Outubro/2013: Resumo das Estreias, Parte 2 – Coppelion, Golden Time, Nagi no Asukara e Outros

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Depois de Kyoukai no Kanata e KILL LA KILL, chegou a hora de Coppelion, Golden Time, Nagi no Asukara e muito mais! na segunda parte do compilado da temporada.

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Coppelion
GoHands, 1-cour

Episódio: 78/100
Potencial: Médio

Um dos animes mais esperados da temporada, Coppelion entregou em seu Primeiro Episódio material suficiente para o espectador ficar de olho, mas esteve longe de ter algum impacto maior – mal comparando, o começo de HighSchool of the Dead já fornece todos os componentes necessários para acender o sinal do hype.

A apresentação das três protagonistas com roupas escolares – incluindo uma mais falastrona que soa totalmente fora de contexto aqui – nem interessa tanto: o charme é a Tokyo pós-apocalíptica, pós-desastre nuclear [tanto que por conta do acidente real em Fukushima o primeiro projeto de animação baseado no manga foi cancelado ainda na produção para ser reboot-ado na forma atual que acaba sendo mais um adiamento que propriamente censura] desenhada com os melhores cenários em anime desde Aku no Hana – dependendo da opinião acerca de certos elementos estilísticos, Kyoukai no Kanata também é superior.

O cenário é lindo e somente passear com ele no papel destas protagonistas de filme de terror é o suficiente por enquanto; e a adição quase na medida do plano de fundo através dos militares/diretores de escola também é bacana. Claro que estamos no Primeiro Episódio, mas o mistério, o potencial que a obra contém é o atrativo de Coppelion até aqui, porque o resultado prático até o momento não passou muito do mediano, sequência de ação com cachorro [duplo sentido!] a parte.

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Dito isso, como não reclamar desses filtros? Jesus, Maria, José!

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Golden Time
J.C.STAFF, 2-cour/24~26 episódios

Episódio: 75/100
Potencial: Médio

O Guardian Enzo tem um ponto quando diz que Golden Time, adaptação de uma série de Light Novel da mesma autora do clássico ToraDora!, parece um noitaminA das antigas, daqueles tempos simples na forma e mais propensos a um romance universitário.

Mas os personagens mais velhos são mais forma que conteúdo, e a inocência reina neste anime em que a protagonista, Kaga Koko [e as piadinhas?], é a namorada do mais novo amigo do protagonista sem que qualquer carga desse relacionamento jamais afetar a paleta colorida e simples presente nessa animação de baixo orçamento [ainda assim, feita de uma forma simpática]. A história poderia se passar tranquilamente no Ensino Médio, até por depender mais do carisma dos personagens que outra coisa: e sim, Koko e Banri formam um casal fofo… e só.

A abertura entrega o final de uma jornada com certo potencial que não foi entregue aqui por uma Chiaki Kon que não atrapalha, mas traduz o storyboard para a tela de uma forma burocrática. Um final de episódio que poderia ter sido eletrizante resultou em uma pilha de acontecimentos que não importaram muito. Corte para o encerramento com mais uma boa música da Yui “Hocchan” Horie, grande dubladora da velha guarda. Entre Little Busters! e Golden Time, fica a raiva do J.C.STAFF por parte de muitos não por produzir os piores animes do mundo, mas sim por às vezes desperdiçar potencial à toa.

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Nagi no Asukara
P.A.WORKS, 2-cour/26 episódios

Episódio: 78/100
Potencial: Médio

P.A.WORKS x Mari Okada x Buriki: um encontro de nomes conhecidos por dividir opiniões no fandom, Nagi no Asukara consegue entregar um Primeiro Episódio bem gostoso de assistir mas que não deixa de evitar um sentimento estranho sobre o que irá acontecer ao longo de seu meio ano de duração.

Neste original do P.A.WORKS [o quinto na história da companhia e o terceiro em uma linha mais focada em um drama de personagem embelezado em um verniz de arte que reforça demais a artificialidade de tudo ali] conhecemos um mundo submarino do qual a humanidade neste universo alternativo se originou; e pelo menos para o quarteto de protagonistas, esse está desabando.

Assim temos a mudança de escola que simboliza o começo do lento desenvolvimento desse grupo – e a introdução a tudo isso simplesmente funciona. Amem ou odeiem a Mari Okada, ela conseguiu entregar um episódio que apesar dos eventuais pesares foi interessante de assistir. Não é a toa que tivemos em geral uma reação positiva mesmo com uma das protagonistas passando metade do episódio com o joelho transformado em peixe. Foi estúpido, gerou drama desnecessário, mas relevamos por conta do potencial apresentado aqui. Que seja uma chance para Okada surpreender e entregar por conta uma história estruturada e mais calma no drama, afinal muitos estarão de olho em Nagi no Asukara.

