O MBB Anikenkai deseja a todos um feliz ano novo!

Passando aqui rapidamente para desejar feliz ano novo para todos os leitores do MBB Anikenkai. Estou em viagem, mas consegui acesso  a um computador para fazer o último post de 2010.

Lá para o início do ano, eu decidi começar esse blog sem nem imaginar que hoje teria esse número de leitores ou que conheciria pessoas tão legais (outras nem tanto) através dele. Hoje olho para tudo isso e vejo que fiz bem em começar o Anikenkai. Em 2011 espero que eu possa postar ainda mais e trazer ainda mais conteúdo, para voces, leitores.

Infelizmente não posso me prolongar com esse post, mas assim que e voltar pra casa, faço uma espécie de retrospectiva do Anikenkai em 2010. Para 2011 voces já podem esperar boas coisas! Retorno do Anikenkai LIVE, podcast, animes novos, nossa… muita coisa vem aí.

Desejo a todos um ótimo reveillon e um feliz 2011!

Passando aqui rapidamente para desejar feliz ano novo para todos […]

18/12… também conhecido como “O Desaparecimento de Haruhi Suzumiya”

Não, queridos leitores, esse (ainda) não é o post de Feliz Natal, mesmo o filme em questão tendo sido um belo presente do Papai Noel para nós, fãs ocidentais, que estamos ansiosos para conferir o novo capítulo da história de Haruhi Suzumiya.

Vale lembrar que se você não conhece o anime Suzumiya Haruhi no Yuutsu, procure em algum lugar e assista. Para mais infos sobre a série, recomendo o post do Gyabbo. Durante o post eu tentarei evitar ao máximo revelar detalhes da história do filme, mas se você não quiser spoilers, recomendo que volte a ler esse post após assistir ao filme.

Pois bem… Haruhi decide que quer fazer um evento de Natal para o SOS Dan e é claro que isso envolve todos os membros. No dia 17 de Dezembro começam os preparativos e a decoração da sala do clube.  Um dia comum para os personagens. No dia 18, Kyon acorda para mais um dia de tarefas, mas ao chegar na escola o clima está um tanto quanto mudado. Pessoas gripadas do nada, alunos que haviam sumido retornam, e o pior de tudo, ninguém conhece ou ouviu falar de Haruhi Suzumiya. Cabe a Kyon entender o que está acontecendo e tentar fazer as coisas voltarem ao que eram.

Essa história adaptada com extrema fidelidade dos livros de Suzumiya Haruhi nos faz mergulhar num clima de tensão constante narrado primordialmente pelos pensamentos de Kyon no decorrer da aventura em busca de uma solução para re-estabelecer o mundo como ele conhecia.

Logo no começo do filme já podemos ter a ideia de quão interessante a história ficaria. Kyon vivia reclamando do seu dia a dia “submisso” às vontades de Haruhi. Logo, um mundo sem ela seria o que ele sempre quis. Mas essa não é a verdade. Mesmo reclamando, muitas vezes com razão, Kyon gostava da imprevisibilidade da vida nada normal que levava junto dos membros do SOS Dan. Para uma pessoa que se mete nas mais diversas situações com viajantes do tempo, paranormais, extraterrestres e uma menina que é uma espécie de entidade com poderes para alterar a estrutura do universo, um dia de vida normal é puro tédio. O personagem coloca isso desde o começo na cabeça e já declara sua motivação para ir atrás dos seus colegas de clube em busca de respostas.

Mikuru, Yuki, Koizumi e Haruhi, os outros membros do SOS Dan, são outros que merecem uma boa análise. Nesse filme eles não conhecem Kyon, ou pelo menos não da maneira como conheciam antes do mundo ser alterado. Suas personalidades por outro lado se parecem bem com os seus “originais”. Começando por Mikuru que é a mesma personagem tímida e desajeitada de antes, só que agora sem ser uma viajante do tempo; Koizumi continua sendo uma pessoa bem inteligente e um tanto afeminado, mas nada de paranormalidade; a própria Haruhi tem a mesma personalidade impulsiva e excêntrica. A única que parece ter sofrido alguma alteração foi a Yuki que apesar de ainda ser tímida, calada e misteriosa, ganhou emoções, algo que sua “original” não desfrutava.

