Gyabbo! & J-Wave: Entrevista com Mauricio de Sousa

Muitas pessoas não acreditam, mas aprendi a ler meio que sozinho, lembro bem até hoje de uma professora falando orgulhosa para outra sobre isso enquanto pedia para eu ler algumas páginas de uma revista do Cascão. Os anos se passaram e eu não larguei o costume de comprar revistinhas de Turma de Mônica, sempre voltava pra casa de ônibus com umas duas na mão, às vezes mais. Se hoje sou leitor assíduo de mangas, devo ao gosto pela leitura dos quadrinhos que ganhei com as histórias do gênio Mauricio de Sousa.

Falar de Mauricio de Sousa é falar da história dos quadrinhos brasileiros, porque ele e seu império de quadrinhos são únicos.  Criador de Turma da Mônica, a revista em quadrinhos mais vendida do país, tem uma história de sucesso, presente nas 3 maiores editoras do país; passando pela editora Abril, 20 anos de editora Globo e atualmente na Panini Comics.

Ano passado, apresentou ao público uma Turma da Mônica adolescente, utilizando-se da inspiração e narrativa dos quadrinhos japoneses, o mangá. Sendo um sucesso comercial e vendido mais de 400 mil exemplares, Turma da Mônica Jovem vende 10 vezes mais que o mangá mais vendido do Brasil.

Numa história que atravessou 5 décadas, tendo diversos filmes, séries animadas e publicação dos quadrinhos em diversos países, Mauricio de Sousa é hoje sinônimo de quadrinho nacional.

Essa será a primeira de uma série de entrevistas que tanto o J-Wave e o Gyabbo! estão preparando para apresentar um pouco mais da cultura pop japonesa dentro do Brasil.


Ambos se juntaram para entrevistar Mauricio de Sousa e contar sobre sua carreira e principalmente sobre o sucesso do mangá Turma da Mônica Jovem. Gentilmente, entre suas férias de fim de ano, Mauricio nos deu essa entrevista:

Gyabbo! & J-Wave: Apesar de baseados em familiares, os personagens da Turma da Mônica acabaram virando sinônimo de suas características, como Cascão para meninos que não gostam de banho; como foi o processo de desconstrução dessas características tão marcantes?

Mauricio de Sousa: Imagino que essa pergunta é referente à adaptação dos personagens infantis para os adolescentes, certo? Não houve desconstrução mas sim evolução de um mundo infantil para um adolescente. Se o Cascão continuasse sem tomar banho como iria conseguir arrumar namorada?

G&J: Em termos de carinho pelos personagens, como foi vê-los “crescer”?

MdS: Como um pai. Curtindo ao máximo.

G&J: O senhor comentou uma vez que já tinha imaginado a Turma grandinha e não era baseada em mangá. Pode nos falar um pouco como era essa versão de Tuma da Mônica Jovem?

MdS: O projeto da Turma da Mônica Jovem tem mais de cinco anos. Originalmente não era para ser em estilo mangá. Mas após as comemorações dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil, em 2008, achei que era a hora e a vez de mesclar nosso estilo com o estilo mangá para agradar à toda essa faixa de leitores adolescentes que estavam migrando de minhas revistas para o mangá.

G&J: Temos na equipe de roteiristas de Turma da Mônica Jovem pessoas famosas no meio do anime e mangá:  Marcelo Cassaro que foi roteirista de Holy Avenger, o mangá nacional mais  próspero e Petra Leão, uma cosplayer famosa.  Como funciona essa influência deles em Turma da Mônica Jovem? Já que vimos muitas referências pessoais dos dois, como Cascão ser um otaku, e o RPG online Animecraft que citou várias séries de anime e mangá.

MdS: O Cassaro e a Petra estão contribuindo bastante com o sucesso da Turma da Mônica Jovem pois têm uma bagagem de cultura pop japonesa que agrada muito aos leitores. Mas os outros roteiristas também estão se adaptando perfeitamente à esse novo universo em nossas publicações.

