Teoria Da Personalidade Sanguínea

Yo!

Mais uma reciclada. Desta vez, um texto que muita gente gostou, talvez mais pela informação, meu texto tá meio furado!

Ele surgiu em uma lista de discussão. Alguém falou que os japoneses tinham um interesse bizarro em tipos sanguineos, e eu, que estudava isso naquela época (com aplicação pra criação de personagem, sou cético, mas não sou cientista), tentei explicar o motivo.

Esse texto foi usado posteriormente no site da AnimePro, na revista Neo Tokyo numero 1 e, uma busca no Google me fez perceber que também foi repostado em vários fóruns e blogs, alguns creditando, outros não, alguns até roubando a autoria. Agradeço o interesse de todos, e realmente fiquei feliz em ver que o material repercutiu.

Essa versão está atualizada. A primeira, foi feita em cima de conhecimento pessoal e continham ERROS(corrijam, pessoal que copiou o original) que pretendo arrumar aqui.

Não tenho a data do original, mas a Neo Tokyo comecou em 2006, o que me leva a crer que o texto original é de 2005 ou antes.

Ah, e em japonês, o termo é Ketsueki Gata Seikaku Bunrui, separação de personalidades por tipo sanguineo. O termo Ketsueki Gata URANAI é para quando se atribui isso às previsões do futuro. Uranai significa adivinhação.

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Yo!

Muitos ocidentais acham estranho as fichas de personagens de desenhos japoneses, que muitas vezes incluem o tipo sanguíneo. Mas saiba desde o começo desse texto, que isso não é por simples perfeccionismo oriental. Para os japoneses, o tipo sangüíneo pode ser muito importante.

Por exemplo, quando você se apresenta pra uma pessoa no Brasil, você diz seu nome, idade, time de futebol, etc. São coisas que nossa sociedade acredita ser de importância do indivíduo e muitas vezes, o inicio de um longo papo. No Japão costuma se dizer o tipo sangüíneo e perguntar o dos outros, na maior normalidade.

Qual é a grande importância no tipo sangüíneo?

Agua do Cha Não, os japoneses não estão em busca de doadores. Na verdade, isso tem base em teorias criadas já em 1916, por Takeji Furukawa, da Universidade Ocha no Mizu (hoje conhecida por suas pesquisas em mecatrônica e robótica, e deu nome ao cientista de Astroboy), do Japão, pesquisador da psicologia humana e traços de personalidade, que ligava o tipo sangüíneo à forma que o cérebro funciona.

Sua teoria vinha de pesquisas sobre a Teoria dos Tipos de Humor, muito influente durante a idade média, e que creditava a fluidos do corpo o que a gente credita como personalidade. Furukawa buscou relações diretas com o tipo sanguineo.

(para os do tipo B: dúvido que ainda vai ler)

Basicamente, dizia que os diferentes tipos sangüíneos reagiam de formas diferentes a perguntas, cada um ativando uma parte especifica do cérebro, criando assim, reações especificas de cada grupo sangüíneo. Mas as experiências estavam mais em estatísticas.

Mais tarde, Furukawa viria a aprofundar suas teorias com base científica, na Universidade de Tokyo, saindo da psicologia teórica e buscando respostas em testes de sangue, eletrocardiogramas e na neurologia.

O governo japonês chegou a estudar o uso da pesquisa para dividir grupos e tarefas de soldados durante a Segunda Guerra Mundial, mas desistiu pelos custos e tempo que levaria para catalogar todos seus homens. Ainda na terra onde o sol nasce, empresas empregam a pesquisa no setor de Recursos Humanos, para selecionar pessoal, fato polêmico que divide as opiniôes.

Hoje, o mundo científico já descartou essa teoria, existindo testes diversos, negando a veracidade dela. Apesar disso, muitos ainda acreditam. Em Taiwan e na Coréia do Sul, eles tem a mesma idéia dos japoneses e na França já houve algo do tipo, alem de pesquisas próprias, que acabaram não interessando o povo francês. Mas todo o resto do mundo sequer tem interesse nessas teorias.

Tokudane! As pesquisas, estritamente cientificas no começo, logo caíram na graça popular. O “horóscopo sangüíneo” se difundiu no Japão, onde ele se popularizou a ponto de bater de frente com a astrologia, entre os carentes de um norte para suas vidas.