Se os personagens por si só já não motivassem interesse, ainda temos um excelente trabalho dos dubladores que dão vida a eles. Com destaque claro para Tomokazu Sugita, a voz de Kyon. Esse conseguiu dar a profundidade necessária aos sentimentos do personagem no decorrer do filme. Muitos dizem que o Kyon tem uma personalidade genérica e desinteressante se comparado aos outros membros do cast principal, mas ao ver esse filme o personagem se sobressai e muito. Excelente trabalho.

No decorrer da história Kyon acaba reunindo os membros novamente na sala do clube de literatura (já que o SOS Dan não existe no mundo modificado) e terminam descobrindo uma maneira de fazer tudo voltar ao normal. É nesse momento que o filme toma um ritmo mais rápido e que os eventos trazem a memória diversos momentos da séries animada, o que torna indispensável que o espectador tenha assistido à mesma antes do filme. Se estiver assistindo sem ter conhecimento prévio dos acontecimentos mencionados, poderá encarar tudo aquilo como roteirismo, mas é algo que foi trabalhado desde o primeiro episódio da série.

E falando de roteiro, eu fiquei impressionado com o mesmo e com o trabalho da direção. Mesmo com quase três horas de duração, o filme não cansa. O ritmo e o encadeamento de eventos está na medida certa e a maneira como a história é contada é de deixar muito diretor de live action intrigado.

Ao final do filme quando Kyon está indo para a sala do SOS Dan para participar da ceia de Natal da Haruhi, ele dá um discurso muito interessante que é o ponto final na ideia de que Kyon era inferior aos outros membros do clube. Desde o começo sabemos que ele é especial para a Haruhi e que é insubstituível. Agora nós temos uma clara ideia disso. Ele é só o responsável por manter o mundo da maneira que ele é. Não só por ele ter feito o que fez no filme, mas porque ele tem uma arma secreta que pode desencadear os poderes da Haruhi a qualquer momento.

Uma história interessante e bem contada como essa não poderia ser mostrada de maneira descuidada. A KyoAni faz um trabalho incrível na animação com cenários detalhadíssimos e movimentação fluida. Por essas e outras que é extremamente recomendável assistir a esse filme em alta-definição. Preferencialmente com qualidade de blu-ray em 1080p.

Sem dúvida nenhuma “O Desaparecimento de Haruhi Suzumiya” (Suzumiya Haruhi no Shoushitsu, 2010) é um filme incrível e altamente recomendado para todos os fãs de animação e principalmente para os fãs da série animada. É bom Summer Wars se preocupar porque o posto de filme animado do ano pode não ser tão fácil assim de manter.

Não, queridos leitores, esse (ainda) não é o post de […]

12º encontro "O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante"

E começa agora mais um encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”!

No episódio dessa semana, Mashiro e Takagi vão jantar com Hattori para comemorar sua publicação na NEXT!. Em seguida recebem instruções de como melhorar seu trabalho para competir com Eiji. Depois de um bom papo, Mashiro pede que Hattori considere uma possível serialização caso eles se deem bem nos questionários. Essa pressa deixa Hattori um tanto quanto preocupado. No restante do episódio temos um desenvolvimento do relacionamento de Mashiro e Miho, com ajuda da Kaya. Após a cerimônia de graduação

, Mashiro e Miho se encontram e ela promete a ele que irá esperá-lo pelo tempo que for até que seus sonhos se realizem.

Temos dois pontos claros nesse episódio: a participação da Kaya e o romance entre Mashiro e Miho.

No que diz respeito à participação da Kaya, não tenho nem o que dizer a não ser sensacional! A Kaya vem ganhando uma clara importância nessa adaptação. Por causa dela o romance entre Mashiro e Miho vem sendo muito mais trabalhado do que no original em mangá. Seja por alguns diálogos a mais, umas cenas a mais, o que seja, a Kaya vem ganhando uma grande importância e isso me agrada porque eu sempre gostei da personagem e sempre quis vê-la mais presente nos momentos iniciais da série.