G&J: O senhor comentou que Turma da Mônica Jovem poderia ter uma série animada, possivelmente animada na China. Existem novidades relacionadas a isso?

MdS: Desenho animado é algo complicado de se produzir. Precisa de planejamento, estrutura de produção e investimentos. O convite existe por parte de uma produtora americana mas ainda estamos na fase de planejamento.

G&J: Uma vez o senhor comentou que gostaria de fazer o Chico Bento, mas não baseado em mangá. Como anda o projeto? E por que não vai ser baseado em mangá?

MdS: Esse é um projeto que pede muita pesquisa pois quero um Chico Bento adolescente que resolve ficar no campo e se envolve com a luta ecológica. Por enquanto penso em não ser no estilo mangá para não misturar com o universo da Turma da Mônica Jovem. Mas pretendo já lançar um especial no segundo semestre de 2010.

G&J: Muito do que é lido de mangas no país é feito através de scans, traduções feitas por fãs e disponibilizadas na internet de graça. Como o senhor vê essa tendência mundial de ignorar direitos autorais, tanto de maneira geral quanto relacionado à Turma da Mônica.

MdS: A pirataria pode inviabilizar um projeto por não possibilitar o retorno do investimento nos profissionais e na produção/impressão. Para isso temos advogados e milhares de leitores que torcem por nós e denunciam logo que haja algo irregular acontecendo.

G&J: A Turma da Mônica Jovem está sendo publicado fora do país? Se sim, como está sendo recebida?

MdS: Estamos com um pouco mais de um ano publicando no Brasil. Embora haja projetos, ainda é cedo para publicarmos fora do Brasil.

G&J: A indústria de games cresce cada vez mais, ultrapassando mesmo o cinema. Existem planos para jogos da Turma da Mônica Jovem como a Turma da Mônica teve no passado?

MdS: Realmente a área de games da Turma da Mônica está merecendo mais atenção. Esperamos que em 2010 nossos projetos sejam agilizados. Posso dizer que começará pela reformulação de nosso site e, claro, também com a Turma da Mônica Jovem.

G&J: O público de Turma da Mônica Jovem em sua maioria já lia mangas originais ou o senhor acha o inverso? Acredita que Turma da Mônica Jovem tenha sido porta de entrada para público ler mangas?

MdS: Parte do público lia mangá mas conquistamos também quem não lia e se adaptou à linguagem. Embora nosso público-alvo para a turma da Mônica Jovem seja o leitor que já tenha seus 12 a 15 anos, uma boa parte são de 7 à 10 anos. Para se ter uma idéia, a turma da Mônica Jovem vende mais de dez vezes do que o principal mangá japonês publicado no Brasil.

G&J: Pensando em Japão, não teríamos um perfil definido para a Turma da Mônica Jovem, existe a possibilidade do mangá da Turma da Mônica Jovem um dia ter um título dirigido para garotos e outro para garotas?

MdS: Por enquanto achamos que não. Os personagens principais agradam justamente por haver um equilíbrio entre meninos e meninas. O leitor brasileiro gosta e aprova.

G&J: E é possível pensar em um esquema de publicações para a Turma da Mônica Jovem como é feito para a Turma da Mônica, com publicações solo?

MdS: Isso é uma idéia para o futuro. A Turma da Mônica Jovem ainda é muito recente.

G&J: Mauricio de Souza é um nome equivalente a Walt Disney e a Osamu Tezuka. Apesar disso o Brasil é marcado por ser um país onde lê-se pouco, por que não temos outros criadores tão criativos e lembrados como o senhor e leitores mais ávidos?

