Yo!
Continuando a parte 4 de Shonen Jump – Curiosidades Level Master, o post absoluto sobre a maior revista do mundo. Bora ver!
Shonen Jump – Curiosidades Level Master – Parte 4
Em 1998, um velho autor retornava pra casa. Era parte do projeto de Torishima. Masanori Morita, que fez sucesso com Rokudenashi Blues (falei dele na parte 3) voltava a publicar, com sua série de beisebol de delinquentes, Rookies. Morita é apaixonado pelo time Hanshin Tigers e muitos personagens da série recebem nomes de figuras da história do time e de jogadores, devidamente modificados, claro. Mas tem um jogador que ele não se atreveu a usar. Kouichi Tabuchi, um dos maiores rebatedores da história do time (hoje treinador do Golden Eagles), é tão grande que Morita disse que não poderia fazer uma coisa dessas.
O motivo de usar nomes de jogadores do Hanshin não é simplesmente porque ele torce pelo time. Quando ele ainda estava criando a série com seu editor, sem muito jeito para criar nomes, usou nomes de jogadores, temporariamente, somente para fazer as reuniões. Mas depois, deu preguiça de trocar os nomes e ele manteve desse jeito.
Apesar de ser um mangá sobre beisebol colegial, que tem regras levemente diferentes, Morita fez um mangá com base no beisebol profissional, ignorando regras e a forma de jogar do campeonato juvenil.
Rookies era um mangá com leitores apaixonados, mas não virou série de anime e nem série pra TV durante sua publicação. Dez anos após sua estreia, finalmente Rookies se tornou série com atores, no canal TBS. Porém, não foi a primeira oferta. A Nihon TV, que faz parte do grupo do jornal Yomiuri, queria os direitos, mas com uma alteração significativa. O grupo patrocina o time rival do Tigers, o Yomiuri Giants, e queria mudar os nomes dos personagens por equivalentes da história dos gigantes de Tóquio. Morita recusou sem pensar duas vezes.
O autor diz que recebeu duas propostas para série com atores e duas para anime. Uma inclusive, antes mesmo do mangá começar, afinal, era o autor de Rokudenashi Blues. Ele recusou todas. No entanto, existe um anime de Rookies, feito para um evento da Toei Animation, que nunca teve continuidade.
Um dos atores que participou de Rookies foi Ryuta Sato. Fã do mangá, ele seguiu sua carreira sonhando em um dia interpretar algum personagem do mangá. O tempo passou e ele não tinha mais idade para ser um dos garotos. Quando já nem pensava mais nisso, ele foi escalado para o papel do treinador e protagonista, Koichi Kawato. Aceitou o papel se derretendo em lágrimas e disse que depois disso, poderia até se aposentar.
Quando a série ganhou um longa metragem, o mangá ganhou uma continuação em um único capítulo, exatamente onde acabou
A série passou fora do Japão, no canal internacional da NHK. Rookies passou nos EUA, em Porto Rico e Canadá.
Rookies, na verdade, não fez sucesso durante sua publicação. Ele sobreviveu, mas durante todo o tempo ficou entre os últimos do ranking de popularidade da revista. De acordo com o próprio autor, Rookies teve sorte de ser um mangá diferente do resto. Mesmo sem popularidade, ele balanceava o conteúdo.
Apesar de se especializar em mangás sobre deliquentes, Masanori Morita nunca foi esse tipo de pessoa e até declarou abertamente que não gosta de deliquentes. Mas no Japão, muita gente gosta da cultura yankii, desses tipo de garotos, inclusive os que não são delinquentes. Por isso, era um público muito bom para se aproveitar. Para Morita, seus mangás são fantasias e não retratam a realidade. Para os fãs, são guias de vida e até suporte para aguentar as mazelas do dia a dia.
Morita, para o futuro, disse que quer fazer um mangá de tribunal. Porém, também já declarou que Besharigurashi, seu atual mangá sobre manzai (comédia stand up japonesa), pode ser seu último trabalho de vida. Então, só se fizer paralelo ou como one-shot, em alguma pausa na série.
Nesse mesmo ano, estrearam Shaman King, Hunter x Hunter e Kajika, de Akira Toriyama. Começava a se desenhar um cenário sólido novamente. One Piece ainda estava engatinhando, mas já mostrava ter forças para subir. Araki, Togashi, Katsura, Toriyama, Morita, Akimoto (autor de Kochikame) reforçavam a equipe com a experiência. Mas novatos já ganhavam suas chances para aparecer.
A estratégia da Shonen Jump nessa época parecia clara. Fazer os leitores antigos voltarem com séries de autores daquela época de ouro e manter eles com novos talentos. O mais importante aqui era ter a passagem de geração, que não havia acontecido antes realmente. O imediatismo de manter o sucesso sustentando três ou quatro séries havia tornado a revista dependente. O bastão precisava ser passado adiante.
1999 foi o ano de três grandes nomes brilharem. Masashi Kishimoto foi o último deles, com Naruto. Antes, pudemos ver Zombie Powder, de Taito Kubo, que faria Bleach dois anos depois.
Naruto – Curiosidades Level Master
Bleach – Curiosidades Level Master
Antes dele, Takeshi Konomi havia estreado uma série, a sua segunda (ele estreou em 1997, sem muito sucesso), chamada Tennis no Oujisama (Prince of Tennis). Konomi sempre foi ligado ao tênis e tem até licença de instrutor no esporte. Quando decidiu fazer seu mangá, ele leu Ace wo Nerae, clássico do mangá feminino, onde o tênis é retratado como um esporte de classe, jogado por pessoas de alto nível. A intenção de Konomi era de trazer essa visão romântica do esporte para dentro do universo masculino. Saíam os dramas e entrava um clima mais leve, treinamentos dolorosos davam lugar a cenas mais empolgantes. Tennis no Oujisama nasceu como uma subversão de Ace wo Nerae.