Já o romance entre Mashiro e Miho muitos consideram o ponto fraco de Bakuman. Tanto no mangá quanto no anime esse aspecto da história é condenado. Porém, eu digo que as pessoas deveriam parar com esse preconceito e deveria passar a olhar melhor para o que o diretor e o staff responsável está fazendo. Eles conseguiram deixar o romance entre os dois algo mais crível e mais facilmente aceitável. Não sei ainda o que motivou isso. Podem ter sido mudanças sutis, pode ter sido o excelente trabalho dos dubladores, animadores… mas seja o que for, me deixou com uma impressão de estar mais bem trabalhado. Repito que não estou aqui julgando a habilidade do Ohba em contar uma história, mas é de se aceitar que romance nunca foi seu forte.

Estamos na metade da temporada e já temos uma segunda anunciada. Caso ainda não tivéssemos, eu estaria um pouco preocupado com o ritmo da série, que apesar de bom, não seria o ideal para só 25 episódios. Por sorte a segunda temporada é uma realidade e isso me aliviou bastante.

Até o próximo encontro!

E começa agora mais um encontro “O Bakuman Dessa Semana […]

Meu parecer sobre a recém aprovada Lei de Censura em Tóquio

Era de se esperar que o anúncio e a aprovação de uma lei que irá restringir o conteúdo de animes e mangás distribuídos em Tóquio iria criar um certo rebuliço na blogsfera especializada brasileira. Apesar de nem todos terem feito posts sobre o assunto, muitos já comentaram o acontecimento através do twitter. @Gyabbo @Juba_Kun @LKMazaki @MaisdeOitoMil @Shoujofan… já dá pra considerar uma certa repercussão no acontecimento. Porém, o que todo esse rebuliço gerou foram opiniões diversas… inocentes, confiantes, indiferentes… o que não falta é opinião sobre o assunto.

Decidi escrever um post sobre o assunto para que as pessoas possam saber qual a minha posição ou não com relação a esse assunto. Farei questão de explicitar os porquês pois acho que isso ajuda a quem for ler meu post formar sua própria opinião sobre o assunto. Lembrando que todos estão livres para concordar ou discordar. E que se quiserem deixar um comentário argumentando pontos que vocês acharam incorretos, ou dando mais base a coisas que vocês acharam corretas, sintam-se a vontade.

Para começar, gostaria de deixar claro o que é essa nova lei:

O Governo de Tóquio, e entendam que essa é uma medida válida unicamente em Tóquio (por enquanto), aprovou um projeto de lei que visava restringir materiais que contivessem cenas ou insinuações de atos sexuais ou não socialmente condenáveis, como estupro, incesto, suicídio, comportamento criminoso, banalização da violência, etc. Tais materiais seriam colocados nas prateleiras “para adultos” dos estabelecimentos que atualmente vendem mangás.

Pois bem, para começar, gostaria que vocês prestassem atenção na palavra que eu usei acima: insinuações. Insinuar é dar a ideia de algo que não é na realidade, mas que é no plano subjetivo da coisa. Um exemplo é a relação de Kirino e seu irmão em Ore no Imouto. Em nenhum momento ela disse que gostava do irmão e nunca aconteceu nenhum contato romântico entre eles, mas quem assiste sabe que rola uma tensão sexual entre os dois. O grande problema disso é justamente “insinuar” ser algo subjetivo e por ser subjetivo está sujeito a interpretações. O que vocês me diriam se a justiça decidisse colocar One Piece na sessão 18+ pelo fato do Oda constantemente exagerar no tamanho do busto de algumas de suas personagens?

Outro ponto que eu gostaria de comentar é o caso do 18+. Algumas pessoas me falaram que não veem problema nisso. Que eles só vão colocar o material nas seções para adultos dos estabelecimentos, não vão parar de publicá-los. Aí eu peço que não sejam inocentes. O grande público consumidor de mangás no Japão ainda são as crianças, menores de 18 anos em geral. Mangás para esse público vendem (bem) mais que os voltados para um público adulto.

