O lançamento de Nurarihyon no Mago era esperado há muito tempo por aqui. Só precisavamos saber por quem ele viria. Enquanto a Panini ficou com Beelzebub, a JBC foi a responsável por trazer NuraMago para as bancas brasileiras. Com o título de Nura, Ascensão do Clã das Sombras, este mangá chega com um misto de reações.
Rikuo Nura tem 1/4 de sangue youkai (tipos de demônios da mitologia japonesa). Seu avô é o chefe de um importante clã de youkais e quer preparar o neto para herdá-la no futuro como seu sucessor direto. No entanto, o menino não parece demostrar nenhum interesse e nem aptidão para essa coisa de aterrorizar humanos. Porém, para salvar seus amigos, ele revela sua face youkai e todo o poder que o nome de sua família traz. Mas será que só isso é suficiente?
Ao terminar de ler Nura eu fiquei com um “gosto agridoce na boca”. Eu achei interessantíssima a forma como o universo youkai foi tratado, bem parecido com um estilo Yakuza de ser, dividido entre clãs, tendo reuniões entre os chefes, etc. Porém, ao mesmo tempo, eu achei que o desenvolvimento, principalmente do personagem principal, poderia ter sido melhor. Rikuo me pareceu um personagem muito genérico, sem carisma. Tudo bem que é só o primeiro volume, mas, querendo ou não, foi algo negativo.
Por sorte, todo o entorno de coadjuvantes e ambientação me deixou bem interessado em continuar lendo. A arate de Hiroshi Shiibashi é bem afiada, trazendo designs de personagem criativos e re-leituras interessantes de vários youkais “famosos” como o Kappa e a Yuki Onna (Mulher das Neves).
Quanto ao trabalho da JBC no mangá, não há muito o que dizer pois está bem padrão. Não vi nada que se destacasse nem de positivo nem de negativo. Quanto à adaptação do nome, é uma exigência da Shueisha (editora original de Nura). Tanto que nos EUA o nome do mangá é Nura: Rise of the Youkai Clan (Nura: A Ascensão do Clã Youkai, em tradução livre). Posso dizer até que preferi o nome brasileiro por fazer a troca entre “clã youkai” para “clã das sombras”. Colocar a palavra “youkai” na capa criaria estranheza pelos leitores não familiarizados com o termo.
Um mangá divertido, bem desenhado e que está para terminar no Japão com 25 volumes, não posso precisar. E é válido lembrar que o mangá vendia relativamente bem, por isso foi dado o direito dele terminar da melhor maneia possível, com três capítulos extras na revista Jump NEXT! Dessa forma o autor poderá amarrar bem a história da maneira que preferir. Eu pretendo continuar comprando, mas não posso dizer que fiquei tão satisfeito.
Olá Diogo. Eu li agora pouco seu post sobre a transição de gerência da JBC, e estou interessado em saber qual é sua opinião com o trabalho que ela vem oferecendo ao público desde que Cassius Medauar assumiu. Você pretende fazer um post sobre este assunto em dezembro? Até mais.
@Aleo
Tem algum motivo especial para ser em Dezembro? rs. Não tenho nenhum post programado sobre o assunto, mas posso dizer que de uns tempos pra cá melhorou BASTANTE.
Pensei na escolha de dezembro por ser o último mês, assim poderia fazer uma retrospectiva do ano e aproveitando, dando uma opinião mais detalhada da diferença entre Era MDG e Era Medauar da JBC.
Kekkaishi TÃO maior!!!