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BAKUMAN FINALE – Um Review do Anime

ATENÇÃO! Este post poderá conter spoilers do final do anime de BAKUMAN.

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Após três temporadas, com um total de 75 episódio, o anime de BAKUMAN chega ao seu fim, deixando muitos fãs com saudades, mas com um final bem melhor desenvolvido que no mangá.

A série começou a ser exibida em 2010 quando o mangá ainda era publicado e o estúdio escolhido, JC Staff, trouxe muita desconfiança. No entanto, ainda na primeira temporada o anime já se mostrou bem fiel à obra original com poucas modificações e nada que comprometesse a série como um todo. Começava de novo a saga de um dos meus mangás favoritos, mas agora em anime.

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Desde o começo, BAKUMAN era uma série de romance. Uma história de amor entre Moritaka Mashiro e Azuki Miho. Um romance diferente, recheado de excelentes personagens e ambientado no universo editorial da maior revista de mangás do Japão, a Shonen Jump (ou Shonen Jack, como o anime teve que adaptar). O final da série não poderia chegar sem amarrar esse romance entrelaçando com todas as histórias de todos os personagens tão agradavelmente desenvolvidos no decorrer de sua trama.

Mashiro era o típico adolescente que não sabia o que queria da vida. Iria seguir a maré e se tornar um funcionário qualquer numa empresa qualquer ter uma família qualquer e seguir uma vida qualquer. Uma realidade bem diferente da que sonhava em sua infância ao lado de seu tio, Nobuhiro, conhecido por seu pseudônimo de mangaká, Kawaguchi Tarou. Foi com o suposto suicídio do tio que Mashiro abandonou seus sonhos.

Isso até aparecer Akito Takagi, um garoto muito inteligente que queria justamente o oposto de Mashiro, uma vida não-convencional. Ele queria fazer mangá e insistiu tanto que Mashiro teve que embarcar junto dele em seu sonho. Tal ação fez Mashiro perceber que ainda havia espaço para sonhar. Descobriu também que seu tio não se suicidou, mas sim morreu por trabalhar tanto tentando fazer um novo sucesso.

Mas não foi só Takagi que motivou Mashiro. Azuki Miho teve um papel fundamental em dar o empurrãozinho que faltava para Mashiro seguir seu sonho. Ela revelou à dupla que seu sonho era se tornar uma dubladora de anime. Foi naquele momento que Mashiro viu que sonhos ainda eram possíveis. Se seu tio proveu toda a base/infraestrutura para isso acontecer, Miho foi o motor que fez tudo isso andar. Mashiro então revela seu amor pela menina, que corresponde, mas ambos fazem um acordo. Só ficarão juntos quando seus sonhos se tornarem realidade. Ele virar um mangaká de sucesso, e ela uma dubladora de sucesso. Quando um anime baseado num trabalho dele fosse feito, Miho seria a heroína e eles então poderiam se juntar.

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Tinha início então uma história de amor cujo plot central não era o desenvolvimento da relação entre os dois (apesar dessa ser tocada em vários momentos, como quando Mashiro estava no hospital), mas sim os sonhos de cada um, principalmente de Mashiro.

Minha quase declaração de amor à BAKUMAN foi feita na época do fim do mangá, lá estão todas as minhas impressões sobre a série e sua história. Nesse post, gostaria de dedicar mais texto para falar do anime e como ele tratou essa história de que gosto tanto.

No decorrer dos 75 episódios que compõe as três temporadas dessa séire, pudemos ver uma adaptação bem fiel do material original e que oferecia não só isso, mas um algo a mais para os fãs: um destaque ainda maior dos elementos metalinguísticos da série. Se lendo o mangá ficamos com uma vontade descontrolada de ler todas aquelas maravilhosas ideias que eram apresentadas nos mais diversos mangás fictícios, com o anime essa vontade é potencializada ao extremo. Temos segmentos inteiros dedicados a elas desde os primeiros segundos do primeiro episódio!

O anime me surpreendeu. Muito. Toda a desconfiança que eu tinha para com o estúdio não existem mais. E o final, nossa… foi lindo. Sim, lindo. O tempo que o anime teve para se preparar para ele o transformou em uma experiência muito mais bem trabalhada do que no mangá. Os eventos se entrelaçaram de forma mais suave e tiveram um impacto bem maior.