Torishima havia dito à Konomi que seu mangá jamais viraria anime. Ele ficou extremamente frustrado. No entanto, em 2001, a Production IG, conhecida pela qualidade técnica das animações, iniciava a produção do anime, que fez um sucesso tão grande que ganhou outras mídias muito rapidamente. Musical, light novel, filme, longa animado, OVA, não havia limites. A série transformou o esporte no país, criando um boom de crianças treinando tênis em todo o Japão. Isso sem contar o outro lado, as fãs dos personagens. Toda série de esporte é cheia de personagens e o traço rápido de Konomi criava garotos que permeavam os sonhos de garotas, das mais variadas formas. Desde Slam Dunk não se via esse tipo de fenômeno, tanto do lado esportivo da coisa quanto à profusão de dojinshi (revistas feitas por fãs) onde os personagens quebravam a divisão da rede e tinham uma partida mais “intimista” entre eles.
A adoração pelos personagens era tanta que quando foram lançados CDs com músicas dos personagens, praticamente todos entraram no ranking da Oricon, que mede as vendagens. A melhor performance foi 6º lugar. Por isso mesmo, existem mais de 300 títulos da série, isso sem incluir o repertório do musical. E isso para uma série de tênis.
Na China, Tennis no Oujisama virou uma série para TV com atores, para promover as Olimpíadas de Pequim.
O mangá, através da empresa Konami (que fazia os games, cardgame e alguns brindes), promoveu eventos e cursos de tênis. A Konami investe muito em esporte no Japão, sendo conhecida por suas academias e eventos esportivos exclusivos. Não é à toa que ela faz o Pro Evolution Soccer. Mas isso fica pra um artigo sobre videogames.
Calvin, o gato de Ryoma, protagonista da série, é inspirado no gato de estimação do autor.
Os locais famosos da série, como o Seishun Gakuin e o restaurante de Sushi de Kawamura, são inspirados em lugares reais. No caso do restaurante em questão, Konomi costuma fazer encontros com o pessoal que dubla o anime, onde eles comem sushi e jogam tênis. Por sua boa relação com a equipe do anime, ele já fez algumas participações, em papeis menores.
Quando apareceu no programa da Shonen Jump, o Sakiyomi JunBANG, ele se mostrou bem humorado e descontraído, mesmo com as câmeras. Até demais para um mangaká, que costumam ser mais tímidos.
Takeshi Konomi até já lançou CD solo. Sim, dele mesmo, não de seus personagens.
Ele é tão acostumado com a badalação que em um show onde apresentaram mais de cem músicas dos personagens, Konomi apareceu como convidado especial e cantou três músicas com seus camaradas. Depois, anunciou que o mangá iria acabar. Em outro show, ele fez outra aparição. E desta vez, saiu dizendo que Tennis no Oujisama iria ganhar uma nova série.
Shin Tennis no Oujisama estreou em 2008, como um dos principais títulos da reformulação da Shonen Jump mensal, que trocou o nome para Jump Square.
Também nesse ano, estreava uma medida não tão inédita, mas feita de uma forma decisiva. A escritora Yumi Hotta precisava de uma arte melhor e foi indicado à ela buscar um artista. Na mesma época, Takeshi Obata, saído de várias colaborações que não deram muito resultado, precisava de um roteiro. Os editores fizeram a apresentação e o resultado foi um mangá que entraria para a história da Shonen Jump. Hikaru no Go estreou na edição dupla 2/3 de 1999 (que saiu no final de 1998) e criava uma coisa nova para a Shonen Jump. Os mangás de esportes menos físicos. A Jump já havia ficado famosa por Ring ni Kakero e Captain Tsubasa, sem contar Slam Dunk, um de seus maiores sucessos. Mas não tinha em seu currículo um mangá sobre esportes de tabuleiro ou de mesa, com pouco foque no físico, que sempre gera “chutes especiais” e momentos de superação mais impactantes.
A história do esporte poderia parecer monótona, mas trocando o foco no desenvolvimento de Hikaru, a história ficou redonda e fez um sucesso enorme na época, criando um boom de crianças no igo, esporte japonês estratégico de tabuleiro, que estava sofrendo com a idade avançada de seus praticantes. Hoje, muitos profissionais, não só no Japão, admitem que começaram a jogar por causa do mangá e por isso, ele é considerado tesouro cultural do esporte.
Mas não para aí. O igo foi tão divulgado pelo mangá e posteriormente pelo anime que a entrada de praticantes estrangeiros também se tornou notável, com a criação de ligas em vários países onde o igo sequer existia antes do mangá.
O mangá surgiu primeiro em um roteiro de 100 páginas, chamado “Kokonotsu no Hoshi” (As Nove Estrelas) mandado para o concurso somente de roteiros da Shonen Jump, o Story King. A ideia surgiu porque a escritora, Yumi Hotta, havia parado a evolução no igo e desejava ter um deus do jogo para lhe atender o pedido de se tornar melhor. Hikaru no Go, como trabalho final em cima desse roteiro, torna Yumi Hotta uma das poucas autoras que venceu com um trabalho e o tornou em sua primeira série longa de cara na Shonen Jump.
A fórmula de centrar a trama no crescimento de Hikaru funcionou bem, mas quando a história mudou, na saga do Hokuto Hai, a popularidade caiu muito. E foi bem quando a história passou a tratar mais especificamente do jogo.
Hikaru no Go é cheio de termos complexos e técnicas avançadas do jogo. Mas soube aproveitar isso bem, explicando e fazendo os leitores assimilarem. A história ganhou uma característica interessante nos níveis de leitura. Se um iniciante ler, ele pode aprender muita coisa. Se um jogador avançado ler, ele descobre coisas pequenas escondidas que tornam a história mais rica ainda. Bom motivo pra ler no mínimo duas vezes, não é?
