21 thoughts on “Traduções e Adaptações nos Mangás”

  1. Concordo com você, Kaneda. Pessoalmente eu gosto de honoríficos e coisas assim, mas isso é por que eu sou descendente de japoneses e entendo o significado e as nuances que algumas palavras expressam. Pro pessoal que não sabe nada da língua e cultura japonesa essas coisas são ruídos que podem incomodar e até levar os que tem pouca paciência a desistir da leitura.

    E para aqueles que dizem “ah, mas pra quem não sabe nada Bai Long é tão difícil quanto Hakuryuu, então pra que mudar?” vai a resposta: já que os dois são difíceis a JBC optou por chegar mais próximo do que a autora quis expressar (e que ela declarou publicamente, com todas as letras). Certa ou errada, foi uma opção feita com a melhor das intenções, então pra que tanto ódio? Não concordar e reclamar eu até entendo, todo mundo tem direito, mas tem gente falando como se a editora tivesse feito essa opção unicamente para “magoar” os fãs de Magi, ou como se a troca de nome fosse uma coisa maligna, uma verdadeira arma de destruição em massa…

    Mais calma e tolerancia, gente.

      1. Pois é Lucas, me parece que as reações são muito desproporcionais, mesmo que a JBC estivesse totalmente errada acho que não era pra tanto. Sei lá, se um professor odiasse cada aluno que erra ou faz coisa que não deve, ia morrer de úlcera em dois dias, hahaha… (sou professora, sei como é…)

  2. Danilo, seu video foi bem legal.
    Mas esclarecendo ymas coisas: Shindobaddo NÃO SIGNIFICA Terra de Sinbad. Shindobaddo é meramebte a romanização possível de escrita em katakana. Shindobaddo é SINBAD. Meramente isso, mas a fonética japonesa não consegue reproduzir essa consoante solta e a pronúncia arrastada do A.
    Quanto aos nomes chinesas, acho impossível dizer que a Ohtaka queria nomes chineses quando are mesmo o anime se utiliza de nomes japoneses, a pronúncia japonesa.
    Quanto a “chamar mais leitores”, eu considero essa desculpa absurda porque a fonética japonesa é EXTREMAMENTE SEMELHANTE a portuguesa/português brasileiro inclusive. Ou é mais fácil falar Hakuryuu ou Lian Bai Long?
    Gostei de sua opinião, mas os fas de Magi que reivindicaram tem uma grande base sobre a obra, sobre Mil e Uma Noites e o chocante para nós e que não havia como essa mudança. As pesdoas deviam parar de por palavras na boca da Shinobu Ohtaka sinfelizmente a propria editora disse isso, que e algo irreal.
    Quanto ao o que você disse sobre quebra do roteiro, eu vou ter que fazer um spoiler que é um grande problema: não ha pq termos nomes chineses quando Magi não se pasda em nosso mundo. A China não existe em especial porque TODO o mundo de Magi fala o mesmo idioma. Inclusive é só analisarmos o bem constituído mapa geográfico de Magi que de longe lembra muito mal o mapa do velho mundo.
    Enfim; Daniel, gostei do seu video, mas apenas esclarecendo alguns pontos que não bateram com o que você falou! ^^ Abraços!

      1. Livia, em qualquer explicação que a editora dê, ela fala que os nomes foram aprovados pela autora, mas todos nós sabemos que as negociações ocorrem mais editora x editora. Já tive contato com o Tite Kubo via twitter e ele NEM AO MENOS SABIA que o manga dele era publicado no Brasil. Então, tirando a Naoko Takeuchi que hoje é uma empresária e alguns poucos que administram as próprias obras, eu acho dificil que a Ohtaka tenha dado algum ‘parecer oficial’ que vá CONTRA os nomes que a A-1 Pictures utilizou na dublagem do anime. Fora que a Shinobu Ohtaka atualmente trabalha em dois mangas em simultâneo, Magi e Sinbad no Bouken. E com a contradição de: numa midia se usa um nome e em outra, outro, fica realmente difícil acreditar que ela “disse” algo sobre isso e até se ela sabe da publicação brasileira. Os mangakas são pessoas extremamente ocupadas com um estilo de vida enlouquecido, eles não mexem com negociações assim. Assim como não temos nada dizendo sobre ela falar da publicação nos EUA, na Indonésia, etc.

        1. Ah, entendi. Pensei que a editora tinha simplesmente inventado tudo sem aval nenhum de ninguém, levei o maior susto. Bom, vamos fazer o seguinte: vou tentar conseguir o tankobon original em japonês, se não me engano o texto onde ela fala de suas inspirações está no volume 2. Como se trata de apresentação da autora, pode ser tenha correspondente no volume em japonês, eles gostam de colocar essas coisas. Se tiver, poderei ver se há discrepância ou não. Só vou pedir a sua paciência por que estou sem grana agora, pode ser que leve um tempo até eu encontrar e comprar o volume.