O momento em que Mashiro agradece a Kaya, esposa de Takagi, por tudo que ela fez pela dupla, desde a criação do pseudônimo deles até aquele momento foi recheada de carga emocional. Eu sempre achei ela a personagem que mais evoluiu no decorrer da série e uma das mais importantes para a carreira da dupla Ashirogi Muto. Ver o reconhecimento a ela ser prestado de tal maneira, me emocionou.

Outra decisão da produção do anime foi colocar um breve diálogo imaginário entre Mashiro e seu tio, Kawaguchi Tarou, pra amarrar esse lado da história e para mostrar que a missão ainda não acabou. Que o sonho que seu tio tinha e que foi realizado por ele está apenas começando. Poucos minutos que, novamente, me emocionaram e fecharam um plot de maneira satisfatória.

O pequeno momento de flashback de Mashiro e Takagi quanto a sua jornada também deu o tom ideal para o que estava por vir, que era a exibição do anime do mangá Reversi, que teria Miho no papel da heroína e que seria o avatar da realização do sonho de ambos.

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E mais uma vez o anime nos surpreende dando vida àquele meta-anime de forma sensacional. Nos deixando com aquela vontade de que Reversi fosse de fato feito no mundo real, mesmo que esteja clara a relação de Reversi com Death Note (mangá real de Ohba Tsugumi e Takeshi Obata, autores de BAKUMAN). Ou vocês acham que o mangá de Reversi ter terminado com aproximadamente o mesmo número de capítulos de quando acontece aquela fatídica morte em Death Note (quem leu sabe do que eu estou falando) foi mera coincidência?

Acontece que essa breve exibição do anime de Reversi para nós, espectadores, criou uma grande expectativa para a participação da Miho, e quando acontece, nós ficamos muito felizes, tal qual os personagens ficaram. O ambiente para a cena que todos esperavam estava criado, de maneria excepcional.

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E nesse ponto entra outro ponto de destaque do anime, seu elenco de dubladores. O trabalho feito por eles foi incrível. Eles deram muito mais personalidade para a cena do esperado encontro entre Mashiro e Miho. Algo que no mangá pareceu impessoal e um tanto sem graça, no anime ganhou tensão e expressão. O momento do beijo, somado à trilha sonora, ganhou o destaque que merecia. Fechando com chave de ouro essa incrível série.

Mas o anime não para por aí. O mangá cometeu a falha de encerrar com o beijo, fazendo o leitor sentir que faltava algo. Faltava amarrar as pontas dos outros personagens! E foi isso que o anime fez. Revisitou o plot de cada um dos coadjuvantes e deu um fim a eles. Seja o Eiji, o Nakai, o Fukuda, a Iwase, e até os mais secundários como Shiratori e Takahama, mas o destaque principal foi para o casamento de Hiramaru e Aoki. O casal ganhou a graça dos fãs e teve o final merecido, com direito a Miho pegando o buquê. Até a dupla Ashirogi Muto teve seu momento final, onde entregaram o projeto de seu próximo trabalho para o editor Hattori.

O anime termina da maneira que o mangá deveria, com uma menção ao casamento entre Mashiro e Miho. Fizeram uma piada e dedicaram o último segundo do episódio para mostrar uma imagem remetendo ao tema.

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E, de fato, o anime chegou ao final. Não teremos mais nada relacionado a BAKUMAN saindo. Nossa… esse final me deixou com saudades. Muitas. E me deixou com MUITA vontade de mais! Parabéns a toda a produção do anime. Fizeram um trabalho excepcional com a série e, principalmente com esse final. Posso dizer com todas as palavras que o final do anime foi melhor que o do mangá em todos os aspectos.

Diretor, Kenichi Kasai, estarei esperando seu próximo trabalho. Roteirista, Reiko Yoshida, muito obrigado por seu trabalho em BAKUMAN, estarei esperando por seu próximo trabalho também. No mais, um agradecimento meu também à toda a equipe do J.C. Staff que trabalhou nessa adaptação. Vocês fizeram um excelente trabalho que vai ficar na minha memória e na memória de muitos.

Vale lembrar que BAKUMAN está sendo publicado pela Editora JBC aqui no Brasil e se encerrará agora em Abril no volume 20!