Apesar de o nome de Yumi Hotta aparecer sozinho, a autora sempre trabalhou em conjunto com seu marido, Kiyonari. Aparentemente, Yumi cria as tramas, o argumento da história. Kiyonari é quem transforma isso em roteiro.
Os dois não estrearam exatamente na Shonen Jump. Antes disso, eles passaram na Manga Time Family, onde estrearam de verdade, e na Big Comic Spirit, onde venceram um dos prêmios do concurso anual.
Atualmente, eles fazem um mangá chamado… HAJIMAN Challenge! Hajime no Manga, com uma leeeeve inspiração no mais recente trabalho do parceiro de Hikaru no Go, Takeshi Obata. Ele pode ser lido de graça, pois faz parte do Tonari no Young Jump, o site de webcomics da Shueisha. LINK Apesar das “coincidências” (você sabe, elas não existem), o mangá segue uma linha diferente de Bakuman, mais parecido com o Manga Hettapi (“Mangaká, de Akira Toriyama” na versão brasileira), com uma história que fala diretamente com o leitor, ensinando termos e técnicas de roteiro de mangá.
Outra peça importante de Hikaru no Go é Yukari Yoshihara (na época, Yukari Umezawa, ela casou logo após o fim do mangá), uma jogadora profissional de igo, que serve de conselheira para a história e separou os jogos que são usados no mangá. Isso mesmo, todos os jogos são tirados de partidas gravadas ou anotadas, para dar veracidade. Algumas chegam a pautar a própria história com o resultado da partida, como as do Meijin-sen e do Hoinbou. Yukari é casada com Shinya Yoshihara, ex-goleiro da seleção japonesa de futebol e de times como o Kashiwa Reysol. Yukari ainda fez sucesso em seu meio, como uma idol do igo, aparecendo frequentemente em eventos e na televisão, onde além de fazer um quadro depois do anime de Hikaru no Go, ainda interpretou ela mesma em uma série para a TV.
O segundo editor de Hikaru no Go é Koji Yoshida, que em Bakuman, foi retratado como o manipulador editor de Hiramaru.
Trocou o século e a Jump parecia sorrir novamente, mas de alívio. As novas séries iam bem e mostravam novos caminhos a serem explorados, tanto pela Jump como por toda a indústria de mangás. Não é à toa que muitos mangás dessa época pautaram o conteúdo dos mangás shonen por muito tempo depois, com cópias encomendadas (cof cofairy tail cof) e outras que simplesmentes aproveitaram as pistas, como os mangás de harém reverso inspirados em Tennis no Oujisama.
Dois artistas que se tornariam importantes peças da Shonen Jump no mercado dos anos seguintes estrearam em 2000.
Kentaro Yabuki despontava como um grande artista. Ele havia sido assistente de Takeshi Obata nos primeiros volumes de Hikaru no Go e aprendeu muito com Obata, a quem muitos mangakás da Shonen Jump atribuem um desejo enorme de ser como ele ao mesmo tempo que um sentimento de tristeza quando percebem que ele está muito além, por talento, criatividade e habilidade. Yabuki se equipara a Obata em muitos pontos e por isso, era bem cotado.
Ele ganhou um prêmio no concurso da revista no “quase”. Osamu Akimoto, autor de Kochikame, deu a ele um prêmio especial, como sua escolha.
Seu animal favorito são os gatos, de preferência os pretos. Por isso, seu primeiro mangá se chama Black Cat e ele sempre se retrata como um gato preto também.
Na sua primeira encarnação, na forma de um one-shot, Black Cat se chamava Stray Cat.
Ele é muito fã de Godzilla. Em 2003, já publicando Black Cat, ele participou como figurante em Godzilla x Mothra x Mecha Godzilla Tokyo SOS.
O mangá tinha um bom público (era um dos meus favoritos na época) mas só foi ter anime depois de seus vinte volumes. Um caso que não acontecia desde Dragon Quest – Dai no Daibouken. O anime criou um revival na série e virou peças colecionáveis, brindes e até um programa de rádio. Mas não se engane. O mangá não foi um achado, o anime é que praticamente desconsidera o original e usa apenas o conceito para fazer algo completamente novo.
Yabuki terminou Black Cat com um gosto amargo. Ele queria continuar e disse, no último volume, que aquilo era apenas o fim da primeira parte. Essa continuação ainda não aconteceu.
Ele virou artista de To Loveru, com roteiro de Saki Hasemi, um mangá que aproveitava de seu talento para desenhar em uma história maluca e cheia de menininhas bonitinhas. Nessa nova série, alguns personagens de Black Cat aparecem com nome e personalidade diferente. A mais marcante é Darkness, que em BC se chamava Eve, uma arma em forma de menina, criada por criminosos. Darkness protagonizou a continuação de To Loveru, com seu nome como subtítulo.
Depois, em Mayoi Neko Overrun, Yabuki fez personagens de To Loveru aparecerem como convidadas e usou o título do mangá em uma fala naquele mesmo trabalho, em um trocadilho com a palavra “trouble”.
To Loveru foi publicado em muitos outros países, mas só no Japão ele não sofreu interferências. Em Taiwan, por exemplo, ele teve partes redesenhadas e detalhes retirados. Isso por que Yabuki foi encorajado a ir ao limite da sensualidade permitida em um mangá para garotos no Japão, incluindo linhas que insinuavam as formas de… de todo o corpo feminino! Até mesmo onomatopeias suspeitas acentuavam a sensualidade, passando a impressão do som úmido da… abertura das pernas de uma garota! O anime seguiu esse tom soft core do mangá e andou de olhos vendados em cima de uma linha imaginária entre o pornográfico e o aceitável.
