Tag Archives: Shonen Jump

Super Hero Le… digo… Bakuman – Primeiras Impressões

E finalmente estreou o anime mais esperado por mim em 2010, Bakuman. Baseado no mangá escrito por Tsugumi Ohba e desenhado por Takeshi Obata, os mesmos que nos trouxeram Death Note. Bakuman começou a ser publicado em Agosto de 2008 na Weekly Shonen Jump e hoje é um sucesso disputando frequentemente com mangás “grandes” as primeiras posições do ranking da revista.

A série animada veio cercada de muita polêmica pois até cerca de uma semana antes da estreia nenhum trailer havia sido lançado e, quando saiu, trouxe muita critica negativa por parte de quem assistiu. Felizmente, quando o primeiro episódio saiu no dia de ontem, muito desse preconceito gerado pelo trailer caiu por terra e o anime de Bakuman se mostrou muito bom.

Antes de mais nada, na história, os dois estudantes, Mashiro Moritaka e Takagi Akito, decidem sair da vida ordinaria e sem graça que estavam projetando para si e partem numa jornada para se tornarem autores de mangá. O evento toma mais importância quando Azuki Miho, de quem Mashiro gosta, diz que quer se tornar uma dubladora e que se casará com Mashiro somente quando seus sonhos se realizarem, ou seja, ela fazer a voz da protagonista feminina de um mangá da dupla.

Claramente a adaptação tem suas falhas. Pessoalmente não gostei muito do visual e da voz da Kaiya, mas como ela mal apareceu nesse primeiro episódio, posso estar me precipitando. Outra coisa que me chamou a atenção foi como deixaram a Miho. Ela não parece tão bela quanto no mangá. Pode ser estranhamento por ver em cores e em movimento, mas não consegui ver a beleza da personagem do mangá. Ela não ficou feia, como alguns pontuaram por aí, mas não tem o mesmo brilho do original.

Eu não teria começado falando bem do anime se só tivesse aspectos ruins para comentar. A adaptação conseguiu extrair bem o espírito do mangá, principalmente com a palheta de cores escolhida para composição do anime. Claro que ver os cabelos dos protagonistas em azul e amarelo 100% do tempo é de se estranhar para quem acompanha o mangá desde o começo como eu, mas  nada que prejudique. A animação não está excepcional, mas é competente. O trabalho dos dubladores no geral também ficou muito bom, seguindo bem a personalidade dos personagens.

Quanto às músicas, digo que me surpreendi com a abertura e com o encerramento do anime. Eu esperava coisas bem piores vindo das bandas que foram escolhidas, mas o trabalho ficou bem bom. Entre os dois, digo que, tanto visualmente quanto musicalmente, meu preferido é o encerramento. Sobre as músicas de fundo não tenho muito o que comentar e acho cedo para expressar alguma insatisfação. Os efeitos sonoros estão muito bem encaixados e deixam as partes de comédia ainda mais engraçadas.

Algo a se comentar também sobre essa adaptação é quanto às citações e referências a outros trabalhos, tão comuns no mangá. Logo no começo vi algo que me deixou preocupado, trocaram o selo de “Jump Comics” para “Jack Comics”. Porém, estranhamente, logo em seguida vemos sequencias onde aparecem outras obras da Shonen Jump com seus nomes e capas inalterados. Dentre eles, One Piece, Dragonball, Naruto, Bleach, Death Note e Hikaru no Go. As citações às outras obras parece que não está prejudicada mas citações à própria editora podem ficar comprometidas. Quero ver como vão fazer quando os protagonistas forem visitá-la… tirará muito do realismo da série se resolverem criar uma editora fictícia.

Bem, só o tempo dirá como vão desenvolver essa questão no anime e se isso irá prejudicar ou não a ambientação da história. O que posso dizer a vocês é que esse primeiro episódio me agradou como fã da série. Deixo aqui registrado meus votos de boa sorte e com certeza continuarei acompanhando. Não vejo a hora dos outros personagens começarem a aparecer.

Ah, por sinal… quem for fã de Bakuman e assistir o início desse primeiro episódio, vai entender o porque do título desse post ser o que é. Uma das partes em que mais ri no episódio.