O primeiro efeito disso seria a fragmentação das antologias. A Shonen Jump, por exemplo, teria que se reestruturar, pois algumas de suas séries não seriam adequadas para o público-alvo, de acordo com a nova lei.

Depois, teríamos o problema com os tankobons (volumes encadernados). Ficando na categoria “adulta”, acabariam tendo uma queda na vendagem. O que isso causaria? Pense comigo: Você é um editor. Tem duas séries na sua frente pronta para serem serializadas. Uma estaria de acordo com a nova lei, a outra não. A que estaria de acordo com a lei teria previsão de venda para X, enquanto a outra teria Y, sendo X bem maior que Y. Em qual série você investiria? Acho que não preciso responder. Tal situação acabaria gerando um efeito bola-de-neve que culminaria com um número enorme de títulos politicamente corretos nas prateleiras enquanto os títulos “para adultos” seriam pouco divulgados.

Um terceiro problema seria o fato de que nem todos os estabelecimentos tem uma “seção para adultos”, o que faria a venda de materiais “impróprios” serem nulas.

Obviamente tudo isso vai depender de como a lei for aplicada e interpretada pelos governantes e, principalmente pelas distribuidoras e revendedoras. O primeiro-ministro do Japão já pediu cautela, como bem colocou a minha querida colega, Valéria Fernandes, a situação ainda não é tão calamitosa, como acredita a minha outra colega, Mara, mas é muita inocência acreditar que isso não se trata de uma forma de censura. Muito menos de que é uma decisão que não afetará em nada a industria. Se isso fosse verdade, as grandes editoras de mangá não teriam boicotado um dos principais eventos da industria, a Tokyo Anime Fair.

Eu sou contra todo e qualquer tipo de censura. Principalmente quando esta é imposta pelo Estado. Acredito que o que deveria haver no Japão é uma auto-regulação pelas próprias editoras e seus autores. Não é difícil de acreditar que mangás tão consagrados por nós hoje em dia se mostrassem contra essa nova lei. De cabeça me lembro logo de Death Note que, se já não tivesse tido muitos problemas dentro da própria Shueisha para ser publicado, ainda teriam que encarar problemas com a lei. Só de imaginar que por causa disso poderíamos não ter Bakuman hoje, fico extremamente receoso com essa lei. E caso resolvessem encrencar com as cenas do Goku apalpando inocentemente a Bulma no início de Dragonball?

O que eu quero dizer é que uma lei como essa, propositalmente escrita de maneira simples para motivar várias possíveis interpretações vai contra tudo que eu acredito e por isso insisto em dizer que não podemos dizer que ela não vai causar nada. Não estou dizendo para ficarmos nos lamentando, afinal nada podemos fazer no momento, mas eu sinceramente torço para que o governo federal japonês intervenha e que anule essa medida ou a deixe mais clara e prática. Se essa lei “pegar”, não vai demorar para um monte de lei que estava engavetada começar a ser votada e aprovada.

Bem, é isso aí. Acabei escrevendo demais, pra variar, mas fiz isso porque gostaria de deixar bem clara a minha postura quanto ao assunto. Agradeço se você tiver lido até aqui.

Era de se esperar que o anúncio e a aprovação […]

10º e 11º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”

Horay! Finalmente podemos voltar com os encontros! Infelizmente semana passada vários contratempos me impediram de escrever e acabou que o 10º e o 11º encontro acabaram ficando juntos.

Diante dessa situação, gostaria de aproveitar esse encontro duplo para, ao invés de comentar sobre os episódios em específico, falar sobre o anime como um todo e como ele vem ganhando uma identidade própria distinta do mangá.