Esse tipo de “bidus” sangüíneos acabou saindo da definição de personalidade e indo pro mesmo terreno da astrologia de jornal: seu sangue decide como vai ser seu dia, que cor que vai te dar sorte, o que você deve comer… E é claro que se você encontra gente que acredita nisso assistindo TV, vai ter um em algum lugar mais próximo do que você imagina.

Pois saiba que muitos mangakás acreditam nisso! E não são alguns, são muitos mesmo. De todos os gêneros.

(para os do tipo B: ainda está ai?)

Byrnerine Isso tem seus méritos, e alguns autores, mesmo que não acreditem, usam as bases de personalidade para criação de personagens e pra manter sua interação. Isso realmente pode ser útil, pois estipula limites e possibilidades de cada personalidade.

Pessoalmente, acho que seria útil inclusive em um terreno como o dos quadrinhos americanos, onde vários autores usam o mesmo personagem durante os anos, com resultados variados, e muitas vezes, incoerentes.

Alias, esse é um dos pontos que a maioria dos amantes dos quadrinhos japoneses destaca como de fundamental importância na diferenciação com os quadrinhos de outras partes do mundo. Então, achando bobeira ou não, pode ser interessante entender isso pra criar, ou simplesmente pra ler com outros olhos.

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nota: Essas são BASES de personalidade, algo em que a vivência pessoal ainda não causou mudanças. Alguns fatores podem ser latentes, outros, mais aparentes, muito disso definido pela vida que levou e pelas pessoas que o cercam.

Normalmente, o tipo B é o que menos sofreria mudanças por causa do ambiente, teoricamente. Todos os outros tem uma tendência a se adequar à situação ou aceitá-la.

 

De acordo com a Teoria da Personalidade Sangüínea, os tipos sangüíneos se separam assim:

 

A, por favor A – É o tipo educado.

Organizado.

Gosta de ter seu espaço e não gosta de ver esse espaço invadido.

Não acredita que as outras pessoas não se importem com a desordem, por exemplo, de uma mesa durante o jantar.

É o que lava os pratos e guarda tudo, não por que tem que fazer isso, mas por que se não o fizer, fica com aquela sensação desagradável.

Quando conversa com alguém, sempre tenta passar uma boa impressão e fica pensando sempre no que os outros vão achar dele.

Gosta de agradar e é um bom anfitrião.

Mas respeite as regras da casa. E elas valem pra sempre. Até na sua casa.

O tipo A sabe o que é melhor pra todo mundo, mesmo quando ninguém aceita.

Não costuma passar seus sentimentos de forma direta.

Respeita todas as regras, mesmo sem saber por que.

Tudo deve ter uma razão, mesmo que todos desconheçam essa razão

Ao ser questionado, usa uma parte do cérebro que corresponde a formação de frases. Ou seja, está criando mais perguntas antes de responder a primeira.

Por exemplo, um entrevistado, ao começar as perguntas básicas, como nome e idade, já começou a usar sua parte especifica do cérebro. Ao fim da entrevista, perguntado sobre o que pensou no inicio, respondeu que ficou imaginando se as respostas já teriam importância no resultado, se o tom de voz implicaria em algo, etc.

Mais de quarenta por cento do povo japonês é do tipo A, o que explicaria até certas características da cultura japonesa.

Autores do tipo A.

  • Naoko Takeuchi (Sailor Moon)
  • Rumiko Takahashi (Ranma 1/2, InuYasha)
  • Takao Saito (Golgo 13)
  • Tatsuya Egawa (Golden Boy)
  • Masami Kurumada (Cavaleiros do Zodíaco)
  • Hideaki Anno e Yoshiyuki Sadamoto (Evangelion)
  • Osamu Tezuka (Buda, Astroboy)

Famosos do tipo A

  • Britney Spears
  • Meg Ryan
  • Adolph Hittler
  • Papa João Paulo II
  • George Harrison

Beleza tirar frame de bluray! O mangaká do tipo A costuma trabalhar bem o fanservice, como nas cenas de transformação de Sailor Moon. Agradar o leitor faz parte de ser um bom anfitriâo.

Também costuma fazer muitos personagens do tipo A, seu próprio universo. Pois sua casa é seu reino, e ele se sente mais confortável assim. Seus personagens são retratos de si mesmo ou de seus ideais.