O que podemos fazer é aguardar o próximo trabalho de Tsugumi Ohba e Takshi Obata, que não deve estar longe.

Não deixem de postar nos comentários o que vocês acharam do anime de BAKUMAN!

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Kami-sama no Memo-chou: NEETs podem ser úteis

Seguindo com as primeiras impressões da temporada, temos Kami-sama no Memo-chou. Um anime que após ler a sinopse não pude negar que fiquei curioso. Para mim, seria algo como um GOSICK num mundo mais “real”. Bem, me enganei. Não tem muito a ver com GOSICK, tirando a detetive-loli, mas o anime ficou com saldo positivo. A adaptação para anime ficou a cargo do estúdio JC Staff, responsável, dentre outros, por Azumanga Daioh, Bakuman, Honey & Clover, Nodame Cantabile e Toradora. Não podemos colocar a competência do estúdio em jogo, ele é bom, a questão é a mania que eles tem de, para agradar o publico otaku, de suavizar temas e colocar fanservice exagerado. Quando o anime é centrado numa detetive-loli, é algo a se preocupar.

Narumi Fujishima acabou de chegar a Tokyo e a sua nova escola onde irá cursar o ensino-médio. Sua vida é bem normal, não se destaca em nada, participa de um clube por mera obrigação curricular e gosta de, simplesmente, ver o tempo passar. Um dia, ele é surpreendido pela colega Ayaka Shinozaki que o convida para ajudá-la no clube de jardinagem. Para evitar transtornos ele aceita. Um dia, quando está voltando com Ayaka para casa, ele conhece os amigos da menina, um grupo de NEETs (pessoas que não estudam nem trabalham, aka vagabundos) liderados por uma menina chamada Alice, a NEET suprema. Alice se denomina uma Detetive-NEET e dedica sua vida a observar o mundo através da internet, televisão, etc, sem sair de seu apartamento. Ela então usa suas observações e sua equipe para resolver casos do mundo real. Sem perceber, Narumi acaba entrando para o time.

Essa é a ambientação de Kami-sama no Memo-chou. Nesse primeiro episódio, a equipe resolveu o caso de uma garota desaparecida envolvida com “enjou kousai” (meninas, normalmente ainda no colégio, que se encontram com homens mais velhos em troca de dinheiro, muitas vezes esses encontros resultam também em sexo).

Eu achei a trama interessante, a conclusão foi boa, mas tudo aconteceu de forma muito rápida. Mesmo em um episódio duplo, como esse primeiro, a resolução do caso ficou corrida e não teve muito a participação do espectador, como é interessante ter em mistérios e histórias de detetive. É necessário que o espectador acompanhe a descoberta das pistas e que, muitas vezes, chegue à conclusão do caso antes do próprio detetive da trama. Isso eu senti falta na série.

Outra coisa que me deixou curioso foi o fato de isso não envolver a policia. Eles são como detetives mercenários, mesmo eu não tendo visto dinheiro envolvido na coisa, mas por se tratarem de NEETs, é provável que eles precisem de recompensa financeira para sobreviverem. Eu confesso que esperava sim a participação da polícia e que Alice fosse mais parecida com um “L” (Death Note) ou até mesmo uma Victorique (GOSICK).

Por outro lado, o clima mais sério e pesado da série me deixou interessado. Me envolveu naquilo tudo que estava acontecendo e me fez querer ver mais casos sendo resolvidos por aquela turma.

Há um quê de comédia no anime, o que me agrada e quebra um pouco o clima de tensão constante. E tecnicamente o anime é bem competente. Excelentes cenários, bom character design e animação. Temos ali também personagens bem diferentes entre si e com personalidades únicas que se completam bem na equipe. E o personagem principal, Narumi, acaba sendo o reflexo do espectador naquele universo, alguém que caiu de para-quedas na história e está acompanhando de perto tudo aquilo.

Ah, e como eu disse no começo a questão do fanservice… bem, teve sim. Mas foi aquele negócio era esperado e até teve em apenas um único momento. Não comprometeu.

Para os próximos episódios, espero um desenvolvimento melhor dos casos e só isso. De resto, gostei do que vi e também acompanharei semanalmente. Recomendo para quem gosta de animes de mistério/detetive.