          Agora, se tudo foi acertado entre editoras e a autora concedeu poderes à editora japonesa pra tratar de tudo, bom… ela deve saber que mudanças irão ocorrer, como aconteceu na adaptação para anime, em que alteraram várias coisas na história. Com o sucesso que Magi está fazendo ela está em posição de impor condições, caso haja alguma coisa que ela considere importante e não queira que mudem.

          Quanto a Hakuryuu ser mais fácil do que Bai Long, eu não tenho como julgar, eu ouvi japonês a minha vida inteira então pra mim, sem dúvida Hakuryuu é mais fácil, para quem não sabe japonês mas assiste anime sempre também é fácil, mas pra quem nunca teve contato, não sei não.

          De qualquer forma, eu entendo o seu argumento e, como eu disse no meu comentário, concordo que todos têm direito de discordar e reclamar. Só acho que dá para reclamar com menos ódio (não estou falando de você, estou me referindo aos comentários que às vezes pipocam lá no Facebook).

          1. a gente sempre tentou entrar na calma e tal, pena que a jbc não tem esse mesmo incetivo, a gente sempre tentou conversar, e sempre as pessoas dizem que estamos de mimimi, ou que somos crianças, ou que estamos de otakices, enfim, comentários assim que nem dou o luxo de me importar…. queremos o melhor tanto para os fãs quanto para a JBC… pois se ela fizesse direitinho, simplesmente ela iria vender bem mais… garanto isso… não é a toa que a Panini é considerada por muitos a melhor… (não sou fanboy de nenhuma editora)

          2. Olha Louan, desculpe mas é que as reações ficam parecendo muito agressivas e desproporcionais para mim. Concordo que é muito irritante ser chamado de criança e outras coisas mais quando se está tentando conversar mas isso não é razão pra tanto ódio que vejo em alguns comentários que rolam pelo Facebook. Como eu disse pro Lucas, eu sou professora, sempre tenho um ou outro aluno que zoa comigo, faz pouco caso quando estou explicando matéria, faz de tudo pra me tirar do sério, etc. Vou odiar esse aluno? Claro que não, não teria cabimento. Vou é tentar conquistá-lo de alguma forma, conversar com ele, com os pais, e se mesmo assim não tiver resultado, paciência, cara, é a vida.

          3. sempre tentei isso, que me conhece de faz tempo sabe que eu sempre fui calmo, eu tentei conversar com a JBC, sabe o que ela disse? que eu não sei japonês e que eu não entendo nada, enfim então eu jamais agredi verbalmente ou de qualquer outra forma a JBC… bem contrário do que ela faz com os fãs…

          4. Ok, mas então a sua questão deve ser apenas com quem fez isso com vocês e não com as pessoas de fora que por acaso concordam com as decisões da JBC. Eu entendo a sua frustração, mas se um fã de Magi diz que concorda com a JBC e você reage como se o coitado tivesse cometido um pecado inominável também não é muito justo, né? Não foi ele que disse que você não sabe japonês e não entende nada.

            Como já disse antes, eu tenho minhas preferências pessoais, mas as justificativas da editora para a tradução/adaptação me pareceram válidas então não vi problema. Isso me torna automaticamente uma inimiga, uma “paga-pau” da JBC? Não, cara, eu só penso diferente de você. O mesmo se dá com o Kaneda.

          5. quem concorda com jbc, eu tento conversar normalmente mostrar que seria melhor para ambos os lados, problema que tem gente tanto a favor e não a favor que brigam e não conversam normalmente, eu só não vejo necessário tal mudança de nomes, como eu disse ver um mangá que você tanto gosta (não só eu mas muitos), ser “arruinado” dessa forma, é péssimo para qualquer fã….

          6. Desculpe, Louan, mas o seu comentário pro Kaneda me pareceu meio agressivo demais, não me pareceu conversa normal. Mas ok, escrita é diferente de fala, talvez seja isso.

            Quanto a mim, eu gosto tanto de Magi que mesmo se chamassem Hakuryuu de Jean Claude eu ia continuar curtindo, rsrsrs…

  3. não é por nada não, mas parei de ver com 2 minutos, desculpa, mas seria um pouco descente, você ler a obra, e assistir, antes de fazer um vídeo, para realmente você ter base no que você está falando, no decorrer do vídeo você não mostrou um pingo de entendimento, fora que procurou “base” em outras pessoas…. procure ler mais e se informar antes de fazer qualquer vídeo… os fãs agradecem..

