Yo!

Esse aqui é um sucessor de uma tendência… Bora entender isso!

Então. Assistindo esse primeiro episódio, eu senti um déja vu estranho. Uma sensação que eu já havia sentido antes, uns meses atrás. Dai o tempo da animação foi passando e eu entendi… Esse anime me fez sentir assistindo uma versão alternativa de Kotoura-san, que resenhei aqui! Muita coisa parecida em duas histórias completamente distintas. Não me surpreenderia se fossem duas histórias do mesmo autor (não são, né?).

Os dois têm um cheiro de catarse, de realização de fetiche. Tirando o filtro de fantasia da lente na animação, vemos claramente alguns traços de frustração sendo compensada. O protagonista ser um tipo bizarro que por algum motivo não é um excluído, muito pelo contrário, as pessoas sentem uma atração inexplicável. Em Kotoura, o garoto era um tarado sem vergonha, completamente aberto em suas perversões. Em Crime Edge, o garoto, Kiri, tem um estranho vício por cortar cabelos, que pode ser herança de um antepassado…

Nos dois casos, eles encontram garotas virginais, lindinhas e complexadas, fragilizadas por sua condição especial que só o garoto pode entender e libertar elas. Kotoura tinha o trauma de ler as mentes dos outros e ser discriminada por isso. Em Crime Edge, a garota é amaldiçoada, não podendo cortar o cabelo de jeito nenhum. As duas precisaram se afastar do mundo e das pessoas e magicamente se apaixonam à primeira vista pelos garotos estranhos. PERAÍ!!

Sempre que eu leio sobre criação de história em livros japoneses eles falam sobre o “Arigati”, uma situação forçada demais, que direciona a história por pura coincidência do destino, uma obra divina. E essas histórias são cheias de situações assim!

Vamos nos concentrar em Crime Edge. O garoto tem uma tara quase erótica por cabelos. Se perde e vai “por acaso” à mansão (elas sempre são ricas e lindas) onde vive a menina, a Princesa na torre. Fica sabendo de sua condição especial, que torna impossível cortar o cabelo. Do nada, rola um clima. Mas ela é proibida. MAS! A tesoura de cabelo do moleque Kiri é amaldiçoada. Então, temos a tesoura que corta tudo contra o cabelo que jamais poderia ser cortado. Desafio do século! Meias Vivarina versus Facas Ginsu!

O fator de empatia fica por conta do dramalhão, quase chicano. Novamente, arigati (decore este termo!). A menina é refém de uma organização! E Kiri é proibido e depois até ameaçado por querer se aproximar da menina! OH! Será que o amor dos dois poderá transpor essa barreira da injustiça?!

BLÉÉÉÉ!!

Resultado:

Não é nem a animação mais linda e competente. Nem a história mais interessante. Mas vai ter gente que vai adorar. Falei a mesma coisa de Kotoura-san. E realmente, teve muita gente que pagava pau pra Kotoura-san, pelo menos nos fóruns japas.

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