MBB Anikenkai no Facebook

Olá, queridos leitores.

O ano está chegando ao fim e um dos meus planos para 2011 era colocar o MBB Anikenkai no Facebook. Como hoje eu consegui um tempinho a mais livre, resolvi realizar essa vontade um pouquinho antes.

Para acessar a página do Anikenkai no Facebook, clique aqui.

Espero que vocês gostem e que possam divulgar o blog através do Facebook. Para isso vocês terão várias opções: Clicar no botão “CURTIR” ali no menu a esquerda. Isso fará você acompanhar as atualizações do Anikenkai diretamente no seu Facebook; A outra opção é clicar nos botões “SHARE” que agora acompanham o botão do Twitter ao final dos posts.

Tudo muito simples, limpo e intuitivo. Espero que com a colaboração de vocês, o Anikenkai possa chegar a mais gente ainda em 2011! Mas como o ano não acabou, agora não é hora para retrospectiva.

Leiam, divirtam-se e divulguem!

Até o próximo post!

Olá, queridos leitores. O ano está chegando ao fim e […]

Dragon Ball SD – Não é do Toryama, é bem pra crianças, mas é bom!

Nem só de animes se faz um nerd, não é mesmo? O mundo dos mangás também é vasto e interessante. E se tem um mangá que é interessante até hoje para pessoas de todas as idades, esse mangá é Dragon Ball. Desde 1984 Dragon Ball teve duas séries em mangá, com um total de 42 volumes, quatro séries em anime, totalizando cerca de 600 episódios, 17 filmes, 4 especiais para televisão e ainda uma infinidade de histórias criadas por fãs em todo o mundo. Com isso percebe-se facilmente que Dragon Ball não é qualquer mangá, mas sim um fenômeno mundial.

Por isso, como tal, a cada lançamento novo os fãs e a mídia especializada ficam em polvorosa. Dessa vez, o anúncio foi que Dragon Ball retornaria aos mangás em uma série totalmente nova. Uma notícia como essa gerou uma expectativa muito grande… até anunciarem que não seria Akira Toriyama o autor. Nesse momento lapsos de Dragon Ball GT entraram na cabeça dos fãs e eles começaram a esperar por uma bomba… por um mero caça-níqueis genérico e que daria vergonha alheia ao ler.

Dragon Ball SD, como foi batizada a nova fase, foi então publicada na Saikyou Jump, nova revista da Shueisha focada no público infantil. O resultado? Muito bom. Essa série não veio para ser uma grande saga, mas sim um mangá de leitura leve e descompromissada ambientado na época em que Goku treinava com o Mestre Kame ao lado do Kuririn.

A arte de Ooishi Naho, responsável pelo mangá, ficou bem parecida com a de Toriyama nessa fase, com expressões faciais exageradas e proporções corporais um tanto exóticas. Traços que fizeram de Dragon Ball o que ele é hoje.  Ooishi Naho já havia trabalhado ilustrando Dragon Ball, esse não é seu primeiro trabalho com Toriyama e o resultado ficou melhor do que se esperava. Contudo, torço pra que o próximo capítulo não seja com essa colorização digital pois prefiro o bom e velho preto e branco.

Podem ler Dragon Ball SD sem medo, mas não esperem mais do que ele se propõe a oferecer. É um revival daqueles personagens que você apreendeu a amar quando era criança e não uma nova saga que vai chacoalhar mundos. Sem dúvida já está entre as minhas leituras. Infelizmente não sabemos se a série continuará ou não, pois a próxima edição da Saikyou Jump sai em Março sem um novo capítulo de Dragon Ball SD.

Nem só de animes se faz um nerd, não é […]

9º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”…

Nossa… do jeito que eu estou postando pouco, parece que o blog é feito só desses encontros. Por sinal não acredito que atrasei em dois dias esse post! Caramba! Esse episódio foi simplesmente fantástico! Muita coisa aconteceu nele e alguns dos eventos tem uma importância significativa na história daqui pra frente. Vamos dar início ao 9º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”!

Pois bem, o episódio começa com foco no Mashiro até quase a metade, quando ele tem a conversa com o avô. Não há muito o que comentar aqui a não ser o fato de todo esse segmento ter sido inventado. Sim, inventado pelo anime. Não que tenha ficado ruim, pelo contrário, mas acho que poderia ter sido encurtado. A conversa com o avô foi muito boa, mas a quantidade de cenas dele deprimido foram um tanto desnecessárias. Poderiam ter resumido só na cena dele sozinho no estúdio e já seria uma boa.