  4. não é por nada não, mas parei de ver com 2 minutos, desculpa, mas seria um pouco descente, você ler a obra, e assistir, antes de fazer um vídeo, para realmente você ter base no que você está falando, no decorrer do vídeo você não mostrou um pingo de entendimento, fora que procurou “base” em outras pessoas…. :/ procure ler mais e se informar antes de fazer qualquer vídeo… os fãs agradecem..

  5. As pessoas acham que tradução é simplesmente traduzir as palavras, como o Google Tradutor faz. Tradução é adaptar uma IDEIA de uma cultura para outra.

    No volume 02 de Magi, a autora diz que o seu objetivo era ultrapassar “as fronteiras do Oriente Médio, chegando à China, Índia, Europa, África… ” e o Império Huang é uma clara referência ao império chinês, então a JBC decidiu escrever os nomes usando a pronúncia chinesa ao invés da japonesa (de novo, esse país é uma clara referência ao império chinês). Portanto, levando em conta que tradução é adaptar uma ideia, a tradução da JBC foi acertada.

    Sobre a pronúncia no anime, os japoneses apenas leram o que estava escrito do jeito que eles leriam qualquer coisa. Para mim, reclamar da adaptação se baseando nisso é como querer que os nomes fossem Aradin e Aribaba, porque eram essas as pronúncias dos dubladores.

    Eu fico me perguntando se essas pessoas também reclamam de terem traduzido o título de Senhor dos Anéis porque Lord of the Rings é o nome correto, que Homem-Aranha está errado, Spider-Man é o que o autor queria dizer…

  6. Bom, obrigado pela opinião de todos, realmente é um assunto polêmico e gerou bastante discussão, cada um com vários pontos de vistas diferentes e com argumentos válidos para defender os seus lados. Infelizmente eu não vou ficar respondendo a todos individualmente, pois isso ficaria inviável.

    Li todos os comentários do grupo do genkidama, do Amadikneg, no youtube e do site, por isso, fiz um compilado com os argumentos em geral e irei responde-los abaixo.

    1 – Traduzir / Chinês aumenta público

    É engraçado como muitas vezes tiram do contexto algo que falei para justificar uma crítica. Em momento algum eu disse que traduzir para o Chinês aumentaria público.

    Eu disse que Adaptações sim aumentam público. Se a escolha editorial de traduzir para o Chinês deu resultado não é o ponto do meu argumento. Uma coisa é eu dizer que as adaptações no geral são feitas com o objetivo de aumentar o público, outra é que traduzir para o chinês tem esse mesmo objetivo.

    “Pô, mas traduzir do Chinês não é adaptar?”, Sim, mas a lógica usada dessa forma descaracteriza totalmente o que eu falei.

    2 – A Autora é Japonês, O Mangá é Japonês, No Anime é em Japonês, No Databook Também.

    Sim, é. A Editora já deu a sua justificativa. Foi uma decisão correta? Pelo jeito não. Em algum momento eu defendi isso? Eu só disse que EU não me importava.

    3 – É uma falta de respeito!

    Talvez sim, mas não acho que seja intencional. Pela repercussão foi uma decisão errada, no máximo. Acho muito pejorativo dizer que propositadamente houve o objetivo de ferir os fãs da obra. É o que penso.

    4 – Mudar os nomes gera confusão pra quem já leu antes

    Concordo. Foi citada a questão de que quem vai pesquisar pelo mangá só encontra referências ao digitar os nomes japoneses e, se isso tivesse sido levado em conta, talvez toda essa confusão não teria ocorrido.

    5 – Você defende os critérios da JBC como definitivos de tradução
    Me fala onde eu digo isso? Novamente tirando coisas do contexto e querendo adicionar coisas sem sentido. Não é porque eu não ligo para isso que eu aprove isso.

    6 – Mudar nome afeta sim! Se mudasse o nome do Son-Goku pra Sun Wukong você gostaria?

    Não, eu não gostaria. Eu já me acostumei com Son-Goku. Teria que me acostumar com Sun Wukong novamente. Só isso. Repito: Qual o grande problema?

    Pega por exemplo nos quadrinhos, essa onda de heróis que viram gays, ou que mudam o sexo do personagem ( O Thor Mulher por exemplo), entre outros casos. Há uma discussão inicial até o público acostumar, depois o problema some.
    Novamente, EU, Danilo Camargo, não vejo problema. Só isso.

    7 – Porque eu gravei o vídeo?

    Se vocês repararem, qual foi a abordagem do vídeo? Exposição do problema (Mudança nos nomes), Exposição das explicações (Adaptar p/ sentido original), Exposição da minha opinião (Isso não me afeta. Não vejo tanto problema assim), Levantamento do Questionamento (Qual a opinião de vocês?).

    Foi só isso o que fiz.

