Shonen Jump – Curiosidades Level Master – Parte 2

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Yo!

Um dos maiores posts do XIL! As curiosidades sobre a Shonen Jump, parte 2! Se quer ler a primeira parte, CLIQUE AQUI!

Agora, as curtinhas: Curiosidades diversas de mangás e bastidores da Shonen Jump!

O mascote símbolo da Shonen Jump, conhecido como Jump Pirate, já recebeu algumas atualizações com o passar dos anos (a mais recente é de Eiichiro Oda, autor de One Piece), mas sempre manteve uma forma bem parecida desde os primórdios da revista. E exatamente por isso que a coincidência é bizarra! Girando a imagem um pouco no sentido anti-horário, podemos ver uma menina moe, bem ao estilo de hoje em dia. Depois de ver isso uma vez, você nunca mais vai conseguir ver o pirata!

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O método agressivo da revista com seus autores, obrigando séries a continuar e cancelando elas quase sem tempo para reviravoltas começou logo em suas primeiras séries. Otoko Ippiki Gaki Daisho, de Hiroshi Motomiya, foi um dos primeiros sucessos da revista. Em um certo capítulo, contrariando seu editor, Motomiya deu fim à história, com letras garrafais na última página, pois não tinha mais o que contar. Arrasado, o editor levou os originais para o escritório e enquanto arrumava, passou tinta branca nas letras de fim e publicou. Depois, foi convencer o autor a continuar. A série de gangues inspirou autores como Tetsuo Hara (Hokuto no Ken) e Masami Kurumada (Cavaleiros do Zodíaco) a entrar para o ramo.

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Apesar de ser famosa como o lar dos novatos, dando espaço para autores sem a menor experiência ou com pouca, a Jump já recorreu muito de autores consagrados. Já em sua primeira edição, contou com Kazuo Umezu, famoso autor de terror. No mesmo ano, ainda teria Osamu Tezuka, o deus do mangá. No ano seguinte, Leiji Matsumoto, autor de Yamato (Patrulha Estelar). Tetsuya Chiba (Ashita no Joe), Fujio Akatsuka (Tensai Bakabon), Shigeru Mizuki (Gegege no Kitaro), entre outros, que já eram estrelas do mangá quando fizeram trabalhos para a revista. A Jump começou com o tema de dar espaço para assistentes e novatos simplesmente porque não conseguiu famosos para produzir toda sua linha, afinal naquela época eles eram poucos e disputados a tapas.

 

Dois irmãos famosos já publicaram na revista. Tetsuya Chiba, autor de Ashita no Joe, publicou Mosa na mesma época em que fazia a história de Joe na concorrente, Shonen Magazine. Seu irmão, Akio Chiba, que havia sido assistente de Tetsuya, publicou na versão mensal da Shonen Jump “Ganbaranakucha” como um one-shot, muito bem recebido pelo público. Em seguida, a história foi serializada em Captain, uma série de beisebol lendária. E um ano depois, em paralelo, publicou na revista semanal a história Playball, que usava os mesmos personagens de Captain. Na série mensal, ele contava o período do ginásio. Na da Shonen Jump semanal, era o período do colégio. Imagino a bagunça na cabeça para ordenar tudo isso, sem contar nos spoilers. Captain virou anime em 1980 mas Playball só foi ganhar as telas em 2005.

Akio Chiba também protagoniza uma triste história dos autores da Shonen Jump. Anos mais tarde, depois do sucesso de Captain e Playball, ambos premiados pelo Prêmio Shogakukan, o maior do ramo, Akio Chiba se jogaria de um táxi em movimento numa via expressa, se suicidando aos 41 anos. Boatos dizem que ele estava insatisfeito com o trabalho, pois nunca mais conseguiu um sucesso do tamanho de Captain. Seu irmão, Tetsuya Chiba, chegou a declarar que se sentia culpado, pois Akio o seguiu para esse mercado e Tetsuya continuou fazendo sucesso. Champ, obra que Akio Chiba deixou incompleta, foi terminada por seu assistente Hiroshi Takahashi (sem relação com o autor de Crows) em cima de rascunhos deixados pelo autor.