Em contraparte, seus vilôes são sujos, escorias, pessoas sem escrúpulos. Exatamente a visão que eles tem de pessoas do tipo B.

Mas tem dificuldades em lidar com sentimentos, apesar de serem muito emotivos, quando se trata de emoções, tudo tende a ficar confuso, complexo, nada se resolve de forma fácil.

 

B, porra! B – É o caos. (para os do tipo B: aposto que pulou o A!)

Egoísta por natureza, mesmo que sem maldade ou intenção.

Gosta muito de si mesmo e de seu próprio ideal.

Se magoa fácil, muito fácil. E estoura, chora se possível, resmunga. Não guarda, sua mágua não volta pra casa.

Não se importa em viver em um ambiente desorganizado, principalmente por que acredita que essa é sua forma de ordem.

Mas em toda essa desordem e caos, está um líder sem igual.

Decidido, não muda de opinião e se esforça ao máximo, de todas as formas para conquistar seu ideal e se acreditar que algo é certo, vai defender isso à todo custo.

Apesar disso, é considerado um tipo difícil, por sua personalidade forte e inadaptável.

Seu jeito direto e decidido pode ser um charme, mas em geral, o tipo B não costuma se interessar em sentimentos e se enjoa rápido.

Se apaixona em um dia, mas se conseguir, esfria. Se não conseguir e demorar, esfria.

Não liga para regras. Não liga para listas. Provavelmente, acha tudo isso aqui uma bobagem.

Acredita-se que ao ter um pensamento próprio, o tipo B usa uma parte do cérebro que libera adrenalina, ou seja, acaba se embriagando de si mesmo.

Em entrevistas, o tipo B se mostrou bem sincero, respondendo rápido e claramente as perguntas, sem nem pensar o por que ou o quê pensam sobre ele. Muitas vezes, muda para um assunto de seu interesse. E antes do fim, por mais curto que seja, já perdeu o interesse e quer fazer outra coisa.

Autores do tipo B.

  • Gosho Aoyama (Detective Conan),
  • Masami Yuki (Patlabor),
  • Yoshito Usui (Crayon Shin-chan),
  • Leiji Matsumoto (Yamato – Patrulha Estelar),
  • Ken Akamatsu (Love Hina)
  • Hiroshi Gamou aka Oba Tsugumi (Luckyman, Death Note, Bakuman)

Famosos do tipo B

  • Michael Jackson
  • Clint Eastwood
  • Akira Kurosawa
  • Mao Tse Tung
  • Isaac Asimov

Mangakás do tipo B costumam fazer estilos variados, quase nunca repetindo o tipo de história, de uma série pra outra. Mesmo dentro de um estilo, tenta desconstruir ou fazer diferente.

imagem reciclada do post passado O ritmo nas historias é muito próprio nos mangás do tipo B. O sentimento não é exatamente o ponto focal das tramas e em geral, nunca há um mal absoluto, ou um grande rival.

Podemos ver isso em Conan, onde a historia se dispersa em mistérios sem ligação à trama principal, com Conan, protegendo sua namorada, sim, mas visivelmente mais interessado em revolver os casos.

Leiji Matsumoto ainda é bem claro em entrevista, dizendo que gosta de maquinas, a ponto de se chamar de otaku de maquinas, então, suas historias costumam fugir da trama pra fazer o que ele quer, que é desenhar maquinas.

Love Hina também se dispersa bastante e apesar de seu foco de mangá de relacionamentos, uma analise mais fria do mangá mostra que Akamatsu se concentra mais em situações do que nos sentimentos dos personagens.

 

A...B... AB AB – É o indefinível.

 

Está sempre flutuando, disperso. Sempre um pouco deslocado da roda, mesmo prestando atenção.

Mistura características dos tipos A e B, pois usa tanto a parte do cérebro destinada ao tipo A, quanto a destinada ao tipo B, mas nunca simultaneamente e nem com controle disso.

Por isso pode fazer coisas que, para os outros, pode parecer sem sentido, simplesmente porque mudou a área que usa do cérebro.

Mas pelo contrario, pode ser muito adaptável às situações, por que seu cérebro está sempre cem por cento ativo e incansável.