O autor dos roteiros de To Loveru, Saki Hasemi, foi responsável pela adaptação de Black Cat em anime, onde conheceu Yabuki. Antes disso, sua experiência era mais com os games, onde criava projetos, ilustrava e roteirizava, além de fazer pequenos trabalhos como roteirista em animes. Em mangá, To Loveru foi sua estreia.
Mizuki Kawashita, aos 21 anos, estreou como ilustradora ao vencer um concurso apadrinhado por Keiko Takemiya, de “Terra e…” (Toward the Terra…). Ela fez ilustrações para a revista JUNE, e coisas para light novel usando o nome de Mikan Momokuri. A revista tem conteúdo boys love (um intermediário fantasioso para romance/pornô gay feito para garotas), que acaba permeando essa primeira parte de sua carreira.
Ela só mudou para o mangá depois de entrar para um grupo de dojinshi. Depois de algumas passagens tímidas em outras revistas, ela se firma na revista Margaret, uma revista shojo tradicional. Lá, suas histórias, apesar de serem direcionadas para garotas, atrai a atenção de editores por causa da retratação bela e fetichista da figura feminina e o bom fan service.
Em um caso raro para a revista, Mizuki Kawashita entra para a Shonen Jump sem concurso, transferida da Margaret. Sua primeira série é Lilim Kiss, que abusa da sensualidade e de um clima misto entre Urusei Yatsura (de Rumiko Takahashi, na Shonen Sunday) e Video Girl Ai (de Masakazu Katsura, na própria Shonen Jump). A série, na verdade, foi feita sob encomenda do editor de Kawashita na época, que já havia trabalhado na Shonen Jump antes e pretendia levar a artista para a revista feminina Buquet, onde seria transferido. Mas com o fim da revista, que cedeu espaço para o crescimento da Cookie (onde sairia Nana, de Ai Yazawa), ele a levou para a Shonen Jump.
Como roteirista, Kawashita se diz muito influenciável e por isso, evita ler outros mangás enquanto produz. Seu hobbie é cozinhar e adora ir ao karaokê para desestressar depois da maratona de produção. Também é viciada em video game, como diz em sua participação no especial Manga Hetappi R, de Yusuke Murata. Principalmente jogos violentos.
Na mesma edição, ainda foi explicado que ela costuma desenhar rapidamente e em cima das coxas, com uma prancheta e pernas em cima da cadeira.
Ela ainda passa a dica de que o ponto diferencial para se trabalhar com esse tipo de história é ter fetiches. Pequenos detalhes que você faz questão de destacar e ter cuidados especiais, como uma pequena dobrinha nas coxas, um sorriso com covinha. Pra mim, seria nuca. O cabelo preso, mostrando o pescoço e alguns fios caídos não tem a menor lógica, mas prende minha atenção. Para Kawashita, olhar com atenção cada dobrinha, cada linha do corpo feminino, ajuda na hora de desenhar uma menina real e atraente. O diabo está nos detalhes e na mente masculina.
Ela ainda deixou sair que a Shonen Jump tem uma limitação na exposição do seio feminino, de até “50%”. Somente depois de ir para a Jump Square é que ela desenhou um mamilo em revista masculina.
Sua série mais famosa e provavelmente mais influente foi Ichigo 100% (no Brasil, 100% Morango), que virou alvo de análises complexas de sociologia até. Entre os diversos fãs, muitos autores da própria revista. O autor de Gintama, Hideaki Sorachi, usou o espaço de comentários dos autores certa vez pra dizer que prefere Tsukasa à Aya, em referência às personagens do mangá de Kawashita. Ele também criou personagens com nomes baseados nos pontos cardeais. Os Yagyu Shiten Oh são assumidamente, paródias das meninas de Ichigo 100%. Taizomote King Saga, de Daiamon, também tem personagens inspirados das quatro meninas. E em Death Note, o shinigami Ryuku lê o mangá de Mizuki Kawashita em uma tirinha especial, publicada na extinta revista Akamaru Jump (atualmente, Jump Next)
Ainda em 2000, tivemos mais uma série curta de Akira Toriyama, o divertido Sand Land, dando continuidade à vontade do autor de fazer histórias mais curtas. Haruto Umezawa, de BOY, voltava com Bremen. E Kyosuke Usuta voltaria com Pyu! to Fuku Jaguar. E em 2001, Tsunomaru (Midori no Makibaoh) voltaria com Jushin Ikari Torajiro, Nobuhiro Watsuki, com Gun Blaze West, entre outros. Mas o cenário finalmente havia mudado. Os novatos estavam estabelecidos e outros grandes nomes estavam aparecendo. Foi o ano de estreia de Bleach, de Taito Kubo.
Bleach – Curiosidades Level Master
Bobobo Bo Bo Bobo, de Yoshio Sawai, foi publicado com muita teimosia de seu autor. Sempre considerado o pior desenhista da turma, ele cresceu com a imagem de um mangaká fracassado. Quando tentou entrar para o rol da Shonen Jump, ele aceitou suas limitações e se decidiu por fazer gag mangá, pois assim, mesmo que sua arte seja péssima e sua história não faça sentido, se você fizer rir, estará no jogo.
O nome da série foi escolhido por acaso. Originalmente, o nome seria Hanage-bo Bo Bobo (hanage significa pelo do nariz). Como os pelos do nariz não tinham ligação com a história, o editor pediu para trocar o nome. Surgiu Bobobo Bo Bo Bobo. O editor ainda pediu para que o nome ficasse Bobobo Bo, mas Sawai pediu para que incluísse de qualquer jeito a continuação.
Entre os otakus e adultos, a série nunca teve tanto impacto, mas sempre esteve entre as preferidas das crianças, o que fazia ela receber um carinho especial dos editores, afinal, a revista ainda é voltada para elas.
