdoem-me por já começar dando minha opinião, mas é verdade.

Souma trabalha no tradicional e modesto restaurante de seu pai. Seu grande objetivo é superar seu pai na cozinha e herdar o restaurante. Porém, um dia, o restaurante é atacado por alguns criminosos que estavam interessados em comprar o terreno. Souma consegue reverter a situação e salvar o restaurante.  Seu pai, no entanto, decide fechar o restaurante, mas não pra sempre. Ele irá para fora da cidade, ajudar no restaurante de um amigo, e Souma irá para uma escola de gastronomia. Só que há muito mais por trás de seu pai e dessa escola do que ele pensava.

É um mangá sobre comida, isso logo me deixou interessado, mas fiquei curioso mesmo foi porque disseram que o mangá estava recheado de fanservice. Como inseriram fanservice num mangá de comida? Tinha que conferir.

Para minha sorte e a de todos os leitores, o fanservice de Shokugeki no Soma é daqueles que colabora para a  história e para os momentos de comédia. Não é algo simplesmente jogado a esmo e não o principal do mangá.

Diferente de Kiruko-san, eu gostei bem mais do ritmo e da narrativa desse mangá. A história parece melhor contada e a arte mais bem trabalhada. Os autores não estão em seu primeiro trabalho. Tsukuda Yuuto (roteiro), já tinha publicado um mangá de futebol em 2010 na própria Jump, mas que foi cancelado com apenas dois volumes. Yuuto decidiu se dedicar só a escrever e chamou o desenhista Saeki Shun, que até então só tinha publicado mangás com conteúdo adulto sob o pseudônimo tosh, para essa nova empreitada.

A junção deu certo e Shokugeki no Soma, pelo menos pra mim, foi divertido pra caramba de ler e eu espero que continue por bastante tempo pois tem o que ser explorado. Sem contar que eu vou adorar testar em casa as receitas que aparecem no mangá!

Concluindo

Dois mangás BEM diferentes, fato, mas, para mim, Shokugeki no Soma é o único que tem chances, a longo prazo, de se manter. Kiruko-san é legal, mas só isso. Não me chamou a atenção e nem me deixou empolgado para continuar lendo. No entanto, recomendo que leiam ambos e tirem suas próprias conclusões! Não deixem de postá-las aqui embaixo depois, é sempre bom trocar opiniões!

Ah, e só comparando brevemente, nem um desses novos tem chance, pelo menos por enquanto, de ameaçar a soberania novatinha de Ansatsu Kyoushitsu e Nisekoi

Há quem acredita que Shonen Jump é só One Piece, […]

Analisando “Nura, Ascensão do Clã das Sombras” (JBC)

O lançamento de Nurarihyon no Mago era esperado há muito tempo por aqui. Só precisavamos saber por quem ele viria. Enquanto a Panini ficou com Beelzebub, a JBC foi a responsável por trazer NuraMago para as bancas brasileiras. Com o título de Nura, Ascensão do Clã das Sombras, este mangá chega com um misto de reações.

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O lançamento de Nurarihyon no Mago era esperado há muito […]

Analisando “Beelzebub” (Panini)

Lançado em outubro, o novo mangá da Panini, Beelzebub, não atraia tanto a minha atenção. Vi o anime e fiquei um tanto decepcionado pela repetitividade das temáticas do mangá. Porém, resolvi conferir a primeira edição pois o mangá tem tantos fãs que deve ter algo de especial.

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Lançado em outubro, o novo mangá da Panini, Beelzebub, não […]

Anikencast #011 – Vamos falar de Shounen!

Nesse podcast recheado de conteúdo, Diogo Prado e Starro se juntam a estranhow e ojudeuateu, do podcast Manga², para falar sobre o mais popular gênero demográfico de mangás: o shounen! Uma discussão sobre o passado, o presente e o futuro! Um Anikencast que tomou um rumo que nenhum dos presentes achava que iria tomar. Só ouvindo pra entender! Então não perca tempo e vá conferir!

Depois de ouvir, não deixe de mandar um email com seus comentários, críticas e sugestões para [email protected] ou deixe um comentário aqui mesmo nesse post! Eles são muito importantes para nós! E se gostou, divulgue! Se não gostou, divulgue também!