Nessa primeira parte ainda tivemos outra cena inventada, a na casa da Miho com a Kaya, a mãe da Miho e a irmãzinha da Miho, Mina. Olha que curioso, as duas tem a mesma cara… que por sinal é a mesma da mãe. Legal né? Genes fortíssimos! O propósito dessa cena foi continuar a desenvolver as personagens femininas da história que no mangá são meio que colocadas de lado.

A outra metade é dedicada à sequência na casa do Takagi que é simplesmente GENIAL! A situação completamente nonsense, o Takagi tentando disfarçar, a Kaya conquistando o Takagi no final… nossa! Muito legal mesmo e a maneira como conduziram deixou tudo ainda melhor. Parabéns extra para o dublador do Takagi que fez um trabalho EXCEPCIONAL nessa cena e que me rendeu boas risadas!

Para fazer justiça, preciso comentar sobre a Kaya também. A participação dela no episódio foi excelente. Desde a conversa com o Mashiro, passando pela cena na casa da Miho até chegar à casa do Takagi. Não teve um momento em que ela aparecesse sem roubar a cena. O tapa foi o climax de tudo isso. Quase caí da cadeira de tanto rir e fiz questão de ficar revendo o momento do tapa umas vinte vezes antes de voltar a dar play.

Novamente tivemos um episódio bem feito. Há sim algumas críticas a serem feitas ao trabalho do JC Staff em Bakuman, mas eu pessoalmente estou achando que as qualidades do anime estão superando em muito os defeitos. Um exemplo é a cena final do episódio com o Eiji. Para quem ainda não leu o mangá, a cena pode ter ficado meio sem sentido, mas foi um easter egg muito legal para os leitores do mangá. Esperem, vocês verão que aquele corvo influenciará em muita coisa no futuro da história. Essa valorização do universo meta-linguístico de Bakuman no anime já o faz ser indispensável para os velhos e novos fãs.

O encontro dessa semana não foi tão longo, o que não quer dizer que o episódio tenha sido ruim! Até o próximo encontro!

Nossa… do jeito que eu estou postando pouco, parece que […]

8º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”…

E cá estamos com o nosso 8º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”! Me desculpem estar postando isso na terça, mas estava resolvendo alguns projetos de final de ano e não pude postar. Mas o importante é falar sobre Bakuman e nesse episódio, muita coisa rolou!

O episódio começa com Takagi e Mashiro pensando qual história fazer. Eles decidem ir com “Um em Um Milhão” que eu não sei porque, mas acho que possa estar havendo um engano quanto à tradução. Na tradução do mangá, o nome da nova história fica como “Cem Milhões de Minutos”. E meu conhecimento extremamente rústico de japonês, eu consigo enxergar o ideograma de “minutos” no nome… não que isso vá atrapalhar em alguma coisa, mas vale como curiosidade.

Infelizmente, dessa vez não fizeram o mesmo que fizeram com “Duas Terras” na apresentação da história, mas o que fizeram já deu pra ver muito mais do que vimos no mangá e assim o anime continua rumando para se tornar um verdadeiro prato cheio para os fãs que esperam ver mais conteúdo dos meta-mangás criados dentro de Bakuman.

Nesse episódio tivemos também mais inserções de cenas com a Miho e a Kaya conversando. Sem dúvida eles estão tentando desenvolver mais ambas as personagens. Principalmente a Miho que, no mangá, realmente sofre com uma falta de desenvolvimento. É interessante essa discussão porque o mangá se abster de desenvolver a personagem mostra que ela não era para estar sendo desenvolvida. O autor quer realmente dar essa ideia de distância entre o Mashiro e a Miho até que os sonhos deles se realizem. É uma decisão do autor que tem lógica de existir. Porém, eu também entendo o lado da produção do anime. O anime atinge um público mais amplo do que o mangá e a decisão de estarem desenvolvendo mais a Miho pode agradar bastante o público feminino, por exemplo.

Continuando, o resultado do Prêmio Tezuka (eu ainda acho curioso como eles usam todos os nomes direito, menos o nome da editora e da revista…) veio e eles não conseguiram passar do TOP 8. Isso claro deixa a dupla bem pra baixo. Mas eu estava ficando ansioso. O motivo, é que logo apareceria o Ishizawa e logo teria uma das cenas que eu estava mais esperando para ver animada.