Costuma ter idéias e fazer coisas que as outras pessoas nem imaginam.

Seu senso de humor é único. Por isso, muitas vezes, ri sozinho.

É a personalidade mais completa, mas ao mesmo tempo, mais confusa.

O tipo AB costuma parecer sempre sorridente. Mantendo aparências.

Costuma cortar de sua área de interesses todo mundo que a magoa, pra sempre.

Mas é compreensívo. Entende todo mundo, aceita todo mundo, por que pode pensar da mesma forma.

São sensíveis e carinhosos, porém, muitas vezes, escondem. Nunca vão se mostrar abalados, nunca vão chorar, dar o braço a torcer. Não na frente de alguém.

Se distancia de provas de força. Ainda mais quando sabem que vão perder.

Não arriscam. Jogam pra vencer ou não jogam. Quando não é pra valer, deixam CLARO que não é pra valer, ainda mais se perderem. Detesta perder.

Racionais, apesar de seu calcanhar de aquiles ser seu emocional.

Direciona toda sua vida a um modo pessoal de viver, tentando ao máximo ser diferente. E em geral, é. Diferente de todos, em todos os aspectos. No mínimo estranho.

Em entrevista, o tipo AB se mostrou disperso. Uma pergunta podia culminar numa longa resposta, muito provavelmente saindo do assunto. Também mostrou que não costuma dar respostas óbvias, muitas vezes saindo com idéias criativas, por predileção.

Autores do tipo AB.

  • Shotaro Ishinomori (Cyborg 009)
  • Mitsuru Adachi (Touch, H2)
  • Riyoko Ikeda (Rosa de Versailes)
  • Yoshiyuki Tomino (Gundam)
  • Monkey Punch (Lupin 3rd)
  • Takeshi Obata (Death Note)

Famosos do tipo AB

  • Jackie Chan
  • Marilyn Monroe
  • Thomas Edison
  • Jesus Cristo (de acordo com o Santo Sudário, apesar de controverso)
  • John F Kennedy

Os mangás do tipo AB costumam dar espaço para os mais variados tipos de personagens, sem ofuscar nenhum.

009 e os representantes da Copa do mundo! Também dá muito valor aos povos diversos, como a equipe internacional de Cyborg 009, liderada por um japonês, mas sem tirar a importância de personagens russos, franceses, africanos; ou um Rosa de Versailes, passado na Franca…

Tem uma definição ambígua do mal. Enquanto o tipo A costuma fazer os malvados como tipos sujos, que fazem tudo de forma destrutiva; e o tipo O faz malvados que não escolhem meios para chegar ao seu objetivo, o tipo AB é o que faz vilões com algum carisma, como Char.

Também não podemos esquecer que o AB tem idéias que os outros não costumam ter, sejam elas geniais ou simplesmente estranhas.

São poucos os mangakás do tipo AB, talvez também por estatística, mas a maioria costuma se destacar.

 

Ó, vei! ó! O – É o coringa.

Sociável, bom papo. Centro das atenções em uma roda.

Aliás, sempre precisa ser o centro das atenções. Sempre.

Porém, lento pra se mexer, agir. Talvez esperando convenientemente por alguém que faça antes.

Tem dificuldades em escolher qualquer coisa e é dependente por natureza.

Costuma ter uma vitalidade invejável.

E após definir um objetivo, não retrai.

Mostra seus sentimentos de forma direta.

Sabe se aproveitar do que tem e fica bem nas sombras dos outros, quando precisa. Mas muitas vezes é apontado pra líder, por sua boa atuação social. É o líder popular, mesmo que não atuante.

Como muitas vezes aceita o que lhe mandam, parece fútil. Mas decidido, não retrai até conseguir o que quer.

Sua personalidade não é muito visível a primeira vista, por que em geral costuma se adaptar às pessoas próximas.

É detalhista, enxerga onde ninguém mais vê.

Tem veneno na língua, que sai mesmo sem saber, sem querer. E muitas vezes, isso passa despercebido, porque as pessoas perdoam pela boa impressão que costumam ter.

Tem aversão por testes de inteligência, não por ser burro. Mas por não querer parecer um. Não quer ser provado.

Faz amizades com facilidade e tenta manter todos por perto.

Problemas ficam na cama. Acordou, já passou!

