ArgaLog #03: WHAM! WHAM! WHAM!

ArgaLog #02: Tudo Junto e Misturado

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STAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAART!

Para quem acompanha semanalmente, mil desculpas pelo atraso. Mas quem disse que é fácil compilar [idealmente] onze animes em um único post, com direito a imagens e perfeito arranjo – ainda mais com essa periodicidade, ainda mais em um blog que tenta ter conteúdo de qualidade todo o tempo?

Mas chega de desculpas: hora de conferir como foi a semana entre 04 e 10/03, tempo de analisarmos como alguns animes decepcionaram e outros surpreenderam em mais uma semana desta quase no fim Temporada de Janeiro.

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Robotics;Notes 20 [50/100]

Que episódio anticlimático! Melhor, ruim.

E a brusca virada de foco de Robotics;Notes, que há apenas quatro episódios para o final decide finalmente contar mais sobre a história, tem seu preço. Tudo é feito de forma atrapalhada, tão forçada quanto o discurso vergonhoso de Aki sobre o amor aos robôs, sobre a crença que tem no fato de que os robôs do bem irão salvar o mundo.

Sim, irão – através de um Deus Ex Machina supremo o desejo de uma criança tornará-se realidade. Infelizmente, uma das maiores empresas do ramo, em uma adaptação feita por um dos maiores estúdios de animação japonesa, nos apresenta uma obra que parece ter sido feito também por uma criança. E não é no bom sentido.
É o fim de um mistério ruim; frustrante por quebrar a expectativa, frustrante duplamente pelo clima de comédia não-intencional que cada elemento de roteiro revelado produz.

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Vivid Red Operation 09 [68/100]

Um episódio completamente inútil, a quatro episódios do fim.

É compreensível a ideia de desenvolver um pouco as duas personagens menos exploradas até aqui, mas o resultado peca por soar tão automático, já feito em outros animes dezenas de vezes. Claro que no fundo Vivid Red Operation como um todo é assim, mas aqui a falta de liga torna-se aparente.

Até vale pelo fanservice e pelos cinco minutos finais que contém a cota de ação obrigatória de todo episódio, mas antes de tudo foram vinte e quatro minutos previsíveis, mornos e acima de tudo esquecíveis. Que no próximo episódio a série finalmente entre na reta final.

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Little Busters! 22 [70/100]

Seu típico episódio final de arco; mas que na verdade não é o final da história da Kud.

Little Busters! já deixou claro que não será lembrado por ser fora de comum; e mais uma vez, simplesmente não compromete ao contar o passado e as motivações de mais uma heroína, em mostrar como o grupo ajuda a cada individual a seguir em frente. Como sempre, o ritmo [pacing] não é dos melhores, mas a progressão rumo ao final é lógica.

O objetivo de emocionar é atingido, a maneira de alguns arcos anteriores, mas falta algo. A música, a verdadeira herança do jogo, é boa, mas parece que algo se perdeu na adaptação destes arcos feitos para emocionar, as lágrimas saem pela metade e o que fica é o sentimento de algo incompleto. Que o próximo e surpreendente episódio apresente algo capaz de mudar a impressão do arco de maior destaque nesta Primeira Temporada de Little Busters!.

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Tamako Market 09 [71/100]

Infelizmente Tamako Market é muito bom na teoria, mas na prática algo não se encaixa.

Particularmente a ideia deste nono episódio, no qual duas histórias paralelas envolvendo a irmã e o pai da protagonista se cruzam para criar um panorama do amor jovial e inocente, é excelente. A execução até tem seus altos, como o final, mas no geral poderia ser melhor.

E a culpa disso reside principalmente no elenco insosso que a série apresenta; ironicamente, a única personagem que não está presente no clipe de abertura é quem roubou a cena nos dois episódios anteriores e já fez falta neste. E a direção-geral de Naoko Yamada nada faz para dar coesão aos episódios, para fazer o espectador sentir que está assistindo algo progressivo – ao contrário, Tamako Market parece cada vez mais é sem qualquer rumo.

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Love Live! 09 [74/100]

Após o primeiro grande clímax da série, hora de relaxar um pouco e curtir uma das melhores personagens da série.

Vale notar que agora, finalmente com o grupo formado, finalmente temos tempo para estabelecer as mais diversas interações entre os membros deste grande time – e é em um episódio sobretudo divertido que Love Live! conta mais um passo do μ’s rumo à fama.

Kotori é sem dúvida um dos membros mais divertidos do grupo [e merece a popularidade que tem] e serve bem no papel de âncora deste episódio aonde temos a missão de fazer uma música baseada no sempre famoso bairro otaku de Akihabara. Sim, não é um episódio particularmente significativo como o anterior, mas tem o bom trunfo de passar muito rápido – e provocar diversas risadas ao longo do caminho. Um clipe presente quase no fim do episódio serve bem de cereja no bolo.

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PSYCHO-PASS 20 [80/100]

O ultimo episódio calmo [entre aspas] deste anime. Que venham as bombas!

Se Makishima e Kougami haviam sido desenvolvidos o suficiente [e só, já que como em toda boa obra de Gen Urobuchi os personagens são mais uma vez reféns do enredo], faltava a Akane o passo final para definir sua personalidade – e é com a personagem que mais se desenvolveu até aqui que tivemos um bom episódio dedicado aparar as arestas necessárias.