Yoshio Sawai é natural de Toyohashi, cidade onde eu morei dez anos (Sakuda Curiosidades Level Master). Lá, as pessoas respeitam ele por seu trabalho e têm orgulho por um cidadão daquela cidade de interior ser autor na maior revista do mundo.
Para aumentar a simpatia do autor, que tal saber que ele atendeu o pedido da organização Make a Wish e foi à um hospital de Nagoya, onde um garoto que adorava seu mangá tratava de uma doença genética degenerativa muito rara, a adrenoleucodistrofia. Sawai autografou para o garoto, almoçou junto e leu seu mangá para o garoto, que já não conseguia ler por conta própria. Passaram duas horas juntos, realizando o sonho do menino.
Apesar de parodiar muitos mangás da Shonen Jump, o autor nunca teve a antipatia dos outros mangakás. Akira Toriyama fez um mangá colaborativo com ele, assim como a dupla de Death Note, que trocou a autoria de seus mangás, com Sawai fazendo um capítulo especial para Death Note e Oba Tsugumi e Takeshi Obata fazendo o mesmo para Bobobo Bo Bo Bobo. Osamu Akimoto, de Kochi Kame, chamou Sawai para ser um dos autores de gag mangá a colaborar com ele em um projeto de sua série.
Suas piadas não costumam ser depreciativas, como quando o cabelo do protagonista de mesmo nome se abre, revelando Yugi, da série Yu Gi Oh.
Sawai, anos depois de Bobobo Bo Bo Bobo, em 2008, decidiu estudar no curso de mangá de Kazuo Koike (autor de Lobo Solitário) e é um de seus ex-alunos hoje.
Ele diz que a pessoa por quem ele tem mais admiração no meio é Mitsutoshi Shimabukuro, de Toriko. Sawai diz que sem Seikimatsu Leader Den Takeshi, ele jamais teria sonhado em ser mangaká.
O autor de Mr Fullswing é mais um ex-assistente de Nobuhiro Watsuki que publicou na Shonen Jump. Ele é muito próximo de Eiichiro Oda.
One Piece – Curiosidades Level Master
Shinya Suzuki não tinha intenção de ser mangaká. Foi seu irmão quem levou seu mangá, feito por hobbie, para a Shonen Jump, que o acolheu. Assim que ele decidiu entrar nessa vida, ele teve a primeira decepção. A Shonen Jump tinha a política de não devolver os originais e, prezando pela integridade de seu trabalho, Suzuki saiu da Jump enquanto ainda estava na geladeira, indo para a Shonen Sunday, onde foi assistente. Voltou para a Shueisha quando percebeu que seu mangá não tinha a cara da Sunday mesmo e precisava da Shonen Jump.
Ele se considera otaku e gamer ferrenho. Em seus free talks nos encadernados, Suzuki contou um episódio de sua vida em que passou a noite em claro jogando Dragon Quest III e quando seus pais acordaram e viram a cena, simplesmente jogaram o videogame, com cartucho e tudo, pela janela.
Pretty Face, de Yasuhiro Kano, é um caso estranho, mas compreensível. A série tinha estabilidade e um bom público, mas o autor não aguentou a pressão do ritmo de série semanal e, depois de um ano, desistiu. Ficou fazendo vários one-shots durante um tempo, para cobrir buracos da programação da revista, até lançar MP0, a história que gerou Mx0, seu maior sucesso.
Riichiro Inagaki, é um dos poucos autores a ganhar o prêmio máximo dos concursos da Shonen Jump. Como a premiação depende de méritos, no geral, não dão o prêmio máximo. Gente como Toriyama, Togashi e Inoue não entraram na revista com todo esse mérito, por exemplo. Vale lembrar que ele não entrou pelo mesmo concurso que os outros, mas os critérios do concurso de roteiros é muito parecido.
Ao vencer, perguntaram se ele queria desenhar também. Ele aceitou suas limitações com a arte e pediu um desenhista mais apto para uma publicação para garotos, visando um trabalho com mais qualidade. Seu roteiro foi parar nas mãos de Yusuke Murata, que transformou ele na primeira encarnação de Eye Shield 21, em one shot. O sucesso foi certeiro e a série foi marcada.
Um dos meus favoritos dessa época, Eye Shield 21 tinha uma forma única de produção, por causa do futebol americano. Além do roteiro, Inagaki fazia um esquema de jogo, mostrando posicionamento e movimentação de cada jogador, além de colocar esquemas de pose e detalhes minuciosos sobre o jogo para Murata, que não conhecia nada do jogo, pudesse fazer um desenho preciso e perfeito. Murata faz os esboços das páginas e manda para o escritor encontrar imprecisões nas poses ou de jogo para então, poder finalizar o processo de arte.
A definição dos autores para a série é 40% realismo, 60% fantasia, dando um balanço fantástico para o esporte, sem escapar para loucuras extremas. Com o tempo, esse balanço pendeu mais para a fantasia, mas ainda assim, fazia sentido dentro das regras do esporte.
Inagaki publicou por um tempo na revista adulta Big Comic Spirit, da editora Shogakukan. Lá, ele fez amigos e pretende um dia voltar, mas por contrato, ele não pode fazer nada fora da Shueisha.
Nessa época, ele trabalhava sozinho e por isso, até se vira desenhando, fazendo suas versões dos personagens de Eye Shield quando autografa.
Seu pensamento em relação aos assistentes sempre foi o de uma equipe de produção. Nos filmes, eles são creditados pelo trabalho em que são especialistas, e é assim que ele credita seus assistentes. Em Eye Shield, Inagaki não tem assistentes, mas o artista, Yusuke Murata, creditava todos eles nos volumes encadernados.
Se quiser trombar com Inagaki, é só jogar online. Viciado em games, ele sempre está jogando alguma coisa. Não bastasse isso, ele ainda cria seus próprios jogos desde o primário.