Em entrevista, demorou para responder mas é muito objetivo. Pensa pra falar.

No Brasil, a maior parte do povo é do tipo O. Social, dependência, vitalidade e a língua venenosa. Até o “jeitinho brasileiro” tá lá. Sabe aproveitar o que tem.

Autores do tipo O.

  • Hayao Miyazaki (A Viagem de Chihiro)
  • Suzue Miuchi (Garasu no Kamen)
  • Tsukasa Hojo (City Hunter)
  • Tetsuya Chiba (Ashita no Joe)
  • Go Nagai (Mazinger Z, Devilman)
  • Fujiko F Fujiyo (Doraemon)
  • Mamoru Oshii (Ghost in The Shell)

Famosos do tipo O

  • Johnny Depp
  • Elvis Presley
  • Charlie Chaplin
  • John Lennon
  • Benito Mussolini

O mangá do tipo O é o que mais se adapta ao lema da Shonen Jump. Esforço, amizade, vitoria. São mangás onde a energia transborda em todas as paginas. Os personagens são definidos e tem sentimentos claros. A historia segue linear e definida, a um objetivo. E esse objetivo é alcançado.

Toca aqui! Peitinho! Tsukasa Hojo é talvez o maior exemplo, com historias bem definidas, personagens certos de seus objetivos e vitalidade sempre na dose máxima.

Os vilões do tipo O não escolhem os meios para alcançar seus objetivos. Como podemos ver nos filmes de Miyazaki, como Laputa e Mononoke Hime.

Os protagonistas do tipo O são os típicos heróis de shonen. Goku, de Dragon Ball, por exemplo. Alegres, decididos, prontos pra aparecer e sempre se esforçam pra ser o centro das atenções.

(para os do tipo B: Pulou de novo, né?)

 

Para aprofundar, existe uma tabela de relação entre tipos sangüíneos. Ajuda a resolver relações entre os personagens. Não somente amorosas, mas de amizade ou de trabalho.

Você pode usar isso pra definir qual será o nível de tensão em uma discussão entre dois personagens, ou pra notar em uma leitura, a reação dos personagens. Por exemplo, em Evangelion, Misato, uma das poucas B, é a única que discute. A maior parte dos personagens é A e por isso, mesmo em conversas tensas, eles mantêm a calma. Só a perdem quando seu terreno é invadido, sua paz é perturbada, como no primeiro capítulo, com Shinji e Gendo.

Lembrando: usando com imaginação, você não precisa seguir a risca.

A X B, B X A

O tipo A detesta a personalidade destrutiva e irresponsável do B.

O tipo B detesta gente certinha e sem malícia.

A X AB, B X AB, O X AB

Depende da situação e da tendência do AB. Mas tem os tipos que dão certo com todo mundo e o contrário. Mas o AB costuma manter-se simpático em um primeiro momento, mas racional demais a longo prazo.

O X A, O X AB, O X B

O tipo O se dá bem com qualquer um, por que é sempre positivo e animador, e gosta de se adaptar às necessidades dos outros.

A X A

Se dão que é uma beleza. Se deixar, fica um elogiando o outro o dia todo. Dificilmente alguém levanta a voz, mesmo em discussôes, que terminam no tapa de luva de pelíca.

B X B

Não se bicam. Personalidades muito fortes sempre se atritam. É onde saem as brigas por nada e divergências mesmo quando concordam.

AB X AB

Nunca se sabe. Pode dar certo. Ou não. Depende do dia, da lua. Mas é certo que uma conversa pode claramente durar longas horas.

O X O

Pode dar certo, mas tem mais chance de dar errado. Não existem dois protagonistas quando um é O. É “O” protagonista. Alguém tem que ceder. Que seja o outro. Pode funcionar com uma certa distância de convivência, mas mesmo que não der certo, sempre serão bons amigos.

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Com isso, numa historia básica, teríamos…

O velho pai A que é calmo e tenta sempre botar juízo na cabeça do jovem herói B. O jovem herói B tem um grande motivo pra salvar o mundo: a menininha O que foi raptada pelo capanga AB do grande líder do mal B.

Só que a menininha O acaba ficando indecisa entre seu amor pelo herói B e o charme do vilão AB, que mesmo sendo do mau, sempre trata ela bem. E, afinal, os dois estão lutando pela atenção dela. Pra que resolver já?