Porém, eu gostaria de abrir um parentese aqui sobre o Ishizawa. Para quem não sabe, Ishizawa é o otaku babão que foi mencionado por Takagi no episódio 4 quando ele diz que o dito cujo não vai chegar a lugar nenhum porque só desenha para se exibir, etc. A presença do Ishizawa na série, é um dos motes principais da história e que estava sendo um tanto deixado de lado no anime. A postura contra o “mangá genérico”, contra ficar desenhando “só menininhas bonitinhas, fazendo coisas bonitinhas, deixando calcinhas aparecer a todo momento, etc”. Lembrando que Bakuman não critica diretamente o fanservice, mas o abuso dele, coisa que vem sendo discutida e criticada no Japão. Bakuman tem uma crítica clara a materiais que abusam desses “recursos” e esquecem de contar uma boa história, com bons personagens e etc.

O Ishizawa é a personificação de todo esse pensamento e a cena do soco que o Takagi dá no meio da cara do infeliz era uma cena muito esperada por mim… e eu não me decepcionei. Novamente a produção mostrou competência e conseguiu deixar o Ishizawa um personagem ainda mais desagradável e repugnante. Quando ele levanta os rascunhos de menininhas olhando no mesmo angulo sempre e o Takagi não pensa duas vezes e mete um murro na cara dele me fez vibrar! Excelente desenvolvimento de cena! O desprezo que o Takagi sente por pessoas como o Ishizawa não deu pra segurar e ele foi pra cima.

Parece lugar comum terminar mais um dos nossos encontros falando isso, mas é verdade que eu estou muito feliz, como fã, do trabalho que estão fazendo com o anime de Bakuman. Ainda não temos nem 10 dos 25 episódios previstos para essa temporada do anime e já quero que anunciem mais 25. Espero que vocês estejam gostando tanto quanto eu. Se tiverem comentários a fazer, não deixem de postá-los! Até o próximo encontro!

E cá estamos com o nosso 8º encontro “O Bakuman […]

Utilidade Pública: Comprando Mangás no Exterior

Olá a todos. Eu venho recebendo alguns e-mails de leitores do Anikenkai querendo saber onde eu compro mangás lá fora e mais detalhes a respeito das transações e tudo mais. Foi então que eu decidi escrever esse post para ajudar você, fã de anime e mangá que quer suportar a indústria, quer ter uma coleção legal, mas não tá afim de esperar as editoras brazucas publicarem seus mangás em papel jornal.

Irei dividir esse post em duas partes que serão postadas separadamente. A primeira para comprar Mangás em Inglês e Japonês e a segunda para comprar Animes em Inglês e Japonês. Espero que vocês gostem.

Comprando Mangás em INGLÊS:

As editoras americanas no geral fazem um bom trabalho com os mangás que publicam. O papel tem uma boa gramatura e a impressão é de ótima qualidade. O único infortúnio aqui é que muitas vezes, assim como as editoras brasileiras, elas deixam as páginas originalmente coloridas em preto e branco. Vale lembrar também que os mangás vendidos nos EUA não costumam ter sobre-capa e são mais grossos e mais altos que os japoneses.

E onde comprar essas edições em inglês? Eu tenho três sites que me satisfazem muito bem e creio que irão satisfazer vocês também. São eles:

Amazon.com

Amazon.co.uk

Book Depository

Primeiramente, é preciso explicar o porque das duas Amazon. A primeira é a dos EUA e a segunda é a do Reino Unido. Na dos EUA as edições saem mais rapidamente, mas na do Reino Unido, o frete é mais barato e chega mais rápido. Por isso, é sempre bom ficar de olho em ambos os sites antes de comprar um volume. E lembre-se. Na Amazon UK as compras são pagas em libras, ou seja, fiquem de olho na conversão correta. Um ótimo site para converter moedas é o Yahoo Currency Converter.

Uma dica para quem quer comprar pelas Amazon é que prestem atenção no Amazon Marketplace. É um lugar onde lojas afiliadas à Amazon anunciam seus produtos novos e usados. Muitas vezes vale a pena olhar porque eles vendem muita coisa com EXCELENTES descontos. Maiores ainda que os da própria Amazon. Vale também ver a parte dos usados porque além do ótimo preço, eles, em sua maioria são quase como novos e o corte no preço compensa MUITO.

O Book Depository é conhecido como o Deal Extreme dos livros. E por livros entenda-se mangás também. É um site situado no Reino Unido, que cobra em dólar ou em libra, vai da preferencia do comprador, e que não cobra frete. Isso mesmo, FRETE GRÁTIS. Os livros chegam em perfeito estado e em um bom prazo. Mas prestem atenção. Muitas vezes, o frete grátis pode não compensar se comparados com alguns descontos das Amazon. Por isso, é importante ficar de olho em todos os três sites e pegar a melhor oferta.