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O sistema de TOC da Shonen Jump não existia até meados da década de setenta. Até ali, apesar de usar as enquetes, os mangás não eram cancelados e nem posicionados pelos leitores, passando mais pelo crivo dos editores, como a maioria das revistas faz. Foi o autor de Astro Kyudan, Norihiro Nakajima, que falou que o sistema que favorecia histórias sem apelo, simplesmente pelo nome do autor, não era justo. Ele declarou que o certo seria os leitores decidirem quem ficava e quem saía, por mérito individual da história em si. Por ironia do destino, depois de seu único sucesso, o autor jamais conseguiu se estabelecer na Shonen Jump, exatamente por causa dos votos.

 

Hadashi no Gen (Gen – Pés Descalços – publicado e republicado no Brasil pela Conrad) não teve uma recepção boa com os leitores, ficando com a corda no pescoço praticamente todo seu tempo de publicação, de pouco mais de um ano. Porém, a história do sobrevivente da bomba de Hiroshima tocou o então editor chefe da revista, Tadasu Nagano, que havia perdido amigos durante a guerra. E apesar de sisudo, Nagano se dobrou e publicou Hadashi no Gen por teimosia. Dizia ele que certas histórias PRECISAM ser contadas.

 

Poucos imaginam hoje, mas Mazinger Z, um dos mais tradicionais robôs gigantes, foi publicado inicialmente na Shonen Jump. Go Nagai foi um dos novatos que levantou junto com a revista, e Mazinger nem foi seu primeiro sucesso. Ele havia virado até notícia com Harenchi Gakuen, uma espécie de precursor de Love Hina e equivalentes. Na época, os pais das crianças diziam que o mangá incentivava práticas politicamente incorretas, como levantar saias e outras formas de assédio. Mas as crianças adoravam.

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Circuit no Ookami, de Satoshi Ikezawa, foi um dos primeiros mangás a receber uma das piores “marcas registradas” da revista, o tal do Cancelamento em Dez Edições. Essa regra, que existe até hoje na Jump, dá esse limite para séries com recepção muito ruim logo no começo. A série, que trazia carros em corridas realistas, diferente de um sucesso contemporâneo, Mach Go Go Go (Speed Racer), foi considerada distante demais da realidade dos jovens da época. Porém, no sétimo capítulo, uma estranha subida de popularidade fez o cancelamento ser cancelado, mantendo a série, que se tornou um dos pilares da revista na época, coincidindo com a moda dos super-cars no Japão.

 

Em 1977, estreava Ring ni Kakero, do novato Masami Kurumada, que viria a fazer os Cavaleiros do Zodíaco. A série mentirosa de boxe foi um sucesso instantâneo e considerada o maior sucesso da época, algo como One Piece é hoje. Tanto que seu último capítulo teve páginas coloridas, coisa que apenas Slam Dunk e Dragon Ball tiveram também em toda história da revista. (obs. O dado pode estar um pouco desatualizado, porque Bakuman também teve o poster colorido no final. Então, posteriormente pode haver novos casos.)

Kurumada não se considera um “Mangaká” (escritor/autor/desenhista de mangá), usando o termo “Mangaya” (vendedor de mangá). Faz sentido.

Durante a publicação de Saint Seiya (Cavaleiros do Zodíaco), Masami Kurumada foi considerado o homem mais rico do Japão na categoria Arte e Cultura. Atualmente, ele diz que não tem mais quase nada.

Em Saint Seiya, ele admite que nunca desenhou nem as armaduras e muito menos os efeitos dos golpes, deixando tudo para seus assistentes.

Entre os mangakás, existe o termo “tekoire”, que significa algo como “apelar”. É tomar medidas extremas para elevar a popularidade da série, mesmo que isso signifique alterar o próprio gênero da história. Dentro da Shonen Jump, existe um tekoire chamado de Saint Teko. Ele consiste em simplesmente iniciar um campeonato ou uma sucessão de inimigos, uma das mais famosas apelações da revista. O nome vem da série de Kurumada, Saint Seiya, que iniciou a fórmula e se manteve praticamente só com ela.

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Buichi Terasawa, autor do clássico COBRA, foi assistente de Osamu Tezuka. Sua arte era tão linda que Tezuka fez questão de contratá-lo. No primeiro volume de COBRA, o Deus do Mangá em pessoa fecha, elogiando o artista. E realmente, para a época e mercado japonês, suas técnicas e qualidade artística eram muito avançadas. Suas mulheres principalmente, eram extremamente realistas e belas, atraindo um público adulto masculino para a revista. Mas COBRA também era muito lido por mulheres, por causa da beleza da arte de suas páginas. Terasawa foi pioneiro em várias técnicas de arte no mangá, usando desde o airbrush até arte digital, impressa ainda em impressoras matriciais, que fazia a cor parecer retículas coloridas.