MdS: Quando comecei a publicar, o Disney era o rei das bancas de jornal. Aos poucos fui ganhando na raça esse espaço e hoje a posição está invertida. Acho que o segredo é não parar no tempo. O leitor está muito mais exigente e gosta de ver que o autor sempre tem novidades para apresentar. A constatação está na turma da Mônica Jovem que é a maior vendagem dos últimos 30 anos no Brasil e uma das maiores no mundo. Se eu pensasse que brasileiro não gosta de ler não teria esse sucesso. Se eu pensasse que o jovem está substituindo a leitura pelos equipamentos eletrônicos não apostaria em mais uma publicação. A verdade é que o leitor gosta do que é bom. Independente da plataforma de comunicação em que se apresente o produto. Temos vários autores criativos e muitos já estão conquistando seu espaço. Basta ver o especial MSP50 que lançamos nas comemorações dos 50 anos de minha primeira publicação. São 50 autores da maior qualidade. Alguns que publicam no exterior. Mas não cabe em um livro apenas e vamos ter mais outros 50 numa próxima edição.

G&J: O senhor poderia comentar um pouco como era a sua amizade com o mestre dos mangas, Osamu Tezuka?

MdS: Nos conhecemos emuma das minhas viagens ao Japão e desde então ficamos amigos. Ele dizia que meus personagens já tinham olhos grandes como os do mangá e fui descobrindo que como criadores tínhamos muito em comum, apesar de morarmos tão distantes. mas quando eu ia ao Japão, me encontrava com ele. E quando ele veio ao Brasil, foi meu hospede na chácara.

G&J: Conhecendo sua amizade com Osamu Tezuka, existe algum outro autor japonês que o senhor admira? O senhor lê ou já leu (com exceção dos de Tezuka) algum manga?

MdS: Acompanho os grandes sucessos de mangás por interesse na linguagem da leitura rápida e traços ágeis. Cavaleiros, Dragon Ball e Naruto são sucessos não só no Brasil. Mas quando vou ao Japão folheio as novidades de lá também.

G&J: Existe uma grande discussão entre o que é um verdadeiro manga, se o que se produz no Japão ou HQ’s com uma determinada estética e estilo narrativo. Como o senhor definiria um manga?

MdS: Mangá é ação e emoção. Irradiados por todos os lados.

G&J: No Japão o mercado de quadrinhos abrange todas as idades, acredita que no Brasil isso também seja possível visto o estereótipo de quadrinhos como obras infantis?

MdS: Comparar o Brasil ao Japão é cruel. Por lá temos centenas de títulos sendo publicados. Assim existem diversos públicos a serem trabalhados. Aqui temos uma base de leitores infantis que depois pulam para os mangás e super-heróis. Quando se tornam adultos já não procuram quadrinhos com a freqüência de antes. Só agora, com a Turma da Mônica Jovem, estou podendo trabalhar a Turma da Tina para um público jovem/adulto com a média dos personagens nos 18 anos.

G&J: O senhor comentou uma vez para a revista Henshin da editora JBC que gostaria de trazer um mangá do Osamu Tezuka e adaptar para o público brasileiro. Existe ainda essa intenção e como seria a adaptação?


MdS: Após a morte de Tezuka, os planos que fazíamos ficaram esquecidos. Mas pretendo ainda fazer um trabalho em conjunto entre meus personagens e os desse grande e saudoso autor. (Nota: Mauricio conseguiu os direitos para trabalhar com os personagens de Osamu Tezuka, mais informações ler aqui.)

G&J: Existe alguma intenção de desenvolver um encontro entre os personagens do Mauricio de Souza Produções com Tezuka Produções?

MdS: Já estamos conversando sobre isso com a família do Tezuka. Quem sabe anunciamos nesse ano ainda? Haverá um grande evento de mangá e animê no Sambódromo do Anhembi (SP) em final de maio de 2010 – o Megamangá Fest. Até lá teremos novidades.

(Nota: Mauricio conseguiu os direitos para trabalhar com os personagens de Osamu Tezuka, mais informações ler aqui.)

