Desafio dos Onze

No último dia 03/03 o blog Nahel Argama colocou no ar um post intitulado “Desafio dos Onze“, onde o mesmo respondeu a 11 perguntas enviadas exclusivamente para ele e em seguida indicou outro blog, no caso o Gyabbo!, para postar 11 curiosidades e responder outras 11 perguntas, mantendo a corrente.

Sim, eu sei que “correntes” são coisas chatas, mas também sempre frisei que o problema não está na ferramente em si, mas do uso que se faz dela. Aceitei responder ao “Desafio dos Onze” por, mesmo sendo uma corrente, ser algo interessante e capaz de gerar conteúdo para o blog, espero que gostem. Esse post acabou coincidindo com uma entrevista que eu dei para o blog Anikenkai, deem uma olhada lá e fiquem de olho que o Didcart pretende entrevistar toda blogosfera de animes, mostrando melhor para vocês quem somos nós fora desses textos.

Mas vamos lá!

Onze curiosidades sobre o Gyabbo! e seu dono em relação ao entretenimento pop japonês.

1 – Até ler Holy Avenger eu possuia um preconceito realmente grande aos quadrinhos japoneses, mesmo já sendo fã de animes de certa forma. Foi só depois de HA que resolvi dar uma chance aos “quadrinhos de trás pra frente em preto & branco”.

2 – Apesar de achar hoje isso bem sem graça nos eventos, possuo o autógrafo de pelo menos três dubladores brasileiros e a foto com um, o Marcelo Campos.

3 – Por ser meio que viciado em estatísticas mesmo antes de abrir o blog, estou sempre de olho nelas e comparando com outros blogs. Lembro que no começo achava que nunca iria ultrapassar o Mithril, mas consegui. Hoje a meta é conseguir mais views que o Elfen Lied Brasil (infelizmente a distância aumentou bastante com o fim das férias).

4 – Quando eu era criança (12~14 anos) tinha como sonho ser um mangaka e viajar pra morar no Japão. Cheguei a escrever alguns pequenos roteiros clichês e ficava copiando imagens de animes como Dragon Ball dando pause nas VHS que usava pra gravar os desenhos especialmente pra isso. Até hoje tenho uma pasta desses desenhos guardada em algum lugar por aqui.

5 – Fui o pioneiro em usar plaquinhas nos eventos de animes aqui em Manaus. Mais precisamente, fui o primeiro a usar uma plaquinha de “Abraços grátis” no longínquo ano de 2005 quando fui ao evento Bakudan não só com uma plaquinha feita de folha de caderno, mas com um apito na boca e uma touquinha de Moogle. Eu mostraria a foto disso, mas não quero perder os leitores do blog.

6 – Não fiz o blog no blogspot por achar erronamente que não havia como permitir comentários de usuários não cadastrados no site. As coisas teriam sido bem diferentes se eu não tivesse visto isso errado.

7 – O primeiro nome que me passou na cabeça para o blog foi “Fantasmanime”, junção das palavras “Fantasma”, meu verdadeiro nick de internet desde 2004 (vem de “Fantasma Renegado” do anime Medabots) e “Anime”. Por mais tosco que soe, por alguns dias eu pensei seriamente em usá-lo.

8 – Acho que já quase cruzei a linha de gostar de uma personagem, sendo ela a famosa Haruhi Suzumiya. Foi bizarro. Felizmente passou depois que terminei de ver a primeira série.

9 – Na época que Gundam Wing era lançado pela editora Panini eu dizia que nunca compraria um manga dela (o que era justo, vide o péssimo trabalho feito na época), defendendo com unhas e dentes a JBC e a Conrad.

10 – Quando criança (11~13 anos) cheguei a ler vários hentais. Vários mesmo. Hoje em dia é uma tipo de leitura que não me atrai, faz vários anos que nem sequer vejo ilustrações de um hentai.

11 – Uma das minhas maiores frustrações como fã (no sentido mais profundo da palavra) de Dragon Ball foi não ter levantado as mãos quando o Goku pediu a ajuda de todos para fazer a Genki Dama contra o Buu. Na verdade a ideia nem passou pela minha cabeça na época. Entretanto, após o episódio onde o Gohan ensina a Videl a controlar o Ki e a voar eu tinha certeza que conseguiria fazer o mesmo. Tentei várias vezes formar uma bola de Ki com as mãos usando os métodos apresentados no anime. Frustrante.

Agora as onze perguntas feitas pelo Qwerty:

1 – Qual seu anime favorito? E um que mesmo não sendo favorito te traz alguma recordação especial.

Amo a franquia Dragon Ball. Até um certo tempo atrás minha resposta seria Dragon Ball Z, mas hoje digo que é Dragon Ball Kai. Tirando Dragon Ball (que me traz tantas, mas tantas recordações especiais que seria difícil colocar em um só post) um anime que me traz  grandes recordações é Sakura Card Captor, principalmente por ser um amigo que eu comentava bastante com uma amiga especial.

2 – Qual seu post favorito no blog? E um que ache injustiçado pelos leitores.

Resposta difícil é uma resposta difícil. Depois de pensar um pouco posso dizer que meu post favorito, mesmo tendo vários outros que gosto bastante também, foi “#TezukaDay – Apollo’s Song – O amor e a verdadeira essência do ser“. Para mim foi a melhor coisa que eu já escrevi no Gyabbo!.

Quanto mais mais injustiçado não tem como ser outro senão o post sobre Paprika. Eu entendo que ele poderia (e deveria) ser maior, mais detalhado no anime em si, mas é um post bem construído, redondo, de um ótimo anime, mas infelizmente teve apenas um comentário.

