Eles aguentaram o tranco? (ou Genshiken cap. 58)

Uma semana antes sem nenhum post. Nossa… acho que foi o máximo que eu consegui ficar sem postar nada. Mas tive meus motivos. Agora não os tenho mais e vamos a um post muito importante!

Antes de começar o post (que já está deveras atrasado por vários motivos), gostaria de dizer o quanto fico feliz de poder escrever aqui no Anikenkai sobre capítulos novos de Genshiken. Quando comecei o blog tudo de Genshiken já havia sido publicado e ou exibido. Em muitos de meus posts escrevi sobre ou mencionei Genshiken, mas eu não tinha a mínima esperança de que eu pudesse comentar “ao vivo” com vocês, conforme algo novo fosse saindo. Pegar o hype do momento, sem poder analisar o todo, tendo só a parte para comentar e repercutir com os leitores.

Eu comecei a acompanhar Genshiken em 2005 quando o primeiro anime já tinha encerrado e o mangá estava sendo finalizado. Porém, por problemas de acesso, só fui ler o final do mangá em 2007 quando o segundo anime de Genshiken já tinha estreado. Foi em 2008 que eu comecei a pesquisar ainda mais sobre a série e a pensar mais sobre ela. Desde então eu não parei e o Anikenkai é muito fruto do meu gosto e interesse em Genshiken.

Por essas e outras, poder estar comentando com vocês, leitores, mensalmente, a medida que um novo capítulo sai é extremamente satisfatório! Espero que vocês gostem de ler esses posts assim como eu gosto de escrevê-los.

No capítulo desse mês de Genshiken, nós tivemos a oportunidade de ler a primeira história focada nos novos personagens: Yajima, Yoshitake e Hato. Para quem não se lembra dos personagens pelo nome, Yajima é a garota maior, a Yoshitake é a garota menor e Hato é o cross-dresser.

Ogiue decidiu reviver a antiga publicação do Genshiken conhecida como “Mebaetame” e para isso cada membro deveria escrever seu perfil e fazer um desenho para ser inserido na revista. Como meu colega do blog Ogiue Maniax bem pontuou, a Ogiue nunca participou de verdade da revista, sendo esse um bom motivo para ela ter tomado essa decisão. Yoshitake então se convida para ir à casa da Yajima junto do Hato para fazerem seus perfis. Relutante, Yajima “aceita”, a presença dos dois em sua casa.

Quando eles passam no supermercados para fazer compras, já conseguimos perceber alguns novos traços da personalidade de cada um. Primeiramente temos o fato da Yoshitake ser o que chamamos de “magra de ruim”, aquela pessoa que come em grande quantidade mas nunca engorda. Ok, isso não é personalidade, mas eu achei um fato curioso para se comentar. A Yajima também começa a demonstrar seu desconforto diante da situação.

Tocando nesse ponto, é importante falar sobre o que leva a Yajima a agir dessa maneira. Ela é a garota mais “normal” do Genshiken. Ela estranha aquela situação como um todo. Porque há tanta gente bonita nesse clube? Era para nerds serem assim? Nós temos uma cosplayer com dotes físicos evitentes, uma presidente bem suscedida e com namorado, uma menina bem arrumada e sem problemas de socialização… até um cross-dresser que é considerado mais bonito que muita menina. O que a Yajima não sabe, é o que nós, leitores, sabemos. Que o Genshiken atual é o resultado de todo um desenvolvimento que começou lá atrás com a entrada de Sasahara e Kasukabe no clube.

Yoshitake por outro lado demonstra um constante estado de impulsividade e agitação. Ela vê com extrema naturalidade levar álcool, não vê problema em quebrar algumas regras, pra deixar a coisa mais animada na casa da Yajima. Essa por sua vez demonstra sua ingenuidade ao mencionar logo o fato delas não serem maiores de idade (no Japão a idade para beber é 21 anos) como empecilho para elas comprarem as bebidas.

Essa ingenuidade é explorada no decorrer do capítulo, sendo o foco do mesmo em sua segunda parte, quando elas começam a reunião… e consequentemente a beber. É nessa hora que ela percebe que tem um homem em sua casa. Um homem bebendo… um homem que posteriormente ficaria apagado no chão depois de beber. Isso desperta a curiosidade ingênua da personagem que decide conferir se o Hato é mesmo um homem embaixo de toda aquela maquiagem. Afinal, “uma mulher tão bonita não pode ser uma mulher de verdade”. Durante todo seu dilema moral e e curiosidade inocente, acaba que ela comprova a masculinidade de Hato tentando impedir que a Yoshitake o fizesse.

Sem me prolongar mais, esse capítulo serviu para mostrar que Kio Shimoku não perdeu a mão. Ele ainda consegue criar e desenvolver personagens interessantes que sustentam sozinhos uma história. A ideia que ele vem criando com a Yajima, o conflito entre o otaku “normal” e o Genshiken atual, promete tornar essa nova série bem interessante de ler. Eu só espero que ela não se limite a um único volume. Gostaria que fizessem pelo menos mais três, para completar doze no total. Mas aí, só Kio Shimoku e a equipe editorial da Afternoon podem decidem. O que cabe a mim é continuar lendo, analisando e comentando com vocês da melhor maneira que eu puder. Genshiken ainda é minha série preferida de todos os tempos.

Sobre Diogo Prado

Tradutor, professor, host do Anikencast, apaixonado por quadrinhos, apreciador de jogos eletrônicos e precoce entendedor de animação japonesa.

Você pode me achar no twitter em @didcart.

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