E finalmente estreou o anime mais esperado por mim em […]

Uma conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda – Parte 5 de 6

Infelizmente tivemos poucas atualizações por aqui essa semana, mas felizmente tivemos mais uma parte da conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda traduzida! Se você não leu as outras partes, é só clicar na categoria “Entrevistas” e ler. Logo após a imagem, clique no “Ler Mais” para continuar…

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Infelizmente tivemos poucas atualizações por aqui essa semana, mas felizmente […]

One Shots Especiais de Akira Toriyama, Masashi Kishimoto e outros na Jump

Uma notícia que está chacoalhando o mundo dos mangás sem dúvida! A Weekly Shonen Jump resolveu trazer a partir da edição #45 desse ano, que será publicada em 09/10, one-shots de mangakas que ficaram famosos nas páginas da revista. Abrindo a série de one-shots temos ninguém menos que o autor de Naruto, Masashi Kishimoto. Além de outros famosos, a série será encerrada com uma história original de Akira Toriyama, autor de Dragonball.

Toriyama não publica algo na Jump desde 2006 quando fez uma parceria com Eiichiro Oda no especial Cross Epoch. Kishimoto será o autor de um mangá sobre baseball (o que está na imagem de divulgação acima). Vale lembrar que ele já havia dito que antes de começar Naruto, gostaria de ter feito um mangá de baseball. Agora ele conseguiu a oportunidade.

Sem dúvida nenhuma os fãs de mangá de todo o mundo devem estar bem ansiosos por essas histórias. Abaixo confira o cronograma de lançamentos e quem estará em que edição.

#45 (09/10) :
One Shot de Masashi Kishimoto (Naruto)

#46 (18/10) :
One Shot de Hideaki Sorachi (Gintama)

#47 (25/10) :
One Shot de Takeshi Konomi (Tennis no Ôjisama)

#48 (01/11) :
One Shot de Kyosuke Uruta (Jaguar)

#49 (08/11) :
One Shot de Osamu Akimoto (Kochi Kame)

#50 (15/11) :
One Shot de Akira Toriyama (Dragon Ball)

Uma notícia que está chacoalhando o mundo dos mangás sem […]

Kio Shimoku e o uso de pseudônimos nos mangás…

Quem acompanha meu twitter sabe que eu estou desenvolvendo um novo projeto aqui pro MBB Anikenkai e que este projeto envolve meu mangá favorito, Genshiken. Durante minha pesquisa pra iniciar o projeto, tentei me dedicar a achar o máximo de informação possível a respeito do autor do mangá, Kio Shimoku. Infelizmente, o que há disponível a seu respeito são informações bem restritas e pouco precisas. Qual o motivo disso tudo? Para quem não sabe, Kio Shimoku é um pseudônimo e sua identidade verdadeira nunca foi revelada publicamente. Isso limita, e muito, o que podemos saber sobre ele além dos mangás que fez. Foi aí que eu comecei a pensar sobre o uso constante de pseudônimos na indústria de quadrinhos japoneses.

Essa não é uma prática recente, Ozamu Tezuka, o pai do mangá, no início de sua carreira usou um pseudônimo, “Osamushi”. Parece que é uma tradição da indústria que se perpetua até hoje. Algo como o “nome artístico” dos atores e atrizes ocidentais. A diferença é que você não vê a cara deles estampada por aí em tudo com é revista. A diferença é o anonimato.

No mangá Bakuman, de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, os dois personagens principais querem ser mangakas e logo tratam de arranjar um pseudônimo para assinar seus trabalhos. No caso deles, temos dois artistas transformados em um através de um pseudônimo. Em Bakuman a coisa ainda é mais interessante porque Tsugumi Ohba, responsável pela história, também é um pseudônimo. Sua real identidade, seu sexo, qualquer informação a seu respeito, é mantida em completo segredo pelo departamento editorial da Shonen Jump.

Eu entendo que alguns casos o uso de pseudônimos é válido, como por exemplo um artista que quer se renovar, mudar os rumos da sua carreira, etc., porém, o uso de pseudônimos só pelo anonimato puro e simples é extremamente prejudicial para os leitores. O autor também é parte da obra. Se não conhecemos o autor, a obra está incompleta.

Como é legal ler entrevistas, como as que eu venho postando entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda, conhecer mais de perto os autores das nossas obras favoritas… e olha que Takehiko Inoue é um pseudônimo! Um pseudônimo público, como os já mencionados “nomes artísticos”.

O uso de pseudônimos tem seus momentos e motivos. Não cabe a mim julgar o porquê de um autor decidir se omitir de sua obra. Só acredito que isso, tornando-se permanente, seja prejudicial para nós, os leitores e fãs de tais obras.