Comprando Mangás em JAPONÊS:

Fãs de verdade não se contentam só com o material em inglês. Eles querem o original com páginas coloridas, brindes, sobre-capa, capa interna, com comentários do autor e por aí vai. Porém é importante lembrar que nem todos os mangás em japonês seguem o mesmo padrão. Eles podem ser divididos em três categorias: Antologias (aqueles aglomerados de mangá com mais de 500 pgs com vários capítulos de vários mangás e com periodicidade semanal, mensal, semestral, etc), Tankoubon (o formato “normal” de volumes de mangá no japão. Possuem capa mole com sobre-capa e contem normalmente cerca de 200pgs cada. Não tem periodicidade definida) e os Kanzenban (edições de luxo com papel ainda melhor que os tankobon, com impressões ainda melhores e a capa um pouco mais dura. Não é todo mangá que recebe tratamento de luxo, só alguns poucos escolhidos).

Infelizmente, de sites que entregam para o Brasil, temos poucas opções a preços aceitáveis. A melhor delas são:

BK1

AmiAmi

Para começar, a BK1 é uma loja totalmente em japonês. Ou seja, se você não sabe japonês ou tem um amigo que saiba, vai ser difícil comprar alguma coisa ali. O frete dela não é abusivo e o preço das revistas também não. Mas a barreira do idioma é um problema. Se você souber japonês, poderá fazer a festa na loja porque o acervo dela é bem grande para qualquer uma das categorias que eu coloquei acima.

A AmiAmi é famosa por ser uma das melhores (se não a melhor) loja pra se comprar figures (bonecos, estátuas, etc) pela internet. Porém o que pouca gente sabe é que ela também vende mangás. Porém, tem um pequeno detalhe, ela só vende coleções completas. Ou seja, o preço final acaba saindo relativamente caro. Digo relativamente porque se formos dividir pelo número de volumes, acaba saindo cerca de 8 reais por volume, o que é mais barato do que pagamos aqui no Brasil. O porém é que ela só vende o pacote fechado e isso encarece o frete também. Se você estiver querendo uma coleção completa dos mangás de uma série em questão, e tiver dinheiro para comprá-los, vale muito a pena comprar pela AmiAmi. O frete chega bem rápido e o preço final por mangá compensa MUITO!!

Como vocês viram, comprar mangás em japonês é um pouco mais complicado que em inglês, por isso, se nenhuma das alternativas acima te agradou, eu sempre recomendo que deem uma olhada no site da Livraria Fonomag, que fica situada em São Paulo. Os preços não saem mais em conta do que pedir você mesmo, mas também não são abusivos. Sem contar que chegam bem mais rápido à sua casa. Se não acharem algo no site, liguem pra lá, porque de repente tenha na livraria e não esteja no site. O acervo deles é bom e eles também aceitam encomendas. O único porém é que o tempo das encomendas é indefinido, pode chegar em 2 semanas ou em 2 meses. Mas querendo ou não é uma das melhores alternativas para quando queremos comprar alguns volumes específicos.

Considerações Finais:

Espero que vocês tenham gostado desse meu “guia” e que agora possam entrar mais a fundo no mundo dos mangás e melhorarem suas coleções. Para fechar, gostaria de mencionar duas coisas importantes:

1 – É preciso ter cartão de crédito internacional para fazer as compras via internet no exterior. De preferência VISA ou MasterCard que aceitos na maioria das lojas. Algumas trabalham com Paypal também, para garantir a segurança do comprador, mas de qualquer maneira, o cartão internacional é necessário.

2 – Não se preocupem com impostos de importação. Livro não é sujeito a taxação de acordo com a lei brasileira. Então podem comprar quantos vocês quiserem que não há risco de terem que pagar imposto quando eles chegarem ao Brasil.

Espero ter ajudado e, assim que possível, posto a parte 2 onde pretendo ajudar ao pessoal que quer comprar DVDs e BluRays de Animes no exterior. Se vocês souberem de mais alguma dica de compra no exterior, não deixem de postar nos comentários!

Em questão de tamanho, os mangás americanos costumam ser mais grossos e um pouco maiores do que os japoneses em altura.

Olá a todos. Eu venho recebendo alguns e-mails de leitores […]

O status da moda em Kuragehime

Eu escrevi um post sobre Kuragehime apresentando a série para meus leitores. Porém, num post do tipo não dá para nos aprofundarmos muito em determinados assuntos e é por isso que eu decidi escrever esse novo post a respeito do anime.

