A maior votação popular dos Melhores do Ano relacionada a cultura japonesa chega a sua terceira edição maior do que nunca.
Algumas dezenas de milhares de votos em trinta e oito categorias agrupadas em seis grupos em uma premiação, que, claro, poderia ser ainda melhor; mas que ainda assim é sólida o bastante para ter uma base boa o suficiente a necessitar somente de ajustes.
Sim, a base não deverá mudar tão cedo: consulta popular com um filtro “crítico” anterior baseada principalmente em popularidade e com categorias flutuantes ao longo dos anos. Muitas premiações são assim, contendo tanto as qualidades como os defeitos deste tipo de consulta, que no fim das contas nunca é “justa” o bastante – afinal, quem diabos indicou Nichijou no lugar de Kaiji ou Natsume Yuujinchou a anime do ano, hein? Queremos nomes!
Para uma eventual Quarta Edição ainda melhor e mais efetiva, valem expor aqui duas rápidas sugestões: 1 – além da óbvia – e mais expressiva – votação popular, não seria válido a coexistência de um prêmio da crítica? Tudo bem que doi ver o Production I.G. ser laureado como o estúdio de animação do ano justo em um 2011 marcado pelo aleatório Guilty Crown e pelo sofrível BLOOD-C, mas seria interessante ver estas opiniões e comparar com o gosto da maioria.
Dito isto, também podemos levantar mais uma [2-] questão: não podemos sair um pouco da zona de conforto dos parceiros e realmente tentar ver qual é o real alcance da blogosfera de animes no Brasil? Porque sim, há artigos ruins neste blog e bons no Anime, Manga e TV. Bem que um eventual Aniblog Tourney Brasil poderia ajudar a ver quem é quem por aqui, mas também é caso de maior pesquisa e fortalecimento desta massa disforme chamada “blogosfera” [que aliás é ignorada solenemente por muitos que assistem anime no Brasil].
Sugestões expostas, hora de fazer um voto aberto.
Antes disso, bom falar que sim, este blog foi convidado a participar como jurado na categoria Anime; infelizmente pelo motivo algo bobo de não conseguir montar uma lista que considerasse adequada nas treze categorias propostas acabou ficando de fora da lista de jurados; mas agora, com a tarefa facilitada pelos amigos e inimigos blogueiros, hora de dar doze palpites [não, não peçam para falar algo sobre música que não tenha forte carga de pessoalidade e amadorismo]:
Melhor Série: Puella Magi Madoka Magica.
Melhor OVA: Mobile Suit Gundam Unicorn.
Melhor Filme: REDLINE.
Melhor Personagem Principal Masculino: Kotetsu T. Kaburagi. [TIGER&BUNNY]
O personagem masculino mais marcante de 2011: o moreno trintão, ativo, impulsivo e falastrão como um protagonista de battle shounen mas razoavelmente consciente de sua situação e responsabilidades […] um sopro de ar fresco em uma mídia dominada por adolescentes […] tremendamente humano.
Melhor Personagem Principal Feminino: Homura Akemi [Puella Magi Madoka Magica]
A mais misteriosa das garotas mágicas presentes na série de TV do ano acaba tendo uma história que poderia facilmente cair no terreno do clichê mas que é contada de tal forma que acaba por cativar a muitos que assistem a série, sendo facilmente considerada a grande personagem aqui. Um pouco exagerado o amor, mas sem dúvida muito merecido.
Melhor Personagem Coadjuvante Masculino: Kyuubei [Puella Magi Madoka Magica]
Magnificent Bastard. Há um certo tipo de personagem que desafia definições como heroi ou vilão, bom ou mau, amigo ou inimigo. Amando ou odiando, você tem que admirá-lo.
Melhor Personagem Coadjuvante Feminino: Ringo Oginome [Mawaru Penguindrum]
Coadjuvante? Ringo acabou tendo tanto tempo de tela que poderíamos até dizer que sim, ela é uma dos quatro protagonistas de Mawaru Penguindrum – e destes, foi quem sem dúvida teve um desenvolvimento fantástico e redondo com uma personalidade para muitos chata mas sim, profundamente humana. E ao final, sim, carismática.
Melhor Seiyuu Masculino: Mamoru Miyano
Taichi Mashima em Chihayafuru; Rintaro Okabe em Steins;Gate; Cinque em DOG DAYS; Kento Miura em Kimi ni Todoke 2nd; Tokiya Ichinose em Uta no Prince-sama.
Melhor Seiyuu Feminino: Hanazawa Kana
Mayuri Shiina em Steins;Gate; Charlotte Dunois em IS/Infinite Stratos; Moriyama Shiemi em Ao no Exorcist; Shiro em Deadman Wonderland; Kobato Hasegawa em Haganai; Ayase Shinomiya em Guilty Crown; Nessa em Fractale.
Melhor Abertura: Hyadain – Hyadain no Joujou Yuujou [Nichijou OP 2]
Melhor Encerramento: coaltar of the deepers – Dear Future [Mawaru Penguindrum ED 1]
Deliciosa música de cabaré em encerramento que brinca com rara felicidade com a dualidade presente entre o traço fofo de Lily Hoshino e os temas pesados incorporados por Kunihiko Ikuhara em sua obra. Simples, forte, excelente.
Melhor Estúdio: SUNRISE.
Gintama’. Kyoukai Senjou no Horizon. TIGER&BUNNY. Fora o dinheiro perdido em Sacred Seven. Claro que o Brain’s Base animou duas obras muito boas, mas o mérito artístico de uma [Mawaru Penguindrum] tem muito do diretor [que não é afiliado ao estúdio] e a outra [Natsume Yuujinchou Shi] é tecnicamente apenas razoável.
Eu fiz as minhas escolhas; e você, quais são as suas? Além de claro, sentir-se livre para comentar aqui mesmo, que tal votar em algo que é só até amanhã, 22 de Abril de 2012? Semana que vem, comentários sobre os resultados [até porque devem ter algumas surpresas].
INIMIGOS?
Só uma brincadeira para quebrar o clima de chapa-branca escarrado no artigo.
Vish, não acertou nem uma. Parece que o público geral tem uma visão totalmente diferente da sua. Que pena. Mais sorte no próximo ano…