G&J:Por fim, existe a possibilidade de Turma da Mônica Jovem encontrar Turma da Mônica numa viagem do tempo em algum especial das duas séries?

MdS: Nada é impossível mas seria uma história especial.

G&J: Deixe uma mensagem final para os fãs de animes e mangas por favor.

MdS: Costumo dizer que a turma da Mônica Jovem não é mangá puro mas mesclado com nosso estilo. Isso porque creio em uma linha de mangá brasileiro e que está dando certo como publicação. Espero que mesmo os puristas que amam  a linguagem dos mangás e animês estejam gostando dessa química.

Nota1: Todos os negritos aqui são de responsabilidade do blog Gyabbo!

Nota2: Gostaríamos de agradecer ao Maurício que nos concedeu essa entrevista no meio de suas férias e José Alberto Lovetro, seu acessor, que nos atendeu com muita gentileza.

Muitas pessoas não acreditam, mas aprendi a ler meio que […]

Blog parado por um tempo

Infelizmente venho aqui informar que o Gyabbo! Vai ficar parado por tempo inderminado pelo meu notebook estar com problemas, tanto que estou enviando esse post pelo celular do meu pai (por isso tambem a falta de acentos).
Peço desculpas a quem esperava as primeiras impressoes de alguns animes. Elas virao, cedo ou tarde, mas virao.
Conto com a pacincia e visitas de voces nesse momento chato.

Infelizmente venho aqui informar que o Gyabbo! Vai ficar parado […]

Sora no Woto – Primeiras impressões

E começou! Finalizando 2009 com os melhores animes na minha opinião, o assunto agora é 2010. E dos animes esperados finalmente saiu o primeiro, Sora no Woto.

*Se você é uma pessoa sensata e que sabe interpretar um texto, pule os dois próximos parágrafos*

Antes de começar com as minhas primeira impressões sobre esse novo anime, queria deixar umas coisas claras antes. Recebo muitos comentários ruins pelo meu já antigo post sobre as primeiras impressões sobre o anime Nedless, que não tive paciência e vontade de ver mais que um episódio. Tirando os xingamentos e outras coisas inúteis, muitos afirmam que eu devia ver o anime inteiro (ou pelo menos 5 episódios em média) pra poder julgar um anime. Mas a questão é, como o próprio nome diz, e eu achava que isso era claro já que é algo corriqueiro em qualquer blog de anime, são apenas as primeiras impressões.

É claro que eu posso estar errado ao dizer que algo é bom ou ruim baseando no primeiro episódio, mas a ideia é apenas dar uma ideia sobre as novidades. Muitos blogs fazem acompanhamento episódio por episódio dos animes. Não é o meu caso e nem pretendo isso. Por isso quero deixar claro, são apenas opiniões iniciais, não veja um anime baseado apenas na minha opinião, leia outros blogs (tem vários excelentes aqui no menu ao lado), veja o anime por conta própria, tire as suas conclusões.

*Pode voltar a ler*

Outra coisa que queria avisar é que viajo essa quinta-feira e só devo voltar na terça, então minhas primeiras impressões sobre Durarara!! e Dance in the Vampire Bund vão atrasar um pouco. Peço a compreensão.  Mas agora sem mais enrolação vamos ao que interessa!

Duas coisas chamaram a atenção de todos quando esse anime foi anunciado. (1) “K-ON! 2”, “K-ON! no exército?!”. É, o enredo básico de um grupo de garotas moe em uma história que envolve música com certeza lembraria (e muito provavelmente foi pensado para lembrar) o sucesso de K-ON!. Animado pelo estúdio A-1, o traço lembra e enganaria qualquer um, podendo muito bem pensar que se trata de um anime da KyoAni, o que inclui uma animação bonita, fluida e bem executada, marca dos dois estúdios.