Para quem não leu o post anterior, Kuragehime é sobre uma menina otaku que mora com outras otakus numa pensão em Tóquio. Em um belo dia, seu caminho cruza o de um cross-dresser que é o completo oposto da protagonista, principalmente na personalidade. O cross-dresser então passa a fazer parte da rotina da menina e das outras mulheres que moram na pensão.

Entre outros assuntos, como NEETs e sexo, um dos mais explorados em Kuragehime é sem dúvida a moda. Tóquio é a capital japonesa da moda e um dos principais pontos geradores de tendências do mundo. Como é de se esperar, as moradoras da pensão são completamente avessas à moda e mesmo morando em Tóquio tentam se manter longe de Shibuya (o bairro da moda em Tóquio) e das pessoas que andam por lá.

Porém, é justamente por eles morarem lá que eles acabam tendo que conviver e lidar com a pressão da beleza. Principalmente pelo fato de um dos principais motes da moda japonesa ser “não seja igual a todo mundo”. A pensão onde elas moram, Amamizukan, é seu refúgio. Elas sabem que são diferentes dos outros e por isso o prédio, com arquitetura tradicional, acaba sendo retratado como o único lugar onde elas realmente podem ser quem são. Isso acaba fazendo com que elas tentem manter aquele espaço completamente livre de mudanças. Isso é percebido nas constantes negações de propostas de novos possíveis moradores. E é aí que Kuranosuke entra. Ele é uma ameaça ao estilo de vida das otakus. Ele é a “ameaça externa” invadindo o ambiente interno da pensão.

Porém, essa discussão vai além disso. Por saberem que são diferentes, elas se mantém assim por opção, gerando assim uma resistência interna pela anti-moda. No episódio 3, Tsukimi recebe um tratamento de beleza pelas mãos de Kuranosuke. O resultado exalta toda a beleza reprimida e escondida pelo descuido proposital da personagem. O curioso no entanto é a reação de Tsukimi ao se ver daquela maneira. Ela simplesmente não aceita o fato de poder ser bonita. Mesmo ela desejando ser uma princesa quando criança, ela se realiza de sua situação atual, otaku, e abomina o fato de ser bela graças ao seu atual meio social. Ela logo se imagina sendo “deserdada” por suas amigas e sendo queimada viva em plena Otome Road.

Toda essa situação não é exclusiva de Tóquio, nós, brasileiros, também podemos nos enxergar facilmente na personagem. Eu moro na zona sul do Rio de Janeiro e sempre estudei e andei por lugares em que a maneira como você está vestido conta. Mesmo eu nunca tendo sido muito ligado em moda, eu sempre tive uma certa noção do que vestir e não vestir em certas ocasiões, mas ao mesmo tempo era bem comum ouvir coisas como “o quê? você já está há oito meses sem comprar uma roupa nova?”, ou “como é possível você usar sempre o mesmo casaco todo dia?” e por aí vai.

É comum essa aversão dos nerds à moda e também é comum quando “um dos nossos” aparece bem vestido, ou bem maquiado nós acabarmos tirando sarro. Não fazemos isso por mal mas, se pararmos para pensar, nós fazemos o mesmo que eles fazem conosco quando aparecemos desleixados com nosso visual.

Voltando à Kuragehime, a aversão das otakus à moda acaba gerando um certo preconceito com quem se importa com isso. É errado se preocupar com a maneira como nos vestimos? É errado às meninas dedicarem tempo à maquiagem, depilação, etc? Sinceramente, claro que não. Não é errado querer valorizar a beleza. Por mais que eu acredite que uma boa personalidade é mais importante que uma boa aparência, por raras vezes sem uma boa aparência a boa personalidade aparece. Moda muitas vezes é encarada como uma maneira de mascarar seus defeitos (e aí entram principalmente os defeitos de personalidade), mas a falta dela também pode ser encarada como uma maneira de esconder as suas qualidades.

Toda essa discussão ao redor do que é a moda, como os nerds encaram a moda e como a personagem principal reage a tudo isso só torna Kuragehime uma série ainda mais interessante de ser assistida. Vale ressaltar que qualquer coisa em exagero é ruim. Eu lembro de ter mencionado isso em um dos primeiros posts do Anikenkai e é a mais pura verdade. Por isso é sempre bom a gente estar se auto avaliando e vendo em que pontos estamos exagerando a ponto de prejudicarmos outro lado de nós mesmos.