Enredo a parte, o mundo lindo apresentado pelo estúdio de animação não casa muito bem com o estilo de desenho do autor [aliás, aqui podado da sexualidade tão típica de seu traço] – os personagens ficaram estranhos a ponto de ser preferível um traço mais genérico, do character designer da esquina. Noizi Ito [Another] e Mel Kishida [Hanasaku Iroha] se encaixaram bem melhor nesse jeito P.A. de ser; uma pena.

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Outbreak Company
feel., 1-cour

Episódio: 50/100
Potencial: Zero

Um otaku cuja maior qualidade é ser gente boa acaba indo parar em um universo de fantasia de anime [sim, de Zero no Tsukaima para cá a Idade Média foi apresentada de uma forma cada vez mais peculiar na animação japonesa], com direito a monstro falante, empregada com aquele uniforme e princesa tsundere logo no Primeiro Episódio. E só.

Típico tapa-buraco que a cada momento lembra dezenas de outros animes similares que contaram a mesma história de uma maneira melhor ou ao menos com alguma característica digna de nota, mais uma nota de rodapé na temporada como um todo.

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Strike the Blood
SILVER LINK., indefinido

Episódio: 50/100
Potencial: Baixo

Resposta curta: genérico.

Resposta longa: Do mesmo autor de Asura Cryin’ e Dantalian no Shoka surge mais uma Light Novel cuja história consiste em parear um casal para lutarem contra forças ocultas, maiores do que eles. Calcinha Romance, escola, ação, todo o pacote está presente aqui, apresentado de uma forma que ninguém se importa. A série requenta conceitos já explorados infinitas vezes com mais carisma, ou melhor construção de mundo, ou com animação mais afiada [etc., etc..] e só adiciona um dos nomes mais esquisitamente estilosos já vistos em um anime. Nessa temporada mesmo você tem Kyoukai no Kanata oferecendo uma mistura parecida e muito mais empolgante, por que escolher Strike the Blood?

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Yuusha ni Narenakatta Ore wa Shibushibu Shuushoku o Ketsuishimashita
Asread, 1-cour

Episódio: 45/100
Potencial: Zero

YuuShibu é o mais novo exemplar da moda do heroi/yuusha do mundo de fantasia que acaba caindo de paraquedas em mais um anime de comédia romântica em que o jovem trabalhador é o novo estudante colegial (fazendo um parêntese, interesse notar que o envelhecimento do fandom tem como consequência o foco presente aqui e nos sucessos Working! e Hataraku Maou-sama). E claro que não poderia faltar um temperinho.

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O ruim é que o esforço do bom character designer e diretor de animação Tetsuya Takeuchi se perde em um roteiro totalmente batido e posteriormente maltratado por uma direção que mastiga cada linha do roteiro e prolonga desnecessariamente os pontos “importantes” por pura incompetência – inclusive em mostrar o que interessa. Tanta firula para no fim o espectador voltar a High School DxD, To Love Ru Darkness e outros dispostos a entregar o pacote completo da perversidade. Fuja.

Continua na Parte 3…

…mas você já leu a Primeira, né?

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Depois de Kyoukai no Kanata e KILL LA KILL, chegou […]

22 thoughts on “Outubro/2013: Resumo das Estreias, Parte 2 – Coppelion, Golden Time, Nagi no Asukara e Outros”

  1. Temporada de outono bem mediana. Nenhum anime com primeiro episódio espetacular, ou coisa assim, mas ótimos passa-tempo. Por enquanto, meu preferido é Nagi no Asukara.
    O jeito é ficar com as continuações de Magi e Kuroko.

  2. Caramba, quanto ódio por Outbreak Company ‘-‘
    Eu me diverti bastante nesse primeiro episódio, e acho que vai ser uma das minhas comédias pra morrer de rir nessa temporada!

    E sobre o mundo medieval, eu questiono:
    Quem disse que tem que seguir qualquer lógica do mundo real?
    De cara já apresentaram aquele mundo como encontrado através de um portal de terceira dimensão, eu acho errado cobrar “representação adequada com a realidade” de um anime que tá propondo, justamente, um mundo novo.

    A quem se sentiu de alguma forma atraído pelo anime, aconselho a dar uma chance.
    No mais, é a sua opinião Qwerty, mas fala que você nunca quis ter um jardineiro Homem-Lagarto-Falante. -tá parei. HUASUAHS

    1. Falei “fantasia de anime” no sentido de animes no estilo Zero no Tsukaima, que são fantasias medievais com diversos clichês já cristalizados a respeito – tanto que reforcei na resenha o fato de diversos clichês de cara sem nada que realmente me interessasse.