Porém, antes vamos a um breve resumo dos dois episódios:

No episódio 10, Mashiro e Takagi acabam se encontrando com Hattori dentro do departamento editorial da Jump para discutir as notas e avaliações de “Duas Terras”. Os editores deram notas menores porque era um material não muito adequado para a revista, enquanto o juri artístico deu notas boas por valorizar ideias originais. Eles acabam falando de Eiji e recebem a notícia de que estudantes podem ser sim serializados e que o Eije provavelmente será. Voltando ao trabalho dos dois, é dito que eles precisam de um protagonista mais forte que faça as pessoas se sentirem atraídas por ele. Em certo momento o Editor-Chefe intervem e começa a conversar com os dois dizendo que o que importa é um trabalho ser bom. Se for bom ele será serializado. Ele acaba expondo vários pontos para os dois, deixando Hattori preocupado. Depois ele revela a Hattori que sabia que Saiko era o sobrinho de Kawaguchi Taro e conta a história de como foram os últimos momentos dele na Jump. A dupla acaba ficando motivada e fazem um monte de esboços. Por fim nenhum deles é bom o suficiente e Hattori decide mudar a estratégia. É hora deles focarem na NEXT, uma outra publicação da Yueisha que daria mais espaço para um trabalho no estilo deles. É uma aposta definitiva. Nasce a ideia de “Dinheiro e Inteligência”.

No episódio 11, Mashiro e Takagi continuam desenvolvendo “Dinheiro e Inteligência”. Nós também somos apresentados aos primeiros traços de Crow, o novo trabalho de Nizuma Eiji. No meio tempo, temos um desenvolvimento do relacionamento de Takagi e Kaya que saem para um encontro juntos e obviamente acabam falando sobre Mashiro e Miho. No Valentine’s Day (o dia dos namorados de lá), Mashiro recebe um presente de Miho através da Kaya. Todos passam para a high school que queriam. Durante a reunião para decidir quais séries entrarão para a NEXT, “Dinheiro e Inteligência” é aceito, mas Hattori não está satisfeito. Ele avisa à dupla que os editores podem estar os usando como forma de fazer o trabalho de Nizuma Eiji parecer melhor graças à comparação inevitável do trabalho de dois jovens mangakas. Ele decide então trabalhar com a dupla para vencer o rival.

Agora que relembramos os episódios, hora de falar do que eu me propus a no começo. O anime de Bakuman já está com 11 episódios exibidos. É uma boa marca para começarmos a analisar o trabalho do estúdio no anime.

No começo, eu tinha um grande receio quanto a essa adaptação. Pouca coisa se sabia sobre ela, não tínhamos um trailer, imagens de divulgação ou o que fosse. Porém agora com mais de 10 episódios, posso dizer que o JC Staff tá fazendo um ótimo trabalho com o anime.

E são vários os motivos pelos quais digo isso. Mas antes de falar das qualidades, vou falar dos defeitos. Infelizmente, um dos grandes aspectos da série está sendo um tanto suavizado na versão animada. O grande protesto à “moetização” dos animes e mangás no Japão e principalmente a falta de qualidade que isso acaba causando. Essa completa abominação é um dos motes centrais da série, mas foi deixado para segundo plano no anime. Até o Ishizawa, personificação da tendência moe do anime, teve que ter sido levemente modificado para estar nos padrões do anime. Digamos que eles deixaram o personagem ainda mais irritante e arrogante para justificar o mal-trato do Takagi a ele enquanto os reais motivos não são só esses.

Para mim esse é o único real defeito da adaptação. De qualidades, estamos recheados. Prefiro destacar algumas aqui: o trabalho da dublagem, o tratamento dos meta-mangás e o desenvolvimento dos personagens femininos. Esses três aspectos já são suficientes para fazer qualquer pessoa assistir a esse anime.

No que diz respeito a dublagem, eu estou literalmente admirado como conseguiram dar ainda mais vida aos personagens do mangá. Desde os protagonistas até os coadjuvantes. Todos estão ótimos! A escolha do elenco foi de extrema competência. Destaque para os dubladores do Takagi e do Eiji. Ambos ficaram excepcionais e condizentes com como eu imaginava os personagens. Tenho pena do dublador do Eiji que terá que ficar dando aqueles gritos a todo momento.

