Os dois gigantes da Ghibli, de volta aos cinemas em 2013

GhibliReturnsRising

Yo!

A Ghibli deve voltar aos cinemas em 2013 com seus dois diretores mais ilustres, duas lendas da animação japonesa.

A Toho, empresa que administra um dos maiores circuitos de cinema do Japão, em evento que anunciava o lineup de 2013, anunciou para o verão japonês, dois filmes da Ghibli, que tras de volta os dois maiores nomes do estúdio, sinônimo de amor à esta mídia. Hayao Miyazaki, o oscarizado diretor de A Viagem de Chihiro e que estava há 5 anos distante dos cinemas, e Isao Takahata, celebrado por Hotaru no Haka e Flanders no Inu, longe há 14 anos dos cinemas, retornam com um combo que não acontecia desde que Tonari no Totoro (Meu Vizinho Totoró) e Hotaru no Haka foram exibidos em sequência, para minimizar o impacto que o Hotaru no Haka poderia causar no público.

Takahata retorna com uma versão de um conto de fadas japonês. Kaguya Hime no Monogatari foi prometido pelo diretor faz anos e finalmente se tem notícias dele. Seria uma adaptação daquele que é conhecido como a história mais antiga do Japão. Taketori Monogatari (A história do cortador de bambu) conta a história de um cortador de bambu que encontra um bebê dentro de um bambu brilhante. A pequena menina tem cabelos brilhantes e pertence ao reino da Lua. Sua beleza encanta vários homens, entre eles, o próprio Imperador. Porém, sem se casar com nenhum deles, ela acaba voltando para o Reino da Lua, só, deixando às lágrimas seus pais adotivos e um frustrado Imperador. Para ele, ela deixa uma carta e o elixir da vida, que garante imortalidade. Mas o Imperador não deseja viver para sempre um amor impossível e ordena que ambos sejam queimados do alto da montanha mais alta, para que sua mensagem chegue à Lua. A história deu nome ao Monte Fuji, símbolo do Japão. Fushi (imortalidade), virou Fuji com o tempo.

Miyazaki também deve adaptar uma história, mas uma mais recente. O mangá era publicado na revista mensal Model Graphics, entre 2009 e 2010. De autoria do próprio Hayao Miyazaki, assim como Porco Rosso e Nausicaa, Kaze Tachinu narra a história da juventude de Jiro Horikoshi, designer da Mitsubishi que criou o Zero Sen, o avião de guerra considerado invencível em sua época. Miyazaki tem tara pelo design de máquinas da primeira metade do século passado, como mostrou em Porco Rosso e outros materiais que fez para revistas de modelismo.

Parece que são obras mais pessoais e acho que nenhuma deve competir ao Oscar ou fazer coisas desse tipo. Mas eu sentia falta dessa Ghibli, que transforma o mundano, o simples, em fantástico e o fantástico em uma coisa tão simples e mundano quanto dividir um pão com ovo. Esperarei com água na boca!

Veja os posteres!

KazeTachinuXIL

Kaze Tachinu, novo de Hayao Miyazaki.

KaguyaHimeXIL

Kaguya Hime Monogatari, de Isao Takahata.

Uma ideia sobre “Os dois gigantes da Ghibli, de volta aos cinemas em 2013”

  1. Não achei pertinente pra colocar direto no texto, mas eu tinha pensado em colocar aquela imagem do cara da History Channel, falando “foram os aliens!” depois da descrição de Kaguya Hime. Aposto que ele deve acreditar nisso!

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