Carta de Intenções

Claro que começar um novo blog que indica uma nova fase em minha passagem – que já pode ter sido esquecida enquanto está lendo isso – com esse tipo de post já demonstra a falta de humildade inerente a proposta.

Sinceramente, para deixar de simplesmente assistir anime e no máximo comentar com os amigos [ou anonimamente, afinal até no Brasil a cultura chan está presente] e ao menos querer discutir na internet a ponto de se preocupar no mínimo com um avatar, você quer algo a mais, desde novos contatos que tenham essa característica em comum até mesmo aumentar seu ego.

E em tempos de Tumblr, Twitter e outros, ter um blog – e se preocupar com ele – demonstra que você quer algo a mais que a simples diversão de entreter-se com sua obra favorita. Ego, vontade de influenciar um pouco os outros, treinar a escrita, enfim, existem vários e diversos motivos que induzem à criação de mais este espaço feito para falar de anime.

Sim, anime – em minha concepção, toda e qualquer animação feita no Japão [há controvérsias, com gente boa defendendo que há um “estilo anime” que pode ser feito em qualquer lugar do mundo]. Portanto, podemos quebrar o conceito e também falarmos tanto de animações surgidas em outras partes do mundo quanto de outros aspectos da cultura pop japonesa, especialmente audiovisuais como tokusatsu e drama. Mas com tantos blogs por aí, porque ler o Nahel Argama?

Porque pretendemos ter conteúdo que prime pela qualidade, e que ao tratar o mais leve dos temas [como no primeiro post de verdade, que simplesmente escolhe dez boas aberturas lançadas em 2011] tenha um texto claro, bem-escrito e preciso, um bom conhecimento sobre o que está sendo falado e uma linha de raciocínio que acrescente ao leitor. Vale o negrito porque em última análise são os pilares do conceito deste blog que pretende aliar forma e conteúdo da maneira mais eficiente para virar mais uma referência na área.

Claro que para isso teremos como efeito colateral os haters: afinal, entre todo o espectro de reação que algo pode ter, os sentimentos mais fáceis de catalogar são amor e ódio. Ainda mais que não fugiremos de eventuais polêmicas somente para sermos políticos e bons moços, afinal quem começa na hipocrisia começa muito errado – mas óbvio que o bom senso e a razão sempre devem estar presentes e argumentos [e não ofensas] tem de ser o fio condutor de qualquer artigo.

E tem que ser assim por conta de mesmo sendo um espaço construído por amadores, o profissionalismo ser a alma do negócio entre a relação entre este blog e seu leitor. E aqui não entendo ser profissional no sentido de tentar ganhar algum troco aqui, mas sim de tratar você com o respeito que merece – e os itens acima são pensados justamente com esse intuito.

Repito, não faz sentido alguém ter um blog e gastar um bom tempo escrevendo nele se não almeja ao menos um padrão de qualidade; há ferramentas mais simples para surtos, devaneios e/ou considerações rápidas se quiser realmente fazer-se ouvir na internet e o Bloco de Notas é seu amigo se apenas quer deixar os dedos soltarem sua imaginação.

Mas o objetivo aqui é fazer uma produção que honre o Nahel Argama, cujo nome vem da grande espaçonave que abriga os protagonistas de Gundam ZZ e Unicorn. Esta é o porto para o qual os protagonistas [ao menos em ZZ] voltam após suas longas e cansativas batalhas em busca de segurança – e metaforicamente é o sentimento que busco atingir aqui: qualidade com solidez e embasamento para crescer juntamente com uma blogosfera de anime em ascensão. Termino aqui com algo que simboliza o que espero causar em você, leitor. Volte sempre. Estaremos esperando.

Nahel Argama como vista em Gundam Unicorn