Anime Jungle Party 2010 – Primeiro dia

Olá a todos! Esse fim de semana será um pouco especial. Esse sábado (ok que o sábado já está acabando, mas pra mim só conta quando vou dormir) e esse domingo serão especiais para a cobertura do maior evento do Norte do país, que teve seu primeiro dia hoje (13/03) em Manaus; o Anime Jungle Party.

Quando criei o Gyabbo!, uma das principais metas era justamente cobrir eventos que acontecessem na minha cidade (ou quem sabe até em outras), mas esses eventos haviam se tornado tão chatos, repetitivos, monótonos e sem graça que eu simplesmente parei de visita-los, ainda mais pelo preço que cobravam. Como esse ainda era um objetivo meu com o Gyabbo! resolvi me aventurar no primeiro dia do AJP e definitivamente não me arrependi (e olha que peguei uma chuva gigantesca até chegar ao evento).

A escolha do local, o SESI – Clube do trabalhador, foi das mais acertas, provavelmente o melhor lugar escolhido para algum evento em Manaus, tanto por seu espaço bem amplo, área refrigerada, auditórios e até mesmo quadras. O único ponto negativo que poderia ser pontuado era a sua localização, mas a questão de ser distante depende logicamente de onde você mora, e mesmo assim, o Clube do trabalhador oferece uma gama de opções de ônibus que fazem ser muito fácil chegar até lá.

Ingressos comprados e eu e minha irmã estávamos dentro.  Logo na entrada era possível ver dezenas de computadores disponíveis para uso de todos (e de graça!), além de servir para os campeonatos de jogos como DOTA. Não cheguei a usar nenhum do computadores, já que não jogo nada do tipo e o que queria era ver o evento inteiro logo.  Rolava uma música eletrônica à baixo som, agradável. O número de pessoas já era grande, apesar do evento mal ter começado. À esquerda da área de computadores era possível ver uma gigantesca quadra poliesportiva, cheia de aparatos para brincadeiras infantis, o que eu julgo ser muito positivo, um evento precisa variar sempre e possibilitar as mais diferentes formas de entretenimento e para todas as faixas etárias. Só senti falta de um touro mecânico e daqueles cotonetes gigantes.

Mais a frente ficava a área de comidas, que felizmente esse ano não ficou somente nos pastéis (sério, todo evento de Manaus só vendia pastel e outras coisinhas japonesas, custava vender cachorro-quente?!), incluindo tortas  e bolos dos mais diversos sabores, comidas japonesas clássicas como yakissoba e kare, e outras coisas, com preços acessíveis, o que é o mais importante.

Depois dali era que o verdadeiro evento começava!

Ao entrar em uma área refrigerada (e bem refrigerada, não senti calor em nenhum momento ali), era impossível não ver os cinco telões com diversos games rolando, tudo de graça para os participantes. Rapidamente joguei uma partida de Mario Kart e Smash Bros de Wii, nos dois ficando em último (sou uma negação, e olha que tenho um Wii em casa!). Essa área foi realmente uma surpresa, tanto pela qualidade, da gratuidade e pela grande movimentação. Principalmente na fila para o jogo de Naruto. Um dos problema que percebi foi a falta de controles para alguns consoles, o que tirava metade da graça que é jogar com quatro players. Além disso, o uso dos jogos eram deixados aos jogadores e não à staffs do evento, o que poderia gerar alguma confusão.

Descendo uma pequena arquibancada era possível ver o palco, com diversas cadeiras à sua frente. Ao lado haviam diversas lojinhas, vendendo as mais diversas quinquilharias otakus; de chaveiros à camisas, de garage kits à bandanas de Naruto. Até mesmo jogos oficiais de consoles eram possíveis de serem encontrados (o que foi um grande ponto positivo para o evento, não permitir pirataria direta). Algo legal foi a presença da loja paulista Genzai, com produtos de muita qualidade.

Tudo bem, você pode estar pensando que esse é um grande evento, mas e os animes? Aqui eu tenho que fazer uma crítica ao evento. Afinal, um evento que se chama Anime Jungle Party, por mais que deva dar as mais diversas formas de entretenimento, deveria dar uma atenção maior para o seu carro chefe, os animes! Havia uma única sala  (sala boa porém, climatizada, com cadeiras alcochoadas e em formato stadium), sem nenhuma indicação de que ela estava ali, passando alguns animes. Nem sequer um papel com a programação do que seria passado existia! Sala de Tokusatsu? Nem sonhando. Doramas? Nem pensar. Infelizmente os eventos dão atenção demais à música, games e pouco aos animes e mangas (nenhum concurso de desenhistas, nenhuma feirinha de fanzines, nem um AMV passando em um telão, nada).