Outro ponto que chamou atenção no seu lançamento foi por se tratar do primeiro anime de um novo bloco, o Anime no Chikara, voltado para produções originais, algo que muitas vezes já foi sinônimo de qualidade no mundo dos animes (Cowboy Bepop, Higashi no Eden são exemplos). Então, a questão era muito 8 0u 80. Ou seria um plágio mal feito de K-ON! ou um bom anime original. Assistindo ao primeiro episódio, fico com a segunda opção.

Apesar do traço semelhante (pra não dizer igual), do enredo básico e do moe, as duas obras não tem tanta semelhança. Enquanto K-ON! foi um eficiente anime slice of life, Sora no Woto parece que será muito mais. Situado na cidade de Seize, a jovem Kanata Sorami é destacada para a 1121º tropa, onde só trabalham garotas. Seu sonho? Ser a trompetista do exército, apesar de ser muito ruim nisso.

Esse episódio inicial, apesar de muitas cenas do quotidiano e de alguns momentos moe/ecchi, tratou de apresentar logo uma grande história na cidade de Seize, chegando a um ponto bem interessante, o que me faz acreditar em um bom desenvolvimento no enredo, diferente do que vimos em K-ON!.

Sora no Woto parece uma mistura de slice of life com aventura, e apesar das semelhanças técnicas, tem tudo para trilhar um caminho próprio e começar bem a temporada de inverno (ok, na verdade ela já começou tem tempos com coisas como Chu-Bra, mas vamos ignorar).

Infelizmente a abertura do anime não foi apresentada nesse primeiro episódio. Seu encerramento porém, foi, sem nada de empolgante, apenas mediano. Sora no Woto é dirigido por Mamoru Kanbe que já trabalhou em animes relevantes, foi diretor de Elfen Lied, trabalhou em Baccano! e Sakura Card Captor, então é possível esperar dele um bom trabalho, que já foi mostrado nesse primeiro episódio.

Já o time de seiyuus está bem equilibrado, temos as experientes Kobayashi Yuu, Endo Aya e Eri Kitamura, além da pouco experiente Yuuki Aoi e de Juri Aikawa, que em seu primeiro papel conseguiu logo uma protagonista, fazendo seu trabalho com qualidade, é para ficar de olho nela!


E começou! Finalizando 2009 com os melhores animes na minha […]

Os melhores de 2009

E chegou o momento! Uma das coisas que eu mais queria fazer quando criei o Gyabbo! era poder fazer a minha escolha dos melhores do ano. O esquema será assim, direi quem é o melhor em cada categoria com rápidos comentários, incluindo ainda duas menções honrosas para o segundo e terceiro lugar. Por isso, sem mais delongas, vamos lá!

Melhor Shounen

Primeiro lugar: Fullmetal Alchemist: Brotherhood

Conseguiram transformar uma série ótima, em uma série em que cada episódio é ótimo. Não tem como haver outra escolha.

Segundo lugar: Nyan Koi!

Terceiro Lugar: Dragon Ball Kai

Melhor Shoujo

Primeiro lugar: Kimi ni Todoke

As vezes o mais simples realmente é o melhor. Possivelmente o melhor shoujo animado que vi.

Segundo lugar: Aoi Hana

Terceiro lugar: Taishou Yakyuu Musume.

Melhor movie

Primeiro lugar: Summer Wars

O próximo Miyazaki? Hosoda Mamoru  mostrou mais uma vez por que é um dos diretores mais observados do momento nessa grande obra.

Sem outras menções

Melhor personagem feminino

Primeiro lugar: Sawako Kuronuma (Kimi ni Todoke)

Com sua ingenuidade e coração puro Kuronuma conquista a todos e carrega boa parte do carisma desse ótimo anime.

Segundo lugar: Fumi Manjoume (Aoi Hana)

Terceiro lugar: Kaede Mizuno (Nyan Koi!)