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Em 1979, a dupla Yudetamago publicaria a série Kinnikuman, uma série de comédia escrachada misturada com luta-livre. Os dois estavam se formando no colegial e ganharam tanto o concurso de mangás de história quanto o de gags da Shonen Jump, um fato sem precedentes e que fez os editores se mobilizarem para levar os dois à Tóquio. Convenceram os pais e os levaram, mas como se fosse um filme ruim, Kinnikuman não fez sucesso, entrando para a zona de degola. Por teimosia do editor chefe na época, Shigeo Nishimura, a série continuou sem ser cancelada, independente das enquetes. O sucesso chegou quando o foco na comédia virou para o das batalhas e inimigos “criativos” como o Homem Privada. Seis anos após sua estreia, Kinnikuman levou o prêmio Shogakukan, o mais respeitado prêmio de mangá.

O nome artístico da dupla Yudetamago não veio de nada tão bonito quanto “realizar os sonhos dos dois”. Eles não se decidiam quanto a um nome para a dupla e então um deles peidou. O cheiro era de ovo cozido, literalmente o que significa Yudetamago.

Como deu pra perceber, a linha de humor deles era desse tipo bem infantil, com peidos e cocô/xixi. Mas quando a história começou a ficar mais séria, os inimigos também passaram a ter um estilo mais violento, com formas que realmente podem dar um pouco de medo em quem vai enfrentar. O ápice foi o arco dos Akuma Choujin. Eles ficaram nas sombras por alguns capítulos e quando eles apareceram… TINHA UM HOMEM BUNDA! Apesar disso, nas histórias posteriores, o Cara de Cu foi apagado e esquecido.

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Em duas das primeiras capas de Kinnikuman para a Shonen Jump, seu rosto foi pintado de verde. Isso aconteceu porque os editores não achavam que os garotos conseguiriam fazer algo com qualidade para a capa e chamaram um outro artista para fazer. E ELE ERROU A COR!

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A dupla ainda recebeu um certo privilégio. Como seu personagem, Kinnikuman, tinha como prato favorito o Gyudon (tigela de arroz, com carne, cebola e caldo), a rede especializada no prato, o Yoshinoya, deu a eles uma tigela especial que lhes dá o direito de comer quando quiser e o quanto quiser, em qualquer loja da rede, que é a maior do país. Porém, eles nunca usaram por vergonha. Afinal eles ganham bem, comer de graça algo que custa cerca de cinco reais seria muita avareza. E além disso, no mangá, eles usam outra rede como referência, apesar do anime ter claramente usado o Yoshinoya.

Ainda de Kinnikuman, o personagem foi criado pelo responsável pelos roteiros, Takashi Shimada, quando ainda estava no primário. Originalmente, ele era inspirado em Spectreman. Seu rosto feioso na verdade é uma máscara de luta-livre, que todos de sua raça (ele é alienígena) usam. Por trás de toda sua feiura, ele teria um rosto lindo, mas que nunca foi mostrado na série. Isso era usado até como piada, pois sempre que ele tirava a máscara, um grande brilho saia de seu rosto. A única arte que representa esse rosto foi feita para um programa de curiosidades que foi perguntar sobre isso aos autores.

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hã…? Bem, é melhor que a máscara… pelo menos….

Hoje é ofuscado por Dragon Ball, mas Dr. Slump foi o maior sucesso da Jump até aquela época, virando mania no país, com meninas se vestindo como Arale no dia-a-dia. Um símbolo daqueles anos é o óculos de armações grossas, que era usado como acessório, muito antes da atual moda dos hipsters.

Até essa época, a Shonen Jump não tinha muito interesse em transpor suas obras para anime, mas o sucesso de Dr. Slump mudou esse quadro até mesmo para outras revistas. Antes disso, não viam vantagem em roubar seu público com a televisão. Dr. Slump chegou a níveis de audiência impensáveis para um programa infantil, ainda mais para um anime. Pode se dizer que a cultura otaku como conhecemos começou mais ou menos nessa época, com Dr. Slump, Gundam e Yamato…

Toriyama entrou na Shonen Jump porque o editor Kazuhiko Torishima viu seus originais entre os materiais recusados no concurso de talentos daquele ano e percebeu a genialidade por trás das onomatopeias de seu trabalho, que eram feitas em alfabeto romano ao invés do japonês. Estranho ou não, ele acertou na mosca e Toriyama se tornou um sucesso tão grande que falavam que ele tinha contrato com o demônio. Tudo que ele fizesse vendia milhões. Isso virou uma piada interna sua, criando personagens demoníacos e com nomes como Satan.