Seguindo com as primeiras impressões da temporada, temos Kami-sama no […]

10º e 11º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”

Horay! Finalmente podemos voltar com os encontros! Infelizmente semana passada vários contratempos me impediram de escrever e acabou que o 10º e o 11º encontro acabaram ficando juntos.

Diante dessa situação, gostaria de aproveitar esse encontro duplo para, ao invés de comentar sobre os episódios em específico, falar sobre o anime como um todo e como ele vem ganhando uma identidade própria distinta do mangá.

Porém, antes vamos a um breve resumo dos dois episódios:

No episódio 10, Mashiro e Takagi acabam se encontrando com Hattori dentro do departamento editorial da Jump para discutir as notas e avaliações de “Duas Terras”. Os editores deram notas menores porque era um material não muito adequado para a revista, enquanto o juri artístico deu notas boas por valorizar ideias originais. Eles acabam falando de Eiji e recebem a notícia de que estudantes podem ser sim serializados e que o Eije provavelmente será. Voltando ao trabalho dos dois, é dito que eles precisam de um protagonista mais forte que faça as pessoas se sentirem atraídas por ele. Em certo momento o Editor-Chefe intervem e começa a conversar com os dois dizendo que o que importa é um trabalho ser bom. Se for bom ele será serializado. Ele acaba expondo vários pontos para os dois, deixando Hattori preocupado. Depois ele revela a Hattori que sabia que Saiko era o sobrinho de Kawaguchi Taro e conta a história de como foram os últimos momentos dele na Jump. A dupla acaba ficando motivada e fazem um monte de esboços. Por fim nenhum deles é bom o suficiente e Hattori decide mudar a estratégia. É hora deles focarem na NEXT, uma outra publicação da Yueisha que daria mais espaço para um trabalho no estilo deles. É uma aposta definitiva. Nasce a ideia de “Dinheiro e Inteligência”.

No episódio 11, Mashiro e Takagi continuam desenvolvendo “Dinheiro e Inteligência”. Nós também somos apresentados aos primeiros traços de Crow, o novo trabalho de Nizuma Eiji. No meio tempo, temos um desenvolvimento do relacionamento de Takagi e Kaya que saem para um encontro juntos e obviamente acabam falando sobre Mashiro e Miho. No Valentine’s Day (o dia dos namorados de lá), Mashiro recebe um presente de Miho através da Kaya. Todos passam para a high school que queriam. Durante a reunião para decidir quais séries entrarão para a NEXT, “Dinheiro e Inteligência” é aceito, mas Hattori não está satisfeito. Ele avisa à dupla que os editores podem estar os usando como forma de fazer o trabalho de Nizuma Eiji parecer melhor graças à comparação inevitável do trabalho de dois jovens mangakas. Ele decide então trabalhar com a dupla para vencer o rival.

Agora que relembramos os episódios, hora de falar do que eu me propus a no começo. O anime de Bakuman já está com 11 episódios exibidos. É uma boa marca para começarmos a analisar o trabalho do estúdio no anime.

No começo, eu tinha um grande receio quanto a essa adaptação. Pouca coisa se sabia sobre ela, não tínhamos um trailer, imagens de divulgação ou o que fosse. Porém agora com mais de 10 episódios, posso dizer que o JC Staff tá fazendo um ótimo trabalho com o anime.

E são vários os motivos pelos quais digo isso. Mas antes de falar das qualidades, vou falar dos defeitos. Infelizmente, um dos grandes aspectos da série está sendo um tanto suavizado na versão animada. O grande protesto à “moetização” dos animes e mangás no Japão e principalmente a falta de qualidade que isso acaba causando. Essa completa abominação é um dos motes centrais da série, mas foi deixado para segundo plano no anime. Até o Ishizawa, personificação da tendência moe do anime, teve que ter sido levemente modificado para estar nos padrões do anime. Digamos que eles deixaram o personagem ainda mais irritante e arrogante para justificar o mal-trato do Takagi a ele enquanto os reais motivos não são só esses.

Para mim esse é o único real defeito da adaptação. De qualidades, estamos recheados. Prefiro destacar algumas aqui: o trabalho da dublagem, o tratamento dos meta-mangás e o desenvolvimento dos personagens femininos. Esses três aspectos já são suficientes para fazer qualquer pessoa assistir a esse anime.