Os meta-mangas são um espetáculo a parte. Eles pegaram o que já era extremamente interessante no mangá e transformaram em algo melhor. Agra temos vozes, mais desenhos e um desenvolvimento ainda maior das histórias desses meta-mangás. Eu não vejo a hora de ver como ficará “Dinheiro e Inteligência”, “Crow” e tantos outros que ainda vão aparecer.

Para fechar as qualidades apontadas, temos o desenvolvimento dos personagens femininos. No momento isso praticamente se limita à Miho e à Kaya, com leves menções à Iwase. Mas mesmo assim, o trabalho que a equipe de produção está fazendo com essas personagens está dando um novo brilho a este lado da história que muitos consideram ser o mais fraco do mangá e alvo de constantes críticas.

Enfim, mais uma vez acabo me prolongando, mas quando o assunto é bom a gente não cansa de escrever sobre. Bakuman é uma série interessantíssima. De certa maneira inspiradora e crítica. Um ponto de originalidade em um universo que muitas vezes tende para a mesmice e a padronização de conteúdo.

Até o próximo encontro!

Horay! Finalmente podemos voltar com os encontros! Infelizmente semana passada […]

Vocês sabem o que foi o Comic Code? Ele pode estar chegando aos mangás…

Recentemente eu li uma notícia no Anime News Network a respeito das editoras estarem boicotando um grande evento da indústria de animes e mangás no Japão. Ao continuar lendo vi que se tratava de uma forma de protesto contra um projeto de lei que prevê uma forte censura a esses tipos de entretenimento.

O projeto, que se auto coloca na posição de promover um desenvolvimento saudável dos jovens, coloca muitos animes e mangás em risco. O principal alvo vem sendo os animes que abusam do moe e de sexualidade. Estes seriam praticamente extintos da televisão. Porém, outro grupo de mangás também está ameaçado, os que contém violência. E aí entram no barco obras como Hokuto no Ken e Berserk. A medida proíbe a distribuição desse tipo de material para menores de 18 anos.

Muitos podem pensar que nada vai mudar, que pra nós vai dar na mesma porque nós lemos pela internet, etc… pois saiba que não é bem assim. O grande problema estará no que as editoras vão passar a investir a partir do momento em que essa lei for aprovada. Eles irão preferir mangás que seriam politicamente corretos e que não ameaçassem o novo código pois a maioria do seu público é menor de 18 anos.

Essa medida me embra do Comics Code Authority, medida implantada nos anos 50 pela Comics Magazine Association of America em resposta às preocupações da população com o conteúdo dos gibis. Na época eram muito comuns gibis de terror, com violência, com certa conotação sexual, etc. e isso preocupava a população americana da época. Vale lembrar que gibis vendiam horrores na época, comparável ao que os mangás vendem hoje. Depois da aprovação do CCA, as vendas caíram drasticamente e hoje a indústria de gibis norte-americana luta diariamente pela sua sobrevivência, mesmo com personagens tão incrustados na cultura popular, como Homem-Aranha, Batman e Superman. As vendas de gibis americanos hoje nem se compara a títulos da Shueisha como One Piece, Naruto ou Bleach. A Shonen Jump tem tiragem semanal de milhões de exemplares enquanto gibis americanos populares não passam dos milhares POR MÊS.

Esse projeto de lei japonês tem muitas similaridades com o CCA, mas suas diferenças o tornam ainda pior que seu primo norte-americano. Antes de mais nada, ele é um lei e, como tal, é obrigatória. Nos EUA, o CCA era voluntário entre as editoras, porém, aquelas que não tinham eram deixadas de lado pelas grandes distribuidoras, o que as fazia aderir ao CCA. Porém, no caso do Japão as editoras não terão nem a opção de seguir ou não a norma. Se querem vender para menores de 18, tem que se adequar ao padrão.

