Sengoku Collection – Primeiras Impressões

Eu gosto de ser surpreendido. Gosto mesmo. Sengoku Collection não entrou nem na minha lista de apostas para essa temporada, mas como eu só posso falar mal de algo que assisti, fui lá eu conferir o primeiro episódio… e ver que o anime era bem diferente do que eu esperava. Para melhor ou para pior? Confiram…

A História

Em uma realidade paralela, os grandes generais do período Sengoku não são grandes homens, mas sim garotas. Acontece que uma dessas generais, Oda Nobunaga, acaba por vir parar no nosso universo, na Tóquio atual. Lá, ela encontra Seiichi Outa, um rapaz que trabalha como caixa de uma loja de conveniências. Oda então decide que ele será seu “guardião” nesse novo mundo e o segue para todos os lados aprendendo a se adaptar ao dia a dia do nosso universo. Até que um dia, em um santuário, ela encontra com três garotas, vestidas de coelho, gato e raposa, que se autodenominam guardiãs do tempo e espaço. O trio diz que é possível levar Nobunaga de volta ao seu universo bastando ela trazer três Tesouros Secretos que ela terá que encontrar no nosso mundo. A general então aceita o desafio, se “despede” de Outa e parte em busca dos Tesouros. Ao que parece, a cada episódio, mais uma das generais do universo paralelo chegará ao nosso.

Comentando…

A sinopse que constava na tabela de estreias era uma bosta. Dava a entender que a série se passaria no período Sengoku com os grandes generais transformados em garotinhas. E bem, apesar dos grandes generais serem, de fato, garotinhas, não quer dizer que eles tenham se transformado, só são de um universo paralelo e, principalmente, não é no período Sengoku, mas sim nos dias atuais.

Acontece que apesar de mesmo você olhando essa nova sinopse que eu fiz ali em cima, ainda é difícil colocar fé nesse anime. Principalmente para uma pessoa como eu, que já não gosta de animes adaptando visual novels / eroge, imagina então adaptar um jogo de rede social… pois é…

Mas ainda assim, apesar de ter quase desistido de continuar assistindo ainda quando a abertura estava rolando, eu continuei… e olha, não me arrependi.

Apesar de não ser um anime sensacional, me divertiu. Eu curti bastante o clima do casal de personagens principais. O conflito de adaptação cultural ficou legal e o fanservice, apesar de bem presente, era o que devia ser, um “extra” e não o foco da série. Aí sim eu não tenho nada contra esse “recurso”… diferente de um certo anime…

O caso é que Sengoku Collection diverte e vem de um estúdio competente… o que não garante muita coisa, mas ajuda.

Tecnicamente falando…

O estúdio Brain Base tem bons animes no currículo, como Kuragehime (vencedor do 1º Anikenkai Awards na categoria Melhor Anime) e Mawaru Penguindrum (finalista da categoria Melhor Anime no 2º Anikenkai Awards)… é de se esperar que o trabalho em Sengoku Collection seja, no mínimo, competente. E o foi.

Uma animação fluida, com um character design cartunesco e cenários aquarelados. Tudo muito suave. Eu gosto desse estilo e ele combina bem com a proposta da série. O trabalho dos dubladores ficou muito bom também, com destaque para Kousuke Toriumi, que fez a voz do Outa. Sua atuação me garantiu boas risadas.

Para fechar…

Se tem uma coisa que me deixou meio preocupado foi que, ao que parece, o Outa foi deixado de lado mesmo, ele só deve aparecer nesse primeiro episódio. Eles construíram uma relação de personagens a toa então. O foco parece que vai ser todos nas meninas-sengoku… vamos ver aonde isso vai dar. Por mim, continuava no “clima” que tá que iria se dar bem, mas vai que eu continuo me surpreendendo…

Sengoku Collection passou no teste da diversão. Não é um grande anime e provavelmente não será muito lembrado ao terminar, mas divertiu. Se procuras um anime para puro entretenimento, pode ir sem medo… se você já busca uma história uma coisa um tanto mais elaborada… pode esquecer, parta pra outra.