E ao saber a verdade sobre o Sibyl System, um verdadeiro quebra-cabeça finalmente se completa na mente de nossa protagonista em uma sequência bem-dirigida [infelizmente, os demais personagens, sempre subvalorizados, tiveram cenas meramente necessárias para o enredo fluir]; finalmente esta tem a determinação necessária para fazer valer o seu papel. Porém, o quebra-cabeça maior ainda está se formado, e o final deste episódio mostra claramente que chegamos ao ato final. Se este será de explodir cabeças – em uma série que sim, ficou dependente de um bom final – fica para semana que vem [e a outra].

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Uchuu Kyoudai 48 [84/100]

E finalmente o Space Bros. de sempre está de volta!

Claro que em grande parte os muitos episódios de transição, inclusive os da saga lunar de Hibito, não chegaram a comprometer – mas a grande força da série está realmente na jornada de Mutta através das longas etapas necessárias para este realizar seu sonho. É a estrutura de sports shounen, com suas múltiplas provas e adversidades, diversos personagens, objetivos igualmente válidos e apaixonantes, que faz a base aonde as características especiais desta obra se sobressaem.

E bastou um teste de resistência vir a tona para que a obra finalmente voltasse aos bons tempos – além disso, a adição de Bold, um instrutor casca-grossa e forte simpatizante da disclipina militar, é mais que bem-vinda em uma etapa aonde a tensão inicial de Mutta passar ou não nos testes para astronauta já se dissipou. Este arco promete – resta saber que irá trabalhar o seu potencial.

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Chihayafuru 2 09 [85/100]

Após mais de trinta episódios, finalmente um onde Arata, o terceiro eixo dessa estrutura, ganha espaço para brilhar.

Novamente esta Segunda Temporada prova que tem certo terreno para experimentar em cima da base tão bem construída durante a Primeira; e um episódio para explicar um pouco mais sobre personagens como Arata [e em certa medida Shinobu, a Rainha] é mais do que bem-vindo. Ainda mais quando consegue manter todos os pontos que a série tem de melhor.

Chihayafuru pode abusar um pouco em mostrar como praticamente todos os personagens são do bem, tem sonhos e objetivos mais do que válidos, desejáveis, mas como reclamar disso quando a cada episódio a série consegue encontrar uma nova forma de mostrar isto, com novas temáticas a serem abordadas?

A cada episódio o anime caminha para ser novamente um dos grandes do ano, e em um gesto raro o cliffhanger desta vez foi particularmente maldoso. Continua…

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JoJo’s Bizarre Adventure 22 [86/100]

Este pode não ter sido o melhor episódio da série, mas sem dúvida foi o mais empolgante.

E sim, a batalha entre JoJo e Wham, a mais ambiciosa da série até aqui, também se prova de longe a mais divertida e em certo sentido a mais tensa. Em mais uma prova de que a série não se apoia em somente uma boa ideia, mas literalmente dezenas, centenas delas, o fato da batalha ser em carruagens é somente a cereja de um bolo cheio de sabores e surpresas.

Sem dúvidas JoJo é o anime certo para qualquer um sentir-se uma criança de novo, e este episódio, banhado em todo um clima cheio de energia, é simplesmente perfeito neste aspecto. Como resistir a uma plateia de vampiros urrando, a um narrador histérico, a uma luta rápida, divertida e poderosa? No próximo episódio acaba [pelo menos a parte do Wham, ainda temos o Cars a espreita], mas só esta luta já valeu o anime. Melhor episódio da semana, merecidamente.

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5 thoughts on “ArgaLog #03: WHAM! WHAM! WHAM!”

  1. Senti falta de Shin Sekai Yori. :C

    Mas whatever, R;N decepcionando… Se não fosse meu love por S;G eu já teria dropado. :I

  2. Esse episódio de Vividred teve um final corrido e foi um levemente melodramático, mas como admirador de Shoujo-ai, o fanservice foi bem meritório ao meu ver. Raramente em Mahou Shoujo o shipping entre duas personagens é abordado de maneira tão explícita. Não é grande coisa, mas diverte. Eu já sabia que seria mais ou menos assim, logo minhas expectativas se encontram em conformidade com o que é apresentado.

    Tamako é um anime “leve”. Você logo percebe que o mesmo carece de grandes ambições, e cada episódio é construído milimetricamente de modo a iniciar e concluir a linha narrativa vigente. Para mim, o problema não é a falta de progressão em si, mas a ausência de personagens carismáticos para realizar uma imersão mais proeminente com a temática que está sendo trabalhada. Os personagens parecem mais ferramentas de roteiro do que personagens.

    Eu vi esse episódio de Love Live! semana passada e não lembro muito bem dos eventos específicos. Mas o que posso dizer é que foi a primeira vez que Kotori foi devidamente trabalhada. Mas a Nico ainda é a minha diva, adoro as reações dela, todo jeito empertigado e sua carência de atenção.

    Robotics;notes é tão morno que eu nem ânimo tenho pra comentar.

    E Jojo, caralho, tenho que ver Jojo. O episódio 20 foi tão impactante que eu tive aquela sensação de que já havia chegado ao ápice do que Jojo tinha a oferecer.

    1. Ah, como eu queria um botão de editar.
      *Vividred Primeira linha: o segundo “um” não era para estar ali.
      *Love Live quarta linha: “todo seu jeito empertigado”

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