Yusuke Murata venceu duas vezes o concurso da Capcom para criação de vilões para a franquia Megaman. Dustman, de Megaman 4, e Cristalman, de Megaman 5 foram criados pelo futuro artista quando tinha apenas 14 anos. Antes disso, aos 12 anos, ele tentou colocar um vilão em Megaman 3, mas não venceu. Isso não impediu o jogo de vir com seu nome nos créditos.
Artista de mão cheia, Murata sempre recebe propostas para fazer artes tanto para a Shonen Jump quanto para outras mídias. Ele é o responsável, por exemplo, pela arte comemorativa de dois posteres com personagens da história da revista.
Além disso, ele mantém um canal do UStream, onde mostra seu talento ao vivo na internet. LINK
Ele está na Shonen Jump desde o final da Era de Ouro, em 1995, mas nunca conseguiu colocar uma série no eixo até se unir à Inagaki.
Murata foi autor da nova versão da coluna que Akira Toriyama mantinha na Fresh Jump e que gerou o livro Manga Hetappi (Mangaká, de Akira Toriyama no Brasil). Manga Hetappi R, além de conversar sobre a produção de mangá, teve diversos convidados especiais, como Yoshihiro Togashi, Mizuki Kawashita, Mitsutoshi Shimabukuro e Yusei Matsui.
Em 2003, a Shonen Jump passou por um grande pesadelo.
Depois de ter a situação estabelecida, em 2001 o editor-chefe Katsuhiko Torishima foi promovido ao cargo de Editor Geral da revista e depois criou o cargo de Coordenador da Terceira Editoria, cuidando das três revistas shonen da editora, a Shonen Jump tradicional, a Shonen Jump mensal e a VJump. Isso fazia as três revistas trabalharem em conjunto, aumentando o potencial delas e alavancando as vendas e os lucros em cima das marcas.
Enquanto isso, seu antigo escudeiro, Toshimasa Takahashi, promovido a editor-chefe da Shonen Jump, dava continuidade à sua filosofia de trabalho. No entanto, tudo iria desandar quando durante a primeira exibição do terceiro longa metragem animado de One Piece, Dead End no Bouken, Takahashi sofre um desmaio e falece no hospital, por hemorragia subaracnóide, um sangramento na membrana interna do cérebro. Quando era editor, ele cuidou de Kinnikuman, Bastard!!, Kimagure Orange Road, entre outros. Seu último trabalho foi em YuYu Hakusho.
Leia mais: One Piece – Curiosidades Level Master
Mas mesmo que a tragédia abale, o show deve continuar. Torishima voltou por apenas uma edição, controlando a Shonen Jump nesse momento terrível e passando o bastão para Masahiko Ibaraki. Ele, um editor muito mais amável e compreensivo, era apaixonado por gag mangás, sendo conhecido por seu trabalho com Takeshi Obata em Cyborg G-chan. Seu trabalho era muito diferente de seus antecessores, os dois linha-dura. Mas foi a personalidade aberta dele que abriu a possibilidade para a nova Shonen Jump.
Em meio às crises, 2003 foi um ano duro pra Jump, sem nenhum destaque entre os novos títulos e mais um trabalho de manutenção dos sucessos.
A mão de Ibaraki começou a aparecer em 2004. O ano começou com Death Note, um mangá que seria impensável para a Shonen Jump de outras épocas. Subvertendo a fórmula da Shonen Jump, o lema de Death Note era com esforço, você pode conquistar a vitória mesmo sem amigos. O sucesso foi instantâneo.
O misterioso escritor de Death Note, Oba Tsugumi, nunca teve nada exposto à público. Nem ao menos sabiam se era homem ou mulher. No entanto, certo dia, Yasuaki Kita, ex-autor da Shonen Jump, disse em entrevista que Hiroshi Gamou, veterano da revista, era a pessoa por trás de Death Note.
Leia mais: Shonen Jump – Curiosidades Level Master – Parte 4 na parte de Yasuaki Kita
Na Rússia, uma menina de 15 anos se suicidou e a opinião pública pressionou o governo à proibir Death Note após as investigações confiscarem quatro edições do mangá entre os pertences da garota. O assunto se estende até hoje, mas não parece que o governo vá ceder e proibir a obra.
Garota russa se suicida com Death Note
Em 2007, na Bélgica, um corpo foi encontrado junto de um bilhete que dizia “Watashi wa KIRA dess”, com alfabeto romano, em japonês. Quatro anos depois, um fã de Death Note foi preso, acusado do crime. Outro mangá que foi cogitado era JoJo no Kimyou na Bouken 4 – Diamond wa Kudakenai, onde o personagem assassino Kira usa seus poderes para cometer seus crimes. De qualquer forma, mostra a influência negativa das obras da Shonen Jump.
Pode parecer estranho, mas dois dos maiores consumidores dos materiais da Shonen Jump, a China e a Coreia do Sul, proíbem a circulação de Death Note por causa da má influência que pode exercer. Nesses países, o material circula de forma clandestina. A tempo: na China, Taiwan e Hong Kong não proíbem e têm sua versão da obra.
Leia sobre os autores:
Obata: Shonen Jump – Curiosidades Level Master – Parte 3
Oba Tsugumi (Hiroshi Gamou): Shonen Jump – Curiosidades Level Master – Parte 3 – continuação
No mesmo ano, Akira Amano estreava na Shonen Jump, depois de uma passagem de quatro anos pela Young Magazine, da editora Kodansha. Sua primeira série é Katekyo Hitman Reborn! (no Brasil, Tutor Hitman Reborn!)
Ela é uma pessoa aparentemente muito simpática e falante, com muitos amigos entre os mangakás e profissionais do meio, além de ter uma boa relação com assistentes e todos que participam da produção. Ela fala tanto que precisa se lembrar que não pode fazer isso durante o serviço. Por isso, seu estúdio está cheio de papéis colados, para lembrar que não pode conversar durante o serviço.
