Conheça a história da nossa jovem bruxa Kiki que, ao invés de poções e adivinhações, optou pelas entregas a domicilio!
Chega a ser nostálgica essa resenha!
Baseado no romance de Eiko Kadono, o Serviço de entregas da Kiki ou Majo no Takkyuubin no original, é um longa-metragem escrito e dirigido por Hayao Miyazaki pelo consagrado estúdio Ghibli em 1989.
A história gira em torno de Kiki, uma bruxinha que, assim como o costume das demais bruxas, sai de casa aos 13 anos para ficar um ano fora preparando-se para ser uma verdadeira bruxa.
Ao lado de seu companheiro gato preto Jiji, Kiki se aventura na cidade onde escolheu fazer seu treinamento, tendo que descobrir muitas coisas que não fazia ideia, aprendendo a lidar com qualquer tipo de situação e, claro, conhecendo inesquecíveis pessoas ao longo do drama.
Com uma narrativa tranquila, o filme é composto por cenas cômicas e cotidianas. Apesar de ser uma história fantasiosa por conter um gato falante e uma jovem bruxa, o drama em si não é muito sobre magia, mas sim sobre assuntos mais “realistas” como independência e adaptação a um ambiente novo, desconhecido, até o amadurecimento de alguém num curto período de tempo. São usadas diversas situações para demonstrar o lado positivo e negativo dessa transição. É bacana acompanhar o longa justamente por isso, pois o drama segue num desenvolvimento continuo e equilibrado trazendo para o espectador uma personagem feminina forte, independente, dona de si mesma.
Não faltam personagens carismáticos. Miyazaki consegue construir em poucas palavras seres dóceis e amigáveis aos olhos do espectador. Destaco Kiki pelas suas características já citadas e o gato Jiji por ser uma figura mais pé no chão, porém cedendo sempre aos caprichos de sua dona e se envolvendo em situações hilárias.
A arte é aconchegante, desde a escolha das cores, passando pelo design dos personagens até os backgrounds. Tudo é feito com capricho, sendo singular a sua maneira, compondo um cenário dinâmico e uma animação fluida. Se num primeiro momento as personagens parecem ser simples demais, essa impressão acaba nos primeiros minutos do anime ao ver como elas interagem. São todas articuladamente bem feitas e características de Miyazaki.
A trilha sonora é interessante e, apesar de não ser a melhor do estúdio, tem seu brilho. A ost contém uma sequência de músicas agradáveis que intensificaram momentos importantes, completando os diálogos e as ações.
Assim como “Tonari no Totoro”, “O serviço de entregas da Kiki” é um filme voltado para o publico infantil, porém pode ser apreciado, independente da sua idade.
Então… DIVIRTA-SE!
Do Ghibli Kiki é infelizmente um dos mais esquecidos, não sei o certo o porque mas sempre que pegamos alguém falando sobre os filmes do estúdio Kiki e Porco Rosso são deixados um pouco de lado.
Que é uma pena! Ambos os filmes são tão bons :(
Alguém me empresta o filho pra eu ir assistir no Sesc Jundiaí dia 30?!
XD
Aproveitando, esse mês vão apresentar um monte de filmes do Ghibli.
#ficadica