Links mencionados nesse Anikencast:

Trailer BIZARRAMENTE RUIM de Jojo’s Bizarre Adventure

 [INFELIZMENTE O ARQUIVO DO ANIKENCAST #011 SE PERDEU NO TEMPO-ESPAÇO. QUE DESCANSE EM PAZ.]

 

Nesse podcast recheado de conteúdo, Diogo Prado e Starro se […]

25 years with Jojo: Um tributo de diversos mangakás à clássica série de Hirohiko Araki

Jojo’s Bizarre Adventure, mangá de Hirohiko Araki, está fazendo 25 anos de puro charme e elegância desde sua estreia. A série (contando todas as suas fases) já conta com mais de 100 volumes encadernados, 6 light novels, 2 OVAs, 1 filme animado, além de drama CDs e video-games. Não dá pra descartar a presença de Jojo na “mangasféra” e para comemorar essa data mais que especial, afinal não é todo dia que uma série faz 25 anos, vários conhecidos nomes da indústria, incluindo Oda (One Piece), Kishimoto (Naruto), Toriyama (Dragon Ball), Ohba e Obata (Death Note, Bakuman), dentre tantos outros, se empenharam em desenhar um singelo tributo à obra. Estes, por sua vez, foram reunidos e publicados num livreto que acompanhou a edição de Outubro da Ultra Jump (o da imagem acima). Esses desenhos você confere nesse post… vale lembrar que Araki irá retornar à Shonen Jump depois de anos afastado da revista com um one shot e publicará um artbook! Agradecimentos ao Dios do Romance Dawn por ter me motivado a correr atrás dessas imagens graças a esse post!

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Jojo’s Bizarre Adventure, mangá de Hirohiko Araki, está fazendo 25 […]

Coluna do Fred: Um breve Bakulove…

Bakuman é um mangá que, pro bem ou pro mal, sempre se destacou. Dos mesmos autores de Death Note, mas com uma temática mais leve e shonen, Bakuman sempre teve essa “aura” de algo diferente. Na mesma revista você tinha Naruto, One Piece, Toriko, Bleach e… Bakuman? Um mangá sobre mercado de mangás?

Vindo do pedigree de Ohba e Obata não dava pra esperar que fosse algo normal, mas sem dúvida o resultado quebrou qualquer expectativa possível. Apesar de ser uma quebra de paradigmas na revista, ainda tínhamos todos os clichês de mangás para garotos: Garoto com um sonho e um familiar como ídolo, faz promessas, lutando e se tornando bom naquilo que faz, a procura de ser o melhor. Quem quiser fazer um resumo porco sobre um mangá da Jump pode falar isso da maioria das séries. Só faltou o pai do Mashiro se revelar o Akira Toriyama no fim pra ser derrotado numa batalha mangá em seguida.

Mas com o tempo Bakuman se mostrou muito mais que isso e nunca se limitou a ficar só nesse marasmo. Ainda que os personagens tivessem seus objetivos bem definidos e que, apesar de haver algumas adições, continuam se mantendo até o fim, sempre houve a variação necessária para que o mangá mantivesse o interesse dos leitores. Vemos os personagens crescendo, conhecendo novas pessoas, tendo felicidades, tristezas, desilusões, amando e chorando.

Isso é o que sempre foi o grande pulo do gato na série: O sentimento de se importar com os personagens. Todo mundo gostou de saber mais sobre como funciona o mercado editorial da Shonen Jump, coisas e metodologias que ninguém sabia e, considerando como japoneses são reservados, nunca seriam ditas, mas sem ter as personalidades que carregam as páginas do mangá, como Shujin, Eiji e Hiramaru, a série não duraria o quanto durou. Curiosidade inicial pode te levar até tanto e Bakuman conseguiu uma grande façanha de ser um mangá com uma temática completamente underground e com rankings iniciais bem baixos, conseguir não só fazer um sucesso razoável como se tornar um dos pilares que categorizavam a Jump.

Bakuman já acabou e mesmo tendo um final corrido e completamente do nada, conseguiu fazer aquilo que os personagens tanto queriam: Mudar a Jump, ainda que por pouco tempo. O próprio mangá deles era a realização do objetivo dos personagens e isso é algo que merece todo respeito. O caminho pode ter sido duro,  especialmente na parte que eles tentaram fazer o mangá de comédia, mas no fim das contas, foi uma corrida que valeu a pena.

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*Este post faz parte do #JumpWeekend, evento dos blogs para comemorar os 44 anos da Shonen Jump!