Eu escrevi um post sobre Kuragehime apresentando a série para […]

7º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”…

Hoje pela manhã o banco de dados do Anikenkai ficou fora do ar e eu fiquei extremamente tenso por ter corrido o sério risco de perder todo o conteúdo que escrevi aqui no blog. Por sorte, tudo está normalizado, o Anikenkai está de volta ao ar e o backup do banco está feito para esse tipo de problema nunca mais ameaçar os posts que aqui se encontram. Mas hoje é dia de Bakuman então vamos dar início ao 7º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”!

E cá estamos no início do nosso encontro semanal. E eu já inicio falando que o anime de Bakuman é uma maravilha. Que o estúdio está acertando a mão nas decisões, na escolha dos dubladores, no trabalho de adaptação e tudo mais. Mas falar disso é chover no molhado. Vamos falar de algo mais específico…

Que tal a maneira como o anime está tratando a relação entre Saiko e Miho? No momento em que eles decidem desenvolver a Miho, acabam tornando a relação com Saiko uma coisa mais interessante de se observar que no manga. Mudanças sutis tornam isso possível. Por exemplo, nesse episódio, a cena onde a Miho acaba chorando por causa da pergunta feita pelo Saiko é, no mangá, a conclusão da sequência que começa com ele desenhando a caricatura do professor. O anime resolveu dar uma mudada nisso adicionando no meio dessa sequência, uma cena onde Saiko e Takagi estão na cobertura da escola conversando e aparece uma menina brigando com o namorado.

Ao ver a briga, motivada pelo namorado da menina ter decidido ir para uma outra high school diferente da dela, o Saiko fica pensativo sobre o seu futuro em relação à Miho, já que ambos vão para escolas diferentes também. É esse sentimento que o motiva a perguntar se eles precisavam realmente esperar até que os sonhos se tornassem realidade. Não deixando a pergunta sair do nada, como foi no mangá. E a reação dela por sua vez motiva o Saiko para participar do “Prêmio Tezuka” como vemos quando ele realiza que ele não tem que tentar apressar as coisas, mas sim se dedicar ao máximo para que ele aconteçam o mais rápido possível.

No anime, toda essa sequência de cenas ficou em boa harmonia e com uma narrativa mais coerente que a do mangá. Não desmerecendo a narração do Ohba, mas nessa, o anime levou. E não para por aí, ainda temos mais partes adicionais com a Miho em casa conversando com a Kaya, confirmando a vontade do anime em desenvolver melhor a personagem. Pessoalmente gosto muito disso, mas tenho certeza que pode acabar irritando muitos fãs da série se for mal feito, coisa que provavelmente não será, pelo que temos visto até então.

O resto do anime foi bem parecido com o mangá, mas não vamos parar por aqui, pois finalmente somos apresentados realmente à Eiji Nizuma, o excêntrico gênio. Finalmente pudemos conferir o trabalho da dublagem que ficou incrível! Perfeitamente ao modo como eu imaginava o personagem quando lia o mangá. Eiji é meu personagem favorito da série, espero muito pra ver suas futuras participações no anime.

Mais um excelente episódio, no próximo, voltamos ao “fazer mangá” e teremos mais coadjuvantes aparecendo. Não vejo a hora do próximo final de semana chegar! Até o nosso próximo encontro!

Hoje pela manhã o banco de dados do Anikenkai ficou […]

Princesa Água-Viva e suas Amigas (aka Kuragehime)

Quem me acompanha no twitter sabe que eu venho prometendo um post sobre Kuragehime há algum tempo. Finalmente o post está finalizado e eu espero que vocês possam ver minha visão do anime e conhecê-lo, se ainda não conhecem. Kuragehime é um dos animes que eu mais gostei dessa temporada e do ano todo.

Para começar, vamos a uma breve sinopse: Tsukimi é uma otaku de vivas e vive em uma pensão com outras meninas tão otakus quanto ela. Um dia ao tentar salvar uma água viva em uma pet shop, ela acaba esbarrando com uma “linda princesa” (parafraseando a própria personagem). Totalmente o oposto de Tsukimi, ela acaba entrando na pensão e dormindo no quarto da otaku. Porém, de manhã ela descobre algo que mudaria sua vida… aquela “princesa” na verdade era um garoto, um cross-dresser (garoto que se veste como uma garota).

Olhando pela sinopse, eu acharia esse anime uma bosta. E sim, o motivo disso é o cross-dresser. Uma moda que parece estar realmente se alastrando no Japão. Tivemos cross-dressers no capítulo 56 de Genshiken, tivemos um em Baka to Test e agora temos um em Kuragehime. “O que está acontecendo?” eu me perguntei quando li a sinopse, mas fui conferir mesmo assim seguindo a indicação do meu querido colega blogueiro, Gyabbo.