Melhor personagem coadjuvante feminino

Primeiro lugar: Olivier Mira Armstrong (Fullmetal Alchemist Brotherhood)

Um character design muito bem construído aliado a uma personagem marcante desde o primeiro momento resultam em uma das mulheres mais temíveis de toda animação japonesa.

Segundo lugar: Riza Hawkeye (Fullmetal Alchemist Brotherhood)

Terceiro lugar: Juiz (Higashi no Eden)

Melhor personagem Masculino

Primeiro lugar: Hei (Darker than BLACK – Ryuusei no Gemini)

*spoiler* Mesmo sem seus poderes de contratante, Hei conseguiu ser mais incrível ainda na segunda temporada de Darker than Black.

Segundo lugar: Roy Mustang (Fullmetal Alchemist: Brotherhood)

Terceiro lugar: Junpei Kousaka

Melhor personagem coadjuvante masculino

Primeiro lugar: Sanada Ryuu

Sanada é o típico cara forte, alto e caladão que já se viu em vários mangas. Mas certamente ele consegue ser um clichê bem carismático no grupo de Kimi ni Todoke.

Segundo lugar: King Kazma

Terceiro lugar: Nyamsus

Melhor abertura

Primeiro lugar: Dragon Ball Kai – Dragon Soul

Substituir a clássica “Chala Head Chala” foi acusado por muitos como quase uma heresia, mas Dragon Soul conseguiu expressar de forma perfeita o poder de Dragon Ball.

Segundo lugar: K-On! – Cagayake! Girls

Terceiro lugar: Fairy Tail – Snow Fairy

Melhor encerramento

Primeiro lugar: K-On! – Don’t Say “Lazy”

Há poucos dias anunciaram a segunda temporada de K-ON!. Não sei se será tão bom quanto antes, mas certamente não fará o mesmo sucesso pelo simples fato de não ter como encerramento “Don’t Say “Lazy””.

Segundo lugar: Dragon Ball Kai – Yeah! Break! Care Break!

Terceiro lugar: Fullmetal Alchemist: Brotherhood – Uso

Melhor estúdio

Primeiro lugar: Production I.G

Escolha difícil, mas a Production I.G mostrou toda sua qualidade, seja de que lado for, como Higashi no Eden e Kimi ni Todoke, com certeza um dos maiores estúdios atuais do Japão.

Segundo lugar: Bones

Terceiro lugar: MADHOUSE

Melhor seiyuu feminino

Primeiro lugar: Mizuki Nana

Se já não bastasse o enorme sucesso que Mizuki Nana faz na sua carreira de cantora, ela mostrou ainda uma versatilidade gigantesca nos mais diversos papéis que teve em 2009, merecendo com certeza esse posto!

Segundo lugar: Hirano Aya

Terceiro lugar: Paku Romi

Melhor seiyuu masculino

Primeiro lugar: Nakai Kazuya

Nakai Kazuya não é nenhum novato e sua voz marcante faz com que os seus personagens ganhem sempre visibilidade, seja quem forem.

Segundo lugar: Asanuma Shintaro

Terceiro lugar: Kimura Ryohei

Melhor lançamento nacional

Primeiro lugar: Ranma 1/2

Um grande clássico, injustiçado por décadas no Brasil, Ranma 1/2 retorna para mostrar novamente o sucesso da autora Rumiko Takahashi.

Segundo lugar: 1 Litro de Lágrimas

Terceiro lugar: Futari H

Melhor editora nacional

Primeiro lugar: Panini

Com uma qualidade cada vez maior e segurando os preços, a Panini marca cada vez mais seu território no mercado brasileiro de mangas.

Segundo lugar: NewPop

Terceiro lugar: JBC

Maior surpresa

Editora Savana


Surgindo quando ninguém esperava, a Editora Savana promete revolucionar o mercado brasileiro de mangas. Apesar dos erros iniciais, é preciso estar de olho no seu 2010!

Maior FAIL

Dragon Ball Evolution

Peguem um dicionário ilustrado de inglês. Procurem pela palavra “Fail”. É isso aí de cima que vocês irão encontrar.