Bakuman é um mangá que, pro bem ou pro mal, […]

Quando você achou que já tinha visto de tudo: Uma academia… de poses… de JoJo!

Muito dificilmente vocês não sabem o que é Jojo. Provavelmente já devem ter se deparado com imagens como essa…

O mangá escrito por Hirohiko Araki começou a ser publicado em 1987 na Shonen Jump e depois passou para a Ultra Jump onde está até hoje. A história não é uma só desde o começo. Existem várias “fases” que um dia, com mais calma e num post só pra isso eu posso explicar para vocês.

Acontece que estava eu conversando com um amigo meu quando navegando pelo vasto mundo da internet nos deparamos com o seguinte…

Descobrimos que no Japão existe uma academia dedicada a reproduzir as poses do mangá Jojo’s Bizarre Adventure! Não estou de brincadeira. Taí algo que só o Japão pode fazer por você. E os membros da academia reproduzem desde as poses mais fáceis até as mais difíceis.

httpvh://www.youtube.com/watch?v=h_AsRvFLxZk

E vocês? O que acharam da Academia de Poses de Jojo? Se matriculariam para as aulas? Acham que é uma boa atividade física?

Para verem mais fotos, visitem o site (em japonês) clicando aqui e para ver fãs ocidentais reproduzindo os trabalhos da Academia, clique aqui. Não deixem de comentar!

Muito dificilmente vocês não sabem o que é Jojo. Provavelmente […]

BAKUMAN – O Final

ATENÇÃO! Esse post pode conter spoilers da série BAKUMAN, publicada semanalmente na Shonen Jump e atualmente em publicação pela editora JBC aqui no Brasil. Continue a ler só se estiver atualizado com a série ou não se importar com spoilers. Obrigado.

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BAKUMAN, escrito por Tsugumi Ohba e desenhado por Takeshi Obata, publicado na revista semanal Shonen Jump desde Agosto de 2008, encerrou sua história três anos e oito meses depois, com 176 capítulos compilados em 20 volumes encadernados.

Quem acompanha o Anikenkai sabe que BAKUMAN sempre esteve presente nesse blog. Existe, por sinal, uma categoria inteira de posts dedicada à série aqui. Dá para perceber que a série é realmente querida por mim e, por causa disso, ver seu fim jamais seria algo 100% prazeroso, mas ainda assim, dependendo de como as coisas fossem amarradas, o gosto amargo poderia se tornar um suave agridoce.

Mas não foi isso que aconteceu. Vamos por partes…

O capítulo final começou muito bem, trazendo o título do primeiro capítulo levemente modificado para comportar um importante “10 anos depois”. A imagem colorida de Mashiro e Miho em trajes de casamento recepcionavam o leitor para um capítulo que prometia ser memorável… mas prometia por quê? Será que era só eu que achava isso? Será mimimi bububu de fanboy? Não…

Acontece que BAKUMAN sempre foi um mangá metalinguístico, isso é, dialogava constantemente com a realidade e seus acontecimentos. Em seu arco final, a dupla Mashiro e Takagi criaram um novo mangá para competir com o novo trabalho de Niizuma Eiji. Nascia Reversi, uma alusão direta a Death Note, onde era travado uma luta entre o bem e o mal encarnados na pele de dois demônios com visões bem diferentes do mundo e da humanidade. A série foi um estouro e logo eles receberam uma proposta para fazer um anime. Entra em cena a heroína Miho. Ela passa por uma enorme provação e consegue se sobressair e ganhar papel de destaque na adaptação animada. Mashiro e Miho tinham finalmente realizado seus sonhos, podiam se casar… mas ainda havia uma situação… a história que Takagi criou estava se aproximando de seu climax e a dupla entendeu que era por bem encerrar sua série sem enrolação, entregando aos seus leitores uma série curta porém de altíssima qualidade. Os dois, após convencerem seu editor e o editor-chefe, decidem por se focar na última página de seu mangá pois, como eles mesmos disseram, “a última cena de um mangá é importante, afinal de contas, você pode até dizer que a obra é uma obra-prima ou um fracasso dependendo só dessa cena específica”. E eles entregam, um final épico para Reversi, que surpreende a tudo e a todos e deixa seus leitores contentes, apesar de ser o final.

