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“I don’t have a single piece of regular porn” – Madarame

Madarame é o meu personagem masculino favorito em Genshiken. Os motivos variam bastante e, ao invés de enumerá-los aqui, mostrarei para vocês quem é Harunobu Madarame.

Madarame não era o presidente do Genshiken quando Sasahara entrou no clube, porém, agia como tal e, de fato, poderíamos chamá-lo de presidente moral. Afinal, ele é a essência do otaku em carne e osso. Carinhosamente categorizado como um otaku militar por seu fator hardcore ser elevado, Madarame vivia para seu hobby. Muitas vezes estava sem dinheiro, não porque tinha pouco, mas sim porque gastava muito com dojinshis e outras otakuzices.

Muitas de suas ações se tornaram amplamente conhecidas no fandom, como a frase no título do post que, se você não entende inglês, significa “eu não tenho um único exemplar de pornô tradicional (não-hentai)”. Outra participação sua ganhou vida fora das páginas do gibi: a explicação sobre como é natural o ser humano se excitar assistindo a pornô 2D ainda é usada por muitos otakus que discutem hentai por aí.

Madarame pouco “evoluiu” se tratando de sua otakuzice, porém, como pessoa a história é diferente. Convivendo diariamente com Kasukabe e tendo seu estilo de vida confrontado e tendo que muitas vezes fazer coisas contra sua vontade, como quando ela o obrigou a ir comprar roupas novas e mais estilosas, Madarame aprendeu bastante.

Essa convivência acabou despertando certos sentimentos por ela que, por causa de sua timidez, teve que guardar para si. Essa relação, apesar de nunca ter se concretizado e não ser recíproco, rendeu bons frutos para ambos e é um dos motores de toda a história.

Harunobu Madarame é um personagem divertido e interessante de acompanhar. Ele é bem seguro quanto a suas idéias, mas ainda assim costuma escutar os outros e tenta, na medida do possível, conversar quando contrariado. Ainda assim, Madarame é muito ligado ao Genshiken e, mesmo tendo se formado, continuou visitando o clube já que conseguiu um trabalho bem perto da universidade.

Se você está ainda mais interessado no Madarame, não deixe de ler esse post que escrevi sobre “Os Dez Mandamentos do Otaku”.

Até o próximo post!

Madarame é o meu personagem masculino favorito em Genshiken. Os […]

O que é o Genshiken?

Para começar essa série de posts, achei prudente explicar o que é o Genshiken. Não estou falando da obra Genshiken, mas sim do clube da fictícia Universidade Shiiou em Tóquio. O nome é uma abreviação para Gendai Shikaku Kenkyuukai que significa Sociedade para o Estudo da Cultura Visual Moderna. Basicamente um clube de nerds que tinha como intuito  trazer para um só lugar conteúdo de animes, mangás e video-games.

Porém, com o tempo, outros clubes passaram a fazer o mesmo, pois as diferenças entre essas áreas estavam diminuindo. O Genshiken acabou por se tornar um local onde os membros usavam para passar tempo e não mais se empenhavam em realizar atividades com seu objetivo inicial. Acabou se tornando um clube onde iam parar os nerds que não conseguiam se encaixar nos outros.

Apesar de sua história vanguardista, o Genshiken perdeu importância e respeito. Seus membros eram vistos como meros otakus preguiçosos que não faziam nada o dia inteiro. E de fato o era. Pelo menos até o ponto em que começa o mangá, na primavera de 2002 (as datas são referencias dentro da história e não do mundo real). Foi nesse ano que o Genshiken, antes composto por Harunobu Madarame, Souichiro Tanaka, Mitsunori Kugayama e o Presidente (o nome dele nunca foi revelado), recebeu três novos membros: Makoto Kousaka, Saki Kasukabe (até o momento só acompanhando o namorado Kousaka) e o personagem principal da série, Kanji Sasahara.

O mangá começa nesse ponto pois, além dele ser a entrada do protagonista no clube, foi a época em que o Genshiken começou a sofrer mudanças que afetariam a vida de todos aqueles otakus que estavam confortáveis com sua posição a par da própria sociedade otaku. O clube recuperaria uma identidade própria. Da mesma forma como antes os membros do clube tinham liberdade para escolher que mídia se dedicar e compartilhar com os colegas, o Genshiken agora seria mais que isso. Seria um lugar onde os membros poderiam discutir abertamente sobre seus hobbies. Sem preconceitos, sem imposições. Liberdade para serem o que são e não o que outros acham que eles devem ser.

Para falar como isso acontece temos que analisar muitos pontos dessa série que me agradou por ser uma história quase tangível. Quase uma extensão da realidade em que muitos de nós vivemos. Por isso, espero que vocês continuem a acompanhar essa série de posts que, repito, não será interessante só para leitores e fãs de Genshiken, mas para todo o fandom.

Até o próximo post.

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