ArgaLog #04: Penúltimo

ArgaLog#03: WHAM! WHAM! WHAM!

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Episódio de vários animes. Tava pensando o quê?

Infelizmente, mais uma semana boa no geral – muito boa até em alguns, mas poderia ser melhor. Claro que tivemos nossos destaques positivos, mas somente um episódio foi eletrizante o suficiente. E claro, hora de enrolar com introdução desnecessária e comentarmos as estreias da semana [excluindo Magi, “como sempre”].

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Tamako Market 10 [68/100]

Um episódio dedicado a uma personagem desinteressante: como poderia dar certo?

Tamako Market é um bom conceito estragado pela falta de bons personagens [exceção feita a Choi, ainda assim menos explorada do que deveria]: animação, roteiro e direção são ligeiramente acima da média, mas falta magia, refinamento, intuição, imaginação.

O resultado? Mais um episódio aonde a equipe liderada por Naoko Yamada até mostra suas habilidades mas falha em cativar o espectador; e de que adianta o enredo prosseguir em alguns pontos, o personagem ter sua curva de desenvolvimento feita, se nada disso afasta o profundo tédio que marca a série?

Vale notar que os cortes utilizados nesse episódio foram diferentes – talvez mostra que faltou um pouco de orçamento aqui, mas funcionaram bem. O mesmo não pode ser dito sobre o tema final, que irá ser desenvolvido com mais calma nos próximos episódios: pode ser mais do mesmo, pode estragar de vez um anime que nunca foi bom o bastante.

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Robotics;Notes 21 [70/100]

Bonitinha, mas ordinária.

Incrível como Robotics;Notes conseguiu escorregar na direção desta parte mais séria e focada no enredo – porque sim, no fundo esse é um episódio que, diferente dos anteriores, volta parcialmente ao mesmo clima que imperou durante a maioria da série. E não é uma trilha sonora que impõe um clima tenso o fator a quebrar este.

Há muitos episódios a esperança desta ser efetivamente uma sequência espiritual a Steins;Gate se dissipou, mas ainda assim o anime é focado demais em seu feeling e seus personagens, ambos absolutamente medianos, para se importar. E é por isso que este simplesmente quebra a tensão e o blablabla para mostrar-nos uma bela cena de confissão, tão bem-executada – e rara em animes – que vale sozinha a razoável nota dada a este episódio, mesmo que durante os vinte episódios anteriores os protagonistas fossem simplesmente amigos, irmãos.

Um episódio sobretudo fofo, estranhamente fofo, e que infelizmente é apenas o prenúncio para o final horrível que deve pintar semana que vem.

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Vivid Red Operation 10 [70/100]

Desgraçadamente clichê, o drama da Rei não emocionou mas até que funcionou.

Finalmente aconteceu o que todos esperavam – e como estava óbvio desde o começo, a relação entre Akane e Rei foi desenvolvida da forma mais melodramática e clichê possível em um episódio apenas razoavelmente dirigido e que marcou mais pelo fanservice [sim, as vendas até aqui estão apenas razoáveis e algo precisa ser feito para vender mais] que por algum momento épico.

Os mamilos devem aparecer no Blu-ray e finalmente [parte de] o segredo da Homura genérica foi revelado à protagonista; claro, seguindo a tradição estabelecida em Strike Witches a força da amizade deve vencer a tudo e todos, mas este arco ainda pode entregar alguns bons momentos. Ao contrário deste, o episódio oito mostrou que podemos muito bem equilibrar ação e drama, e que assim sejam os dois próximos.

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Little Busters! 23 [73/100]

Uma conclusão digna, mas na qual faltou sentimento, profundidade.

A verdade é que o arco da Kud acabou sendo o melhor executado nesta primeira temporada de Little Busters! – mas ainda assim faltou algo, faltou a mesma magia que esteve ausente por toda esta temporada.