No que diz respeito a dublagem, eu estou literalmente admirado como conseguiram dar ainda mais vida aos personagens do mangá. Desde os protagonistas até os coadjuvantes. Todos estão ótimos! A escolha do elenco foi de extrema competência. Destaque para os dubladores do Takagi e do Eiji. Ambos ficaram excepcionais e condizentes com como eu imaginava os personagens. Tenho pena do dublador do Eiji que terá que ficar dando aqueles gritos a todo momento.

Os meta-mangas são um espetáculo a parte. Eles pegaram o que já era extremamente interessante no mangá e transformaram em algo melhor. Agra temos vozes, mais desenhos e um desenvolvimento ainda maior das histórias desses meta-mangás. Eu não vejo a hora de ver como ficará “Dinheiro e Inteligência”, “Crow” e tantos outros que ainda vão aparecer.

Para fechar as qualidades apontadas, temos o desenvolvimento dos personagens femininos. No momento isso praticamente se limita à Miho e à Kaya, com leves menções à Iwase. Mas mesmo assim, o trabalho que a equipe de produção está fazendo com essas personagens está dando um novo brilho a este lado da história que muitos consideram ser o mais fraco do mangá e alvo de constantes críticas.

Enfim, mais uma vez acabo me prolongando, mas quando o assunto é bom a gente não cansa de escrever sobre. Bakuman é uma série interessantíssima. De certa maneira inspiradora e crítica. Um ponto de originalidade em um universo que muitas vezes tende para a mesmice e a padronização de conteúdo.

Até o próximo encontro!

Horay! Finalmente podemos voltar com os encontros! Infelizmente semana passada […]

9º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”…

Nossa… do jeito que eu estou postando pouco, parece que o blog é feito só desses encontros. Por sinal não acredito que atrasei em dois dias esse post! Caramba! Esse episódio foi simplesmente fantástico! Muita coisa aconteceu nele e alguns dos eventos tem uma importância significativa na história daqui pra frente. Vamos dar início ao 9º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”!

Pois bem, o episódio começa com foco no Mashiro até quase a metade, quando ele tem a conversa com o avô. Não há muito o que comentar aqui a não ser o fato de todo esse segmento ter sido inventado. Sim, inventado pelo anime. Não que tenha ficado ruim, pelo contrário, mas acho que poderia ter sido encurtado. A conversa com o avô foi muito boa, mas a quantidade de cenas dele deprimido foram um tanto desnecessárias. Poderiam ter resumido só na cena dele sozinho no estúdio e já seria uma boa.

Nessa primeira parte ainda tivemos outra cena inventada, a na casa da Miho com a Kaya, a mãe da Miho e a irmãzinha da Miho, Mina. Olha que curioso, as duas tem a mesma cara… que por sinal é a mesma da mãe. Legal né? Genes fortíssimos! O propósito dessa cena foi continuar a desenvolver as personagens femininas da história que no mangá são meio que colocadas de lado.

A outra metade é dedicada à sequência na casa do Takagi que é simplesmente GENIAL! A situação completamente nonsense, o Takagi tentando disfarçar, a Kaya conquistando o Takagi no final… nossa! Muito legal mesmo e a maneira como conduziram deixou tudo ainda melhor. Parabéns extra para o dublador do Takagi que fez um trabalho EXCEPCIONAL nessa cena e que me rendeu boas risadas!

Para fazer justiça, preciso comentar sobre a Kaya também. A participação dela no episódio foi excelente. Desde a conversa com o Mashiro, passando pela cena na casa da Miho até chegar à casa do Takagi. Não teve um momento em que ela aparecesse sem roubar a cena. O tapa foi o climax de tudo isso. Quase caí da cadeira de tanto rir e fiz questão de ficar revendo o momento do tapa umas vinte vezes antes de voltar a dar play.

Novamente tivemos um episódio bem feito. Há sim algumas críticas a serem feitas ao trabalho do JC Staff em Bakuman, mas eu pessoalmente estou achando que as qualidades do anime estão superando em muito os defeitos. Um exemplo é a cena final do episódio com o Eiji. Para quem ainda não leu o mangá, a cena pode ter ficado meio sem sentido, mas foi um easter egg muito legal para os leitores do mangá. Esperem, vocês verão que aquele corvo influenciará em muita coisa no futuro da história. Essa valorização do universo meta-linguístico de Bakuman no anime já o faz ser indispensável para os velhos e novos fãs.