Estamos em plena época de Comiket, o maior evento otaku do Japão onde milhares de pessoas vão ao Tokyo Big Sight para comprar e vender doujinshis, fanzines muitas vezes com conteúdo erótico envolvido. Esse evento é extremamente tradicional entre os fãs de animes e mangás no Japão e eu fico na expectativa para saber se algum tipo de protesto será feito durante os dias da feira.

Nós, fãs ocidentais, só podemos assistir a tudo isso e torcer para que as editoras e quem sabe até os fãs tenham força para lutar e pedir a anulação desse projeto de lei. Se ela for aprovada, vou poder comentar feliz com meus netos do tempo em que existiam animes e mangás de verdade.

Se quiserem saber mais sobre o Comics Code Authority, podem visitar a página da Wikipedia sobre o assunto ou leiam os artigos do CCA original de 1954. Se estiverem interessados no projeto de lei japonês, podem baixar o pdf, em japonês.

Recentemente eu li uma notícia no Anime News Network a […]

Eles aguentaram o tranco? (ou Genshiken cap. 58)

Uma semana antes sem nenhum post. Nossa… acho que foi o máximo que eu consegui ficar sem postar nada. Mas tive meus motivos. Agora não os tenho mais e vamos a um post muito importante!

Antes de começar o post (que já está deveras atrasado por vários motivos), gostaria de dizer o quanto fico feliz de poder escrever aqui no Anikenkai sobre capítulos novos de Genshiken. Quando comecei o blog tudo de Genshiken já havia sido publicado e ou exibido. Em muitos de meus posts escrevi sobre ou mencionei Genshiken, mas eu não tinha a mínima esperança de que eu pudesse comentar “ao vivo” com vocês, conforme algo novo fosse saindo. Pegar o hype do momento, sem poder analisar o todo, tendo só a parte para comentar e repercutir com os leitores.

Eu comecei a acompanhar Genshiken em 2005 quando o primeiro anime já tinha encerrado e o mangá estava sendo finalizado. Porém, por problemas de acesso, só fui ler o final do mangá em 2007 quando o segundo anime de Genshiken já tinha estreado. Foi em 2008 que eu comecei a pesquisar ainda mais sobre a série e a pensar mais sobre ela. Desde então eu não parei e o Anikenkai é muito fruto do meu gosto e interesse em Genshiken.

Por essas e outras, poder estar comentando com vocês, leitores, mensalmente, a medida que um novo capítulo sai é extremamente satisfatório! Espero que vocês gostem de ler esses posts assim como eu gosto de escrevê-los.

No capítulo desse mês de Genshiken, nós tivemos a oportunidade de ler a primeira história focada nos novos personagens: Yajima, Yoshitake e Hato. Para quem não se lembra dos personagens pelo nome, Yajima é a garota maior, a Yoshitake é a garota menor e Hato é o cross-dresser.

Ogiue decidiu reviver a antiga publicação do Genshiken conhecida como “Mebaetame” e para isso cada membro deveria escrever seu perfil e fazer um desenho para ser inserido na revista. Como meu colega do blog Ogiue Maniax bem pontuou, a Ogiue nunca participou de verdade da revista, sendo esse um bom motivo para ela ter tomado essa decisão. Yoshitake então se convida para ir à casa da Yajima junto do Hato para fazerem seus perfis. Relutante, Yajima “aceita”, a presença dos dois em sua casa.

Quando eles passam no supermercados para fazer compras, já conseguimos perceber alguns novos traços da personalidade de cada um. Primeiramente temos o fato da Yoshitake ser o que chamamos de “magra de ruim”, aquela pessoa que come em grande quantidade mas nunca engorda. Ok, isso não é personalidade, mas eu achei um fato curioso para se comentar. A Yajima também começa a demonstrar seu desconforto diante da situação.

Tocando nesse ponto, é importante falar sobre o que leva a Yajima a agir dessa maneira. Ela é a garota mais “normal” do Genshiken. Ela estranha aquela situação como um todo. Porque há tanta gente bonita nesse clube? Era para nerds serem assim? Nós temos uma cosplayer com dotes físicos evitentes, uma presidente bem suscedida e com namorado, uma menina bem arrumada e sem problemas de socialização… até um cross-dresser que é considerado mais bonito que muita menina. O que a Yajima não sabe, é o que nós, leitores, sabemos. Que o Genshiken atual é o resultado de todo um desenvolvimento que começou lá atrás com a entrada de Sasahara e Kasukabe no clube.