Voltando para o mundo real, se Ohba e Obata colocam nas páginas de seu gibi uma afirmação categórica como essa, era de se esperar que eles estavam preparando algo épico para o encerramento. O fato do Mashiro ter até pedido dinheiro emprestado para se preparar para a Hora H ainda tornou tudo maior! O que ele iria fazer com tanto dinheiro? Uma mega-festa de casamento. A IMAGEM EM CORES DO ÚLTIMO CAPÍTULO SUGERE ISSO! Lá estariam todos os personagens, interagindo, apreciando o momento que foi construído durante toda a série… mas como já disse anteriormente, não foi isso que aconteceu.

Os autores entregaram um último capítulo agradável, fato, mas muito aquém de ser o final épico que os fãs esperavam. Na verdade, quando acabaram as páginas eu não consegui deixar de me perguntar “Ahn? Não tem mais nada?”… o final escolhido pelos autores, apesar de fofinho, não foi suficiente para fechar uma obra como Bakuman. Eles basicamente esqueceram todo o desenvolvimento que propuseram no decorrer da série e voltaram às origens para só fechar, de verdade, o plot do relacionamento entre Mashiro e Miho. E a carreira deles como mangaká? Não é dada nenhuma procedência? Como que fica…?

Pois é… BAKUMAN foi uma excelente série. Apesar de altos e baixos o saldo foi bem positivo. Assim como o Denys falou em seu post para o Gyabbo, uma boa série com um final ruim.

E que tal falarmos um pouco sobre os pontos positivos da série? Pois eu não estaria fazendo esse post aqui se a série fosse ruim, eu teria parado há MUITOS capítulos atrás.

Antes de entrar nesse ponto, um pouco de história pessoal…

Mais pro final de 2008 eu já estava a cursar a primeira metade do meu curso universitário, no caso, Comunicação Social. Foi nesse período também que comecei a trabalhar dando aulas. Minha cabeça na época começou a ficar cheia de observações sobre a minha vida. Para começar, se a faculdade onde eu estava era o que eu realmente queria fazer da vida e o meu novo trabalho havia me aberto os olhos para algo que eu sempre gostei de fazer, ensinar os outros, de buscar e compartilhar conhecimento.

BAKUMAN estreou e me pegou com a guarda-baixa trazendo como primeira cena um menino questionando justamente as decisões para seu futuro. Acompanhei desde então sem falta por 176 volumes e como minha vida mudou.

Primeiro que apesar deu estar concluindo a faculdade de Comunicação Social, percebi que o que mais gosto de fazer na vida é estudar, é buscar conhecimento e, por conseguinte, compartilhá-lo com outras pessoas. A parte teórica dos estudos me atraíram muito mais que as partes práticas, algo inconcebível para o “eu” de anos atrás. Esse ano dei início ao curso de Letras e pretendo seguir na carreira acadêmica mesmo que esta seja mais arriscada que a já preocupante carreira jornalística. Eu estou disposto a encarar esse desafio e, como aparece em BAKUMAN, o importante é ser bom. Se você for bom, você terá sua vez.

E quero deixar bem claro para vocês que eu não coloco BAKUMAN como uma bíblia sagrada que mudou minha vida, as mudanças independeriam da série ou não, mas foi agradável acompanhar uma história onde os protagonistas enfrentam dificuldades e dúvidas bem parecidas com as que eu tive ou ainda tenho. Apesar de romantizado, o mangá é verossímil em sua temática.

Para fechar esse post especial, deixo meu obrigado ao Ohba-sensei e ao Obata-sensei por terem feito essa série para nós e deixar registrado que torço para que o final “corrido” de BAKUMAN seja sinal de que eles já estão com outros projetos em mente e querem começar a trabalhar neles o mais rápido possível. Irei lembrar dessa série como algo marcante. Mais do que foi Death Note. Chegando quase ao nível do que Genshiken representa para minha formação como leitor e fã de mangás.

Outras impressões do final da série em:

Gyabbo!

Maximum Cosmo

ATENÇÃO! Esse post pode conter spoilers da série BAKUMAN, publicada semanalmente […]

É… parece que Bakuman está realmente perto do fim…

ATENÇÃO! Esse post pode conter spoilers da série BAKUMAN, publicada semanalmente na Shonen Jump e atualmente em publicação pela editora JBC aqui no Brasil. Continue a ler só se estiver atualizado com a série ou não se importar com spoilers. Obrigado.