Obviamente fiquei surpreso com a qualidade do anime, logo no primeiro episódio eu já sabia que seria bem promissor. Porém, eu fiquei com o pé atrás. Sabe como é, alguns animes tem decepcionado bastante nessa temporada.

Assisti então a 4 episódios e estou escrevendo este post plenamente satisfeito com o que estou vendo e com o que provavelmente verei. Para começar, é um ótimo anime para mostrar as diferenças entre o que nós, ocidentais, consideramos como otaku e o que os japas consideram como otaku.

Na pensão vivem seis mulheres (sim, elas não são tão jovens quando parecem). Cinco já apareceram e uma é uma hikikomore, androfóbica, com habitos noturnos e… uma mangaka profissional que nunca sai do seu quarto e se comunica através de mensagens por escrito. Mas depois falo mais sobre ela. Vamos focar nas quatro principais.

Primeiro temos a própria Tsukimi, personagem principal do anime. Ela quando criança sonhava em ser uma bela princesa. Cresceu e se tornou uma otaku. Socialmente inapta, com pouco senso de moda e apaixonada por águas vivas. Sim, ela é uma otaku de águas-vivas. Ela sabe tudo sobre elas, as espécies, o habitat natural, hábitos, e por aí vai.

Chieko é a atual responsável pela pensão. Ela herdou o cargo de sua mãe. É a mais velha da turma e é uma otaku de kimonos e bonecas. Ela adora fazer, comprar e colecionar kimonos dos mais variados tecidos, além de fazer versões em miniatura para suas bonecas tradicionais. Sem dúvida é a mais centrada da casa.

Mayaya é uma otaku de história chinesa. Romance dos Três Reinos é sua história favorita e tudo que tem a ver com esse período a atrai. Ela é a mais “sonora” e agitada da turma. Constantemente gritando e correndo de um lado pro outro por qualquer coisa.

Banba é uma otaku de trens. Ela adora trens. Gosta de montar ferroramas e coleciona miniaturas dos mais variados tipos de trem que existem pelo mundo. Ela é bem despreocupada e desligada do mundo a seu redor. Seu único foco na vida são realmente os trens.

Por fim temos Jiji que é uma otaku de… caras mais velhos. Isso mesmo, ela adora homens velhos. É a mais tímida da turma.

Os personagens são sem dúvida curiosos por si só, mas a conjuntura geral da pensão é o que mais atraí a atenção. Todas são mulheres com cerca de 30 anos (menos Tsukimi, 18), sem namorado e totalmente fechadas em seus mundos. Não conseguem de maneira nenhuma se relacionar com o mundo externo e isso fica claro na maneira como elas tratam os possíveis candidatos a ocupar alguns dos quartos da pensão. Até que aparece Kuranosuke, o cross-dresser.

Assim como a Saki foi o fator entrópico em Genshiken, Kuranosuke é o fator entrópico em Kuragehime. A pessoa que faz os outros saírem de suas zonas de conforto e por consequência terem que se adaptar ao novo ambiente e se desenvolverem como pessoa. E vale também falarmos sobre ele. Filho de uma família rica com conexões com a política e vida ganha, Kuranosuke não quer isso para si. Ele quer ser diferente, não quer seguir o que foi planejado para ele. Ele é um rapaz muito bonito. Sempre teve mulheres e trabalhos de modelo a seus pés. Decide então começar a se vestir de mulher como forma de protesto a tudo aquilo. Pensa que a família não vai querer um homem que se veste de mulher assumir seus negócios e virar o responsável pelo nome da família.

Ao conhecer Tsukimi ele se depara com um estilo de vida que ele não estava nem um pouco acostumado. Uma garota que não se cuida, que não presta atenção no que veste, não usa maquiagem, mal sai de casa. Ele vê ali uma maneira dele mesmo se desenvolver e acabar ajudando aquelas mulheres que ali moram. Porém não quero me aprofundar muito para não acabar soltando algum spoiler e estragar a experiência de quem vai ver o anime.

Esse post já está ficando muito longo. Mais do que eu achei que ficaria quando planejei escrever. Mas senti a necessidade de falar desses personagens tão curiosos. Acho que num anime como esse, os personagens são mais valiosos que os aspectos técnicos da produção (que são muito bons, por sinal). Fica aí a dica para quem quiser um anime interessante, com personagens curiosos e que foge ao que estamos acostumados a ver por aí. Podem esperar mais posts sobre Kuragehime para breve, mas este termina por aqui.