Até o próximo post!

Quem acompanha meu twitter sabe que eu estou desenvolvendo um […]

Ranking da Temporada de Verão – 19/07

Bem, como já é tradição aqui no blog, aí vai o primeiro ranking dos animes dessa temporada de verão. É bom lembrar que esse é um ranking não-definitivo que será atualizado quando necessário. Agora, vamos ao que interessa e, se você concorda ou discorda, não deixe de comentar.

Ranking da Temporada de Verão – 19/07

1º – High School Of The Dead
2º – Ookami-san Shichinin no Nakama-tachi
3º – Saikimatsu Occult Gakuin
4º – Nurarihyon no Mago
5º – The Legend of the Legendary Heroes
6º – Mitsudomoe

Largados…

– Amagami SS

Bem, como viram, só consegui ver oito dos 21 que estrearam nessa temporada e, até o momento, essa é minha lista de preferência.

High School Of The Dead obliterou a concorrência e conquistou o primeiro lugar com uma animação consistente, ótimas cenas de ação, ritmo acelerado e muito fanservice.

Ookami-san e suas luvas de gatinho garantiram o segundo lugar com uma boa mistura de ação e comédia. Vamos ver se não vai cair com o decorrer dos episódios.

Seikimatsu Occult Gakuin por pouco não fica em 4º, mas garantiu o 3º lugar por ter me surpreendido bastante. Apesar dos primeiros episódios não ter me chamado tanto a atenção, não consigo negar a qualidade do mesmo.

E em 4º temos Nurarihyon no Mago, um shonen da Shonen Jump com pretensões de ser mais um daqueles animes “infinitos”. Pessoalmente me agradou bastante, mas o mangá tem cerca de 100 capítulos, o que é relativamente pouco para um anime com essas pretensões. Prevejo muitos fillers.

No momento, o ranking é esse. É muito provável que ele sofrerá pesadas alterações durante a temporada e conforme essas alterações forem ocorrendo, eu irei postando.

Até o próximo post!

Bem, como já é tradição aqui no blog, aí vai […]

Uma conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda – Parte 2 de 6

E finalmente aqui está a segunda parte da conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda. Gostei de saber que vocês gostaram desse material que eu trouxe para o blog e espero continuar trazendo. Caso você ainda não tenha lido a primeira parte, clique aqui para lê-la. Lembrando que essa tradução é feita em parceria e com autorização do blog The Eastern Edge.

Primeiramente, seguindo a orientação do tradutor original, aviso que em algumas partes do texto há a presença de uma “voz anônima” na discussão fazendo perguntas e etc. No original ela é representada por uma linha reta no lugar onde deveria estar o nome de quem fala e mostra que pode ter ocorrido algum tipo de edição no texto. De qualquer modo, irei representar qualquer que sejam os comentários ou perguntas anônimos com seis asteriscos, como esses ******.

A tradução original também veio acompanhada de algumas imagens, que serão reproduzidas abaixo (e acima), mas não foram publicadas na revista e sim na Weekly Morning da última quinta-feira, onde foi publicado o mais recente capítulo do mangá Vagabond.

Agora clique em “ler mais” para conferir a 2ª parte completa da conversa. Se eu publicasse tudo de uma vez, deformaria bastante a página e atrapalharia a navegação. Mas agora, ao que interessa…

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E finalmente aqui está a segunda parte da conversa entre […]

Uma conversa entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda – Parte 1 de 6

Uma das coisas que mais gosto de fazer é ler entrevistas com autores de mangá, diretores de anime, etc. Existem coisas que você só consegue saber e conhecer através dessas entrevistas. Porém, nosso acesso a esse tipo de material é restrito e fica ainda mais restrito quando você não sabe japonês. Dependemos da boa vontade de pessoas em traduzir e disponibilizar para nós esse material.

Estou acompanhando um excelente projeto do blog The Eastern Edge onde o autor do blog decidiu traduzir e divulgar esse tipo de entrevistas. Conveniente, não? Porém, conforme sabemos, nem todo mundo sabe inglês. Por isso, entrei em contato com ele e formamos uma parceria na qual eu iria traduzir o material publicado no blog dele para o português. Sem mais enrolação, vamos ao que interessa.