Amano fez uma participação no trabalho de Kyosuke Usuta, na época de Sugoiyo!! Masaru-san (volume 4) e em Pyu! to Fuku Jaguar (volume 13). Em retribuição, ele fez uma ilustração de si mesmo no volume 16 de Reborn. Ela ainda é muito citada em comentários e blogs de artistas, não só da Shonen Jump.
Em 2012, ela criou os designs para os personagens de Psycho-Pass, anime da Production IG.
Como cuidado especial para a série, à partir do 13 volume, Katekyo Hitman Reborn! teve um consultor italiano. O professor Antonio Maizza. Isso tudo para que o uso da língua não ficasse equivocado, criando uma gafe terrível para o mercado italiano, muito forte para os materiais da Shonen Jump.
Além disso, não é difícil ver o nome de carros e motos italianas (mas não apenas) em personagens da série.
Katsura Hoshino estreou no mesmo ano, com D.Grayman.
Antes de ir para a Shonen Jump, Hoshino era animadora, trabalhando até como responsável geral da animação do anime de Kochi Kame e na produção da primeira versão de Hunter x Hunter.
Ela é gêmea e fazia mangá para se divertir com sua irmã. Hoshino ainda tem um irmão mais novo.
Atualmente, ela fez design para a animação Kakumeiki Valvrave.
Primeiras Impressões – Kakumeiki Valvrave
D.Grayman tem um recorde impressionante. Com apenas dois volumes, a série alcançou seu primeiro milhão de cópias vendidas. É a melhor performance de um mangá iniciante na história da revista.
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Pelo tamanho do texto, fui obrigado a cortar de novo aqui, criando uma nova continuação. E pela pressa, fui obrigado a Togashear o negócio e entrar meio no rascunho pra revisar depois! A próxima, um pouco menor, deve fechar a série. Até lá!
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Acho legal ver esses bastidores por trás das grandes obras e a vida dos mangakas.
Takehiko Inoue teve meu respeito e engraçado ver sua tristeza e Vagabond.
Sei que não tem nada haver com o texto, mas gostaria de saber dos bastidores de Evangelion quando mangá.
Engraçado ver gente zoando o Togashi e reclamando dele. De boas que ele é preguiçoso, mas pelos bastidores se entendo o porque dele fazer isso de propósito com a Jump.
Fabio Sakuda, você tem os números de vendas individuais de cada volume que fez o D Gray Man conseguir esse recorde incrível ? caso não tenha os números, passe pelo menos a fonte onde você encontrou tal informação, é porque eu tenho muita curiosidade para saber, sou um grande fã desse mangá , me ajudaria muito ter essas informações , Obrigado
Se eu procurar, até acho…. Mas faz tempo que eu fiz esse texto, então, se for só curiosidade, me poupa a fadiga dessa vez. Juro que compenso na próxima!
Não se preocupe , não precisa se dá ao trabalho Fabio Sakuda rsrsrsrs, o papo sobre as vendas de D Gray Man surgiu numa conversa entre amigos mesmo, sobre esse seu post e as curiosidades , não é algo urgente ou tão importante de você se dá ao trabalho de procurar, de boa ! Eu e meus amigos estamos esperando os próximos posts sobre as curiosidades das outras revista heim !!! continue com o ótimo trabalho , vlw !
Saint Seiya, please. Sim, eu sou chato.
PQP, não fazia nem ideia que Pretty Face acabou porque o Kano não deu conta do recado!
:((
Eu sou fãzaço das obras do Kano, e acho uma pena que ele ainda não conseguiu emplacar, espero que um dia chegue a hora dele de brilhar…
(Mx0 era ótimo, lembro que alguns fãs até tentaram fazer uma petição para que a série ganhasse uma sequel, hehe)
O que aconteceu com D.Gray-Man gente? Porque será que ficou tão ruim depois do hiato?
Desculpa, eu esqueci de colocar. É que teve uma doença no meio do caminho, parece que ela quase desistiu da carreira. Deve ter rolado uma pressão, sei lá…
Pelo que eu soube, da primeira vez que parou, ela teve um problema no pulso. Antes tivesse parado mesmo ao invés de fazer essa cagada que está ae hoje em dia e fizesse algo novo :/
O Nível de D Gray Man caiu mesmo MAS nada que não possa ser resolvido com um tempo de paz para a mangaká !!!! ela só precisa de uma sequência legal sem ficar doente !!
O que ela precisa, de verdade, é voltar pra Jump semanal. A estória dela não funciona numa periodicidade mensal. A segunda coisa que ela deve fazer, antes mesmo disso, é repensar toda a estória apartir do time-skip pra descobri o que deu errado e botar essa porra de volta nos eixos.
Ótimo post como sempre, sakuda. Ansioso pelo Vida além da jump da Big Comic Spirits, lá já teve e tem muito mangá legal.
Gostei mesmo, como sempre está foda. Agora está entrando os anos que, para mim, um cara não tão velho, são melhores de ver as curisosidades, pois séries que eu conheço estão começando a ser citadas *-*
Mas fiquei bolado com meu entusiasmo de ver uma curiosidade da Magazine. Parece que vai ser uma haterização nojenta em cima de Fairy Tail, mas fazer o que, o mundo inveja o sucesso HONESTO dele >.>
D.Gray Man, sempre tive vontade de ver mas faltava algo para me impulsionar. Acho que o encontrei esse ‘algo’ nesse post *-* Vou ver se me dedico a ele, mas a dúvida agora é: Mangá ou Anime? O.O
Ninguém inveja fairy tail cara. O povo fala mal por que é uma merda. Se tu gosta, de boa. Mas dizer que aquele lixo é bom é forçar.