Mais sobre Toriyama? Leia Aqui…  e Aqui!

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1981 foi o ano de Captain Tsubasa (Super Campeões no Brasil). O maior sucesso de Yoichi Takahashi foi criado por acaso. Takahashi achava aquele esporte, o futebol, uma coisa muito interessante, intrigante. Ele fez então seu one-shot para o concurso da Shonen Jump, venceu e continuou a história de Tsubasa em uma série longeva, que dura até hoje. Na época, o futebol era um esporte menor no Japão, mas diversos fatores estavam mudando o quadro. Um deles foi o jogo do Flamengo contra o Liverpool pelo Campeonato Mundial Interclubes de 1981, que tornou Zico uma estrela no país. E Captain Tsubasa está atrelado ao mesmo movimento.

Takahashi criou seu monstro de popularidade sem nem ao menos saber as regras do futebol. Por isso que os primeiros capítulos são tão estúpidos. Na verdade, ele levou anos até finalmente estudar e saber mais sobre o esporte do qual escrevia. No entanto, sempre foi um praticante de esportes, jogando ping-pong no ginásio e beisebol depois, em times amadores, até hoje.

Isso não impediu Captain Tsubasa de ser um sucesso. No mundo todo, temos vários jogadores que assistiam ou liam a história de Tsubasa Oozora, como Zidane, Messi, Fernando Torres e Ronaldinho Gaúcho. Mas é certo que na Europa e Ásia, muitos jogadores das últimas gerações eram fãs do mangá e alguns até falam abertamente sobre isso. No Japão, gente como o eterno capitão japonês Nakata falam apaixonadamente sobre Tsubasa. A J-League até admite que sem Tsubasa, eles não teriam metade da popularidade que alcançaram.

Encantado com a Espanha, Takahashi resolveu fazer uma nova série de Captain Tsubasa onde o jogador ia para o Barcelona. Isso criou uma onda do futebol espanhol no Japão, que passou a transmitir os jogos do campeonato e da Liga dos Campeões com destaque. Todo o sucesso fez Takahashi ser convidado para jogos do Barcelona, onde recebeu cadeira VIP e pode conhecer os jogadores. Mas o agradecimento não foi tudo. O rival do Barcelona, o Real Madrid, se declarou insatisfeito com a situação e seu presidente na época deu declarações públicas dizendo que Tsubasa devia jogar pelo Real. Outro insatisfeito foi o patrocinador oficial de material esportivo do Barça, a Nike. Ela não aceitava que Tsubasa usasse chuteiras da Adidas e ofereceu algumas regalias para que ele trocasse de marca. Mas Takahashi é fã da Adidas.

Tsubasa terminou sua carreira de Junior no Japão, mas se tornou profissional no Brasil. Ele jogou pelo São Paulo por três anos, história que não recebeu tanto destaque pois aconteceu no final de sua série original e foi recapitulada no início de Captain Tsubasa – World Youth Hen. A série aconteceu um ano após as duas primeiras vitórias do São Paulo no Campeonato Mundial Interclubes no Japão, o que encorajou o autor a escolher o time.

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Takahashi se casou com Yoko Ogai, dubladora de Tsubasa em sua primeira versão animada, entrando para uma lista de mangakás que se casam com as vozes de seus personagens, como Gosho Aoyama, de Detective Conan (que já se separaram), e Eiichiro Oda, de One Piece (que casou com a atriz que fez a Nami em uma adaptação teatral).

 

No mesmo ano de Captain Tsubasa, nasce Cat’s Eye, de Tsukasa Hojo. A série mistura belas garotas em roupas colantes com muita ação. Futuramente, ele iria fazer City Hunter, um dos alicerces dos primeiros anos da Era de Ouro da Jump. Mas Tsukasa Hojo nunca quis realmente trabalhar com mangá. Quando criança, ele desenhava muito bem e já criava seus personagens. Porém, seu sonho era fazer cinema e ele passou a infância e juventude assistindo filmes. Chegou a entrar em um grupo de leitores de mangá, por influência de um amigo, mas na faculdade cursou design e mirava novamente em uma carreira no cinema. Começou a mandar suas histórias para concursos de mangá de revistas porque não tinha dinheiro para pagar seu sustento na faculdade, mas só ficava com o dinheiro e não tinha intenção de se profissionalizar.

