Análise – Dragon Quest IX

Quando a Square Enix anunciou que a próxima geração de Dragon Quest iria para um portátil, o NDS, os fãs entraram em fúria, fóruns recheados de indignação! Será que a Level 5 que foi responsável pelo sucesso do VIII conseguiu repetir o feito?

Dragon Quest IX: Sentinels of the Starry Skies (Sentinelas do céu estrelado) foi lançado no Japão em Julho de 2009 e Julho de 2010 no EUAs e na Europa.

A história

Existe um reino no céu habitado por guardiões que cuidam da terra, no dia que em que o personagem principal do jogo vai se tornar um guardião alguém invade o reino dos céus, o protagonista (você jogador) acaba caindo no reino dos humanos e perde seus poderes. A partir dessa situação você tem que descobrir quem causou tudo isso indo em busca dos figos da árvore sagrada.

Ao longo da narrativa é possivel descobrir várias pequenas histórias que enriquecem o universo do jogo, como o cavaleiro negro bonzinho que é mal compreendido, uma lenda urbana que está fazendo os alunos desaparecerem, a cidade traumatizada que não gosta de visitantes, a vila de pescadores que está dependente de um monstro marinho.

Resumindo, a história é boa, possui plots twists, bastante aventura e personagens interessantes, tudo que um bom RPG deveria ter. Um dos poucos pontos negativos é que seus aliados não afetam a história, ela é totalmente focada no personagem principal.

A direção arte

A pessoa por trás do visual do jogo é ninguém menos que Akira Toriyama, ele é responsável pela arte em todos os jogos da série. Apesar do visual dos menus estarem defasados, eles cumprem o seu papel, são eficazes e funcionais para a tela de um NDS.

Os personagens e inimigos são carismáticos, a grande maioria dos mapas foram bem trabalhados, dá para perceber que as cidades e dungeons não são um monte de blocos. Foram mais de 200 itens modelados, uma pena só que devido a restrição gráfica o jogo pecou um pouco em relação à resolução, muito zoom e pixels estourados.

Músicas não tão legais

As músicas tentam passar um ar de medieval com instrumentos e ritmos clássicos da série, mas apesar disso elas nunca foram um ponto forte da franquia e não foi nesse que elas se destacaram. Os sons são cansativos e em vários momentos me peguei diminuindo o volume do DS.

O sistema de turnos

A batalha é por turnos e bem clássica, todos os personagens e oponentes escolhem suas ações e depois em uma batalha automática todos executam essas ações pré-selecionadas.

O jogo tem a opção de deixar seus aliados no automático e é recomendável que você deixe o curandeiro no automático, quando o computador controla ele tem a vantagem de poder fazer a escolha no meio turno, se um personagem toma dano durante o turno, o computador curaria esse personagem. Com isso eu conseguia que meus personagens sempre estivessem com HP cheio no início dos turnos.

O nível de desafio

As classes são desequilibradas, tentei focar um personagem em força, um em velocidade e um em magia, o focado em força era melhor em tudo.

Em questão de dificuldade durante toda a história principal não teve desafio algum, consegui matar todos os chefes só colocando os heróis para atacar, o curandeiro no automático dava conta de todo o serviço.

Uma detalhe bacana em relação a dificuldade é que “gold” nesse jogo é um problema, raramente você consegue comprar duas armas novas em uma cidade!

Os extras

O jogo só fica bom mesmo quando a história acaba e é repleto de desafios extras, é tanta coisa que existe até um menu para controlar isso, você fica com vontade de completar todas as alquimias, masterizar todas as armas e classes, matar todos os monstros, fazer as mais de 150 missões e  as inúmeras dungeons aleatórias.

Os diferenciais do Nintendo DS

O uso da tela de toque é literalmente inutil, é mais facil usar o direcional e os botões. O foco do jogo foi o multiplayer e esse quesito é totalmente centrado nas dungeons aleatórias em partidas locais (não funciona online), isso fez sucesso no Japão onde o pessoal podia se encontrar em Akihabara para jogar, agora, onde eu encontro alguém que está jogando o jogo? Já é dificil achar gente que tem um NDS imagina jogando esse jogo. Potes, baús azuis e materiais se regeneram e estão espalhados pelo jogo, ajudam os jogadores visitantes a se distrairem atrás de itens.

Vale a pena jogar?

Apesar de alguns problemas, Dragon Quest IX foi muito bem lapidado, é caprichado e tem tudo em grande quantidade garantindo mais de 100 horas de jogo. Se você curte um bom RPG clássico, pode comprar esse jogo que não irá se arrepender.

Site oficial: http://www.dqnine.com/

Quando a Square Enix anunciou que a próxima geração de […]

2 thoughts on “Análise – Dragon Quest IX”

  1. Tenho o jogo e meu irmão também, então pude usar o sistema multiplayer. Um dos jogadores é o líder e tem a sua party original do jogo. Para adicionar um outro jogador, basta tirar um personagem aliado da party e pronto. Não tem lag e o sistema de batalha não muda. O interessante é que cada jogador controla o seu personagem, explorando a dungeon bem mais rápido.
    A análise está muito bem feita. Vale mesmo ressaltar que o touch nunca é usado, eu sempre uso o direcional.

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