O encontro dessa semana não foi tão longo, o que não quer dizer que o episódio tenha sido ruim! Até o próximo encontro!

Nossa… do jeito que eu estou postando pouco, parece que […]

4º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”…

E estamos de volta com mais um encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”! No episódio de hoje, Mashiro e Takagi se aprofundam nas técnicas de como fazer um mangá e decidem ir para a mesma high school, onde poderão ter mais tempo para praticar. Eles também conhecem seu primeiro rival, Eiji Nizuma, um gênio de 15 anos de idade que acabou de ganhar o Prêmio Tezuka (um dos mais importantes prêmios para novatos do Japão).

Antes de começarmos, é valido dizer que houve algumas mudanças nesse episódio se compararmos em como os eventos aconteceram no mangá. Para começar, eliminaram a referência à Otoko no Jouken, obra de Ikki Kajiwara (Ashita no Joe), uma das principais “bases teóricas” da série. Trocaram a locação onde ocorre a conversa em que Mashiro e Takagi decidem ir para a escola Yakuza North juntos. No mangá eles tem essa conversa ainda no estúdio, logo depois do Mashiro dizer que ele não viu o tempo passar enquanto desenhava de madrugada. No anime eles decidiram fazer os dois conversarem em um parque, bem depois da conversa no estúdio. No mangá, a conversa no parque é sobre o Eiji e sobre a decisão deles fazerem um mangá nas férias de verão. Por sinal, no anime eles acabaram suavizando muito a maneira como o Ishizawa (o otaku que está desenhando na sala de aula quando eles passam) é apresentado. No mangá ele é mostrado como um fracasso logo de primeira. O Takagi diz que nunca cogitou se juntar a ele porque ele nunca vai chegar a lugar nenhum. Só desenha para se exibir, etc.

Ufa… ficou um pouco grande essa parte, mas é que eu queria jogá-la de uma vez só para podermos discutir agora o anime em si. Apesar das diferenças, tudo funcionou muito bem nesse episódio e nada ficou mal feito ou mal explicado. Estou gostando do trabalho do JC Staff e dos diretores na composição dos eventos e das escolhas para dublagem. Está tudo indo muito bem e eu acredito que novos fãs estão gostando do que estão vendo. Pelo menos é o que eu posso perceber com meus amigos.

Por sinal, adorei a maneira como a Kaya foi apresentada nesse episódio. Apesar dela parecer uma menina fútil a princípio, ela é bem perspicaz e inteligente. Logo percebeu como o Ishizawa era um fracasso. A reação dos garotos e da dupla foi bem engraçada.

Outra coisa interessante de se comentar é como finalmente eles deram uma atenção maior para a linha principal da série, o “fazer mangá”. Explicando as regras de como ser um mangaka de sucesso se você não for um gênio do tio do Mashiro, mostrando como funcionam as diferentes penas (aquelas canetas especiais de desenho que o Mashiro está falando sobre no começo do episódio), apresentando como é o processo de criação de um página de mangá e como é a relação Mangaka <-> Editor. Isso me deixou muito grato pois não vão dar um enfoque maior do que o necessário no aspecto romântico da série, como algumas pessoas estavam temerosas.

A aparição do Eiji ao final do episódio também foi uma decisão acertada da direção. Deixou o espectador curioso pra saber mais sobre esse personagem meio louco que fica fazendo sons estranhos enquanto desenha. Eu sei que eu estou muito curioso para saber como ele vai ficar no anime. Confesso que estou doido pra saber como todos os personagens vão ficar, mas o Eiji é um dos que eu mais gosto! Boa jogada do anime, já que o Eiji só aparece pela primeira vez no cap. 9 do mangá e os eventos do anime estão correspondendo ao cap. 6 ainda.

Bem, no próximo episódio eles provavelmente vão finalizar os eventos do volume 1 do mangá e nós já teremos uma ideia de como vai ser eles criando um mangá no anime. Não vejo a hora de assistir. Até semana que vem!

E estamos de volta com mais um encontro “O Bakuman […]