Apesar de datarem pelo menos desde os anos 70 como garotas (e garotos também) japonesas bonitas, fofas e aparentemente puras, além de multi talentosas – ou pelo menos qualificadas o suficiente para irem além de uma única forma de mídia, passando especialmente pelo mundo da música, mas sendo desde atrizes até modelos (para não falar de modelos eróticas com as famosas gravure idols) – e de terem vivido seu grande boom nos anos 80 na chamada “Era de Ouro” das idols no país, foi em meados dos anos 2000 e início da segunda década em que estamos que esse tipo de exploração midiática ganhou força mundial.
Hoje contamos com gigantescos grupos vendendo álbuns e singles feito água (recentemente o grupo AKB48 superou Beatles e Michael Jackson com o maior número de singles ao mesmo tempo no TOP100 da Oricon com o incrível número de 19!) e é claro que a indústria de animes e mangas não poderia deixar passar um filão tão lucrativo como esse sem tirar uma (bela) casquinha.
Assim, o ano de 2011 serviu como ponto-chave para que os produtores investissem mais (e com mais dinheiro) em franquias desse tipo, principalmente após o ótimo resultado da THE iDOLM@STER em sua representação desse lado do show-biz japonês (aqui vale a recomendação do texto do blog Mithril. específico sobre esse aspecto).
E já nos remetendo à temporada atual, dois animes com esse conceito aportaram nas televisões japonesas com um chegando ao Brasil de forma oficial através do Crunchyroll: Love Live! School Idol Project.
Produzido como um grande projeto através da revista Dengeki G’s Magazine, do famoso estúdio Sunrise (Cowboy Bebop, Code Geass) e do selo musical Lantis, Love Live! começou em 2010 na revista na forma de uma espécie de jogo onde os próprios leitores escolhiam o que ia acontecendo com o projeto e seus personagens. A franquia evoluiu lançando singles (sim, de um grupo que nem existe!), criando subgrupos, sendo adaptado para manga até chegar em 2013 com sua adaptação animada.
Somos apresentados logo de cara ao grande problema motivador do enredo, a escola de Otonokizaka vem conseguindo chamar cada vez menos a atenção dos alunos na hora de fazerem suas escolhas no ensino médio e com isso a diretoria não vê outra solução além de fechar as portas por faltas de matrículas. Kousaka Honoka, do segundo ano, se desespera com a notícia e fará de tudo para que esse cenário mude nos próximos três anos que o lugar ainda tem em frente até que a última turma se forme.
Mas que motivo tão forte faz com que Kousaka não queira que sua escolha deixe de existir? Será a vontade de manter a tradição da família já que sua mão e sua avó também estudaram lá? Será um sentimento forte de cidadania? Ou mesmo um segredo sombrio que ninguém conhece? Nada disso, o problema é que ela não estou nada e não conseguiria passar em nenhum “vestibulinho” para entrar em outra escola!
Atrás de uma solução a garota toma conhecimento das “School Idols“, que como o nome não deixe dúvidas, são escolas famosas por terem seus próprios e famosos grupos de idols escolares.
Sem pensar duas vezes Kousaka decide que é assim que vai salvar a sua própria escola!
É dentro desse cenário simples, mas com uma boa pitada de absurdo que Love Live! conseguiu ser uma boa surpresa nessa início de 2013, garantindo-se com tranquilidade nas minhas apostas como um anime que tem potencial para ser pelo menos bom.
Primeiro, e sim, isso conta muito nessas horas e com esse tipo de material, precisamos destacar a baixa quantidade de fanservice. É claro que Love Live! se pauta muito em personagens moe e isso não há como negar. No entanto, assim como K-ON! (guardadas as devidas proporções) que também é bobo e cheio de moe, a série consegue divertir com um ar tranquilo, fazendo com que os pouco menos de 24 minutos passem rapidamente.
Como já ouvimos tantas vezes, é uma séria para relaxar e desligar o cérebro, permitindo umas risadas com certas frequências enquanto torcemos para que as garotas consigam alcançar seu objetivo (e sabemos que irão, mesmo que para isso elas precisem fazer muitas flexões, literalmente).
Apesar da série estar programada para 13 episódios e sabermos pela sinopse que teremos um total de nove garotas no grupo, o anime não está correndo, mas imprimindo um ritmo “lentamente acelerado”. Digo isso porque já no terceiro episódios teremos um pequeno show, mas das nove componentes do grupo de school idols μ’s (leia-se “Muse”, nome escolhido pelos próprios leitores da revista Dengeki), apenas três foram apresentadas como tal enquanto as outras vem fazendo pequenas participações para situar o espectador para quando elas realmente entrarem para o time.
Um bom character design, animação consistente – mesmo nos momentos de dança com CG -, personagens clichês mas agradáveis e uma boa noção de timing para os momentos de besteira e os momentos mais “sérios” não fazem de Love Live! nenhuma grande promessa ou algo que você sairia falando que todos deveriam assistir, mas bem, cumpre seu papel e diverte.
Não sou fã do gênero, apesar do visual e as músicas serem bem agradáveis, é uma boa pra divulgar o j-pop e o sucesso que esses grupos fazem hoje em dia, apesar de achar que não chega aos pés de k-pop, se tivesse um anime de k-pop acho que eu iria rir muito. -qq
Legal. Não me impressionei com THE iDOLM@STER, mas esse me pareceu bacana
Vou conferir
Achei que iria gostar de THE iDOLM@STER, Pato, depois não deixa de voltar aqui para dizer o que achou de Love Live!
Gyabbo!
Tava super ansiosa pelo anime e to adorando *-*
Nossa, que legal! Tem um enredo super bizarro, mas parece ser ótimo… Adorei o design das personagens também! E ainda tem no Crunchyroll :D
Obrigado pela dica!
Texto bacana, eu fiquei com uma impressão parecida desse animê e é um dos poucos que eu continuo assistindo dessa temporada, que pra mim está desastrosa, só vale pelos animês que continuam da temporada passada.