E por último, a categoria mais importante:

Melhor série

Primeiro lugar: Fullmetal Alchemist: Brotherhood

Os irmãos Elric retornaram em meio a muitas suspeitas, visto a qualidade da sua primeira série, mas o estúdio Bones mostrou episódio por episódio que Fullmetal Alchemist poderia ser melhor, muito melhor. Se títulos incríveis como o realista Tokyo Magnitude 8.0 e o fantástico Higashi no Eden seriam escolhas certas em outros anos, tiveram o azar de cair no mesmo ano de Brotherhood.

Segundo lugar: Tokyo Magnitude 8.0

Terceiro lugar: Higashi no Eden

E que venham os de 2010!

E chegou o momento! Uma das coisas que eu mais […]

Darker than BLACK – Ryuusei no Gemini – Conclusão

Hello everybody! Mais um post, mais perto do fim do ano. Mas como eu já disse antes, o Gyabbo! não para e hoje vou lançar mais um post de conclusão, agora do anime Darker than BLACK – Ryuusei no Gemini, sendo esse possivelmente o último post de 2009, por isso escolhi um anime desse calibre. Mas fiquem de olho, muitas novidades virão no 2010 do blog Gyabbo!

Era 2007 quando um anime com um nome legal me chamou a atenção: Darker than black. Como não baixar algo com esse nome e com o estilo do protagonista? O primeiro episódio de DtB foi um dos mais marcantes para mim, era tudo que eu queria sem saber que queria, animação de primeira daquele que viria a ser um dos meus estúdios favoritos, o Bones. Depois de 25 episódios a série terminou sem explicar muita coisa do seu enredo. Em 2008 veio então um OVA, onde todos esperavam que teriam suas perguntas respondidas. Mas nada feito, o OVA não acrescentou muito a série apesar da sua qualidade. Foi somente em Julho daquele ano que, em um inesperado vazamento de informações, surgiram notícias de uma nova série para Darker Than Black (além, claro, de um novo Fullmetal Alchemist). Depois de toda essa espera, finalmente estreou a continuação na temporada de Outono, Darker than BLACK – Ryuusei no Gemini, dessa vez com apenas 12 episódios.

Com uma animação e cenas de ação que o estúdio Bones sabe fazer como poucos, DtB2 manteve o nível técnico do seu antecessor, apesar de eu preferir a abertura da primeira série, mas gosto pessoal. A história continua envolvendo os contratantes, pessoas com poderes especiais, mas que tem que pagar algo por eles (daí o termo “contratante”). Só que agora o mundo inteiro sabe de sua existência. Apesar de manter Hei como um dos protagonistas, a séria foca-se na garota russa Suou Pavlichenko e no busca pelo seu irmão gêmeo, Nika Pavlichenko.

Se nos quesitos técnicos a série consegue satisfazer a todos os fãs da franquia e mantém um nível de história muito interessante, principalmente pela reviravolta final (que não vou comentar aqui por que não gosto de spoilear), infelizmente poucas coisas do mundo de DtB foi explicado. Na verdade, criaram-se novas dezenas de perguntas. Algo para ficar chateado e não conferir a série? De forma alguma. Darker than BLACK – Ryuusei no Gemini foi uma das melhores séries da sua temporada e do ano, mas deixou a todos com vontade e necessidade de mais episódios. Quem sabe um novo “vazamento” não nos informe de uma terceira temporada? Eu estou na torcida!

O gráfico formado pelas minhas notas de cada episódio mostram como a série conseguiu manter sua qualidade, sempre em uma média de 8.5, algo bem alto, crescendo com força nos últimos três episódios, justamente os que mostram a reviravolta final que já comentei.