Yoshitake por outro lado demonstra um constante estado de impulsividade e agitação. Ela vê com extrema naturalidade levar álcool, não vê problema em quebrar algumas regras, pra deixar a coisa mais animada na casa da Yajima. Essa por sua vez demonstra sua ingenuidade ao mencionar logo o fato delas não serem maiores de idade (no Japão a idade para beber é 21 anos) como empecilho para elas comprarem as bebidas.

Essa ingenuidade é explorada no decorrer do capítulo, sendo o foco do mesmo em sua segunda parte, quando elas começam a reunião… e consequentemente a beber. É nessa hora que ela percebe que tem um homem em sua casa. Um homem bebendo… um homem que posteriormente ficaria apagado no chão depois de beber. Isso desperta a curiosidade ingênua da personagem que decide conferir se o Hato é mesmo um homem embaixo de toda aquela maquiagem. Afinal, “uma mulher tão bonita não pode ser uma mulher de verdade”. Durante todo seu dilema moral e e curiosidade inocente, acaba que ela comprova a masculinidade de Hato tentando impedir que a Yoshitake o fizesse.

Sem me prolongar mais, esse capítulo serviu para mostrar que Kio Shimoku não perdeu a mão. Ele ainda consegue criar e desenvolver personagens interessantes que sustentam sozinhos uma história. A ideia que ele vem criando com a Yajima, o conflito entre o otaku “normal” e o Genshiken atual, promete tornar essa nova série bem interessante de ler. Eu só espero que ela não se limite a um único volume. Gostaria que fizessem pelo menos mais três, para completar doze no total. Mas aí, só Kio Shimoku e a equipe editorial da Afternoon podem decidem. O que cabe a mim é continuar lendo, analisando e comentando com vocês da melhor maneira que eu puder. Genshiken ainda é minha série preferida de todos os tempos.

Uma semana antes sem nenhum post. Nossa… acho que foi […]

O Anikenkai já está se preparando para as Festas!!

E cá estou eu de novo, caros leitores!

Como vocês viram no post anterior, inaugurei a página do Anikenkai no Facebook e fiquei com vontade de escrever para vocês o que eu estou preparando para esse período de festas no final do ano. Então vamos nessa!

  • Para começar, teremos ainda mais quatro encontros “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”!! Sem dúvida essa é uma das séries de posts que mais me agrado em escrever e que gostaria de ver mais comentários dos leitores também a respeito dos episódios.
  • Teremos a estreia de uma nova temporada de animes no Japão que será devidamente comentada aqui no blog.
  • Atendendo a muitos pedidos que recebi por e-mail e twitter, estarei trazendo de volta o MBB Anikenkai LIVE!. O programa de retorno será um especial gravado na minha viagem a São Paulo no próximo fim de semana. Espero que vocês gostem!
  • Teremos também novos artigos sendo publicados na Genshiken Wiki que, por minha culpa e falta de tempo, ficou um tanto quanto parada nesses últimos tempos.
  • O MBB Anikenkai em conjunto com outros blogueiros estará fazendo um Podcast Especial de Final de Ano! Seremos oito blogueiros conversando e dando uma geral no que foi esse ano de 2010 para nós. Ainda não posso revelar quem serão os blogueiros, só o farei quando tivermos gravado tudo, mas já digo que tem muita gente legal e dedicada envolvida.
  • Por fim, se vocês ainda não notaram, o banner do topo já está em clima natalino!

Isso é só o que eu tenho planejado, muita coisa poderá acontecer até o dia 31 de Dezembro! Espero que todos estejam aproveitando esse final de ano e espero que gostem do que vem por aí.

Até o próximo post e feliz Festivus para todos!

E cá estou eu de novo, caros leitores! Como vocês […]