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No final de março eu escrevi um post indagando os leitores quanto a Bakuman estar ou não estar rumando para seu fim. Naquele momento eu analisei a situação e defendi que ainda havia muita coisa para ser contada no mangá. Porém meu pensamento mudou…

Nos últimos dias, o Manga News Japon, um dos sites mais respeitados de notícias sobre mangás no ocidente, divulgou em seu twitter que Bakuman estaria para terminar no meio de Maio. Claro que isso gerou um buzz infernal na otakusfera e eu tive que responder algumas perguntas de leitores querendo saber minha opinião sobre o assunto. Eu evitei de falar muita coisa, preferi esperar para ler o próximo capítulo da série e tirar minhas próprias conclusões. O twitter do MNJ ainda postou novamente sobre o fim da série, mas eu preferi esperar.

O capítulo chegou e era hora deu lê-lo com muito cuidado. Não deu outra… mais do que qualquer notícia do MNJ, os autores, Ohba e Obata, me convenceram de que a série estava chegando ao fim.

Bakuman sempre foi uma série muito metalinguística e autobiográfica. Era comum eventos que aconteciam em seu universo se relacionarem quase que diretamente a eventos da vida real. Quando se trata da vida profissional da dupla Ashirogi Muto então, é quase que uma cópia descarada da vida dos próprios autores.

Tendo isso em mente, vamos avaliar o final do mangá Reversi, o mais recente trabalho da dupla Ashirogi Muto dentro da série. Mesmo lutando contra o departamento editorial, os dois teimaram por encerrar o mangá em seu climax. Eles sabiam que depois da luta entre os dois personagens principais, não haveria mais espaço para continuar a história de maneira decente. Foi então, que, na cena final do duelo entre os dois, a série chegou ao seu fim.

Após esse encerramento magistral, com uma cena final incrivelmente bem desenhada e planejada, a dupla só tinha mais um desafio a cumprir: passar Eiji no número de vendas dos volumes encadernados.

Sim, Miho havia ganhado o papel da heroína no anime, Ashirogi Muto ficou várias vezes em primeiro lugar nos rankings da Shonen Jump, os sonhos de Mashiro e Miho haviam se realizado mas o mangá não podia acabar sem essa vitória em cima de Niizuma Eiji. A carreira dos dois estaria incompleta se eles nunca tivessem ficado de verdade acima de seu maior rival, por um breve momento que seja. Não bastava ganhar nos rankings, tinha que ser realmente superior, vencer em todos os aspectos.

Não demorou nem algumas páginas e a notícia chegou…

Os volumes finais de Reversi foram um sucesso absoluto e as vendagens superaram a de ZombieXGun, mangá de Eiji. Pronto, aí estava… o resultado do grande duelo final entre Ashirogi Muto e Niizuma Eiji. A grande batalha aconteceu e os protagonistas saíram vitoriosos.

O palco ficou então montado para Ohba e Obata encerrarem a série. Tudo que eles precisam agora é de uma grande cena, um GRAN FINALE, uma grande cena para encerrar BAKUMAN, assim como seus personagens encerraram Reversi.

O casamento de Mashiro e Miho…

É, queridos leitores… nos restam apenas uns 4 ou 5 capítulos para o fim profetizado pelo MNJ no meio de maio. Tempo suficiente para Mashiro pedir a mão de Miho em casamento e a festa acontecer. Estamos chegando mesmo no fim. Como fã, ao mesmo tempo eu fico triste e feliz.

Vale lembrar também que eu defendi bastante o fato de muitos outros personagens secundários não terem tido “finais” ainda, mas se vocês pararem para analisar esse último capítulo (175), muitos deles foram citados e meio que “encaminhados”…

Estou torcendo para que Bakuman termine da melhor maneira possível. Foi uma série que me deixou muito feliz. Teve seus momentos altos, seus momentos baixos, mas sempre me agradou. Fico feliz de ter acompanhado desde o capítulo 1, lá em Agosto de 2008… desde então cerca de quatro anos se passaram.

Mas vamos parar de ficar nostálgicos antes da série realmente acabar não é? Temos ainda um mês pra curtir as aventuras da dupla Ashirogi Muto! Vamos aproveitar esse finalzinho ao máximo!

ATENÇÃO! Esse post pode conter spoilers da série BAKUMAN, publicada semanalmente […]