Com um ótimo time de seiyuus, mesclando experiência (Hidenobu Kiuchi e Mizuki Nana) com promissores (Kana Hanazawa, Ishikawa Yui), Darker than BLACK – Ryuusei no Gemini é uma verdadeiro must seen. Se você não viu a primeira série, corra e veja para em seguida ver sua continuação. Como diria meu amigo Leo Kusanagi do blog Mithril, é de explodir a cabeça!

Hello everybody! Mais um post, mais perto do fim do […]

Ristorante Paradiso – Conclusão

Olá a todos, como estão? Tiveram um bom Natal? Espero que sim. Apesar do meu humor naquele dia não estar dos melhores, até que tive um Natal prazeroso, melhor do que eu esperava, definitivamente. Agora é esperar pelo fim do ano!

Alguns de vocês podem estar se perguntando se eu não farei o clássico post dos melhores do ano. Sim, eu farei. Mas como só agora nas férias estou com tempo para ver muitos animes, não posso dar minha opinião ainda, há muito a ser visto ainda, por isso devo postar somente no começo de janeiro. Além disso esse post estará ligado a algo muito interessante se der certo, fiquem de olho.

Hoje vai mais um post conclusivo, de um anime lá de trás (pra verem como eu tinha coisa parada aqui no PC), Ristorante Paradiso.

Assistir ao Ristorante Paradiso foi uma experiência muito interessante e surpreendente, o que é sempre bom quando estamos falando de animes. Vou citar aqui o que comentei da última vez que falei sobre ele, quando das minhas primeiras impressões:

Ristorante Paradiso me chamou atenção quando saiu as primeiras imagens dos animes da atual temporada por ter um traço simples e uma proposta interessante, em tese seria um anime sobre gastronomia, ambientado na Itália, com um romance maduro. Infelizmente as coisas não começaram bem assim. O traço é simples, lembra um pouco os usados em games de NDS, o que chega a ser bom, diferente. Mas o que poderia ser um bom romance acabou indo para um bizarro harém invertido de uma garota de 21 anos com chefes de meia-idade que usam óculos…?! Ristorante Paradiso não é a pior coisa do mundo, mas me decepcionou bastante, espero que eles desistam de transformar o que poderia ser um bom josei em um shoujo mediano.

Vocês percebem que eu não tinha muitas esperanças com esse anime, não? Depois de ter visto três episódios, tudo que eu sentia era decepção. Ristorante Paradiso não passava de um romance mal feito, com um tema mal explorado e com um traço ruim. Ledo engano.

Apesar dessas impressões iniciais, continuei baixando e essa semana tive coragem de ver os outros 8 episódios que faltavam. Qual não foi minha surpresa ao ver um anime simples, interessante e bem narrado? Aquilo que seria um harém geriátrico invertido passou para um anime sobre pessoas de verdade, já com certa idade, logo, que passaram por muita coisa. Ristorante Paradiso na verdade era sobre vidas! Dirigido muito bem por Mitsuko Kase, a mesma diretora do anime Saikano, Ristorante Paradiso felizmente desistiu do seu ar shoujo que surgiu nos primeiros episódios, restando um anime de traços simples, mas interessante de se assistir.

É claro que eu tenho que afirmar que não é um anime para todo mundo, tenho certeza que muitos ficariam entediados, chateados, talvez até com raiva do ritmo lento, do traço sem exageros, do charme dos diálogos com algumas palavras em italiano aqui e ali. Mas se você é alguém que gosta de obras desse tipo, dê uma chance à Ristorante Paradiso.

O estúdio que produziu Ristorante, David Production, apesar de novo (conta com apenas três animes), mostra que veio para ficar com animes à cima da média. Termino citando essa minha feliz mudança de opinião com uma parte do nono episódio que sintetiza bem esse anime;  “Alguns ficam outros vão, o restaurante guarda histórias de pessoas em si. Várias personalidades foram misturadas nesse restaurante que fica em um canto de Roma.”

Olá a todos, como estão? Tiveram um bom Natal? Espero […]