Oldboy, Ikkitousen e Burn Up. Começo da semana intenso com lançamentos. Por um lado temos Oldboy, que é bem consolidado no mercado como um produto de qualidade, por outro temos Ikkitousen, que é bem consolidado por peitos e no outro temos Burn Up, que pode não ser mais tão conhecido hoje em dia, mas que foi a alegria da garotada que só tinha locomotion (todas as cinco pessoas) no começo de 2000 e que adorava ver umas garotas caindo na porrada…
E ainda tem Oh great! Como não comprar?
Bem, como eu falei, eu era um moleque com Locomotion, sem dúvida uma das melhores épocas pra ter sido fã de animação japa do país. Muitos animes bons no canal com dezenas de novidades e surpresas, numa época que banda larga era lenda, cds dos ovas de samurai x eram passados de mão em mão como o santo graal e qualquer série mais legal que chegava tinha um impacto muito grande.
Hoje em dia temos poucos, muito poucos animes, Locomotion não existe mais e qualquer chance de um canal exibindo uma programação legal de animes por aqui morreu… Mas ainda assim, temos os fãs da época. Garotos e jovens que viram tudo aquilo e se lembram com carinho de ficar acordado até de noite pra poder ver os filmes de Akira, Virgin Fleet, A lenda de Elcia e outras porcarias, que na época eram legais, ou viam aquelas maratonas de séries com meia dúzia de episódios, como Mini Godess…
É, talvez não fosse tão bom assim, mas sem dúvida era algo que precisava ser vivido pra saber. Burn Up warrior e excess foram duas séries que passaram na Loco. Burn Up uma série de ovas de 4 episódios e Excess sua continuação de 13 episódios. Pra mim, a série Warrior sempre foi melhor, mas excess era legal também.
As séries contavam as aventuras surreais de uma equipe policial chamada de Warriors, composta quase em sua totalidade só por mulheres (com atributos notórios, devo ressaltar). A série era bem escrachada e não se levava muito a sério, apesar de vários episódios terem um tom um pouco mais pesado, especialmente os últimos (como já é costume em séries assim). O mangá segue a mesma pegada, histórias loucas que não tem muita ligação entre si fora os personagens principais e sem muito drama.
Ler esse mangá é como viajar no tempo. Reencontrar a Rio, Maya, Yuji e o resto da galera é algo que realmente me deixou emocionado e eu curti muito. As histórias em si não são nada surpreendentes, mas são legais. Os personagens são muito divertidos e vê-los em situações inusitadas é sempre legal.
Esse mangá foi o primeiro do Great fora do mundo hentai e dá pra ver. A arte não é nem perto da qualidade de um Air Gear e ler um após o outro dá uma sensação bizarra. A melhora é brutal nas edições mais novas em todos os sentidos, mas não quer dizer que os desenhos sejam ruins. Especialmente dos omakes presentes, onde o cara fala sobre o que ele estava sentindo na época que fez o mangá e as decisões que tomou naquele momento. Um belo toque e algo muito legal pra se ter. É sempre bom ver as palavras de um mestre.
A edição está impecável. O preço é alto (14,90), mas não tenho do que reclamar aqui. Várias páginas coloridas, papel off-set, vários extras. Não dá pra ficar muito melhor que isso. A gramatura do papel é muito fina e as vezes se vê um pouco da página seguinte, mas mesmo isso não afeta tanto e não é tão recorrente, não posso me queixar disso.
Recomendo bastante a todos os fãs da série, aos que não são fãs, talvez isso não seja pra você. Você vai encontrar mais sacanagem em Yakuza Girls e Ikkitousen, melhores desenhos em vários por aí e argumentação nem se fala, mas se tudo que você quer é um mangá bem feito, com desenhos legais e umas histórias inofensivas, dê uma chance que talvez você curta.
Eu não me arrependo de ter comprado. Embora não tenha uma estória tão trabalhada, mas é bem relaxante e divertido.
Todas obras do Oh! Great se resumem a “relaxante e divertido” haha
Apesar dos traços não estarem a altura de Air Gear ou TT, vale a pena por ser Oh! Great, e também, por não ser tantos volumes como esses citados anteriormente.