Dai, quando o capanga AB é derrotado pelo herói B, ele acaba sendo convencido duramente de que está fazendo a coisa errada e… MUDA DE LADO! E acaba sendo a chave definitiva para derrotar o grande chefe B, já que o herói B não conseguiu pensar em outra forma de derrotar o vilão que não a sua, que acabou fracassando.

O mundo está salvo, mas é ai que o capanga AB… funda sua própria organização!

(para os do tipo B: Tá quase acabando, mas duvido você ir até o final)

 

Em formas mais compreensíveis, o Char, de Gundam, seria tipo AB. Ele muda de lado, é um as genial dos MS, muda de lado de novo, toma decisões e faz coisas que muita gente não compreende por quê. Ele não tem lado, e seu principal aliado é si mesmo. Ele também mostra ser bem simpático, sempre sorrindo e atencioso, como quando ele ajuda Amuro com o carro atolado, mesmo sabendo que ele é das tropas inimigas.

Qual seria o tipo de óleo do Gundam? Já o Amuro é o tipo O. Foi levado a fazer tudo o que fez, perdeu suas esperanças quando a Matilda morreu, recuperou rapidinho, e mesmo depois de se tornar herói de guerra, acabou virando prisioneiro político e só decidiu sair disso quando foi inspirado pelos membros da AEUG.Demorou pra decidir, mas quando acertou que seu inimigo era o Zion, lutou com todas as suas forças. E a forma como ele se mostra dependente dos outros, também é uma característica do tipo O. (nota atual: tenho dúvidas se ele também não é AB)

Kamille Bidan é do tipo B. Age por impulso. Participa de uma guerra somente pra impor sua posição e mesmo derrotado, não desiste. Suas paixôes são temporárias e se magoa e irrita fácil.

O autor, Yoshiyuki Tomino, usa bastante a Teoria e de forma clara, em praticamente todo trabalho seu. Tomino é AB, e seus personagens não mostram posição politica, nacionalidade, nem grandes preconceitos, na maior parte das vezes. Também não existem muitos grandes vilôes personificados, só rivais em suas obras.

 

O Batman seria B. Desde criança, decidiu se vingar e mesmo depois de adulto, nada, nem filosofia oriental, nem boa vida de playboy, nada fez ele desistir da loucura de ser um vingador.

Batman e Robins, por Brad Green Age sob seus meios e puxa os outros, fazendo com que façam da forma que ele decidiu. Nunca teve um relacionamento duradouro, sempre deu errado, muitas vezes, por ele se interessar mais por sua vida de vingador. Apesar das pessoas o procurarem, no final do dia, ele é sempre o solitário vigilante.

O Robin/ Dick Grayson é o ótimo tipo O. O parceiro perfeito. Na época de Robin, antes de virar líder dos Titãs, ele sempre se metia em enrascada e o Batman salvava ele. Mas quem fazia a última piada era sempre ele. Santa vontade de aparecer, Batman! No entanto, ele sempre teve suas metas definidas, foi fiel e sempre cuidou bem de seus companheiros, seja nos Titâs, ou em Gotham City.

Já o segundo Robin, Jason Todd, era B. Não dava certo como parceiro por que tinha suas próprias convicções e ideais e sua forma de fazer as coisas. Por isso, acabou sendo antipático. Morreu.

E o terceiro Robin, Tim Drake, acabou sendo um parceiro não muito próximo. Ele agiu muito por seu próprio caminho e se deu bem com isso. Foi inteligente, mais do que os outros Robins e inovou em muitos pontos, inclusive no uniforme. Mas acabou tendo problemas amorosos que não conseguiu resolver, muito por causa de sua dificuldade em expressar seus sentimentos. Não se deu tão bem com o Batman, mas não brigava com ele. É o Robin AB.

(para os do tipo B: Não vale ir pulando!)

 

Capa da Neotokyo Em Naruto, o nosso ninja protagonista é B, de acordo com o guia de personagens. Impulsivo, desorganizado, luta até o fim pelo que quer. Gosta de Sakura, mas quando tem a chance, já passou. Se magoa fácil, ri fácil. Seu lema é nunca desistir.