Viu a haterização? O dia que sua merda no vazo fazer o mesmo sucesso, tu vem com criticas sujas dessas :D
Pense em uma coisa, Fairy Tail tem milhares de elementos que milhares de outros mangás têm, mas só porque ele faz um sucesso desgraçado, é atacado. Simples. Eu digo inveja porque, se fosse realmente ruim, seria ignorado pelo povo e não seria pilar da Magazine.
Não defendo ele como sendo um bom mangá, ele não acrescenta em nada no mundo, defendo ele como um shonen bom suficiente para estar onde está. Simples.
Justin Bieber também faz um sucesso enorme e tem um monte de fãs, e por causa disso ele deixa de ser lixo? E é por isso que o pessoal cai em cima. Do mesmo jeito que caem em cima de Justin Bieber e seus fãs. Ninguém gosta quando algo ruim faz sucesso.
E não é inveja cara. Shingeki no Kyojin faz um baita sucesso também, é o anime do momento. Mas eu não hateio ele, por que ele é bom. Se fairy tail fosse bom, poderia ser o mangá mais pica das galáxias em vendas/popularidade que eu nunca falaria mal dele.
A questão não é ser bom ou ruim, a qustão é respeito. A pessoa pode falar que é ruim, que não gosta, não ligo, até concordo. Agora lixo? Isso é falta de conceitos. Veja bem, eu não gosto de Justin bieber, mas estudo música e lhe garanto a voz do garoto é foda, ele sabe elevá-la a vários níveis que muitos não conseguem. Ele canta bem, só não faz meu estilo nem um pouco (Não sou menininha). Eu não gosto dele por vários motivos que não a música em si. Porque irei julgar ele? O cara canta bem e canta porque gosta. Enquanto ele realiza os sonhos dele eu ainda estou na luta, me sentiria um invejoso ficar depedrando ele.
Vamos concordar, entre falar mal e simplesmente ignorar, qual é preferivél?
Não defendo Fairy Tail, é clichê, previsivél, etc’s, mas ele não é o que é por causa dos peitos da Lucy. Ele é infantil cara, bem mais infantil do que Naruto e One Piece, o publico dele é outro. Porque criticar tanto ele? Porque apenas não o deixá-lo ali quieto? Porque ficar inventando ‘plágios’ e outros ‘chereres’ para ele? O autor é feliz desenhando, ponto, tudo o que pesso é respeito assim como eu respeito todos. O que o Mashima fez de tão mal para toda a irritação do mundo? Gildarts? >.>
Eu entendo cara. Você sabe dos defeitos do mangá e gosta mesmo assim. Nada contra. Eu curto Bleach e sei o que é isso. O que eu não gosto mesmo é quando vem gente falar que FT é foda ou que fica irritadinho quando alguém faz alguma piada.
Enfim, tu é de boa. Flws aí.
Eu tô guardando pra um post sobre a Magazine, mas fica como prévia. Mashima é um puta autor, eu gostava muito de Rave no começo, mas a Magazine tem uma forma de trabalhar diferente. Fairy Tail foi encomendado pra ser igual à One Piece, aproveitando que Mashima já tem muita coisa parecida com Oda.
NOTICIA URGENTE NOTICIA URGENTE SAKUDA FALOU Q MASHIMA PLAGEIA ODA URGENTE SRRSRSRSR BRINKS SRSR
brincadeira. eu gosto dos 2
Parabéns por mais um post incrível Sakuda ….. e sobre o Recorde de D. Gray man eu não sabia !!! fiquei MUITO surpreso !!! é uma pena que a mangaká só viva doente , prejudica o desenvolvimento ……. e sobre a Akira Amano eu ri bastante do fato dela conversar muito ao ponto de colar papeis na sua sala rsrsrsrs MAS o que me chamou mais atenção foi o …. (cof coffairy tail cof), isso porque o Mashima desenha parecido com o Oda, tinha personagens claramente parecidos com os de One Piece mas parece que ele nunca foi acusado de plágio lá no Japão .. ou foi acusado ???? e qual a opinião dos fãs de One Piece lá no japão ou até mesmo o de Oda sobre Mashima??? eu tenho essa grande curiosidade comigo !!! mas não encontro nada falando sobre isso na net ……….. aqui no Brasil o povo crucifica o Mashima, chama ele de plagiador mas eu não acho que ele é plagiador , só acho que ele é PIECETARD de carteirinha !! mas ele fez um enredo próprio , personagens legais e cativantes ( Natsu é insuportável) , não é um mangá inovador longe disso !! mas não acho que o Mashima mereça tanto ódio assim dos Fãs de One Piece e nem que seja chamado de plagiador !!!
Respondi o Rafael Oliveira, dá uma olhada, preguiça de escrever de novo. Hehe
:so pra dar mais trabalho eu vo falar isso: faz da magazine da sunday e da champion rsrsrsr[pelo menos sao essas q eu mais conheço mas nem tanto]
Tão nos planos, mas no formato de “A Vida Além da Jump”.
se vc for ver axo q a sunday e a magazine sao mais antigas se duvidar vai ser gigantesco tambm…..boa sorte srsrsr
Essa série de curiosidades Level Master é muito interessante, continue com o bom trabalho Sakuda.
Quero ver o próximo logo, nada de Togashear a série e ir jogar qualquer RPG ao nível do maldito.
Ainda não terminei nem Last of Us…
É muito bom descobrir tanto assim sobre s Shounen JUMP, acho que a melhor até agora foi “descobrir” quem é a mente por trás de Death Note haha. Esperando a próxima! Valeu xD
Togashear foi o melhor HUAHUHUAHUA Não vejo a hora de ver a conclusão da série de posts, o melhor estudo da Shonen Jump que já li, um tremendo aprendizado, assim como boa parte dos posts do blog, parabens!
Vou fazer os trampo da faculdade é depois irei ler.