Quem me acompanha no twitter sabe que eu venho prometendo […]

6º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”…

Antes de mais nada, desculpem a todos pelo atraso no encontro dessa semana. Muita coisa aconteceu nesses últimos dias que me privaram de escrever. Foi o caso de Oreimo, fui eu comprando uma placa de vídeo nova e podendo jogar os joguinhos de PC que há tempos não jogava e por aí vai. Porém, o que importa agora é darmos início ao 6º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”!

Nesse sexto episódio, começamos com os eventos do vol. 2 do mangá e é a primeira vez que Mashiro e Takagi vão para a Shueisha… quer dizer Yueisha, como decidiram chamar a editora no anime, mostrar seu primeiro trabalho “Duas Terras”.

Porém, antes deles chegarem no prédio da editora, temos uma passagem onde os dois conversam sobre o porquê do Takagi querer se tornar um mangaka e não entrar em uma boa universidade e trabalhar na área dos negócios como seu pai fazia. E essa parte no anime requer atenção redobrada. O estúdio fez um trabalho excelente no flashback do Takagi. Melhor ainda que no mangá. Deu muito mais profundidade à história. Principalmente com a temática “eu que decido o meu futuro”, um dos pilares da série.

O anime está se provando interessante até mesmo para quem já cansou de ler e reler o mangá. Tanto o trabalho de animação e dublagem como decisões como essa acabam deixando a coisa aproveitável para todo mundo. Sei muito bem disso pois acompanho pessoas que não mostravam interesse por ler o mangá, que já estava relativamente avançado, mas que estão adorando mais e mais Bakuman a cada episódio. Vendo que ali eles não tem um mero anime genérico, mas uma boa história rolando.

Voltando ao episódio, vamos falar agora sobre o Hattori, o editor que analisa o primeiro trabalho da dupla e que será um das principais figuras no futuro da história. Nesse ponto, se analisarmos comparando com o mangá, o Hattori perdeu muito da sua face misteriosa. No mangá ele aparenta ser um editor excêntrico, mas de certa maneira muito inteligente e sábio, ao mesmo tempo que ainda parece jovem. No mangá, a jovialidade e a excentricidade desapareceram, isso aconteceu com a mudança no traço. Obviamente eles optaram pelo traço atual do Hattori, que, assim como toda a arte de Bakuman, sofreu uma boa mudança no decorrer da série, como vocês podem ver nessa imagem. No mangá, isso se justifica pela passagem de tempo e o amadurecimento da figura do Hattori. No anime, eles decidiram apresentar o personagem com a imagem já amadurecida. Nada que mude grandes coisas, mas fica aí uma observação interessante das diferenças entre o anime e o mangá.

E se tivermos que falar de mudanças, não posso deixar de mencionar a apresentação do mangá “Duas Terras”. No anime, decidiram mostrar muito mais da história do que no mangá. Praticamente nós “lemos” o one-shot junto do Hattori. Foi adicionado uma dublagem, efeitos sonoros e uma trilha sonora enquanto os painéis eram mostrados. Isso aproximou muito mais o espectador do trabalho dos dois. Excelente escolha da direção do anime. Esse era o ponto que eu mais esperava da versão animada de Bakuman, explorar melhor os meta-mangás da série. E até o momento eles não tem decepcionado com a abertura de “Super Hero Legend” no primeiro episódio e agora com a “leitura” do one-shot “Duas Terrras”. Muito legal mesmo! Isso dá um valor maior ao anime e faz com que pessoas que leram o mangá queiram assistir ao anime também.

Continuando no assunto mudanças, dessa vez o anime resolveu colocar um “algo a mais” no decorrer dos eventos e adicionou duas cenas com a Miho no episódio. Uma dela praticando numa aula de dicção e outra dela voltando para casa na estação do trem. Essas duas cenas, mesmo pequenas, mostram o interesse do anime em desenvolver melhor a Miho. Desenvolvimento de personagem, pra mim, nunca é demais. Principalmente quando é algo que não é muito explorado no mangá.

Acho que não tenho mais nada a falar sobre esse episódio, mas só afirmar que ele foi simplesmente sensacional. Todas as escolhas da direção foram acertadas, o trabalho de dublagem continua excelente, a “leitura” de “Duas Terras” foi excelente… uma excelente adaptação do material original, sem dúvida. E o melhor de tudo é que parece que continuará assim. No aguardo do próximo episódio!

Até nosso próximo encontro! Dessa vez, espero eu, sem tanto atraso.

Antes de mais nada, desculpem a todos pelo atraso no […]