Sasuke é AB. O gênio. Ele não faz o tipo sorridente na maior parte da historia, mas na sua infância, ele vivia sorrindo pra todos. A tragédia cuidou de apagar um pouco desse traço AB, mas ele continua sendo inventivo. Cria boa parte de seus golpes a partir do que aprendeu com outros e luta de forma criativa.

Sakura é do tipo O. É bem direta em seus sentimentos, mesmo sem querer. Se mostra indefinida boa parte da historia (existe até uma passagem em que ela fala disso) e fica sempre à sombra de Naruto e Sasuke. Todos que viram amigos, ela cuida bem. Em Shippuden, Sakura vira uma kunoichi-médica, cuidando de seus companheiros. Também falam que ela é organizada e boa aluna, mas isso parece ser por influência externa, vide que ela não mostra traços disso todo o tempo. Existe coisa mais tipo O do que deixar o cabelo crescer por que seu interesse romântico prefere cabelos longos?

Kakashi também é do tipo O. Não que pareça. Mas temos que levar em conta que ele esteve sempre em um ambiente cheio de personalidades explosivas. Por isso, muitas vezes, ele parece mais é um típico tipo B.

 

O Professor Xavier é um B convicto. Ele é severo e intolerante. Não existe talvez, se os alunos dele não o obedecem, ele briga, entra na cabeça deles, mas muito dificilmente admite quando está errado.

X-Men Originais Ciclope é o tipo A. Apesar de ser líder, ele é muito certinho e sem graça. As coisas tem que sempre ser do jeito do Professor Xavier, por que o Professor mandou.

Fera se dá bem com o Ciclope por que ele é um AB. Organizado em certos aspectos, mas vive num quarto bagunçado, não tem horários, adora fazer as coisas do seu jeito, mas é o mais inteligente do grupo, tem sempre ótimas idéias escondidas. É um AB com mais tendências pro B, mas com muitas características do A.

Anjo e o Homem de Gelo são B. Com certeza. Não se dão bem com regras, muitas vezes agem por conta própria, se metem em enrascadas por causa disso e no fim, se muito, pedem desculpas rápidas e saem rindo como se não tivesse acontecido nada.

Já a Jean, é a mocinha indefesa O, que já mostrou ter quedinhas por tudo que é personalidade diferente que aparece pela frente. Flertou até com o B com maiúsculas justificadas, Wolverine. Alias, ela tem uma queda por B, mas acaba ficando com um A quadrado.

 

Pra finalizar… (para os do tipo B: Sobrou alguém?)

Existem mangakás que admitem que acreditam e usam essas tabelas. Hideaki Anno disse em entrevista que usou as tabelas em Evangelion, brincando com a idéia de um ambiente cheio de tipos A. Takao Saito também é um adepto, fala muito sobre isso. Com criatividade, as tabelas podem ser usadas pra criar alternativas, como as regras de um jogo servem pra atiçar a criatividade para burlar cada uma.

A convivência muda e muito a personalidade dos indivíduos. Fatos marcantes de sua vida também podem apagar traços e criar novos (vide o caso de Sasuke). Afinal, pra toda regra existem exceções.

Porém, a ciência de hoje já provou que a teoria não responde à todos os testes necessários de forma positiva. Essa confirmação cientifica pode tornar tudo isso uma bobagem, uma ciência vencida,

Eu achei um site de um grupo que ainda defende a tese. A versão japa ainda tem um design diferente para cada grupo!

http://www.human-abo.org/english/index.html

Verdade ou não, nada impede de usar isso, no caso de escritores, ou simplesmente se divertir de uma forma diferente. Porque, ficção por ficção, se lhe engrandece, só pode ser positivo.

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Eu até proponho uma brincadeira para os dispostos. Tentar acertar os tipos sanguineos de personagens, de preferência citando os porquês e depois, poderiamos verificar em fichas de personagens (quando disponíveis). Se quiser se auto-analisar, também tá valendo!

 

Fabio Satoshi Sakuda, F/X

PS. Sou AB. Detesto perder, detesto jogos de azar, meu quarto é bagunçado, mas organizado (pra mim), e em geral, tô sempre meio fora do mundo. Não corro risco, racionalizo, não tenho preconceitos. Meus personagens não precisam necessariamente pertencer a alguma etnia, e quando são, isso não faz a menor diferença. Sou confuso, e minhas piadas não costumam ter graça, apesar de eu rir um bocado sozinho.