3 – Tem interesse em algum ramo paralelo e associado a animes? Se sim, qual?

Pra ser sincero, não. Não me enveredo muito por músicas japoneses, não sou fã de seiyuu, gosto de cosplay, mas não é algo que me fascine, estátuas são bonitas, mas não me vejo com várias e assim vai.

4 – Tokusatsu, coisa de criança ou uma meio igualmente válido de contar histórias?

Se eu falar que o único Tokusatsu que vi na vida de verdade foi Black Kamen Rider? Na Manchete. Eu acredito que toda forma de se contar uma história é válido, agora o que fazem com isso é outra história. Mas sou um zero à esquerda sobre tokusatsu, fica difícil dar uma opinião mais concreta.

5 – Light Novel, Visual Novel, tem interesse em alguma dessas mídias? Por quê?

Light Novel, sim, muito, ainda quero ter a chance de ler algumas, estudar suas particularidades, a forma como as ilustrações se relacionam com o texto, as diferenças nas estruturas textuais e tudo mais. Já Visual Novel é algo que não desperta nenhum interesse. Já não sou um grande gamer, pra ser sincero, com o esquema das Visual Novels, desanimo mais ainda. Se quero jogar, compro um “jogo de verdade” (Pelo amor de Deus vejam as aspas ali!), se quero ler uma história, compro um livro, manga. Não que eu ache que não seja possível contar uma boa história ou fazer um bom jogo em uma Light Novel, mas não me atrái.

6 – O que acha da onda imensa de remakes e assimilados que anda tendo atualmente? Qual anime ou manga faria de novo se tivesse oportunidade?

Eu gosto dessa onda de ramakes, acho válido quando estamos falando de materiais bons como foi no caso de Dragon Ball. É preciso ter muito cuidado para não ser apenas um caça-níqueis, mas é totalmente plausível. Meu lado de fã adoraria um ramake de Medabots, mas claro, sei que não virá. Sendo mais concreto, acredito que Shaman King deveria receber um remake. E só pra constar, um spin-off de Pokemon com começo, meio e fim também seria muito válido.

7 – Moe: moexcelência, o câncer que está acabando com a indústria de animes, uma mistura dos dois fatores ou simplesmente nada disso?

O moe não está acabando com a indústria de animes, isso é algo que me sinto seguro em dizer. É uma pergunta mais complicada para responder em poucas linhas, mas vejo o Moe, em seu caráter de fenômeno social de consumo entre fãs de animação japonesa, como uma onda que está mostrando sinais de estar começando a se aproximar da beira da praia. Vai acabar? Não, mas deve diminuir. Vai acabar com a indústria? Não, mas vai deixar suas marcas na forma como se fazem animes.

8 – O que acha de shock value? Vale mesmo a pena apostar no pior da humanidade para fazer a sua obra? Caso tenha assistido Elfen Lied e/ou Now and Then, Here and There, gostaria que analisasse por esse viés estas obras.

Shock value por shock value pra mim é fanservice. Mas se ele é usado dentro de um contexto plausível e bem estruturado, independente do que for, é uma forma plausível de se contar uma história, estabelecer um ponto. Só acho que é preciso saber muito bem com o que se está mexendo antes de usar em uma obra. Infelizmente não vi as duas obras citaas para comentar.

9 – Ecchi, melhor ou pior que hentai?

Ecchi em que contexto? Sem saber o contexto eu diria que Ecchi é pior. Hentai é “honesto”, se você for consumir um hentai já sabe o que te espera, vai por conta própria. Já e ecchi é usado muito como elemento complementar nos acontecimentos em uma história, nem sempre é possível saber quando ele virá, o que muitas vezes pode gerar grandes desconfortos inesperados.

10 – O que você acha da blogosfera animística hoje? O que está muito repetitivo e o que está faltando? [via @josikm]

Vejo a blogosfera animística brasileira hoje em uma grande fase de amadurecimento. Muitos blogs estão percebendo a importância que podem ter e que nem tudo se resume aos animes. O que falta mesmo, e isso é algo claríssimo e muito infeliz, são blogs voltados (ou pelo menos que falem com frequência) de shoujo e josei manga.

11 – Por fim, três animes desconhecidos que você acha que seu leitor deveria dar uma chance. De preferência, filmes e/ou OVAs [duração de duas horas ou menos]

Cencoroll, Inaka Isha, Toki wo Kakeru Shoujo (eu sei, mas ainda me surpreende o número de pessoas que ainda não viram essa maravilha).

Apesar de ter continuado com a corrente, prefiro não passá-la em frente (a não ser que os comentários digam o contrário, vocês acham que eu deveria fazer as onze perguntas para alguém da blogosfera?), mas espero que tenham curtido as curiosidades e agradeço ao Qwerty pela indicação!

No último dia 03/03 o blog Nahel Argama colocou no […]

6 thoughts on “Desafio dos Onze”

  1. Como o Didcart (Anikenkai) já te entrevistou, devolve a bola pra ele.

    Essa “corrente” é bem mais interessante do que àquelas feitas em e-mails. Vai dizer que em algum momento você abriria um post pra dizer que não ajudou Goku na genkidama ou que tentou controlar o ki para poder voar.

  2. Muito legal a ideia do texto, e seria legal também se a corrente for passada pra frente, não tem sentido não passá-la simplismente por ser uma corrente, desde que seja algo interessante de se ler, porque não passar, é quase um preconceito com correntes, hauihaiuhauih, viajei, enfim, mais um bom texto!

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