Em seguida começou a tocar uma banda, que se meus ouvidos não me falharam se chama J-TK, que apesar de erros técnicos por parte da banda e do equipamento do evento que deixava o som muito grave e alto por alguns momentos, fizeram uma apresentação legal, principalmente por saírem do marasmo de músicas como “Haruka Kanata” e tocar coisas como “Follow me” do anime Beck. A vocalista (são dois (ou três) no vocal) especialmente, tem uma voz muito bonita. Aqui entra outro porém; diante do palco foram dispostas várias cadeiras para o maior conforto de quem fosse assistir. Mas para um show isso tira metade da emoção, o que é imprescindível em um show em um evento de anime. Chegaram a  tocar até mesmo a música “Sorriso Contagiante”, versão brasileira para a abertura de Yuyu Hakusho. Sempre achei que faltavam bandas para tocar as versões brasileiras que temos.

Outra coisa importante em um evento de animes são, é claro, os cosplayers! E esses demoraram pra chegar! Já havia mais ou menos duas horas de evento quando vi o primeiro grupo, um de Katekyou Hitman Reborn!, e como esse era meu principal objetivo, fui conversar com eles pare fazermos uma pequena seção de fotos. E aqui entra outra reclamação; não havia nenhuma área destinada à fotos com cosplayers. Sabe aqueles panos brancos ou pretos que colocam pra sair uma foto sem pessoas random passando? Não tinha nada disso. Até perguntei do organizador, que me disse que isso seria feito no palco depois da banda, quando retirariam a bateria. O problema é que (1) não fizeram isso e (2) de dia esse lugar não ficava totalmente preto pela luz do sol, impossibilitando fotos. Tive que improvisar com uma parede totalmente azul e uma placa pedindo para as pessoas não passarem na frente. O problema é que essa área era uma área comum e enquanto você queria fazer um trabalho mais artístico, as outras pessoas entravam na foto pra sairem juntos… péssimo.

Outros cosplayers vieram, cada um com uma necessidade diferente, algo realmente legal, mas mais fotos vocês verão no fim do post e em um Picasa que criarei especialmente para elas.

Mas voltando, depois dessa experiência sendo fotógrafo de cosplayers percebo que não é nada simples. É preciso pensar na luz, no cosplay em si, no ambiente em volta e ainda pensar em uma pose para o cosplayer fazer, já que muitas vezes eles acabam tendo um branco sobre o personagem. Apesar disso, foi muito divertido e esse domingo eu volto para tirar mais!

Um pouco mais tarde começou um bate-papo com as cosplayers paulistas Aino (vice-campeã nacional pelo WCS) e Lilithy, a primeira com um cosplay de Nami (One Piece) e a segunda com um cosplay de Lady Devimon, (Digimon) ambos perfeitos! Apesar da conversa ter sido curta e não ter trazido nada bombástico, foi interessante conversar com elas, cheguei até a fazer uma pergunta para a Lilithy, e ainda sairam algumas curiosidades, como o fato da Lilithy não gostar de mangas. Inusitado, não?

Em seguida chegou a hora do dublador Marcelo Campos entrar no palco. Com muita simpatia ele contou um pouco dos seus 17 anos de dublagem, sempre com um grande humor e tiradas como “Os papéis principais só iam pros filhos do Barolli! Aí eu fiquei com o Jabu, de Capricórnio”. Respondendo perguntas, imitando personagens, interagindo com o público, dando autógrafos e tirando fotos, Marcelo Campos se mostrou uma pessoa muito divertida e somou em muito com o evento, com certeza um dos seus pontos mais altos!

Por fim foi realizado um concurso de cosplays que daria vaga para a final Amazonense (que por acaso acontecerá nesse domingo, achei bem estranho). Se me recordo bem foram apenas cinco cosplayers que participaram, com três boas apresentações, uma mediana e uma bem ruim. Os jurados eram as cosplayers convidadas e outras pessoas indicadas pelo evento que eu não conheço. Foi algo rápido, mas foi bem mais interessante às apresentações que eu via anos atrás nos eventos de Manaus. O vencedor foi o cosplayer Thiago Botelho com seu cosplay de Malévola.

Apesar de alguns erros, o AJP foi um grande evento e que merece elogios. Esse foi o primeiro dia do Anime Jungle Party, um evento que me divertiu bastante, coisa que não acontecia em um evento a anos. Com certeza estarei amanhã por lá novamente, só espero que mais cosplayers apareçam, pois tomei gosto por fotografa-los!

PS: Quer mais fotos? Acesse o meu Picasa com muitas outras! – http://bit.ly/a6nNrh

PS2: Todas as fotos foram tiradas por mim (Denys Almeida) ou minha irmã (Gabriella Almeida), por isso, se quiser usar uma das fotos, dê os nossos créditos!