Foi quando descobriu que o prêmio da Shonen Jump era muito maior. Juntando algumas páginas que havia feito no tempo livre, ele as organizou e mandou, pegando uma premiação secundária (o prêmio máximo quase nunca sai). Na época, quem ficou responsável por ele foi o novato Nobuhiko Horie, que logo o enganou, dizendo que enquanto ele mandasse histórias para a Shonen Jump, poderia ganhar dinheiro fácil. Hojo continuou fazendo histórias sempre que precisava de dinheiro, até que Horie, sem aviso, pegou uma delas, Cat’s Eye, e colocou para avaliação na reunião de serializações. A série passou e Horie arranjou um apartamento e fez Hojo se mudar de Kyushu em dois dias, quase sequestrado.

Hojo nunca foi um grande leitor de mangás e por isso suas primeiras histórias partiam de suas suposições do que um garoto gostava de ver. Garotas lindas e ação. Somente anos depois ele começaria a fazer mangás sobre o que ele gosta, com Family Compo, no final de sua carreira na Shueisha.

Hoje, Horie e Hojo, junto de outros artistas, publicam por sua própria editora, a Coamix. Depois de um longo período na Comic Bunch, a primeira antologia da editora, problemas com a empresa e acordos fizeram a Bunch ser cancelada e ter os melhores títulos transferidos para uma nova revista, a Comic Zenon, que leva o nome de uma cafeteria onde muitos mangakás se encontram. Hojo publica Angel Heart 2nd Season, segunda série de uma continuação de City Hunter.

Mesmo que meio perdido no mercado, Hojo inspirou muitos grandes artistas. Principalmente dois assistentes dele, Haruto Umezawa (Hareluya, BOY) e Takehiko Inoue (Slam Dunk e Vagabond).

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A arte de Tsukasa Hojo.

1983 foi um ano em que os mangás estavam em alta. Cada vez mais os fãs se apegavam às obras e começaram a criar os alicerces do que é a cultura otaku. Na Jump, foi o ano em que nomes que fariam história na revista começaram a estampar suas capas.

Masaya Tokuhiro (Jungle Oh Ta-chan), Masakazu Katsura (Video Girl Ai, Zetman), Araki Hirohiko (JoJo no Kimyou na Bouken) e Tetsuo Hara (Hokuto no Ken) estrearam todos mais ou menos dentro do período de um ano na revista. Cada um deles deixou pelo menos um grande sucesso e fizeram parte da geração de Ouro da Shonen Jump. E suas histórias se misturam com a da maior fase da Shonen Jump! A ERA DE OURO!

 

Mas como esse post se estendeu mais do que eu esperava novamente, aguarde a parte 3, com tudo sobre a Era de Ouro da Shonen Jump e os mangás que a levaram a ser a revista periódica mais vendida do mundo! E se ainda não leu, bora ler a primeira parte!!

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Continue a ler! Shonen Jump – Curiosidades Level Master – Parte 3

12 ideias sobre “Shonen Jump – Curiosidades Level Master – Parte 2”

  1. Cara parabens, trabalho excelente viu parabens msm!!

    a proposito Takahashi acabou Captain Tsubase em que ano? ele ainda faz algum trabalho relacionado a futebol?

    Queria muuuiito ter lido o mangá World Youth Hen, pena que NINGUEM traduziu por aqui, paciencia

    1. A primeira série ele acabou ainda na década de oitenta. Atualmente, ele está fazendo En La Liga, fase atual do Captain Tsubasa na Liga Espanhola, jogando pelo Barça.

  2. Ah, quanto ao logo da Jump, parece que essa versão da menina moe foi usado, mas ele não é o atual. O atual continua sendo um pirata, não importa do ângulo visto, hehe.

    EDIT:
    Ah, olhei melhor… ainda é menina moe, mas o desenho é um pouco diferente, hehe.

  3. “Tanto que seu último capítulo teve páginas coloridas, coisa que apenas Slam Dunk e Dragon Ball tiveram também em toda história da revista.”

    No caso é página colorida de abertura que eles tiveram, isso que torna o final deles especial. Página colorida “simples” no último capítulo é até comum.

    Ademais, ótimo post. Me deparei com algumas dessas curiosidades quando pesquisei pra um podcast lá do Mangatologia. Seria bem mais fácil se tivesse esse post antes! :)

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