      1. Entendo que você não gostou. Zero no Tsukaima parece mesmo ser feito pra um público mais novo, porque resolve as coisas de uma forma muito simples e evita muitas reflexões, aí quem já é mais maduro acaba se decepcionando com a falta de “profundidade”. Mas mesmo eu não tendo continuado, aquele episódio 12 de Zero no Tsukaima me deu um sentimento bom!

        Eeenfim, eu vejo em Outbreak Company potencial pra explorar algumas questões interessantes, principalmente se você pensar que a proposta da Outbreak Company é apresentar o entretenimento otaku (animes e mangás) pra esse mundo que nunca viu isso antes! É esperar pra ver, eu sei que no mínimo vou dar umas boas risadas! xD

      2. Clichês? Zero no Tsukaima é revolução do gênero em light novel. Vai muito além de fantasia.

  3. Nagi no Asukara me deixou pensativo. Sério… Esqueci todos os nomes. Mas a garotinha fofinha moe e o romance que ela vai gerar me deixou preso. O.O Um mundo belissimo, um toque de preconceito, um protagonista clichê e irritadinho (ao qual por enquanto quero que ganhe no romance). Sei lá, não sei mesmo, simplesmente gostei.

    Coppelion me deixou intrigado também. Bem a maioria dai eu ainda vou deixar rolar mais dois ep. Menos o Strike.

  4. Não achei nada espetacular nessa temporada, mas acabarei assistindo tudo na medida do possível, mais mesmo pelo vício de assistir muita coisa.

    Confesso que dei umas risadas com Kill la Kill, principalmente pelos Uniformes Goku e suas estrelas, e Kyoukai no Kanata me deixou relativamente ansioso pelo próximo episódio. O resto? Espero me surpreender como na passada, onde alguns que eu não botava nenhuma fé(Love Lab) me tirou boas risadas.

  5. Vou trapacear um pouco e copiar um comentário sobre Coppelion que fiz em outro site e colar aqui. Não sei se vale, mas lá eu disse tudo que tinha para dizer, hehe.

    Aqui vai, comentário sobre o primeiro episódio e expectativas de Coppelion.

    Esse é, dos animes que assisti (Kill la Kill; Kyoukai no Kanata; Kyousougiga e Coppelion), o que mais tenho ressalvas. Teve um primeiro episódio morno, mas até que tem -bastante- potencial. Os cenários com certeza se sobressaem. O trabalho com luz (no cenário, só no cenário) ficou incrível, dando até um aspecto de pintura para cada paisagem. O ritmo também é bom (ou pelo menos a intenção é boa, mas falo disso mais a frente), criando uma atmosfera de verdadeira desolação. E a escolha de em muitos momentos, não colocar nada como trilha sonora, ajuda muito com isso e se prova uma decisão inteligente. O enredo também tem pontos bastante interessantes, principalmente com as claras questões que que serão abordadas no decorrer da série. Como a dúvida das personagens sobre suas vidas seguirem ou não um caminho determinista e também como as questões sobre radioatividade que provavelmente vai ter muita relação com o tema que está realmente em pauta no Japão, hoje. Ok, até agora muito legal, mas a experiência de assistir nem foi tão boa assim. Começando com o fato das garotas não só serem colegiais, como andarem vestidas como tal. Não há qualquer lógica estética nisso, é quase como um constante ruído na visão de qualquer ser pensante, ver meninas de uniforme colegial naquele mundo. Além do mais, a caracterização é muito fraca, principalmente se for comparar com a composição dos cenários. As personagens não têm bunda, são deformadas. E nisso entram os ângulos de câmera mais “ousados”, que tentam acrescentar uma certa sexualização a algumas cenas e só fazem parecer que alguém errou feio na hora de desenhar a força especial de meninas adolescentes que saíram da escolinha. Mas isso é só o começo. A animação é muito travada. O estúdio claramente quis fazer algo que fosse muito bem animado, mas não conseguiu. Não existe qualquer fluidez nos movimentos das personagens, que, inclusive, se mexem de mais. Mesmo quando uma das garotas está falando calmamente sobre algo, ela está gesticulando e fazendo movimento bruscos que não têm qualquer lógica visual, parecendo que está sendo interpretada por uma atriz muito ruim. E a combinação desses dois fatores interferem tanto no ritmo, que tinha uma ideia boa, a ponto de estragar com a atmosfera criada por ele. Aliás, a animação é tão travada que até o lip sync, em alguns momentos, é falho. Vale também um breve comentário de que uma das personagens do grupo Coppelion é bastante irritante, mas acredito que isso pode ser muito bem abordado, não só com o desenvolvimento dos personagens, como também com as questões abordadas pela trama. E por fim, o primeiro episódio de Coppelion tem uma falha que foi cometida também pela outra série do GoHands Studio, K. Logo no início da série, eles tentam dar relevância de mais e tentam até criar um cliffhanger com algo que simplesmente não foi apresentado ao espectador. Nesse caso, eles fazem toda uma dramatização no fim do episódio, chamando a atenção de todo mundo (literalmente) para o que causou tudo aquilo. O problema é: eu não sei o que é “tudo aquilo”, eu não sei o que aconteceu com o mundo e eu não sei qual a situação de qualquer outro lugar se não da cidade fantasma em que se passa a série.