    Em algum momento eu disse que a editora estava certa? Em algum momento eu disse que esse é o método definitivo de tradução? Que adaptar do chinês irá atrair mais público? Que vocês tem que se conformar com isso? Que eu estou certo e vocês errados?

    Sabe eu levantei uma questão. PONTO FINAL. Acho que uma grande parcela de pessoas que assistem vídeos no youtube acham que quem grava quer ser o dono da razão. Eu não estou aqui pra falar como vocês devem pensar, nem que deve concordar comigo. Por isso mesmo eu levantei a bola pra gerar essa conversa.

    Agora ser agredido gratuitamente por suposições do que eu quero fazer é no mínimo ridículo. Adorei a opinião da LIVIA SUGUIHARA, GRAVEHEART, MICHELE ROMMEL, GABI MARIANO, MAURICIO AYALA, BIRUJOICE, MATEUS SOUZA, KUNOICHI CAROL, JOSE ESTEVA OLIVEIRA, FRANKLIN ALCANTARA e outros que defenderam sua opinião e não precisou tirar nada do que disse do contexto e disseram o que pensa, mesmo discordando de mim.

    O Objetivo do vídeo é esse, o diálogo, algo que falta hoje em dia na internet. O Vídeo Quest tem esse objetivo. Ouvir vocês, conversar, dialogar, não cagar nossas opiniões e esperar que vocês concordem. Acho que esse pensamento está tão enraizado na mente de alguns, que ao verem esse vídeo, já interpretaram errado o que falei. O que quis falar. Acho que as vezes falta o pessoal respirar um pouco mais fundo e ouvir realmente o que as pessoas estão falando.

    Novamente agradeço os comentários e é isso o que pretendo fazer nos vídeos, trazer a conversa. Não é porque temos opiniões diferentes que somos automaticamente inimigos. Eu respeito a opinião de todos e espero receber o mesmo de volta. É o mínimo.

    Espero que eu tenha abordado a maioria das opiniões de todos e se precisar, respondo novamente. Grande abraço a todos e vamos ter mais paciência galera. A vida é mais complicada que isso.

  7. Acho esta discussão importante porque ambos os lados, tanto a editora como os leitores, tem bons argumentos para serem levados em consideração.

    Para mim, algumas escolhas da adaptação fazem sentido (se o império é baseado na cultura chinesa, deixar os nomes em chinês tem mais coerência do que deixar em japonês, por exemplo), porém, talvez a editora não tenha levado tanto em consideração que muitos, se não a grande maioria dos leitores, já conhecia a obra graças ao sucesso do anime. Para alguém cujo primeiro contato foi o mangá traduzido pela JBC isso talvez não vá fazer tanta diferença, mas para quem já estava acostumado com os nomes utilizados no anime (e que também são utilizados em outras traduções ou em discussões na internet), é algo bem gritante sim.

    Acho que a JBC acertou por exemplo, ao manter os nomes originais em Sailor Moon e na nova edição de Guerreiras Mágicas, porque nesses casos a versão brasileira do anime seguiu a americana, que alterou completamente os nomes originais com a desculpa de que o público não iria se identificar com os nomes japoneses. Mas no caso de Magi, como tanto os nomes em chinês como em japonês estão corretos, talvez a JBC devesse ter dado preferência ao que foi utilizado no anime priorizando a familiaridade que os fans possuíam, justamente por se tratar de uma obra que já tinha uma base de fans razoável.

    Mas o que considero praticamente uma gafe foi a alteração do apelido de uma das personagens CENTRAIS de “Mor” para “Gigi” em função da sonoridade (??) a explicação de como “Sindria” virou “Shindobaddo” também não me convenceu…

    Eu pessoalmente gosto do trabalho de tradução da JBC e não costumo ver muitas críticas nesse quesito, então considero o que aconteceu com Magi como um caso isolado causado talvez pela falta de um maior diálogo para com os leitores. Talvez a JBC devesse ter feito enquetes ou promovido discussões sobre o tema, quem sabe ter feito uma matéria sobre a intenção de utilizar a versão chinesa dos nomes, a adaptação dos apelidos e observar a reação dos fans antes de tomar a decisão final?

    Enfim, espero que tudo isso sirva de experiência para a JBC e que eles consigam lidar com esse tipo de questão de uma forma melhor no futuro.

  8. Acho que eu poderia fazer um texto enorme pra dizer porque deveria se manter os nome originais mas só vou dizer que, JBC foi burra. Trouxe Magi porque tinha pedidos, e pedidos de quem obviamente lê e assistiu. Claro que eu e muita gente vamos preferir o que estamos acostumados. Não era mais fácil manter o “original”? Como se alguém fosse realmente ficar incomodado de estar em japonês em um mangá japonês né pfvr.

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