Essa primeira entrevista não é bem uma entrevista formal. É uma conversa descontraída entre Takehiko Inoue, autor de Vagabond, e Eiichiro Oda, autor de One Piece. Ambos ainda são jovens autores, mas seus trabalhos já são reconhecidos mundo a fora. Curiosamente os dois nasceram na cidade de Kumamoto, mas nunca tiveram a oportunidade de conversar pessoalmente. Confira agora a primeira parte dessa conversa que aconteceu em 2009 durante uma exibição de mangás na cidade de Kumamoto e foi publicada nessa revista…

Inoue: Essa é a primeira vez que nos encontramos, não é?

Oda: Bem, na verdade há algum tempo atrás eu consegui um autógrafo seu.

Inoue: Sério?! Quando?

Oda: Foi na festa da entrega dos prêmios Tezuka/Akazuka da Shueisha. Eu tinha acabado de ter sido publicado e estava muito nervoso. Você também desenhou uma ilustração do Hanamichi Sakuragi  (Slam Dunk) com um topetão que eu ainda tenho guardada.

Inoue: Sério mesmo? Desculpe, eu não me lembro. (risos)

Oda: Sem problemas. Aquela festa foi como uma enorme sessão de autógrafos para os grandes autores. (risos)

Inoue: Eu estava em Los Angeles quando One Piece estreou e eu recebia Shonen Jumps vindas do Japão. Quando eu li o primeiro capítulo de One Piece, eu me lembro de ter pensado, “Nossa, esse é o começo de um mangá muito bom.” Aquilo era um trabalho imperdível. Eu não me sentia assim com um mangá fazia muito tempo então eu fiz questão de acompanhar.

Oda: Quando One Piece começou a ser serializado, eu li uma pesquisa em uma revista perguntando a pessoas famosas que mangas os interessavam. Naquela pesquisa você escolheu One Piece e comentou, “O autor realmente acredita em seu trabalho”. Eu quase que literalmente pulei de alegria, eu tinha ficado muito feliz. Eu mantive uma cópia daquela página pregada na minha mesa de trabalho por muito tempo.

Inoue: Eu fico feliz que você tenha ficado feliz! (risos)

Oda: Posso falar sobre uma coisa que tá meio ligada ao destino?

Inoue: O que é? Você está me deixando nervoso.

Oda: Bem, eu nasci em Kumamoto e lá tinha uma loja chamada “Antique House”, certo?

Inoue: Sim, a loja de roupas usadas, não é? Isso me traz lembranças.

Oda: Eu costumava ir lá regularmente com amigos para comprar roupas. Por volta da época em que eu ganhei o prêmio de Melhor Artista Novato da (Shonen) Jump e tinha acabado de conseguir um editor, eu estava falando com uma das pessoas que trabalhavam na loja e eu mencionei que eu queria ser um autor de mangás. Ele respondeu, “Se você ficar realmente famoso, será o segundo nascido aqui.” “Quem foi o primeiro?” eu perguntei. “Takehiko Nariai (Takehiko Inoue é um pseudônimo). Ele costumava trabalhar aqui.” Eu não conseguia acreditar.

Inoue: Hahaha! Eu me pergunto com quem você falou.

Oda: Ele se orgulhava de dizer que um dos jogadores de Slam Dunk era baseado nele (risos). Ele também disse que quando a loja não estava cheia, você com certeza estaria atrás da caixa registradora desenhando.

Inoue: É… e não fazendo o trabalho que eu devia estar fazendo.

Oda: Eu fui surpreendido. Eu estava tipo, Caramba! Inoue-sensei esteve aqui! Era só uma loja que eu freqüentava e eu nunca havia pensado antes a respeito daquilo. Eu senti que aquilo tinha algo a ver com destino e eu pedi para o meu editor para por favor me colocar de assistente no seu estúdio. Porém ele simplesmente me disse “Não há vagas.” Aquilo me deixou bem pra baixo.

Inoue: Sério? A gente realmente fez uma cagada. Deveríamos ter trazido você como assistente. (risos)

Oda: Se eu tivesse sido aceito no seu estúdio, isso teria mudado completamente meu destino. Em vários sentidos, aquele foi um momento de mudança pra mim. Eu sempre pensei que eu gostaria de falar com você pessoalmente sobre isso algum dia.

Inoue: Obrigado. Vou lembrar disso.

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Segundo o tradutor original, a 2ª parte será bem maior e trará um foco maior na obra Vagabond. Assim que ele publicar, faço a tradução e trago para vocês.

Espero que tenham gostado e não deixem de comentar e divulgar esse tipo de material.

Uma das coisas que mais gosto de fazer é ler […]