(para os do tipo B: Se você leu até aqui, parabéns! Isso foi um teste, já que o mais dispersos dos tipos é o seu. Os do O não leram ou leram tudo, mas pulando um pouco, ou com algumas paradas. Tipo A e AB, avisem-os!)

13 ideias sobre “Teoria Da Personalidade Sanguínea”

  1. Sou tipo B, mas pela definição acho que me encaixo bastante bem em AB… Tenho alguns traços B (como, por exemplo, o fato de ser bastante persistente [até teimosa, às vezes], de conviver com minha “organização própria”, e de adorar assumir a liderança em qualquer projeto), mas as características AB são dominantes: Minha personalidade é controlada, não explosiva. Sou muito calculista com as expressões que devem ou não ser mostradas ao público, e prezo muito a lógica e o senso crítico. Procuro ser paciente, e mesmo em discussões mantenho a calma e estou sempre sorrindo; não estouro quando estou sob pressão e também DETESTO (sim, em Caps Lock) perder. Não entro em nada que não posso vencer. Emoções, para mim, não são algo a ser mostrado claramente em público. . Personalidade final: ENTJ…

  2. Curioso como Marilyn Monroe e J.F Kenedy, ambos supostos amantes eram AB também. Eu gosto da personalidade do Kenedy e pra mim ele morreu por causa de suas convicções. Já a Marilyn se entregou e foi para o buraco muito feio.

  3. Filho de pai B e mãe A eu vim AB+. Eu antes de saber meu tipo, até os 12 anos, eu inventava pras pessoas que meu tipo era AB, porque eu queria ter um pouco dos dois. Somente 4% do mundo é AB.

  4. eu tenho quase certeza q eu e meu irmao somos ab a gente se da mto bem e fala de coisas q nimguem mais intende nossos papos sao profundos quando a gente começa a conversar dura mtas horas mas depende do dia sem contar q a gente entende o lado de todo mundo aaa é mto legal ser o tipo ab se eu for

  5. >Jah tinha lido essa materia ha mt tempo, mas eh sempre legal ver de novo, seu jeito de explicar eh mt bom. Mas Hiroshi Gamou eh mesmo Oba Tsugumi? Achei q isso fosse soh boato de carater especulativo…

  6. >meu tipo sanguineo (segundo mamãe) é RH(nem sabia que existia)por que não tem um pesquisa com meu tipo sanguineo? ò.ó

  7. >Li a matéria na Neo Tokyo desse mês de Dezembro. Sou O! \o/Antes de adquirir o hábito de ler eu ia pulando linhas. xD

  8. >Bom demais, cara. Li esse texto na primeira versão faz uns anos e agora relendo bato palma em pé. Vou mandar para a galera do japonês ler. Sobre mim, eu acredito ser AB. Também detesto perder e minha cabeça é uma maquina de criar piadas idiotas que só eu rio. Eu também costumo me dar bem tanto com A tanto com Bs, apesar de odiar muito os Bs. Sobre personagens, acho que posso falar de vários. O tio do Mashiro deve ser AB, pois ele tem aquela coisa de não perder, o senso de humor e tal. Também é racional, tanto que, por mais que gostasse da garota lá, preferiu deixar ela para um cara com grana pois sabia que não poderia cuidar dela. Acho que o Bright-San de Gundam é A. Ele é certinho, tem aquela disciplina bem japonesa mesmo, mas parece ter dificuldade com sentimentos, tanto que a própria Sayla dá uma zoadinha nele no primeiro episódio de Gundam, quando ele fala que tá meio nervoso por ser o começo dele e tal. O protagonista do Macross Plus é B até o último fio do cabelo, nem precisa explicar o motivo. Ele é o B ambulante. Eu pensei que a Shampoo de Ranma é B, mas se o B se enjoa fácil dos sentimentos, não parece ser o caso dela. Não sei qual é ela. O Homem Aranha é AB. Brincalhão, se dá bem com todo mundo e também é compreensivo, tanto que, mesmo quando teve VÁRIOS motivos para matar o Carnage, ele não quis matar. Enfim, muito legal isso. Se um dia tiver vontade, pode fazer uma segunda parte do texto citando mais personagens.

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