O resultado acabou sendo, incluindo este episódio final, simples, mediano e efetivo. O único problema é que estamos analisando uma adaptação de um original do key – e a emoção, as lágrimas jorradas pelo elenco, doam falsas. Realmente uma premissa fora do padrão transformada em algo banal – mesmo que temperado com detalhes como um ótimo tema de fim de arco. No geral, uma decepção e uma pena.

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Love Live! 10 [77/100]

Um baita episódio da praia.

A grande surpresa desta fraca temporada de Janeiro é também o anime que conseguiu melhorar ao longo dos episódios. E um simples episódio da praia serviu para desenvolver as personagens como coletivo, a mostrar que o grupo está mais unido do que nunca.

Mais do que isso: é um episódio muito do divertido. Passa rápido, é cheio do humor leve que caracteriza a série e está recheado, como de costume principalmente nos episódios mais recentes, das mais diversas interações entre as nove integrantes do grupo.

Ainda um anime sobretudo bobo, mas cada vez mais Love Live! se torna um dos melhores representantes do gênero em algum tempo.

P.S.: Não, ainda não vale qualquer comparação com THE iDOLM@STER.

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Uchuu Kyoudai 49 [80/100]

Um pouco contemplativo demais, mas ainda assim um bom episódio.

Após um início de arco empolgante, este episódio acabou sendo um pouco normal demais. O ritmo esfriou, um bom tempo foi gasto em build-up e velhos chavões foram reafirmados – destaque para a habilidade de Mutta em ser um cara agradável.

Talvez seja o peso de termos aqui apenas o início de um arco que promete recompensar o espectador mais a frente, nas foi um episódio no graal mais lento do que deveria – mesmo para o já arrastado padrão de Space Bros. Apesar disto o cliffhanger foi bom e o próximo episódio promete.

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Shin Sekai Yori 24 [80/100]

Um grande e difícil episódio.

Shin Sekai Yori está em um grande e desafiador arco final, rumo ao final de explodir cabeças que virá no episódio vinte e cinco – sim, o próximo. E com um mundo vasto e em parte ainda inexplorado [apesar de todas as pontas soltas estarem sendo amarradas com uma baita precisão], um episódio acima de tudo claustrofóbico acaba dividindo opiniões.

Uma coisa é clara: para a história que está sendo contada é, apesar do excesso de diálogos que acaba pesando aqui mais que a média, um episódio quase perfeito. O problema é saber se o espectador concorda se os rumos tomados nos últimos epísódios são os melhores. É bem-feito e faz muito sentido, mas antes de termos o panorama completo da situação soa esquisito e algo arriscado – aliás, como o começo desta história que fez muitos simplesmente deixarem este anime de mão.

Uma nota baixa que reflete as dúvidas suscitadas aqui, o tempo que algumas vezes parecia não passar – e assim o episódio final ganha ainda mais significado. A conferir.

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Chihayafuru 2 10 [83/100]

Um episódio necessário, mas formulaico.

Chihayafuru é sempre maravilhoso de assistir – e um dos motivos é a constante prova de que mesmo em um anime baseado em uma temática algo original e mesmo difícil de construir sempre há espaço para novidade, para surpresas reservadas ao espectador. Infelizmente este episódio acaba sendo uma exceção a regra.

Até temos uma variação das cartas na mesa e é sempre interessante ver os personagens principais evoluindo passo-a-passo, porém isto não é suficiente para manter o nível mostrado nos de muito bons a excelentes episódios anteriores. Claro que está muito longe de ser ruim, mas ainda assim poderia ser melhor.

Digno de nota são as pequenas mas significativas cenas com Arata e Shinobu, continuando a linha de enredo mostrada no episódio anterior em momentos que são o ponto alto do episódio.

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PSYCHO-PASS 21 [85/100]

Sim, faltava um pouco mais de correria em uma série com um segundo cour tão cerebral.

