Noragami – review do mangá

Como eu torcia para que Noragami fosse lançado no Brasil (vlw Panini), gosto muito de histórias que abordam o xintoísmo e esse mangá aproveita muito bem esse tema.

Noragami é um mangá escrito e desenhado pela Adachitoka (esse nome é uma junção dos nomes verdadeiros das autoras) e publicado desde 2010 na revista Monthly Shōnen Magazine. A obra atualmente se encontra no volume 17 e é uma das histórias mais populares da editora Kodansha.

Noragami

Entrada triunfal do Yato, pena que a pessoa que pediu ajuda estava no banheiro no momento.

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Vários Ayakashis (espíritos malignos) legais ao longo do primeiro volume.

Na história acompanhamos Yato, uma divindade menor do Japão que está em busca de novos fiéis e de ter seu próprio santuário. Para conseguir isso ele anda pela cidade pichando muros com seu número de celular e informando que ajudará as pessoas no que elas precisarem, com a condição de receber cinco ienes pelos seus feitos.

Nesse primeiro volume durante um desses seus trabalhos como “deus delivery” ele é salvo de ser atropelado por um caminhão pela jovem Hiyori Iki, que acaba sendo atropelada em seu lugar e fica entre a vida e a morte. Após o atropelamento Yato decide salvar a vida da menina e essa ação acaba mudando o destino dos dois para sempre, já que após isso, Hiyori começa a sair de seu corpo às vezes, podendo assim andar entre os dois mundos, o dos humanos e o dos mortos. E essa sua nova habilidade vai gerar muitos problemas ao longo da história.

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Yato sempre sabe a hora de ser “cool”.

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Mas tem horas que ele viaja total, coitado.

Agora vendendo um pouco o peixe do mangá, o que eu mais gostei em Noragami foi como tudo soa bem equilibrado. Em todos os capítulos desse primeiro volume temos a mitologia por trás daquele universo sendo explicada para nós leitores, mas temos também boas cenas de batalhas e muitos momentos cômicos, o Yato consegue sair da persona fanfarrão para a badass de maneira muito natural e convincente.

Os desenhos presentes em cada capítulo também são de cair o queixo, acho a arte da dupla Adachitoka muito estilosa e cheia de vida, sem contar o bom gosto delas para fazer ilustrações de capa para cada volume, sério, as capas de Noragami são uma mais linda que a outra.

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Não, isso não é uma cauda apesar de parecer (é um pedaço da alma dela saindo do seu corpo).

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Esse menininho é um shinki, vulgo “a espada do Yato”.

Acredito que o grande segredo por trás de Noragami está em ele não querer inventar a roda, ele tem sim vários elementos que já foram explorados em outros mangás, mas é esse mix bem feito de coisas já usadas que faz dele algo novo e com muito potencial. Em alguns momentos o título chega até a flertar com o Shoujo, considero o mangá quase um hibrido entre as duas demografias na verdade, e isso expande bastante a capacidade de público a ser atingido pela obra.

Sobre a edição da editora Panini, ela não está tão caprichada como em alguns outros lançamentos recentes deles, para esse título acabaram optando por um acabamento gráfico mais simples. O que tem seu lado bom, pois deixou o mangá bem mais barato, mas me entristece um pouco por que acredito que a obra tem muito potencial e merecia um acabamento ao estilo de Vagabond. Mas, claro, que não será isso que vai me impedir de recomendar o mangá, Noragami é um excelente título e vai agradar bastante os fãs dos battle shonen.

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FICHA TÉCNICA

Total de Edições: 17 volumes (em andamento)
Formato: 13,7 x 20 cm
Páginas: 200
Preço: R$ 13,90
Classificação etária: 16 anos
Distribuição: Bimestral

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Sobre Wagner

Wagner é o manda chuva do Troca Equivalente. Formando em algo sem relação alguma com o universo dos animes e mangás, está sempre por aqui dando seus pitacos. Pelo nome do blog já dá para imaginar qual é o seu mangá/anime favorito.

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