    Mas em geral, apesar dessas ressalvas, vi bastante potencial. Principalmente por causa das reflexões. Vou acompanhar com bastante esperança.

    Aliás, Qwerty, vai comentar sobre Kyousougiga já, ou vai esperar pelo primeiro episódio, de fato. Porque o dessa semana foi só um especial.

    1. Bela resenha, adicionou diversos pontos que fazem sentido – e lembrando que Coppelion não só é do mesmo estúdio de K e Mardock Scramble quanto as pessoas envolvidas em parte são as mesmas.

  6. Eu adorei os filtros de Coppelion, junto com a estilização das personagens em relação ao cenários, ficou muito bonito =P

    1. Saudações

      Realmente gostei muito do visual de Coppelion.
      Deveras admirável, apesar da reclamação de muitas pessoas sobre as famigeradas bordas e tal…

      Para mim, ficou tudo combinando harmoniosamente.

      Até mais!

  7. Strike The Blood, me deu mais emoção que Kyoukai No Kanata, por enquanto achei ele a melhor estreia,ao lado de Nagi No Asakura,Outbreak Company achei legal esse vai me tirar muitas risadas, com certeza acompanhei a historia pode ser repetida, mais achei original, a parte que ele é um Otaku e tem que espalhar,isso no Mundo…

    Yuusha é para aqueles,que estão atrás de comedia e Echhi ,me lembrou hagure yuusha no estetica e Maou-Sama, acompanhei também Golden Time=Drop.Concordo com você, em notas e opiniões sobre Coppelion e Nagi No Asakura, o resto tenho opinião diferente… esperando a parte 3.

  8. Não sou fã do gênero romance, mas confesso que Nagi no Asukara me surpreendeu, a P.A certamente possui a melhor animação dessa temporada, esse é um anime que eu só assistiria pelos cenários e trilha sonora, e que trilha sonora, a composição da série em um todo agradou muito, tirando os personagens que ainda não se mostraram muito cativantes, mas pela premissa mostrada pode rolar um bom conteúdo dramático.

  9. Saudações

    Este início de temporada me espantou positivamente, devo aqui confessar…

    Coppelion, Golden Time e Nagi no Asuka foram muito bons ao meu ver.
    Strike the Blood assisti ao acaso no Crunchyroll, e ele cheira mesmo a material genérico a longa distância. Ainda assim, gostei do episódio inicial…

    Até mais!

  10. Então bora lá

    Eu estava com pé atrás de Golden Time, da mesma autora do famoso light novel Toradora. E realmente me impressionou como a história vai te envolvendo no enredo que começa a ganhar ares dramáticos.

    Quanto a Strike the Blood é certamente um dos melhores animes deste 2° semestre. O enredo cercando vampiros entre outros seres sempre é deixar com pulga atrás da orelha. Mas, o anime vai superando e bem as expectativas. O light novel já é um sucesso no Japão e não esperava outra coisa.

    Portanto, discordo totalmente de seu ponto de vista.

  11. Coppelion é um ótimo anime gostei bastante.
    Nagi no Asukara é bom mas não é um dos que eu mais amo(mas continua sendo ótimo também kk).
    Outbreak Company nossa! oque falar desse anime! eu realmente amei ele,e como citaram lembra mesmo dezenas de outros animes…esse anime é demais recomendo ele! .
    Strike the Blood é um ótimo anime e está se desenvolvendo bem com o decorrer dos episódios,achei as lutas muito bacanas também,eu recomendo esse anime também vocês não vão se arrepender! .
    Quanto a Yuusha ni Narenakatta Ore wa Shibushibu Shuushoku o Ketsuishimashita(que nome grande em!kk) esse eu não tive tempo de assistir vou dar uma olhada depois eu comento sobre oque eu achei 🙂 mas pelo que eu vi é comédia romântica então deve ser bom rsrs!

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