O episódio mais simples de PSYCHO-PASS em um bom tempo é ao mesmo tempo um dos mais divertidos; enquanto novamente nos encontramos em um jogo de gato-e-rato envolvendo Makishima Shougo e os demais protagonistas, temos tempo para algumas [rápidas] sequências de ação e sobretudo suspense e correria.

Um acontecimento de certo – mas não tanto quanto o fandom fez parecer – impacto fez com que nos lembrassémos novamente do risco que tudo isto envolve; e com uma cena final que mostra os três personagens principais prontos [pelo menos dois deles] para o tudo-ou-nada, tudo pode acontecer no próximo [e final] episódio.

Ou nada. Sim, Akane conseguiu a exceção que deve ser decisiva para o final da série, mas ainda assim cada vez mais PSYCHO-PASS dá a impressão que irá terminar pela metade. Uma nova temporada? Um filme? Quem sabe…

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JoJo’s Bizarre Adventure 23 [85/100]

Outro episódio bastante intenso em uma parte final simplesmente eletrizante.

Após a orgástica luta entre JoJo e Wham no episódio anterior, o guerreiro de tanga tem um final dos mais dignos. Sim, algo longo, mas com uma solenidade que soa certa, com cada ato final amplificado pela maluca mas efetiva direção.
Lágrimas masculinas, quem diria.

E isto é só mais uma preparação para a luta entre JoJo e Cars – sim, o último inimigo pode não ser o mais forte; mas Joseph Joestar, o mestre das artimanhas, merece encontrar no mais ardiloso dos imortais seu nêmesis e antítese, seu teste final como o herói que é.

Assim, vale dizer que novamente tivemos alguns minutos de tensão antes do fim do episódio, da revelação que é forçada, mas cabe perfeitamente no clima d’As Aventuras Bizarras de JoJo, de episódios de vinte e quatro minutos que cada vez mais parecem durar dez – ou nem isso.

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4 thoughts on “ArgaLog #04: Penúltimo”

  1. gostei muito dos Review dos episódios da semana,mas sobre JJBA o que eu lembro do manga o Cars era o mais forte dos 3(ou 4 se contar o pet Santana)inclusive ate agora no anime o poder dele foi o mais efetivo.

  2. Tenho uma critica pesada aos rumos tomados pela atual temporada de Chihayafuru. Primeiramente, concordo que esse episódio entregou algo muito aquém do que o anime nos acostumou a receber – e não apenas ele, mas todo e cada um dos capítulos desde a final do regional. O motivo para mim é bastante claro: saturação de jogos.

    Explicando: dentre esses dez episódios iniciais, não menos que sete (ou seis e meio, tanto faz) se passaram no seio de competições. Visto isso, é fácil constatar que o ponto focal mudou bruscamente em relação à primeira temporada, e que agora os jogos de karuta ocupam lugar de maior destaque no enredo. Não que eles fossem insignificantes até aqui, longe disso, porém vemos que o tempo gasto com treinamentos, recrutamento de membros e traminhas amorosas na temporada anterior foi desta vez convertido em ação. O volume de jogos inegavelmente cresceu, e, ainda que o espaço dos personagens não tenha diminuído, a variedade de cenários e situações nas quais eles se envolvem certamente diminui, afinal eles não têm feito nada a não ser competir. Isso restringe o interesse e acaba tornando a animação um tanto o quanto repetitiva; e ainda que ela tenha qualidades de sobra para se sagrar facilmente como a melhor da temporada, isso não basta para que o incômodo dessa nova dinâmica passe batido pelo espectador. Ou seja, a segunda temporada de Chihayafuru é muito mais voltada para o esporte que sua antecessora, algo que, dada a evolução das habilidades dos personagens, logicamente aconteceria, mas que, infelizmente, não está sendo feito do modo mais feliz.

    Com isso, o ideal de que a segunda temporada superasse a primeira, que nutri durante os primeiros quatro, cinco episódios, já me parece bastante distante. Uma pena.

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